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Tutoria 5 - MD3 - P3 - Síndrome da imobilidade

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An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
Tutori� 5: Síndrom� d� imobilidad�
MD3 - P3
Objetiv�:
1- Conhecer a imobilidade no idoso / síndrome da imobilidade (fisiopatologia,
características, classificação, fatores de risco, tratamento).
2- Entender as úlceras de pressão (classificação, fatores de risco, consequências,
tratamento).
3- Entender os fatores de risco de cirurgia pré e pós operatório em idoso.
4- Definir os cuidados paliativos para idosos com imobilidade.
Anotaçõe� pessoai�:
Objetivo 1: Conhecer a imobilidade no idoso / síndrome da
imobilidade (fisiopatologia, características, classificação, fatores
de risco, tratamento).
- Síndrome da imobilidade:
- Fonte:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3290/1/Texto%20de%20Impressao%2
0Unidade%203_S%C3%ADndrome_fragilidade.pdf
- É definida como um conjunto de repercussões deletérias ao organismo acamado
por um período prolongado, sendo muito prejudicial principalmente para os
indivíduos que apresentam idade superior aos 60 anos.
- As causas desta imobilidade são variadas, porém as mais predominantes são as
afecções neurológicas e músculo-esqueléticas.
- O sistema músculo-esquelético é o mais acometido por esta síndrome, porém não
é o único. Praticamente todos os sistemas do organismo ficam comprometidos:
cardiorrespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinal, urinário e neurológico, além
do tecido conjuntivo e epitelial.
CLASSIFICAÇÃO: .
1- Repouso: Quando o paciente passa de 7 a 10 dias restrito ao leito.
2- Imobilização: A partir de 10 dias, entre 12 e 15 dias.
3- Decúbito de longa duração: Depois deste período, o paciente já assume uma
condição de decúbito de longa duração. A cada semana de restrição ao leito, o
paciente perde massa muscular e consequentemente força muscular. Ao final de
quatro semanas, o indivíduo perde aproximadamente 50% da força inicial.
CONSEQUÊNCIAS: .
- O sistema músculo-esquelético é o mais acometido por esta síndrome, porém não
é o único. Praticamente todos os sistemas do organismo ficam comprometidos:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3290/1/Texto%20de%20Impressao%20Unidade%203_S%C3%ADndrome_fragilidade.pdf
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3290/1/Texto%20de%20Impressao%20Unidade%203_S%C3%ADndrome_fragilidade.pdf
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
cardiorrespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinal, urinário e neurológico, além
do tecido conjuntivo e epitelial.
- Existe a possibilidade de a imobilidade afetar também o estado emocional do
paciente, podendo levá-lo à apatia, isolamento, depressão, ansiedade. A síndrome
da imobilidade representa um risco para o indivíduo acometido por causa da
redução da capacidade funcional, a redução das funções fisiológicas e por causa
das complicações. As complicações vão variar de acordo com a condição do
paciente anterior à imobilidade, comorbidades pré-existentes e aos cuidados no leito
com este paciente.
ETIOLOGIA: .
- A etiologia desta síndrome é multifatorial. Sendo os principais fatores músculo -
esqueléticos e neurológicos. Pode ser desencadeada por fatores psicológicos,
sociais e físicos.
1- Aspectos psicológicos/neurológicos:
- O paciente depressivo, que apresenta medo de cair ou ainda alguma doença
neurodegenerativa, como Alzheimer, podem passar a ficarem restritos no leito e
desenvolverem a Síndrome.
2- Aspectos sociais:
- Pacientes institucionalizados, pacientes que se isolam socialmente que não tem
estímulos para se levantar, onde não há o apoio da família. Pessoas com este perfil
têm uma tendência maior a se restringir ao leito, culminando nesta afecção.
3- Aspectos físicos:
- Indivíduos idosos apresentam uma série de limitações físicas que podem levar o
paciente a imobilidade no leito. Tais afecções podem ser: osteoporose, fraqueza
muscular, insuficiência venosa. O tratamento de fraturas pode ser, em alguns casos,
a restrição ao leito até que a mesma esteja consolidada. Isto pode fazer que o
indivíduo fique acamado por até quatro semanas, trazendo benefícios para o local
acometido, porém efeitos deletérios para o organismo de uma forma geral.
SINTOMATOLOGIA: .
- O indivíduo pode ter: redução geral da condição funcional, diminuição no nível de
condicionamento físico, na força muscular, tornando-o mais suscetível a uma série
de mudanças que podem comprometer ainda mais a sua condição, tais como:
> Aumento de peso, com alterações na composição corporal, aumentando o
percentual de gordura e diminuindo o de massa magra;
> Aumento da pressão arterial;
> Diminuição da amplitude de movimento das articulações;
> Piora do condicionamento cardiovascular.
- Os sinais e sintomas desta síndrome podem ser percebidos em praticamente
todos os sistemas do organismo, e seu grau de comprometimento vai variar de
acordo com as condições prévias do paciente, às comorbidades pré -existentes, e
aos cuidados no leito com este paciente.
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
- Os sistemas mais comumente afetados são: musculoesquelético, sistema
cardiovascular, sistema endócrino, sistema gastrointestinal, sistema geniturinário e
sistema respiratório.
1- Sistema musculoesquelético:
- Este é o sistema onde as repercussões são mais percebidas pelos profissionais da
saúde. Os pacientes podem apresentar osteoporose, fibrose, contraturas, atrofia
muscular, consequentemente fraqueza e diminuição da resistência muscular, pois os
músculos não mantém a integridade de suas funções em decorrência da inatividade.
- As transferências no leito ficam prejudicadas, o paciente passa a não poder
auxiliar nas atividades da vida diária. Os primeiros músculos a serem lesados são
os dos membros inferiores, pois a gravidade passa a não exercer seu papel com
plenitude, o que pode contribuir também com a desmineralização óssea e
consequente osteoporose. A falta de mobilidade acarreta inatividade muscular,
fraqueza muscular e pode comprometer a irrigação sanguínea, diminuindo o aporte
nutricional e a tolerância ao ácido lático.
2- Sistema tegumentar:
- Durante a restrição prolongada ao leito é comum encontrarmos atrofia de pele,
com epiderme fina, e úlceras de decúbito. Essas úlceras são definidas como locais
que apresentam ulcerações com necrose celular causada por isquemia. A isquemia
acontece quando uma pressão externa sobre o tegumento é maior que a pressão
capilar, o que faz diminuir o fluxo sanguíneo para região, a oxigenação dos tecidos e
seu aporte nutricional.
- As úlceras de pressão causam dor e desconforto ao paciente, além de prolongar a
doença, retardo de alta hospitalar e deixar o indivíduo mais suscetível a quadros
infecciosos, devido à descontinuidade da pele, e à umidade e calor aumentados no
local. Causam também o aumento da mortalidade dos indivíduos acometidos, por
septicemia por pseudomonas aeruginosas estreptococos, estafilococos e
escherichia coli, tanto local quanto e sistemicamente.
- As ulcerações podem ser influenciadas por: pressão do corpo no leito, umidade na
pele, idade do paciente, estado nutricional e edema.
3- Sistema cardiovascular:
- Nesta síndrome há uma deficiência do retorno venoso, levando a um acúmulo
sanguíneo nos membros inferiores, que além de agravar o edema destes membros,
promove um enchimento incompleto do ventrículo esquerdo, levando a um déficit na
eficiência cardiovascular.
- Estes eventos desencadeiam um mecanismo compensatório, com objetivo de
manter os níveis adequados de irrigação sanguínea. Faz parte deste mecanismo:
> O aumento da frequência cardíaca de repouso, onde há o aumento de um
batimento por minuto a cada dois dias;
> Elevação da pressão arterial sistólica causado pela resistência periférica
aumentada;
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
>Tempo de ejeção sistólico absoluto e de diástole é encurtado, diminuindo o volume
sistólico.
4- Sistema endócrino:
- A Imobilidade gera várias mudanças endócrinas,dentre elas:
1- Aumento do paratormônio no sangue, possivelmente relacionado à hipercalcemia
devido ao aumento da atividade osteoclástica.
2- Diminuição dos níveis de hormônio de crescimento, ACTH e produção de
adrenalina e noradrenalina.
5- Sistema gastrointestinal:
- Ocorrem alterações em todo o Trato gastrointestinal (TGI), como, anorexia,
diminuição do peristaltismo intestinal, ocasionando diminuição da absorção de
nutrientes e constipação, que é agravada pela desidratação e redução do volume
plasmático. Ocorre também incontinência fecal.
6- Sistema geniturinário:
- O decúbito dorsal compromete o esvaziamento da bexiga, por causa da dificuldade
de gerar pressão intra-abdominal nessa posição. A fraqueza muscular atinge
também os músculos abdominais, o que dificulta.
- Ocorre enfraquecimento dos músculos abdominais, restrição nos movimentos
diafragmáticos e relaxamento incompleto do assoalho pélvico, provocando a
retenção urinária parcial. Há também um aumento da excreção de cálcio e
incontinência urinária.
7- Sistema respiratório:
- As complicações que ocorrem neste sistema são preocupantes devido à alta
mortalidade. A função pulmonar fica comprometida, em torno de 25% no imobilismo.
Há uma redução da capacidade pulmonar total, do volume corrente, volume minuto,
volume residual e volume expiratório forçado.
- Em decorrência da perda de força muscular, os movimentos do diafragma e dos
músculos intercostais ficam debilitados, tornando a respiração mais superficial. Esta
superficialização da respiração, associada ao aumento relativo da dióxido de
carbono, aumenta a freqüência cardíaca. há Também o acúmulo de secreções, pois
o paciente, a função ciliar, a expansão torácica e a força muscular estão
prejudicados.
CONSEQUÊNCIAS: .
- Foi descrita recentemente a síndrome de desadaptação psicomotora (PDS), a qual
se caracteriza por desequilíbrio para trás (backward), seja na posição sentada ou de
pé, hipertonia reacional, alterações na reação postural, modificação na marcha e
medo de cair. Na realidade, essa síndrome assemelha-se à que Barnard Isaacs,
geriatra inglês, chamou, na década de 1980, de síndrome post-fall. A PDS pode ser
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
resultado da perda de mecanismo de reserva postural, atingindo um limiar que
impede o indivíduo de manter um nível funcional adequado.
- A imobilidade prolongada leva à deterioração funcional progressiva dos vários
sistemas, muito além da senescência normal, chegando-se mais tarde à síndrome
de imobilização.
DIAGNÓSTICO: .
- Critérios para identificação da Síndrome da Imobilidade:
- São divididos entre critérios maiores e menores. O paciente é considerado como
portador da síndrome da imobilidade quando apresenta os dois critérios maiores e
dois dos quatro critérios menores.
1- Maiores: múltiplas contraturas e presença de déficit cognitivo.
2- Menores: úlcera de pressão, disfasia, dupla incontinência e afasia.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO: .
- Abordagem multidisciplinar, onde cada profissional tem um papel fundamental no
cuidado com o paciente, inclusive com a ajuda ativa dos familiares e cuidadores.
- Esse trabalho é realizado com objetivo de movimentar as articulações, mantendo
os músculos em movimento e evitando ou minimizando os riscos de contraturas e
atrofias musculares. Além disso, se possível, a depender do caso, o paciente deve
ser estimulado a deambular.
- Exercícios pulmonares devem ser realizados, com objetivo de prevenir ou
minimizar complicações pulmonares. Com autorização médica, o fisioterapeuta
realiza esta atividade e orienta a família a tentar fazer o mesmo. A realização destes
exercícios, além dos benefícios já citados, evitam também complicações
circulatórias, reduzem dor, edema e promovem relaxamento.
- Embora o repouso beneficie o local lesionado, o seu maior prolongamento afeta os
demais sistemas, sendo essas complicações aumentadas dependendo dos fatores
já existentes de cada pessoa. Para os autores o posicionamento adequado no leito
associado a um programa de cinesioterapia é de extrema importância para a
prevenção de contraturas osteomusculares e articulares.
- Fisioterapia tem atuação indispensável no tratamento desses pacientes,
minimizando e/ou prevenindo os efeitos deletérios causados pelo prolongado tempo
em decúbito.
> promover amplitude por menor que seja, corrigir a ineficiência dos músculos e
articulações, além de reduzir a perda da capacidade funcional.
> cinesioterapia:
A cinesioterapia é um conjunto de exercícios terapêuticos que ajudam na
reabilitação de diversas situações, fortalecendo e alongando os músculos, e
também podem servir para otimizar o estado de saúde geral e prevenir alterações
motoras.
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
> seja ela ativa, passiva ou ativo-assistida, permitiu ganho significativo de amplitude
de movimento nas articulações das pessoas com a síndrome.
- Dificuldade na busca de materiais sobre tratamento para a síndrome da
imobilidade e relataram escassez em buscar artigos que enfatizam a atuação
fisioterapêutica na síndrome da imobilidade.
- Sistema tegumentar:
> Micoses: Higiene, bom estado nutricional, exposição ao sol, uso de roupa de
material poroso (evitar tecidos sintéticos e fraldas), temperatura ambiente agradável,
controle glicêmico e o não uso de colchão com superfície plástica são medidas
preventivas de micoses.
> Xerose (ressecamento de pele): O uso de sabões, banhos de imersão, banhos
quentes e demorados pioram o problema. Deve-se, por isso, evitar esses fatores
precipitantes, usar hidratante para pele e induzir a ingestão de líquido.
> Dermatite amoniacal: lesão vinda do contato da pele com a urina. Para homens,
dá-se preferência ao uso de coletor. Nas mulheres que usam fraldas, deve-se dar
banho ao trocá-las, não permitindo que fiquem molhadas de urina.
> Úlcera de decúbito: A melhor prevenção é a correção de todos os fatores citados,
além de proteção para as proeminências ósseas, posicionamento no leito,
mobilização de 2 em 2 h (mesmo à noite) e assentar o paciente o maior tempo
possível. Em termos de colchão, o mais adequado é o “pneumático”, com insuflação
intermitente, sendo o colchão tipo “caixa de ovo” pouco eficaz.
- Sistema esquelético:
> Alterações articulares: “limitação da amplitude do movimento articular a ponto de
impedir um desempenho normal de sua função”. Movimento ativo e passivo da
articulação (cinesioterapia) e posicionamento no leito com coxins, almofadas,
pranchas ou órteses para alongamento.
> Osteoporose: intensa e rápida perda de massa óssea.
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
Objetivo 2: Entender as úlceras de pressão (classificação, fatores
de risco, consequências, tratamento).
- As úlceras de pressão da pele e tecidos moles são lesões decorrentes da pressão
não aliviada em um mesmo ponto, o que resulta em danos ao tecido subjacente.
Normalmente ocorrem em locais entre uma proeminência óssea e uma superfície
externa, na qual o tecido mole que permeia esse local sofre por um período
prolongado. Essas lesões podem ser desde um eritema na pele até úlceras
profundas.
FISIOPATOLOGIA: .
- O desenvolvimento de uma lesão induzida por pressão é um processo complexo
que requer a aplicação de forças externas na pele. No entanto, forças externas
sozinhas raramente são suficientes para causar uma úlcera; pelo contrário, a
interação dessas forças com fatores específicos do hospedeiro é o que leva a danos
nos tecidos. É necessário considerar as condições mecânicas (magnitude e duração
das cargas aplicadas) e a tolerância do indivíduo, que é impactada por fatores como
a morfologia do tecido e sua capacidade de reparo.
- A pressão aplicada à pele superior a pressão arteriolar (32 mmHg) impede a
liberação de oxigênio e nutriente aos tecidos, resultando em hipóxia tecidual,
acúmulo de resíduos metabólicose geração de radicais livres.
- A formação de úlcera pode ocorrer mais rapidamente com pressões mais altas.
Uma síntese de estudos clínicos, animais e in vitro sugeriu que lesões induzidas por
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pressão podem se desenvolver com uma a quatro horas de carga de pressão
sustentada.
FATORES DE RISCO: .
- Os fatores de risco podem ser divididos naqueles que afetam a magnitude e a
duração da pressão e aqueles que afetam a suscetibilidade e a tolerância
individuais.
- Os fatores mais importantes incluem imobilidade, desnutrição, perfusão reduzida e
perda sensorial, que são discutidas abaixo. Outros fatores de risco incluem doenças
cerebrovasculares, doenças cardiovasculares, fraturas recentes dos membros
inferiores, incontinência e diabetes.
- Os principais fatores de risco são:
1- Imobilidade: fator de risco intrínseco ao paciente mais importante que contribui
para o desenvolvimento de lesões na pele e nos tecidos moles induzidas por
pressão. A imobilidade pode ser permanente ou transitória. Existe uma alta
correlação entre a falta de movimentos noturnos espontâneos em estudos usando
dispositivos que medem o movimento do corpo.
2- Desnutrição: fator de risco para o desenvolvimento de lesões cutâneas e de
partes moles induzidas por pressão. Estudos em animais descobriram que a
destruição cutânea induzida por pressão é mais grave quando ocorre em animais
desnutridos do que em animais bem nutridos expostos a quantidades semelhantes
de pressão. Além disso, estudos transversais sugeriram que pacientes com lesões
induzidas por pressão têm maior probabilidade de ter hipoalbuminemia.
3- Perda sensorial: doenças neurológicas, como demência, delírio, lesão medular e
neuropatia periférica, são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de
lesões cutâneas e moles induzidas por pressão. A perda sensorial entre esses
pacientes é comum, sugerindo que os pacientes podem não perceber dor ou
desconforto decorrente de pressão prolongada.
4- Perfusão cutânea reduzida: uma falha no aumento do fluxo sanguíneo em
resposta à pressão prolongada contribui para o desenvolvimento da úlcera.
> No cenário de perfusão diminuída, a pressão aplicada à pele por menos de duas
horas pode ser suficiente para causar danos graves.
É imprescindível avaliar o risco do paciente para aparecimento de úlceras, diante
disso, temos algumas escalas:
1- Escala de Norton e Braden: úteis para prever quais pacientes correm risco de
desenvolver lesões na pele e nos tecidos moles induzidas por pressão.
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: .
- As úlceras são representadas por dano localizado na pele e/ou tecido subjacente,
geralmente sobre uma proeminência óssea, como resultado da pressão ou em
combinação com cisalhamento.
- As áreas de dano devem ser avaliadas quando a:
1- Comprimento, largura e profundidade.
2- Presença de tecido necrótico ou exsudato.
3- Presença de granulação.
- Através disso, classifica-se a imobilidade em função do estadiamento NPIAP, que
é usado para descrever a aparência inicial de uma área de dano à pele.
ESTÁGIO 1:
- Pele intacta, com uma área localizada de eritema não “apaziguável”, que pode
aparecer de maneira diferente na pele pigmentada escura.
- A presença de eritema palpável ou alterações na sensação, temperatura ou
firmeza podem proceder as alterações visuais.
ESTÁGIO 2:
- Perda de espessura parcial da pele com a derme exposta.
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
- O leito da ferida é viável, rosa ou vermelho, úmido e também pode se apresentar
como uma bolha cheia de soro intacta ou rompida.
- O tecido adiposo não é visível e os tecidos mais profundos não são visíveis.
ESTÁGIO 3:
- É caracterizado pela perda de espessura total da pele, na qual é visível o tecido
adiposo na úlcera e tecido de granulação.
- A profundidade do dano tecidual depende da localização anatômica: áreas de
adiposidade significativa podem desenvolver feridas profundas. Mineração e
tunelamento podem ocorrer.
ESTÁGIO 4:
- Perda total de pele e tecido com fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou
osso exposto ou diretamente palpável na úlcera. A profundidade varia de acordo
com a localização anatômica diretamente palpável na úlcera.
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
ÚLCERA POR PRESSÃO INSTÁVEL:
- Perda de tecido e pele em toda a espessura, na qual a extensão do dano tecidual
na úlcera não pode ser confirmada porque está obscurecida por escara.
- Se a escória ou escara for removida, uma lesão por pressão no estágio 3 ou 4 será
revelada.
- A escara estável (ou seja, seca, aderente, intacta sem eritema ou flutuação) no
calcanhar ou no membro isquêmico não deve ser amolecida ou removida.
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
CONSEQUÊNCIAS: .
- As principais complicações que um paciente com úlcera de pressão está exposto
são as infecções. A seguir iremos apresentar as principais informações relacionadas
as infecções das úlceras de pressão.
1- Colonização: a úlcera é colonizada pela flora da pele, que é rapidamente
substituída por bactérias do ambiente local e pelo trato urogenital ou
gastrointestinal, geralmente por contaminação fecal direta.
TRATAMENTO: .
- Cuidados gerais:
- A abordagem geral ao tratamento de um paciente com lesão na pele e nos tecidos
moles induzida por pressão deve incluir os seguintes itens:
> Reduzir ou eliminar os fatores contribuintes.
> Redistribuição de pressão com superfícies de posicionamento e suporte
adequadas;
> Fornecer cuidados locais apropriados para feridas;
> Considerar terapias adjuvantes, como terapia de feridas por pressão negativa;
> Monitorar e documentar o progresso do paciente;
> Fornecer suporte psicossocial apropriado.
- Desbridamento:
- O tecido necrótico promove o crescimento bacteriano e prejudica a cicatrização de
feridas. O desbridamento (mecânico, cirúrgico, enzimático) é um componente
padrão do gerenciamento básico de feridas.
- Curativos:
- Os curativos servem para proteger a ferida da contaminação e facilitar a
cicatrização, absorvendo o exsudato e protegendo as superfícies curativas. O
excesso de líquido causa maceração da ferida, enquanto a dessecação diminui a
migração das células epiteliais. Muitos tipos diferentes de curativos estão
disponíveis.
- Terapias adjuvantes:
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
- Uma variedade de terapias adjuvantes, como estimulação elétrica, terapia por
pressão negativa, ultrassom terapêutico, oxigênio hiperbárico, oxigênio tópico e
aplicação de fatores de crescimento à ferida, foram investigadas para o tratamento
de lesões na pele e tecidos moles induzidas por pressão, mas as indicações para
seu uso permanecem incertas.
Objetivo 3: Entender os fatores de risco de cirurgia pré e pós
operatório em idoso.
- Idade, comorbidades, polifarmácia e capacidade funcional.
- O envelhecimento coincide com um declínio funcional progressivo e limitação
física, criando uma condição de vulnerabilidade às agressões externas e perda da
capacidade de adaptação aos agentes estressores. As comorbidades promovem um
grande impacto funcional, pois correspondem a agravos crônicos que influenciam
diretamente o peroperatório.
- A avaliação pré-operatória procura identificar e quantificar os possíveis fatores de
risco e tomar atitudes para, se possível, corrigir ou prevenir as complicações
relacionadas no pós-operatório.
- Escala do risco cirúrgico da ASA leva em consideração o risco de mortalidade
geral, de acordo com a idade e o status de doença sistêmica associada:
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
-
- Após a classificação, de acordo com a classe e a análise do número de variáveis
de baixo risco, foi utilizado o seguinte algoritmo para verificar quem é o paciente que
está apto à cirurgia sem novos exames.
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- Os testes não-invasivos utilizandoo eletrocardiograma de esforço, a cintilografia
miocárdica com tálio com estresse físico ou farmacológico (dipiridamol) ou o
ecocardiograma de estresse com dobutamina, podem melhorar a estimativa do risco
de complicações cardiológicas, principalmente em cirurgias não-cardíacas. Estes
testes se mostram importantes principalmente na avaliação de pacientes com risco
intermediário, mas não nos pacientes já classificados como baixo risco.
1- Risco de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar:
- As escalas de avaliação do risco de trombose venosa profunda (TVP) e
tromboembolismo pulmonar (TEP) não diferem da habitualmente utilizada em
pacientes mais jovens.
Objetivo 4: Definir os cuidados paliativos para idosos com
imobilidade.
- FONTE: Sanar Flix.
- Uma abordagem para melhoria da qualidade de vida de pacientes e familiares que
enfrentam uma doença ameaçadora da vida, através da prevenção e do alívio do
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sofrimento. Requer a identificação precoce e impecável avaliação e tratamento da
dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais.”
PRINCÍPIOS: .
1- Alívio dos sintomas totais:
- Conforto psicológico e emocional associado ao alívio sintomático.
2- Morte como processo natural:
- Entender e explicar a morte como um processo natural, comum a todos os
indivíduos. Garantir a vida e um processo de morte com qualidade é um dos
objetivos do cuidado ampliado ao paciente.
3- Aspectos psicoespirituais do cuidado:
- Está no âmbito do cuidado global, respeitando crenças, conceitos e dinâmicas de
vida particulares, que nem sempre serão compactuados pelas ideias dos
profissionais, mas que sempre precisarão ser respeitados e levados em
consideração por toda a equipe de cuidado.
4- Viver ativamente:
- Esse princípio preconiza a realização de atividades básicas como caminhar,
movimentação corporal dentro das possibilidades do paciente, permitir que ele
tenha condições básicas de viver o mais próximo possível do habitual.
5- Suporte familiar:
- Significa abranger a família do paciente no processo de cuidado, explicando e
envolvendo os mesmos nos aspectos que envolvem o entendimento dos cuidados
paliativos e cuidados práticos com o paciente. Além de fornecer o acolhimento a
todos que necessitem, visto que o suporte, por exemplo, do luto pós morte, deve ser
ofertado ao núcleo familiar.
6- Abordagem multiprofissional:
- lembre-se de que o médico não é o ser soberano, tão pouco pode dar conta de
todos os aspectos envolvidos nesse cuidado tão complexo. É essencial a
abordagem interligada entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos,
fisioterapeutas, dentre outros que sejam solicitados para compor a equipe.
An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6

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