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An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 Tutori� 5: Síndrom� d� imobilidad� MD3 - P3 Objetiv�: 1- Conhecer a imobilidade no idoso / síndrome da imobilidade (fisiopatologia, características, classificação, fatores de risco, tratamento). 2- Entender as úlceras de pressão (classificação, fatores de risco, consequências, tratamento). 3- Entender os fatores de risco de cirurgia pré e pós operatório em idoso. 4- Definir os cuidados paliativos para idosos com imobilidade. Anotaçõe� pessoai�: Objetivo 1: Conhecer a imobilidade no idoso / síndrome da imobilidade (fisiopatologia, características, classificação, fatores de risco, tratamento). - Síndrome da imobilidade: - Fonte: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3290/1/Texto%20de%20Impressao%2 0Unidade%203_S%C3%ADndrome_fragilidade.pdf - É definida como um conjunto de repercussões deletérias ao organismo acamado por um período prolongado, sendo muito prejudicial principalmente para os indivíduos que apresentam idade superior aos 60 anos. - As causas desta imobilidade são variadas, porém as mais predominantes são as afecções neurológicas e músculo-esqueléticas. - O sistema músculo-esquelético é o mais acometido por esta síndrome, porém não é o único. Praticamente todos os sistemas do organismo ficam comprometidos: cardiorrespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinal, urinário e neurológico, além do tecido conjuntivo e epitelial. CLASSIFICAÇÃO: . 1- Repouso: Quando o paciente passa de 7 a 10 dias restrito ao leito. 2- Imobilização: A partir de 10 dias, entre 12 e 15 dias. 3- Decúbito de longa duração: Depois deste período, o paciente já assume uma condição de decúbito de longa duração. A cada semana de restrição ao leito, o paciente perde massa muscular e consequentemente força muscular. Ao final de quatro semanas, o indivíduo perde aproximadamente 50% da força inicial. CONSEQUÊNCIAS: . - O sistema músculo-esquelético é o mais acometido por esta síndrome, porém não é o único. Praticamente todos os sistemas do organismo ficam comprometidos: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3290/1/Texto%20de%20Impressao%20Unidade%203_S%C3%ADndrome_fragilidade.pdf https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3290/1/Texto%20de%20Impressao%20Unidade%203_S%C3%ADndrome_fragilidade.pdf An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 cardiorrespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinal, urinário e neurológico, além do tecido conjuntivo e epitelial. - Existe a possibilidade de a imobilidade afetar também o estado emocional do paciente, podendo levá-lo à apatia, isolamento, depressão, ansiedade. A síndrome da imobilidade representa um risco para o indivíduo acometido por causa da redução da capacidade funcional, a redução das funções fisiológicas e por causa das complicações. As complicações vão variar de acordo com a condição do paciente anterior à imobilidade, comorbidades pré-existentes e aos cuidados no leito com este paciente. ETIOLOGIA: . - A etiologia desta síndrome é multifatorial. Sendo os principais fatores músculo - esqueléticos e neurológicos. Pode ser desencadeada por fatores psicológicos, sociais e físicos. 1- Aspectos psicológicos/neurológicos: - O paciente depressivo, que apresenta medo de cair ou ainda alguma doença neurodegenerativa, como Alzheimer, podem passar a ficarem restritos no leito e desenvolverem a Síndrome. 2- Aspectos sociais: - Pacientes institucionalizados, pacientes que se isolam socialmente que não tem estímulos para se levantar, onde não há o apoio da família. Pessoas com este perfil têm uma tendência maior a se restringir ao leito, culminando nesta afecção. 3- Aspectos físicos: - Indivíduos idosos apresentam uma série de limitações físicas que podem levar o paciente a imobilidade no leito. Tais afecções podem ser: osteoporose, fraqueza muscular, insuficiência venosa. O tratamento de fraturas pode ser, em alguns casos, a restrição ao leito até que a mesma esteja consolidada. Isto pode fazer que o indivíduo fique acamado por até quatro semanas, trazendo benefícios para o local acometido, porém efeitos deletérios para o organismo de uma forma geral. SINTOMATOLOGIA: . - O indivíduo pode ter: redução geral da condição funcional, diminuição no nível de condicionamento físico, na força muscular, tornando-o mais suscetível a uma série de mudanças que podem comprometer ainda mais a sua condição, tais como: > Aumento de peso, com alterações na composição corporal, aumentando o percentual de gordura e diminuindo o de massa magra; > Aumento da pressão arterial; > Diminuição da amplitude de movimento das articulações; > Piora do condicionamento cardiovascular. - Os sinais e sintomas desta síndrome podem ser percebidos em praticamente todos os sistemas do organismo, e seu grau de comprometimento vai variar de acordo com as condições prévias do paciente, às comorbidades pré -existentes, e aos cuidados no leito com este paciente. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 - Os sistemas mais comumente afetados são: musculoesquelético, sistema cardiovascular, sistema endócrino, sistema gastrointestinal, sistema geniturinário e sistema respiratório. 1- Sistema musculoesquelético: - Este é o sistema onde as repercussões são mais percebidas pelos profissionais da saúde. Os pacientes podem apresentar osteoporose, fibrose, contraturas, atrofia muscular, consequentemente fraqueza e diminuição da resistência muscular, pois os músculos não mantém a integridade de suas funções em decorrência da inatividade. - As transferências no leito ficam prejudicadas, o paciente passa a não poder auxiliar nas atividades da vida diária. Os primeiros músculos a serem lesados são os dos membros inferiores, pois a gravidade passa a não exercer seu papel com plenitude, o que pode contribuir também com a desmineralização óssea e consequente osteoporose. A falta de mobilidade acarreta inatividade muscular, fraqueza muscular e pode comprometer a irrigação sanguínea, diminuindo o aporte nutricional e a tolerância ao ácido lático. 2- Sistema tegumentar: - Durante a restrição prolongada ao leito é comum encontrarmos atrofia de pele, com epiderme fina, e úlceras de decúbito. Essas úlceras são definidas como locais que apresentam ulcerações com necrose celular causada por isquemia. A isquemia acontece quando uma pressão externa sobre o tegumento é maior que a pressão capilar, o que faz diminuir o fluxo sanguíneo para região, a oxigenação dos tecidos e seu aporte nutricional. - As úlceras de pressão causam dor e desconforto ao paciente, além de prolongar a doença, retardo de alta hospitalar e deixar o indivíduo mais suscetível a quadros infecciosos, devido à descontinuidade da pele, e à umidade e calor aumentados no local. Causam também o aumento da mortalidade dos indivíduos acometidos, por septicemia por pseudomonas aeruginosas estreptococos, estafilococos e escherichia coli, tanto local quanto e sistemicamente. - As ulcerações podem ser influenciadas por: pressão do corpo no leito, umidade na pele, idade do paciente, estado nutricional e edema. 3- Sistema cardiovascular: - Nesta síndrome há uma deficiência do retorno venoso, levando a um acúmulo sanguíneo nos membros inferiores, que além de agravar o edema destes membros, promove um enchimento incompleto do ventrículo esquerdo, levando a um déficit na eficiência cardiovascular. - Estes eventos desencadeiam um mecanismo compensatório, com objetivo de manter os níveis adequados de irrigação sanguínea. Faz parte deste mecanismo: > O aumento da frequência cardíaca de repouso, onde há o aumento de um batimento por minuto a cada dois dias; > Elevação da pressão arterial sistólica causado pela resistência periférica aumentada; An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 >Tempo de ejeção sistólico absoluto e de diástole é encurtado, diminuindo o volume sistólico. 4- Sistema endócrino: - A Imobilidade gera várias mudanças endócrinas,dentre elas: 1- Aumento do paratormônio no sangue, possivelmente relacionado à hipercalcemia devido ao aumento da atividade osteoclástica. 2- Diminuição dos níveis de hormônio de crescimento, ACTH e produção de adrenalina e noradrenalina. 5- Sistema gastrointestinal: - Ocorrem alterações em todo o Trato gastrointestinal (TGI), como, anorexia, diminuição do peristaltismo intestinal, ocasionando diminuição da absorção de nutrientes e constipação, que é agravada pela desidratação e redução do volume plasmático. Ocorre também incontinência fecal. 6- Sistema geniturinário: - O decúbito dorsal compromete o esvaziamento da bexiga, por causa da dificuldade de gerar pressão intra-abdominal nessa posição. A fraqueza muscular atinge também os músculos abdominais, o que dificulta. - Ocorre enfraquecimento dos músculos abdominais, restrição nos movimentos diafragmáticos e relaxamento incompleto do assoalho pélvico, provocando a retenção urinária parcial. Há também um aumento da excreção de cálcio e incontinência urinária. 7- Sistema respiratório: - As complicações que ocorrem neste sistema são preocupantes devido à alta mortalidade. A função pulmonar fica comprometida, em torno de 25% no imobilismo. Há uma redução da capacidade pulmonar total, do volume corrente, volume minuto, volume residual e volume expiratório forçado. - Em decorrência da perda de força muscular, os movimentos do diafragma e dos músculos intercostais ficam debilitados, tornando a respiração mais superficial. Esta superficialização da respiração, associada ao aumento relativo da dióxido de carbono, aumenta a freqüência cardíaca. há Também o acúmulo de secreções, pois o paciente, a função ciliar, a expansão torácica e a força muscular estão prejudicados. CONSEQUÊNCIAS: . - Foi descrita recentemente a síndrome de desadaptação psicomotora (PDS), a qual se caracteriza por desequilíbrio para trás (backward), seja na posição sentada ou de pé, hipertonia reacional, alterações na reação postural, modificação na marcha e medo de cair. Na realidade, essa síndrome assemelha-se à que Barnard Isaacs, geriatra inglês, chamou, na década de 1980, de síndrome post-fall. A PDS pode ser An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 resultado da perda de mecanismo de reserva postural, atingindo um limiar que impede o indivíduo de manter um nível funcional adequado. - A imobilidade prolongada leva à deterioração funcional progressiva dos vários sistemas, muito além da senescência normal, chegando-se mais tarde à síndrome de imobilização. DIAGNÓSTICO: . - Critérios para identificação da Síndrome da Imobilidade: - São divididos entre critérios maiores e menores. O paciente é considerado como portador da síndrome da imobilidade quando apresenta os dois critérios maiores e dois dos quatro critérios menores. 1- Maiores: múltiplas contraturas e presença de déficit cognitivo. 2- Menores: úlcera de pressão, disfasia, dupla incontinência e afasia. TRATAMENTO E PREVENÇÃO: . - Abordagem multidisciplinar, onde cada profissional tem um papel fundamental no cuidado com o paciente, inclusive com a ajuda ativa dos familiares e cuidadores. - Esse trabalho é realizado com objetivo de movimentar as articulações, mantendo os músculos em movimento e evitando ou minimizando os riscos de contraturas e atrofias musculares. Além disso, se possível, a depender do caso, o paciente deve ser estimulado a deambular. - Exercícios pulmonares devem ser realizados, com objetivo de prevenir ou minimizar complicações pulmonares. Com autorização médica, o fisioterapeuta realiza esta atividade e orienta a família a tentar fazer o mesmo. A realização destes exercícios, além dos benefícios já citados, evitam também complicações circulatórias, reduzem dor, edema e promovem relaxamento. - Embora o repouso beneficie o local lesionado, o seu maior prolongamento afeta os demais sistemas, sendo essas complicações aumentadas dependendo dos fatores já existentes de cada pessoa. Para os autores o posicionamento adequado no leito associado a um programa de cinesioterapia é de extrema importância para a prevenção de contraturas osteomusculares e articulares. - Fisioterapia tem atuação indispensável no tratamento desses pacientes, minimizando e/ou prevenindo os efeitos deletérios causados pelo prolongado tempo em decúbito. > promover amplitude por menor que seja, corrigir a ineficiência dos músculos e articulações, além de reduzir a perda da capacidade funcional. > cinesioterapia: A cinesioterapia é um conjunto de exercícios terapêuticos que ajudam na reabilitação de diversas situações, fortalecendo e alongando os músculos, e também podem servir para otimizar o estado de saúde geral e prevenir alterações motoras. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 > seja ela ativa, passiva ou ativo-assistida, permitiu ganho significativo de amplitude de movimento nas articulações das pessoas com a síndrome. - Dificuldade na busca de materiais sobre tratamento para a síndrome da imobilidade e relataram escassez em buscar artigos que enfatizam a atuação fisioterapêutica na síndrome da imobilidade. - Sistema tegumentar: > Micoses: Higiene, bom estado nutricional, exposição ao sol, uso de roupa de material poroso (evitar tecidos sintéticos e fraldas), temperatura ambiente agradável, controle glicêmico e o não uso de colchão com superfície plástica são medidas preventivas de micoses. > Xerose (ressecamento de pele): O uso de sabões, banhos de imersão, banhos quentes e demorados pioram o problema. Deve-se, por isso, evitar esses fatores precipitantes, usar hidratante para pele e induzir a ingestão de líquido. > Dermatite amoniacal: lesão vinda do contato da pele com a urina. Para homens, dá-se preferência ao uso de coletor. Nas mulheres que usam fraldas, deve-se dar banho ao trocá-las, não permitindo que fiquem molhadas de urina. > Úlcera de decúbito: A melhor prevenção é a correção de todos os fatores citados, além de proteção para as proeminências ósseas, posicionamento no leito, mobilização de 2 em 2 h (mesmo à noite) e assentar o paciente o maior tempo possível. Em termos de colchão, o mais adequado é o “pneumático”, com insuflação intermitente, sendo o colchão tipo “caixa de ovo” pouco eficaz. - Sistema esquelético: > Alterações articulares: “limitação da amplitude do movimento articular a ponto de impedir um desempenho normal de sua função”. Movimento ativo e passivo da articulação (cinesioterapia) e posicionamento no leito com coxins, almofadas, pranchas ou órteses para alongamento. > Osteoporose: intensa e rápida perda de massa óssea. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 Objetivo 2: Entender as úlceras de pressão (classificação, fatores de risco, consequências, tratamento). - As úlceras de pressão da pele e tecidos moles são lesões decorrentes da pressão não aliviada em um mesmo ponto, o que resulta em danos ao tecido subjacente. Normalmente ocorrem em locais entre uma proeminência óssea e uma superfície externa, na qual o tecido mole que permeia esse local sofre por um período prolongado. Essas lesões podem ser desde um eritema na pele até úlceras profundas. FISIOPATOLOGIA: . - O desenvolvimento de uma lesão induzida por pressão é um processo complexo que requer a aplicação de forças externas na pele. No entanto, forças externas sozinhas raramente são suficientes para causar uma úlcera; pelo contrário, a interação dessas forças com fatores específicos do hospedeiro é o que leva a danos nos tecidos. É necessário considerar as condições mecânicas (magnitude e duração das cargas aplicadas) e a tolerância do indivíduo, que é impactada por fatores como a morfologia do tecido e sua capacidade de reparo. - A pressão aplicada à pele superior a pressão arteriolar (32 mmHg) impede a liberação de oxigênio e nutriente aos tecidos, resultando em hipóxia tecidual, acúmulo de resíduos metabólicose geração de radicais livres. - A formação de úlcera pode ocorrer mais rapidamente com pressões mais altas. Uma síntese de estudos clínicos, animais e in vitro sugeriu que lesões induzidas por An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 pressão podem se desenvolver com uma a quatro horas de carga de pressão sustentada. FATORES DE RISCO: . - Os fatores de risco podem ser divididos naqueles que afetam a magnitude e a duração da pressão e aqueles que afetam a suscetibilidade e a tolerância individuais. - Os fatores mais importantes incluem imobilidade, desnutrição, perfusão reduzida e perda sensorial, que são discutidas abaixo. Outros fatores de risco incluem doenças cerebrovasculares, doenças cardiovasculares, fraturas recentes dos membros inferiores, incontinência e diabetes. - Os principais fatores de risco são: 1- Imobilidade: fator de risco intrínseco ao paciente mais importante que contribui para o desenvolvimento de lesões na pele e nos tecidos moles induzidas por pressão. A imobilidade pode ser permanente ou transitória. Existe uma alta correlação entre a falta de movimentos noturnos espontâneos em estudos usando dispositivos que medem o movimento do corpo. 2- Desnutrição: fator de risco para o desenvolvimento de lesões cutâneas e de partes moles induzidas por pressão. Estudos em animais descobriram que a destruição cutânea induzida por pressão é mais grave quando ocorre em animais desnutridos do que em animais bem nutridos expostos a quantidades semelhantes de pressão. Além disso, estudos transversais sugeriram que pacientes com lesões induzidas por pressão têm maior probabilidade de ter hipoalbuminemia. 3- Perda sensorial: doenças neurológicas, como demência, delírio, lesão medular e neuropatia periférica, são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de lesões cutâneas e moles induzidas por pressão. A perda sensorial entre esses pacientes é comum, sugerindo que os pacientes podem não perceber dor ou desconforto decorrente de pressão prolongada. 4- Perfusão cutânea reduzida: uma falha no aumento do fluxo sanguíneo em resposta à pressão prolongada contribui para o desenvolvimento da úlcera. > No cenário de perfusão diminuída, a pressão aplicada à pele por menos de duas horas pode ser suficiente para causar danos graves. É imprescindível avaliar o risco do paciente para aparecimento de úlceras, diante disso, temos algumas escalas: 1- Escala de Norton e Braden: úteis para prever quais pacientes correm risco de desenvolver lesões na pele e nos tecidos moles induzidas por pressão. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: . - As úlceras são representadas por dano localizado na pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, como resultado da pressão ou em combinação com cisalhamento. - As áreas de dano devem ser avaliadas quando a: 1- Comprimento, largura e profundidade. 2- Presença de tecido necrótico ou exsudato. 3- Presença de granulação. - Através disso, classifica-se a imobilidade em função do estadiamento NPIAP, que é usado para descrever a aparência inicial de uma área de dano à pele. ESTÁGIO 1: - Pele intacta, com uma área localizada de eritema não “apaziguável”, que pode aparecer de maneira diferente na pele pigmentada escura. - A presença de eritema palpável ou alterações na sensação, temperatura ou firmeza podem proceder as alterações visuais. ESTÁGIO 2: - Perda de espessura parcial da pele com a derme exposta. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 - O leito da ferida é viável, rosa ou vermelho, úmido e também pode se apresentar como uma bolha cheia de soro intacta ou rompida. - O tecido adiposo não é visível e os tecidos mais profundos não são visíveis. ESTÁGIO 3: - É caracterizado pela perda de espessura total da pele, na qual é visível o tecido adiposo na úlcera e tecido de granulação. - A profundidade do dano tecidual depende da localização anatômica: áreas de adiposidade significativa podem desenvolver feridas profundas. Mineração e tunelamento podem ocorrer. ESTÁGIO 4: - Perda total de pele e tecido com fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso exposto ou diretamente palpável na úlcera. A profundidade varia de acordo com a localização anatômica diretamente palpável na úlcera. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 ÚLCERA POR PRESSÃO INSTÁVEL: - Perda de tecido e pele em toda a espessura, na qual a extensão do dano tecidual na úlcera não pode ser confirmada porque está obscurecida por escara. - Se a escória ou escara for removida, uma lesão por pressão no estágio 3 ou 4 será revelada. - A escara estável (ou seja, seca, aderente, intacta sem eritema ou flutuação) no calcanhar ou no membro isquêmico não deve ser amolecida ou removida. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 CONSEQUÊNCIAS: . - As principais complicações que um paciente com úlcera de pressão está exposto são as infecções. A seguir iremos apresentar as principais informações relacionadas as infecções das úlceras de pressão. 1- Colonização: a úlcera é colonizada pela flora da pele, que é rapidamente substituída por bactérias do ambiente local e pelo trato urogenital ou gastrointestinal, geralmente por contaminação fecal direta. TRATAMENTO: . - Cuidados gerais: - A abordagem geral ao tratamento de um paciente com lesão na pele e nos tecidos moles induzida por pressão deve incluir os seguintes itens: > Reduzir ou eliminar os fatores contribuintes. > Redistribuição de pressão com superfícies de posicionamento e suporte adequadas; > Fornecer cuidados locais apropriados para feridas; > Considerar terapias adjuvantes, como terapia de feridas por pressão negativa; > Monitorar e documentar o progresso do paciente; > Fornecer suporte psicossocial apropriado. - Desbridamento: - O tecido necrótico promove o crescimento bacteriano e prejudica a cicatrização de feridas. O desbridamento (mecânico, cirúrgico, enzimático) é um componente padrão do gerenciamento básico de feridas. - Curativos: - Os curativos servem para proteger a ferida da contaminação e facilitar a cicatrização, absorvendo o exsudato e protegendo as superfícies curativas. O excesso de líquido causa maceração da ferida, enquanto a dessecação diminui a migração das células epiteliais. Muitos tipos diferentes de curativos estão disponíveis. - Terapias adjuvantes: An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 - Uma variedade de terapias adjuvantes, como estimulação elétrica, terapia por pressão negativa, ultrassom terapêutico, oxigênio hiperbárico, oxigênio tópico e aplicação de fatores de crescimento à ferida, foram investigadas para o tratamento de lesões na pele e tecidos moles induzidas por pressão, mas as indicações para seu uso permanecem incertas. Objetivo 3: Entender os fatores de risco de cirurgia pré e pós operatório em idoso. - Idade, comorbidades, polifarmácia e capacidade funcional. - O envelhecimento coincide com um declínio funcional progressivo e limitação física, criando uma condição de vulnerabilidade às agressões externas e perda da capacidade de adaptação aos agentes estressores. As comorbidades promovem um grande impacto funcional, pois correspondem a agravos crônicos que influenciam diretamente o peroperatório. - A avaliação pré-operatória procura identificar e quantificar os possíveis fatores de risco e tomar atitudes para, se possível, corrigir ou prevenir as complicações relacionadas no pós-operatório. - Escala do risco cirúrgico da ASA leva em consideração o risco de mortalidade geral, de acordo com a idade e o status de doença sistêmica associada: An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 - - Após a classificação, de acordo com a classe e a análise do número de variáveis de baixo risco, foi utilizado o seguinte algoritmo para verificar quem é o paciente que está apto à cirurgia sem novos exames. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 - Os testes não-invasivos utilizandoo eletrocardiograma de esforço, a cintilografia miocárdica com tálio com estresse físico ou farmacológico (dipiridamol) ou o ecocardiograma de estresse com dobutamina, podem melhorar a estimativa do risco de complicações cardiológicas, principalmente em cirurgias não-cardíacas. Estes testes se mostram importantes principalmente na avaliação de pacientes com risco intermediário, mas não nos pacientes já classificados como baixo risco. 1- Risco de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar: - As escalas de avaliação do risco de trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP) não diferem da habitualmente utilizada em pacientes mais jovens. Objetivo 4: Definir os cuidados paliativos para idosos com imobilidade. - FONTE: Sanar Flix. - Uma abordagem para melhoria da qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam uma doença ameaçadora da vida, através da prevenção e do alívio do An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6 sofrimento. Requer a identificação precoce e impecável avaliação e tratamento da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais.” PRINCÍPIOS: . 1- Alívio dos sintomas totais: - Conforto psicológico e emocional associado ao alívio sintomático. 2- Morte como processo natural: - Entender e explicar a morte como um processo natural, comum a todos os indivíduos. Garantir a vida e um processo de morte com qualidade é um dos objetivos do cuidado ampliado ao paciente. 3- Aspectos psicoespirituais do cuidado: - Está no âmbito do cuidado global, respeitando crenças, conceitos e dinâmicas de vida particulares, que nem sempre serão compactuados pelas ideias dos profissionais, mas que sempre precisarão ser respeitados e levados em consideração por toda a equipe de cuidado. 4- Viver ativamente: - Esse princípio preconiza a realização de atividades básicas como caminhar, movimentação corporal dentro das possibilidades do paciente, permitir que ele tenha condições básicas de viver o mais próximo possível do habitual. 5- Suporte familiar: - Significa abranger a família do paciente no processo de cuidado, explicando e envolvendo os mesmos nos aspectos que envolvem o entendimento dos cuidados paliativos e cuidados práticos com o paciente. Além de fornecer o acolhimento a todos que necessitem, visto que o suporte, por exemplo, do luto pós morte, deve ser ofertado ao núcleo familiar. 6- Abordagem multiprofissional: - lembre-se de que o médico não é o ser soberano, tão pouco pode dar conta de todos os aspectos envolvidos nesse cuidado tão complexo. É essencial a abordagem interligada entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, dentre outros que sejam solicitados para compor a equipe. An� Letíci� �scin� Rei� - FITS - Me� 6
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