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do magnésio O magnésio ocupa o segundo lugar, por ordem de importâncias, entre os cátions do LIC. Ele é indispensável para as atividades enzimáticas e neuroquímicas, assim como para a excitabilidade dos músculos. Seus níveis plasmáticos variam entre 1,5 e 2,5 mEq/l. A regulagem dos níveis de magnésio é indireta, estando a cargo da eliminação renal, além de depender do hormônio das paratireóides. As alterações dos níveis de magnésio são, freqüentemente, associadas a doenças graves e manifestam-se por sinais sugestivos de alterações das funções neuromusculares. 4.1 Hipermagnesemia Etiologia - o excesso de magnésio é quase sempre o resultado de uma insuficiência renal e inabilidade em excretar o que foi absorvido do alimento ou infundido. Ocasionalmente, o uso do sulfato de magnésio, como catártico, pode ser absorvido o bastante para produzir uma intoxicação, particularmente da função renal comprometida. Sinais e Sintomas - fraqueza muscular, queda da pressão sangüínea, sedação e estado de confusão mental. O ECG mostra aumento do intervalo P-R, alargamento dos complexos QRS e elevação das ondas T. A morte, geralmente, resulta da paralisia dos músculos respiratórios. Conduta - o tratamento é dirigido no sentido de melhorar a insuficiência renal. O cálcio age como antagonista do magnésio e pode ser empregado por via parenteral para benefício temporário. Pode estar indicado na diálise peritoneal ou extracorpórea. 4.2 Hipomagnesemia Etiologia - pode ser encontrado no alcoolismo crônico em associação com “delirium tremens”, cirrose, pancreatite, acidose diabética, jejum prolongado, diarréia, má absorção, aspiração gastrintestinal prolongada, diurese exagerada, hiperaldosteronismo primário e hiperparatireoidismo, particularmente depois de paratireoidectomia e quando largas doses de Vitamina D e cálcio são consumidas. Sinais e Sintomas - hiperirritabilidade neuromusculare do SNC com movimentos atetóticos, balismos, tremores amplos (“flapping”), sinal de Babinski, nistagmo, taquicardia e arritmias ventriculares, hipertensão e distúrbios vasomotores. Confusão, desorientação e inquietação podem estar em destaque. Conduta - infusão parenteral de soluções eletrolíticas, contendo magnésio (10 a 40 mEq/l/dia, durante o período de maior gravidade, seguindo-se manutenção com 10 mEq/dia). O sulfato de magnésio pode também ser dado por via IM (4 a 8 g / 66 a 133mEq, diariamente, divididos em quatro doses; os níveis séricos devem ser monitorizados para prevenir a concentração superior a 5 - 5,5 m ÂT äxÜwtwx|Üt átuxwÉÜ|t vÉÇá|áàx xÅ áxÜ áxÅÑÜx twxÖâtwÉ x ÅâwtÜ? wx uÉt äÉÇàtwx? ÖâtÇwÉ ÅâwtÅ tá v|ÜvâÇáàúÇv|táAÊ (Stevenson) CHOQUE POR:RAFAEL AMIM Choque DEFINIÇÃO: Diante das inúmeras definições propostas pela nossa vasta literatura, nada é mais simples, completo e atual, do que: “um estado generalizado de inadequação circulatória grave” (Erazo). CLASSIFICAÇÃO (MedCurso): Existem diversas maneiras de classificar o Choque, entretanto, utilizaremos uma maneira mais prática, que leva em conta o mecanismo de ação: 1. Choque hipovolêmico 2. Choque cardiogênico 3. Choque obstrutivo extra-cardíaco 4. Choque distributivo Choque hipovolêmico: É a redução do volume sanguíneo em relação ao espaço vascular total, levando à queda das pressões e volume de enchimento diastólico. Choque cardiogênico: Ocorre devido a falência da bomba cardíaca, seja pela perda contrátil, seja por problema estrutural intracardíaco levando ao aumento das pressões e volumes de enchimento diastólico ventricular. Choque obstrutivo extra-cardíaco: Há um fator ESTRUTURAL extra-cardíaco que dificulta a circulação de sangue, tal como o tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e o TEP maciço. Choque distributivo: Devido à perda do controle vasomotor e distúrbio microcirculatório, levando à vasodilatação arterial e venular inapropriadas. Podemos citar: choques sépticos, siréticos (S.I.R.S. = Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica), anafiláticos e neurogênicos (TCE, AVE...). **Os dois choques, cardiogênicos e obstrutivo extra-cardíaco, nas demais literaturas, referem-se apenas como cardiogênico, o MedCurso apesar de separá-los explica como se fossem o mesmo!!! CONCEITOS IMPORTANTES DO CHOQUE (ATLS e Erazo): Vale lembrar: Os primeiros órgãos que sofrem isquemia são: pele, subcutâneo, músculo esquelético, vísceras. Em segundo lugar, os rins. Por último, o cérebro e o miocárdio. Neste trabalho torna-se dispensável descrevermos minuciosamente como as células entrarão em anaerobiose, no entanto sabemos que durante a hipóxia tecidual (1- não há oferta suficiente de oxigênio aos tecidos; 2- os tecidos não estão mais extraindo o oxigênio de forma adequada), as células do músculo liso produzirão ácido lático em excesso. Como resultado, teremos a acidose lática - a causa mais comum de acidose metabólica! A Hipotensão (ocorre na maioria dos pacientes), é caracterizada por pressão arterial sistólica < 90 mmHg, ou queda de 40 mmHg da pressão sistólica do paciente. A pele fria e úmida (conceito clássico do choque) ocorre devido à vasoconstrição necessária ao redirecionamento do fluxo sanguíneo para poupar órgãos vitais. OBS. Exceção no choque distributivo e fases terminais do choque. (óbvio). A Oligúria pode ser justificada pelo mesmo mecanismo citado acima. Alteração do estado mental: 1-Agitação, 2-confusão mental ou delírio, 3- obnubilação ou coma. QUADRO CLÍNICO ( MedCurso e ATLS): 1- Choques Hipodinâmicos Choques Hipodinâmicos: Baixo DC e aumento da RVS (Resistência Vascular Periférica) Choques Hiperdinâmicos: Alto DC e Redução da RVS Autor: Rafael Amin M. Hassan Os pacientes com choque hipodinâmico apresentam-se com 'fáscies de sofrimento'; palidez cutâneo-mucosa, sudorese fria e pegajosa, principalmente nas extremidades; taquipnéia; taquicardia, com pulsos radiais finos ou impalpáveis; oligúria e hipotensão arterial. Critérios empíricos para o diagnóstico de choque: 1) 'Fáscies de Sofrimento' ou alteração do estado mental 2) Taquicardia (FC > 100 bpm) 3) Taquipnéia (FR> 22 ipm) ou PaC02 < 32mmHg 4) Base Excess < -5mEq/L ou lactato sérico > 4mM 5) Débito Urinário < 0,5m11Kglh 6) Hipotensão Arterial (PA sistólica < 90mmHg) por um período> 20min obs: Para confirmar o diagnóstico da síndrome, 4 critérios desses 6 devem ser preenchidos. Os demais sintomas dependerão do tipo de choque. Por exemplo, um politraumatizado com história de perda sangüínea aguda ou que apresenta sinais de hemorragia interna - hemotórax, hemoperitônio; hematoma muscular de grande monta - nos fala a favor de um choque hipovolêmico (hemorrágico). A mesma hipótese pode ser constatada quando há história de hemorragia digestiva aguda (hematêmese, melena, hematoquezia). O diagnóstico etiológico no Choque é imprescindível, portanto torna-se patente, uma curta anamnese com o paciente ou familiares, um exame físico sumário, um ECG, uma radiografia de tórax, uma gasometria arterial e, eventualmente até um ecocardiograma transtorácico ou transesofágico. A causa mais comum de choque cardiogênico é o infarto agudo do miocárdio. Este diagnóstico deve ser suspeitado mesmo na ausência de dor torácica. Por isso, o ECG é um exame mandatório nesses casos, pois é ele que confirmará a princípio o diagnóstico de IAM, ao revelar um supradesnível do segmento ST em mais de uma derivação