Grátis
166 pág.

4.9 de 5 estrelas









122 avaliações
Enviado por
Aillyn Fernanda Bianchi
4.9 de 5 estrelas









122 avaliações
Enviado por
Aillyn Fernanda Bianchi
Pré-visualização | Página 3 de 42
da operação. 6) FÍGADO a. Hepatopatas crônicos: pedir todos os exames para avaliação da função hepática e o TP (RNI) é o melhor parâmetro para tal. Classificar o doente de acordo com o child-pug. A administração de VITAMINA K (10mg 3 dias antes da cirurgia) é importante para a hipoprotrombinemia, caso tenha como principal causa a má absorção desta vitamina por conta de alguma alteração biliar. Em casos de não-correção, ADMINISTRAR PLASMA FRESCO (15mL/kg a cada 6-8h) caso a vitamina K não resolva, a fim de um TP acima de 3 seg do controle. Em pacientes com encefalopatia hepática, realizar restrição de proteínas, uso de lactulose (oral ou em enema duas a três vezes por dia) e neomicina (ou metronidazol). Em trombocitopenia, administrar CONCENTRADO DE PLAQUETAS DE 6-8UI e repetir no pós-operatório quando < 50.000 plaquetas. b. Corrigir ascite com paracenteses e quaisquer distúrbios hidroeletrolíticos. c. Varizes esofágicas: impede cirurgias eletivas. Corrigir com PROPRANOLOL ou NADOLOL (varizes de médio ou grande calibres). USO DE FÁRMACOS 1) ASPIRINA a. Suspensa 7 dias antes do procedimento cirúrgico (ideal de 10d). b. Outros AINES: suspensão por 48h antes da cirurgia. 2) ANTICOAGULANTES a. Cumarínicos: suspensos 5-7 dias antes (TAP > 50% e INR , 1,5 autorizam a cirurgia). i. Pacientes com risco tromboembólicos: SUSPENDER CUMARÍNICO E INICIAR HEPARINA. SUSPENDER A HEPARINA 6h ANTES DA CIRURGIA. 1. Cirugias de emergência: UTILIZAR PLASMA FRESCO INFUNDIDO POR 15mL/kg + VITAMINA K (efeito em 1h). UTILIZAR SULFATO DE PROTAMINA 1mg/100UI de heparina (em pacientes heparinizados que não podem esperar o tempo de 6h para a cirurgia). Siglas FO: ferida operatória REM: resposta endócrino metabólica RM: revascularização miocárdica CFV: capacidade funcional vital VEF: volume expiratório final Referências: Sabiston Medcurso CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS 1) RECUPERAÇÃO a. Fase imediata ou pós-anestésica: Dirigido para HOMEOSTASIA, TRATAMENTO DA DOR E PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE DE COMPLICAÇÕES. b. Fase intermediária (PIH): idem c. Fase de convalescença: transição entre ALTA HOSPITALAR e RECUPERAÇÃO COMPLETA. 2) PERÍODO PÓS-IMEDIATO a. Principais complicações: Distúrbios pulmonares agudos, cardiovasculares e hídricos. b. O anestesista tem responsabilidade primária pela função CV, neurológica e respiratória do paciente: 1-3h em média. c. Pacientes necessitados de suporte ventilatório ou circulatório contínuo e monitorização vão para a UTI. d. EVITAR SEMPRE: ARRITMIAS, HIPOTENSÃO E CHOQUE, OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS e ASPIRAÇÃO 3) PRESCRIÇÃO PÓS-OPERATÓRIA a. MONITORAMENTO i. Sinais vitais: PA e PR a cada 15-30 min e de hora em hora após estabilização. Realizar ECG sistemático. ii. PVC iii. Balanço hídrico: registro de perda sanguínea e débito urinário na operação, além de perda de líquidos por drenos e estromas, para a orientação da hidratação endovenosa do paciente. Quando há FUNÇÃO RENAL MARGINAL, utilizar cateter vesical e medir o débito urinário ou informar ao cirurgião se o paciente urinou nas próximas 6-8h da operação. b. CUIDADO RESPIRATÓRIO i. Uso de máscara facial ou cateter nasal com oxigênio ii. Sucção traqueal para pacientes intubados c. POSIÇÃO NO LEITO E MOBILIZAÇÃO i. O paciente deve ser virado de lado a cada 30 min até recuperar a consciência e depois a cada hora, por 8-12h (para diminuir atelectasias). ii. Deambulação precoce: para evitar estase venosa d. DIETA i. Pac de cirurgias torácicas ou abdominais: não ingerir por aproximadamente 4d ii. Outros pacientes: ingesta após retorno da consciência e. LÍQUIDOS E ELETRÓLITOS i. Para repor perdas GI por drenos, fístulas ou estromas f. TUBOS DE DRENAGEM i. Detalhar tipo e presença de sucção, líquido e freqüência da irrigação, cuidado do local na saída da pele ii. Revisar os drenos, quantificar débito e tipo de secreção g. MEDICAÇÕES i. ATB ii. ANALGÉSICOS iii. SEDATIVOS iv. PROFILAXIA DE ÚLCERAS GÁSTRICAS (inibidores H2), principalmente em pacientes de UTI v. ANTIPIRÉTICOS vi. LAXANTES E EMOLIANTES FECAIS: usados seletivamente, quando indicados 4) PERIODO PÓS-OPERATÓRIO INTERMEDIÁRIO a. CUIDADO COM A FERIDA i. Remoção após 3-4d após operação, salvo se estiver úmido ou se o paciente sentir dor na ferida ou febre ii. Se ferida seca, não colocar curativo iii. Realizar teste do gram, caso haja ordenha positiva iv. Suturas ou grampos cutâneos devem ser removidos 5-6d após a operação e substituídos por fitas adesivas v. Suturas em pregas, extremidades ou locais de tensão devem ser preservadas por 2 semanas vi. O paciente poderá tomar banho (chuveiro) após 7 DPO se a incisão estiver se consolidando normalmente vii. Ferida contaminada: cicatrização primário tardio (cobertura frouxa com gaze por 4-5 d e, caso não haja ordenha, aproximar a borda com esparadrapos) ou por segunda intenção (caso haja ordenha positiva) viii. Deficiências na cicatrização 1. Deficiência de Vitamina C: interfere na síntese do colágeno 2. Deficiência de Vitamina A: diminui a velocidade de epitelização 3. Deficiências de cobre, magnésio: diminuem a velocidade da formação cicatricial 4. Uso de corticóides atrasa a cicatrização b. CONTROLE DOS DRENOS i. > 50Ml/8h: coloca-se boca sobre a boca do dreno; se drenagem escassa, cobre-se com gaze, trocado sempre evitando o encharcamento ii. Drenos de Penrose não podem ser deixados mais de 14d. Substituir drenos moles por cateteres de borracha, sendo irrigados periodicamente, se necessário >14d. c. CUIDADO PULMONAR PÓS-OPERATÓRIO i. Complicações: anestesia – edema agudo de pulmão e diminuição da capacidade vital e funcional residual (CFR). Alteram-se após 1-4h da operação, permanece alterada por 12-14h, por volta de 7d aumenta e retorna ao normal após 1 semana deste aumento. ii. Respiração profunda: diminui a atelectasia (hiperinsuflação periódica por espirômetro de incentivo, mobilização precoce) iii. Edema pulmonar PO: causado por IVE, sobrecarga líquida, diminuição da pressão oncótica, sepse, aumento da permeabilidade capilar...) d. Evolução diária i. Exame clínico e progressão fisiológica 1. Questões: sono, apetite, dejeções e diurese, dor, humor, eliminação de gases ii. Exame físico: segmentos e FO 1. Sinais vitais 2. Pele, diurese e mucosas 3. Ausculta pulmonar e cardíaca 4. Exame do abdome 5. Extremidades 6. Sinal de Homans 7. FO 8. Sondas, cateteres, drenos 9. Balanço hídrico iii. Exames laboratoriais e de imagem 5) INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA a. Imediata: manifesta-se dentro de minutos a 1-2h após operação b. Tardia: manifesta-se dentro de 48h após a operação i. Causas: embolia pulmonar, distensão abdominal, excesso de opióides ii. Manifestações: taquipnéia (acima de 25-30ipm), baixo volume corrente (<4mL/kg), PCO2 > 45mmHg, PO2 < 60mmHg, baixo débito cardíaco. iii. Tratamento: intubação endotraqueal imediata com suporte ventilatório de volume; hidratação cuidadosa; elevação de FIO2 causa desestabilização alveolar, prejudicar o centro respiratório diminuindo a ventilação; bloqueios epidurais em pacientes com DPOC para aliviar a dor e manter a função efetiva dos músculos respiratórios. 6) CONTROLE DE LÍQUIDOS E ELETRÓLITOS a. Considerar: necessidades de manutenção (febre, hiperventilação e aumento do catabolismo), necessidades extras (febre, queimaduras...), perdas por drenos e perda por edema tecidual e íleo paralítico; outros: idade, sexo, peso, SC. b. ND: 1.500-2.500mL.