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2B. • Envolve as células C e o marcador biológico é a calcitonina. • No esporádico, o tumor em geral é único. Na MEN ele envolve a metade superior de ambos os lobos. • O tratamento é a tireoidectomia total com linfadenectomia. • Pode ser utilizado escaneamento radioativo para ablação de tecido residual. Carcinoma anaplásico • Forma mais agressiva, responsável por menos de 1% dos tumores. Alta mortalidade, sobrevida de 50% em 6 meses. • Se apresenta normalmente em paciente idoso, que se queixa de disfagia, sensibilidade cervical e massa dolorosa no pescoço. Pode apresentar também síndrome da veia cava superior. • O tratamento é a tireoidectomia total, mas em pacientes com compressão de estruturas como traquéia e mediastino, deve ser adotada conduta conservadora, como a traqueostomia. Linfoma • Raro. O diagnostico deve ser considerado em pacientes que apresentam bócio com crescimento muito rápido. • Sintomas: rouquidão, disfagia, febre. • Diagnostico por PAAF. • Ressecção cirúrgica + trat clinico ABORDAGENS CIRÚRGICAS DA TIREÓIDE Abordagem cervical é a abordagem mais utilizada, tanto em processo benignos quanto malignos. É feita um incisão transversa a cerca da dois dedos acima das cabeças claviculares. As bordas laterais devem se aproximar do esternocleido. • Tireoidectomia total: retirada de todo o tecido tireóideo entre a entrada dos n. recorrentes bilateralmente pelo lig de Berry, resultando em remoção completa de todo tecido tireóide visível. o Vantagens: o uso pos-operatorio de I radioativo é mais eficaz e é possível usar níveis de pos-tireoglobulina quanto à recorrência. o Desvantagens: taxa mais alta de hipocalcemia e lesão do nervo. • Tireoidectomia quase total: dissecção completa de um lado, deixando um remanescente de tecido no lado contralateral, que devera incorporar as paratireóides. o Vantagens: taxas mais baixas de hipocalcemia e lesão do nervo o Desvantagens: possível recorrência no tecido da tireóide residual. • Lobectomia com istimectomia: o Vantagens: mais baixas de hipocalcemia e lesão do nervo o Desvantagens: pode precisar de tireoidectomia se diagnosticado câncer. A monitoração pos-operatória consiste na determinação da função tireoidiana e dosagem de cálcio serico. A determinação do cálcio deve ser feita em ate 24 horas. Se houver sintomas ou envolvimento das paratireóides, o paciente pode ser iniciado com 1500 a 3000mg de suplementos de cálcio, diariamente. Se o paciente estava eutireóideo antes da operação, deve-se esperar 10 dias antes da reposição. A dose de levotiroxina deve manter o TSH nos níveis mínimos normais. Complicações: • Lesão do laríngeo recorrente: ocorre em 3% após tireoidectomia total. Se houver lesão do n. laríngeo, este deve ser reparado com sutura por técnica microvascular. • Hipocalcemia: as taxas oscilam em 5%, sendo que 80% cessa em 12 meses. No caso de desvascularização das paraireóides, deve-se realizar a implantação em bolsa no esternocleido. • Sangramento: pode requerer imediata reexploração. Deve ser evitada com meticulosa hemostasia no fechamento. Âb àÜtutÄ{É ° zÜtÇwx Ä|uxÜàtwÉÜ wÉ {ÉÅxÅM á™ t Év|Éá|wtwx É xávÜtä|étAÊ (Fernandes Soares) PANCREATITE AGUDA POR: FRANCISCO TIAGO Pancreatite aguda biliar É uma doença sistêmica, cuja apresentação pode variar desde sintomas leves até disfunção orgânica multissistêmica e morte. DIAGNÓSTICO: Epidemiologia: dados imprecisos na literatura. Etiologia: * Cálculos biliares impactados na ampola em até 75% dos casos. * Cálculos biliares encontrados nas fezes de pacientes com pancreatite em 85% a 94%. * Bile no pâncreas: lesão vascular, estase, espasmo, pancreatite. * Em resumo: passagem do cálculo na ampola de Vater, mecanismo ainda desconhecido. Sinais e sintomas: * Dor abdominal: 95% a 100% - Em faixa: 30% a 50% - Epigástrica: 60% * Náuseas e vômitos: 80% * Gerais: - Confusão mental - Icterícia em até 25% (coledocolitíase, colangite, edema da cabeça do pâncreas) - Febre * Aparelho cardiovascular: - Vasodilatação - Taquicardia e hipotensão - Depressão do miocárdio - Choque misto (hipovolêmico + distributivo + cardiogênico) * Aparelho respiratório: - Atelectasia - Derrame pleural em 10% a 20% (principalmente à esquerda) - Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA) por degradação do surfactante * Aparelho digestivo e abdome: - Íleo paralítico - Hemorragia digestiva por úlcera de estresse - Ascite - Distenção abdominal - Equimose em Flancos (sinal de Grey-Turner) em 3% - Equimose periumbilical (sinal de Cullen) * Aparelho urinário: - Oligúria: >Necrose tubular (hipotensão e substâncias vasopressoras) >Deposição de fibrina nos glomérulos (tripsina ativando a coagulação). Laboratório (específico): * Amilase (elevação de 2 a 3 vezes o normal) * Lipase (elevação de 3 vezes o normal) Indicadores laboratoriais de necrose: *Proteína C reativa (presente em 90%) * Metalbumina (presente em 75%) Exames complementares: *Raio X: sinais inespecíficos (alça sentinela) *Ultra-sonografia *TC helicoidal contrastada Para o diagnóstico basta: amilase 3 vezes o valor normal, US demonstrando colelitíase e quadro clínico do paciente. TC helicoidal contrastada quando for imperativo afastar complicações como: abscessos, pseudocistos, infecções (punção guiada por TC) ou antes da laparotomia (para orientar o planejamento cirúrgico), obedecendo os critérios tomográficos de Baltazar. Diagnóstico diferencial: *Doenças cardiopulmonares (ECG, enzimas, raio X de tórax) *Doenças pépticas (endoscopia, pHmetria, manometria) *Litíase biliar (US, CPRE) *Neoplasias gastrintestinais (endoscopia, transito intestinal, TC) *Parasitoses (P. de fezes) *Doenças renais (S. de urina) *Doenças do fígado (perfil hepático, imagem) Critérios de Ranson (pancreatite grave se 3 ou mais critérios estão presentes): 24h 48h * Idade > 55 anos * Queda do hematócrito > 10% * Leucocitose > 16.000/mm3 * Aumento do BUN(?) > 5mg/dl * Glicemia > 200mg% * Calcemia < 8 mg% * LDH > 350 UI/I * PO2 < 60mmHg * TGO > 250 * Déficit de base > 4 mEq/l * Seqüestro hídrico > 6.000 ml Índice de gravidade APACHE II: * A: alterações fisiológicas agudas * B: faixa etária * C: doenças associadas Definindo gravidade: Pancreatite leve: *Ranson < 3 *Apache II < 9 * Mínima disfunção orgânica * Recuperação sem intercorrências em 48 a 72h. Pancreatite grave ou severa: * Disfunção orgânica (renal, pulmonar ou hemodinâmica) * Ranson > 3 * APACHE II > 9 * Complicações locais (necrose, abscesso ou pseudocisto). TRATAMENTO: Medidas gerais: * Dieta: zero até alivio dos sintomas e normalização da amilase. * Sonda nasogástrica: somente em caso de vômitos ou distenção abdominal. * Eletrólitos: reposição diária e com atenção especial para cálcio e magnésio. * Manutenção do volume intravascular: monitorização. - Pressão venosa central e diurese - Swan-Gans (monitorização invasiva): doenças cardiopulmonares,