Buscar

alimentação animal atividade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@mskellynunes
Componente curricular: Alimentação animal Curso: Medicina Veterinária
4º Período
ATIVIDADE
1. Citar e explicar o modo de ação de 6 aditivos
● Antioxidantes: São definidos como substâncias empregadas para preservar vários
alimentos por retardar deterioração, rancidez ou descoloração devido a oxidação. Os
Antioxidantes têm sido descritos como substâncias que atuam como inibidores de radicais
livres, interferindo no mecanismo de auto oxidação de lipídeos.
Há quatro mecanismos segundo os quais um antioxidante pode funcionar: doação
de hidrogênio pelo antioxidante; doação de elétrons pelo antioxidante; adição do lipídio ao
anel aromático do antioxidante; formação de um complexo entre lipídio e o anel aromático
do antioxidante. A deterioração dos alimentos é feita pelo ataque de O2, formando
peróxidos ou espécies reativas de oxigênio ou radicais livres, que são os responsáveis
pelo mau odor e arancificação dos alimentos, podendo causar doenças aos animais.
Vários compostos que são utilizados como antioxidantes de grau alimentar, tais
como, aqueles que exercem a função de sequestradores de radicais livres, absorventes
de oxigênio e quelantes.Os principais antioxidantes sintéticos são compostos fenólicos,
como BHA (hidroxianisol butilado), BHT(hidroxitolueno butilado) e Etoxiquim.Os principais
oxidantes naturais,amplamente utilizados, são os tocoferóis(vitamina E) e o ácido
ascórbico (vitamina C).
Conclui-se, pois, que, para evitar a oxidação, basta inativar a enzima ou eliminar
o oxigênio. Na prática, a inativação das enzimas é às vezes prejudicial e a eliminação
total do oxigênio é impossível, ficando, portanto evidenciada a importância dos
antioxidantes dentro das devidas precauções
● Umectantes: São substâncias com caráter hidrofílico que evitam a perda da
umidade dos alimentos, melhoram a uniformidade e modificam a textura; aumentam a
atividade de água dos alimentos; facilitam a dissolução de substâncias secas. Os álcoois
poliidroxilados são exemplos de substâncias empregadas com esta finalidade. Alguns
umectantes também apresentam características de doçura, como é o caso do sorbitol e
do glicerol, que às vezes substituem parte dos açúcares nas formulações. O glicerol é
utilizado na composição de ração animal seca.
O lactato de sódio tem sido utilizado para controlar e inibir o crescimento de certos
microrganismos durante a estocagem. Outros exemplos de umectantes: glicerol (mantém
a água através das ligações de hidrogênio), propilenoglicol, carragena. Uso: Alimento
semi-úmido para cães e gatos.
● Emulsificantes: São aditivos funcionais utilizados pela indústria para melhorar a
textura, a estabilidade, o volume, a maciez, a aeração e a homogeneidade, agregando
qualidade aos produtos. Além disso, esses aditivos podem modificar a fase contínua de
um produto, conferindo-lhe um efeito específico desejado, A maioria dos emulsificantes é
derivada de mono e diacilgliceróis ou de álcoois, sendo as classes mais utilizadas em
alimentos: os mono e diacilgliceróis,os mono e diacilgliceróis acetilados, os mono e
diacilgliceróis fosfatados, os ésteres de propilenoglicol, os ésteres de sorbitana, os
ésteres de sacarose, os ésteres de poliglicerol, os ésteres de lactato e a lecitina.
A estrutura dos emulsificantes é composta por uma parte hidrofílica, que interage
com a fase aquosa e outra lipofílica, que interage com a fase oleosa. Essa estrutura
permite a sua atuação na interface de duas substâncias imiscíveis. Para esta aplicação
em especial, torna-se imprescindível o correto balanço entre a hidrofilicidade e
lipofilicidade (HLB) da molécula do emulsificante. Quanto maior o valor do HLB, maior a
hidrofilicidade e, quanto menor o valor do HLB, maior a lipofilicidade. Dependendo desse
balanço, o aditivo poderá ser usado em emulsões do tipo água em óleo (A/O) ou óleo em
água.
Por suas moléculas serem pequenas possuem a capacidade de adsorver
rapidamente na nova superfície criada durante a emulsificação; portanto, protege as
novas gotículas de óleo ou de água formadas da coalescência.O emulsificante mantém
as gotículas separadas tão logo sejam formadas, protegendo a emulsão da coalescência
durante o armazenamento prolongado. Exemplos de emulsificantes: oligossacarídeos,
celulose, gomas, pectinas, caseína, ésteres de ácidos graxos, e lecitina.
Uso: leite em pó e sucedâneos.
● Antiumectante: Impedem que os alimentos absorvam umidade, já que reduzem a
capacidade higroscópica dos alimentos. Essas substâncias absorvem toda a umidade,
mas fazem isso sem se tornarem fisicamente úmidas. Além disso, os antiumectantes
reduzem também a tendência da adesão das partículas de alimentos, evitando que as
partículas se agrupem quando entram em contato com a água
Também melhoram a uniformidade e modificam textura e diminuem a atividade de
água dos alimentos. Exemplos de antiumectantes: Carbonato de magnésio, silicatos,
sorbato de potássio. Uso: Leite em pó e sucedâneo.
● Corantes: Os corantes são aditivos alimentícios definidos como toda substância
que confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento.São adicionados aos
alimentos processados para restaurar a cor perdida no processamento e preservar a
identidade do produto, assegurar a uniformidade da cor e intensificar a cor de alimentos
processados.
Na indústria existem duas classes de corantes, os sintéticos e os naturais. Dentre
os corantes sintéticos encontramos: amarelo (Tartazina e Crepúsculo), vermelho
(Bordeaux, Allura, Ponceaue Eritrozina), azul (Brilhante, Indigotine), verde (Apple,
Folha). Os corantes naturais:antocianinas, carmim de cochonilha, carotenóides, clorofila,
cúrcuma, riboflavina, urucum, xantofilas e caramelo, sendo o urucum o mais usado pela
indústria brasileira . O ácido carmínico é proveniente de corpos dissecados de fêmeas do
inseto cochonilha. O principal pigmento na cochonilha é o ácido carmínico e sua laca de
alumínio - cálcio, denominada carmim ou carmim de cochonilha, é facilmente reduzida a
pó. O carmim é um corante natural, tem uma ampla faixa de tonalidades vermelha que
também se estende do laranja ao vermelho substituindo os corantes sintéticos, em
especial a eritrosina. Vale lembrar que os corantes sintéticos não possuem valor
nutricional.
A longo prazo, o consumo frequente das rações com muitos ingredientes sintéticos
pode causar sensibilidade alimentar, comprometer o trato urinário e o funcionamento dos
rins e, até mesmo, culminar no surgimento de tumores em locais como o cérebro e as
glândulas adrenais.
● Aromatizante: Os aromatizantes servem para fornecer sabor e aroma aos
alimentos industrializados, aproximando-os ao máximo dos produtos naturais,
aumentando assim a aceitação do consumidor. Podem ser classificados como: natural,
sintético idêntico ao natural, artificial, de reação ou transformação, de fumaça.
Aroma natural é aquele em cuja elaboração utilizou-se exclusivamente
matéria-prima aromatizante natural, quimicamente definida ou também produto
aromatizante natural, obtidos a partir de matérias vegetais ou de animais.
Os aromatizantes artificiais, obtidos por meio de síntese, são muito mais utilizados
nos alimentos pelo seu alto poder aromatizante, baixo custo e persistência do aroma. Não
há perigo de toxicidade nos aromatizantes naturais, já nos artificiais, quando aplicados em
baixa dose, não há risco. Quando as doses são elevadas, podem provocar ações
irritantes e narcóticas, outros podem produzir toxicidade crônica em longo prazo, sempre
que são empregados em doses superiores às recomendadas.Provocam secreção das
glândulas , causando maior aproveitamento do alimento pelo organismo.
O aroma é indicador de qualidade do alimento, podendo indicar se o alimento está:
natural e fresco, mofados, rancificados ou em putrefação.
2. Explicar a utilização de antibióticos na alimentação animal em monogástricos
e em ruminantes
Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por microrganismos que, em
solução, apresentam a capacidade de destruir ou inibir o crescimento de outros
microorganismos.Adicionadosàs rações com três finalidades: 1. Estimular o crescimento
e a produção dos animais 2. Aumentar a eficiência nutritiva da ração 3. Prevenir ou curar
certas doenças infecciosas ou parasitárias.
São estimulantes do crescimento, pois atuam no intestino selecionando a
microflora intestinal e eliminando os microrganismos produtores de toxinas, levando a um
melhor aproveitamento dos alimentos por parte dos animais.
Os melhoradores de desempenho animal são classificados pelo MAPA em
antimicrobianos (também chamados de “antibióticos”) e em anticoccidianos (também
chamados de “ionóforos”), conforme seu mecanismo de ação contra os microrganismos
nocivos. Alguns produtos, como lasalocida, monensina e salinomicina, entram em ambas
as classificações.Os antibióticos e anticoccidianos apresentam efeitos positivos na
eficiência de absorção e utilização dos nutrientes.Assim, o controle da coccidiose tem sido
realizado através da adição de produtos anticoccidianos na ração.Quando um
anticoccidiano é de origem fermentativa, ele também pode ser chamado de “ionóforo”,
devido ao seu mecanismo de ação que interfere na absorção de diversos íons pelas
células dos parasitas. Na prática, o termo é mais usado quando o produto é destinado aos
ruminantes.
Ruminantes: Os benefícios da ação biológica dos ionóforos em bovinos estão no
aumento da eficiência do metabolismo energético e do metabolismo de nitrogênio pelas
bactérias ruminais e na diminuição dos distúrbios digestivos resultantes de fermentações
indesejadas.
Os ionóforos são produtos da fermentação de várias espécies de Streptomyces
(fungo), sendo que os mais empregados na alimentação de ruminantes são: Monensina,
Lasalocida, Narasina e Salinomicina.
Os ionóforos são antimicrobianos que inibem seletivamente o crescimento de
microrganismos. Em geral, eles alteram o fluxo de íons monovalentes pela membrana das
bactérias gram-positivas causando sua lise, e consequentemente, proporcionando
alteração da fermentação e dos produtos da digestão microbiana.
Todas as bactérias existentes, incluindo as ruminais, são classificadas em dois
grandes grupos: gram-positivas e gram-negativas. A diferença no modo de ação dos
ionóforos nesses microrganismos se deve à diferença entre as membranas celulares das
bactérias dos dois grupos. As gram-negativas possuem uma parede celular e uma
membrana externa de proteção com canais (orifícios que ligam o meio intracelular e
extracelular). Já as bactérias gram-positivas apresentam apenas uma membrana porosa,
não seletiva, sendo mais sensíveis à ação dos ionóforos.
As bactérias ruminais têm fatores de resistência presentes na estrutura da parede
celular, e esta é responsável por regular o balanço químico entre o meio interno e externo
da célula, mantido por um mecanismo chamado de bomba iônica. O ionóforo, ao se ligar
ao cátion de maior afinidade, transporta-o através da membrana celular para dentro da
bactéria. E esta, por meio do mecanismo da bomba iônica, na tentativa de manter sua
osmolaridade, utiliza sua energia, de forma excessiva, até deprimir suas reservas, o que
afeta o crescimento das bactérias gram-positivas e favorece o das gram-negativas.
Os diferentes ionóforos têm modo de ação comum, com pequenas diferenças,
como a especificidade por cátions e a capacidade de atingir determinadas concentrações
ruminais. Cada ionóforo é capaz de se ligar, conforme seu tamanho, com um cátion
apropriado. A monensina tem forte preferência por sódio e não se liga a íons bivalentes,
enquanto que a salinomicina tem maior afinidade por potássio, mas tem pouca afinidade
por íons bivalentes. A lasalocida tem afinidade por cátions bivalentes em adição aos
cátions monovalentes, sódio e potássio.
O mecanismo de ação dos ionóforos, então, se dá primeiramente pela alteração na
microbiota ruminal que, consequentemente, leva a um segundo mecanismo de ação,
definido como sistêmico, que afeta a resposta animal, incluindo melhora do metabolismo
energético e proteico. O incremento da participação de bactérias gram-negativas no
rúmen altera os produtos finais da fermentação, pelo aumento da proporção de propionato
e pela redução das proporções de acetato e butirato. Os benefícios da ação biológica dos
ionóforos aos bovinos incluem aumento da eficiência do metabolismo energético e
proteico das bactérias ruminais e do animal e diminuição de desordens digestivas
resultantes da fermentação ruminal anormal.
Monogástricos: O uso de promotor de crescimento antibiótico tem um papel
importante na nutrição dos animais monogástricos,principalmente aves e suínos,
mantendo o tipo e número de mais, nem menos. Com isso, há uma proteção adequada da
mucosa do intestino, o que confere uma melhor digestibilidade dos alimentos no trato
digestório
Há normativas do MAPA que proíbem o uso de alguns antibióticos de uso humano
na alimentação dos animais monogástricos. Além disso, em nutrição animal existe o
critério de usar somente aqueles antibióticos indicados como promotores de crescimento
(predominantemente contra bactérias Gram positivas, não utilizado em medicina humana
ou veterinária, não mutagênico, entre alguns dos critérios) ou para evitar a coccidiose
(ionóforos) na alimentação dos frangos.
REFERÊNCIAS
Efeitos dos ionóforos na alimentação do gado. Disponível em:
https://www.comprerural.com/efeitos-dos-ionoforos-na-alimentacao-do-gado/. 2017.
Elaborada por Compre Rural. Acesso em: 05 out. 2021.
GONZALES, Elisabeth et al. Uso de antibióticos promotores de crescimento na
alimentação e produção animal. 2012. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/revistaufg/article/download/48453/23781/#:~:text=O%20uso%2
0de%20promotor%20de,%2C%20nem%20mais%2C%20nem%20menos.. Acesso em: 05
out. 2021.
ADAMI, Fernanda Scherer; CONDE, Simara Rufatto. Alimentação e nutrição nos ciclos
da vida. Lajeado: Univates, 2016. 97 p. Disponível em:
https://www.univates.br/editora-univates/media/publicacoes/194/pdf_194.pdf. Acesso em:
05 out. 2021.

Outros materiais