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ALIMENTAÇÃO ANIMAL RICARDO NERY DE CASTRO Os custos com alimentação dos animais nos sistemas de produção corresponde de 50 a 70% do custo total. Devemos produzir mais, com mais eficiência e menor impacto ambiental. PRINCÍPIOS • Ausência de substâncias nocivas ou tóxicas aos animais. • Ausência de substâncias ou microorganismos nocivos aos humanos. • Evitar resíduos na produção e não contaminar o ambiente. • Formular dietas de custo mínimo. • Humanos e Animais não devem competir por alimentos. ALIMENTO – É uma substância que, consumida por um indivíduo, é capaz de contribuir para assegurar o ciclo regular de sua vida e a sobrevivência da espécie. NUTRIENTE – Componente do alimento, representando uma entidade química definida que, ao participar do metabolismo celular do animal, contribui para a manutenção da vida. NUTRIÇÃO – Processo de fornecimento de condições químicas necessárias para as reações metabólicas envolvidas na manutenção, crescimento, produção e reprodução das células do organismo animal. Envolve um conjunto de processos, desde a ingestão até a assimilação do nutriente pela célula. DIGESTÃO – Compreende processos químicos e físicos responsáveis pela transformação do alimento em nutrientes, os mecanismos de absorção dos nutrientes pelas células do trato gastrointestinal e também o transporte dos nutrientes pela circulação sanguínea ou linfática até o local de metabolismo. RAÇÃO – Quantidade total de alimento fornecido e consumido por um indivíduo em um período de 24 horas. Ração Balanceada é a quantidade de alimento fornecido e consumido pelos animais que supre equilibradamente todos os nutrientes. DIETA BALANCEADA – Proporção e formulação de ingredientes presentes na alimentação que possui a mesma composição nutricional que as exigências de determinado animal. É estimada com base nas exigências dos animais e nas composições dos ingredientes utilizados. INGREDIENTE – Qualquer matéria-prima utilizável na composição de uma ração, dieta, concentrado, suplemento. Existem quatro classes: Volumosos, Concentrados, Suplemento Alimentar e Aditivos. EXIGÊNCIA NUTRICIONAL – Quantidade de cada nutriente exigida por determinada categoria animal para a sua manutenção, produção e reprodução eficientes. CONSUMO DE ALIMENTOS – Quantidade de alimento ingerida pelo animal em um período de tempo, podendo ser expresso em Quantidades Absolutas (quilogramas de matéria seca por dia) e Quantidades Relativas (porcentagem do peso vivo ou do peso metabólico). Ad libitum é o consumo voluntário, quantidade de alimento ingerido durante um período de tempo que o alimento está disponível a todo o momento, com fácil acesso. CONVERSÃO ALIMENTAR – Capacidade do animal de converter o alimento em uma unidade de produto animal. Quanto maior a conversão alimentar, menos a eficiência de transformação do alimento. ca = consumo de alimento/produto animal. Já a Eficiência Alimentar se refere à quantidade de produto animal obtida por quantidade unitária de alimento. É o inverso da conversão alimentar. ea = produto animal/consumo de alimento DIGESTIBILIDADE – É a porção do alimento aproveitada pelos animais, fração digerível. Dada pelo Coeficiente de Digestibilidade, sendo a proporção de um alimento consumido que não é excretada nas fezes, e que se assume como absorvida pelo animal. Temos também a Digestibilidade Aparente, como valor considerado é a excreção fecal total, erros são computados pois as fezes não são compostas somente de resíduos não digeridos dos alimentos, há também a contribuição endógena. cda = consumo – excreção fecal/consumo. In vivo, controla-se o consumo dos animais e faz-se a coleta de fezes utilizando uma gaiola de metabolismo ou um arreio de coleta de fezes, ou com uso de marcadores para estimar a quantidade excretada de fezes e a digestibilidade da dieta, onde o marcador não deve ser digerido, mesma quantia ingerida deve ser excretada, não deve sofrer alteração e não deve alterar nenhum processo durante sua passagem. Existem marcadores internos (substâncias já presentes na dieta, como celulose, cinzas, FDN, FDA, etc) e marcadores externos (substâncias acrescidas artificialmente às dietas como Óxido de Crômio, Dióxido de Titânio, etc. CDms = 100 – [marcador dieta/marcador fezes]. DIGESTIBILIDADE REAL – É a correção de digestibilidade aparente pela excreção endógena, porém mesmo com a correção há ainda algum erro com relação ao valor verdadeiro, pois parte do nutriente se perde pela formação de gases que não podem ser coletados. cdr = consumo – (excreção fecal – excreção endógena)/consumo REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS – É a quantidade demandada conforme a espécie, sendo de Mantença (diária atendida), Produção (nível de produção esperada) e Reprodução (fase da gestação). Deve-se manter a mesma unidade entre os requerimentos e alimentos (%, g, kg, etc...) ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS • Aditivos são substâncias, microorganismos ou produtos formulados adicionados intencionalmente, que normalmente não se consomem com o alimento, tendo ou não valor nutritivo que afetem ou melhorem as características do alimento ou produtos animais. o Sensoriais e Tecnológicos – Não incrementam nutricionalmente, podendo ser Antioxidante (previnem ou retardam a degradação dos alimentos causados por radicais livres e ROS, pois o oxigênio diminui o valor nutritivo dos alimentos), Antiumectante (previne a absorção excessiva de água pelo alimento, auxiliando para que seja evitado a ação de microorganismos na ração), Corante (fornece cor para a ração, podendo ser naturais como urucum ou artificiais como antocianinas), Estabilizante (evita reações secundárias dos ingredientes ou separação de fases), Palatabilizante (transfere sabor à ração para aumentar o consumodo animal, podendo ser naturais como gorduras de origem animal ou artificiais como ésteres e fenóis), Aromatizante (agregam odor característico às rações, podendo ser naturais, provenientes dos ingredientes em si como gordura ou artificiais, provenientes de fontes adicionadas como acetato de metila, ésteres ou fenóis), Acidificante (promove a diminuição do pH da ração e evita a degradação dos alimentos através da acidez, inibindo o crescimento de microorganismos), Emulsificante (substância que permite a mistura de outras duas substâncias imiscíveis), Umectante (irão manter a umidade do alimento naqueles que tem tendência em perder umidade, mantendo a estabilidade e evitando a absorção excessiva da umidade pela parte seca). o Nutricionais – Vitaminas, Oligoelementos e Aminoácidos. o Zootécnicos – Digestivo, regulador de microbiota e melhorador de desempenho. • Enzimas – Promovem hidrólise dos componentes dos alimentos, tornando os nutrientes mais disponíveis para absorção. No entanto, algumas não são produzidas pelos animais em quantidades suficientes, o que diminui a eficiência da digestão. As enzimas melhoram a conversão alimentar e diminuem a quantidade de minerais excretados pelos animais, principalmente nitrogênio e fósforo. Exemplos são a beta-glucanase (aumenta digestibilidade de alimentos e auxilia o desenvolvimento primário do rúmen), protease (aumenta digestibilidade de proteínas), xilanase (hidrólise de polissacarídeos) e fitase (liberação de fósforo e maior absorção). • Aminoácidos – Unidades básicas de proteína, nutrientes fundamentais, ás vezes sendo necessário que seja adicionado de forma industrial. Alguns são a DL-Metionina (elemento estrutural de proteínas e enzimas além de precursor da cisteína, peptídeos e biossíntese proteíca), L-lisina (elemento estrutural de nucleotídeos e componente de enzimas, formação de proteínas e desenvolvimento muscular, colágenos e tecido ósseo), Treonina (deposição de proteínas e manutenção do funcionamento do sistema imune e digestivo) e Triptofano (precursor da serotonina). • Promotores de Crescimento e Anticoccidianos –Crescimento e melhoradores de desempenho animal, classificados em antimicrobianos (ou antibióticos) e anticoccidianos (ou ionóforos quando tem origem fermentativa e possui mecanismo de ação que interfere na absorção de íons por células de parasitas). Antibióticos e Anticoccidianos apresentam efeitos positivos na eficiência de absorção e utilização dos nutrientes, além do controle da coccidiose. Antibióticos estimulam o crescimento atuando na microflora intestinal e eliminando microorganismos produtores de toxinas, levando ao melhor aproveitamento de alimentos. Ionóforos em bovinos são utilizados para aumentar eficiência do metabolismo energético e de nitrogênios por bactérias ruminais e diminuição de distúrbios e fermentações indesejadas, podendo também diminuir emissão de metano e incidência de acidose. • Prebióticos – Ingredientes alimentares não digeridos no intestino delgado que estimulam seletivamente o crescimento ou metabolismo de um limitado grupo de bactérias, especialmente lactobacilos e bifidobactérias. Oligosacarídeos são ingredientes não digestíveis utilizados como substratos por bactérias intestinais úteis, como arabinose, galactose, manose e lactose. Os mais indicados são os Mananoligosacarídeos (MOS, estimulam o crescimento e ativam o metabolismo de bactérias benéficas, atuando como bloqueadores de sítios de aderência de bactérias patogênicas, imobilizando e reduzindo a capacidade delas se manterem no TGI como E.coli e salmonelas), Fructoligosacarídeos (FOS) e Galactoligosacarídeos (GOS). • Probióticos – Propósito de regular a microbiota intestinal. Produzem ácido láctido, substâncias antibióticas, vitaminas do complexo B, estimulam o sistema imune e agem por exclusão competitiva. Melhoram o balanço microbiano do intestino, e vários tipos posem ser utilizados, sendo os mais comuns os gram positivos Lactobacillus sp. A mais importante ação dos probióticos é a exclusão competitiva, onde o estabelecimento no TGI de bactérias úteis previnem a colonização de bactérias patogênicas. • Adsorventes de Micotoxinas – Compostos não absorvidos no TGI que possuem habilidade de se ligar fisicamente com substâncias químicas, como a aflatoxina, ocratoxinas e zearalenonas, impedindo sua absorção. Seus efeitos benéficos são diminuídos quando a ração está contaminada por aflatoxina e ocratoxina combinadas. • Aluminossilicatos – Sais minerais insolúveis, como zeólitas, bentonita, esmectita, sepiolita etc. Possuem funções de aumento do tempo de trânsito intestinal, diminuição da umidade das fezes, adsorção de toxinas e bactérias. • Pigmentadores – Reforçam e conferem cor aos produtos animais, melhorando aspecto visual. Compreendem carotenos (compostos vegetais com atividade pró-vitamina A e com cores amarelo, laranja e vermelho) e carotenóides, com o grau de pigmentação dependendo da concentração de xantofila no alimento, da composição da ração e das condições de saúde do animal. • Yucca schidigera – Contém saponinas, atua no metabolismo e inibe ação da urease, formação de uréia e amônia. Reduz odor das fezes, se liga a amônia e impede efeitos adversos à mucosa. • L-Carnitina – Aminoácido que transporta os ácidos graxos de cadeia longa na mitocôndria. Acelera a perda de peso, facilita a utilização das gorduras, reduz a produção de ácido láctico, economiza a Vitamina C e possui função antioxidante e contrátil do coração. • CLA – Atua no tecido adiposo subcutâneo e massa de gordura, diminuindo acúmulos. • Glicosamina e Condroitina – Glicosamina atua como precursora e estimulante da síntese de proteoglicanos e colágeno, extraída da quitina de crustáceos. Condroitina possui proteoglicanos que compõem a cartilagem, inibe enzimas que a destruam, extraída da cartilagem suína, bovina e de aves. FORMULAÇÃO DE RAÇÕES Na formulação, devemos encontrar o equilíbrio entre o requerimento animal e os nutrientes fornecidos pela análise bromatológica dos alimentos. Utiliza-se técnicas manuais (tentativa e erro, sistema de equações e quadrado de Pearson) e técnicas com uso de planilhas para equações (método computacional). • TENTATIVA E ERRO – Método que utiliza cálculos por tentativas, aumentando ou diminuindo as quantidades alimentares até que seja possível obter o resultado desejado. • SISTEMA DE EQUAÇÕES – Método que consiste em montar uma equação de quantidade e uma equação considerando um determinado nutriente, e em seguida resolver por sistema linear. • QUADRADO DE PEARSON – Escolher a espécie e fase animal, concentrado energético e proteíco. Estabelecer as exigiências do animal que está trabalhando e fazer o quadrado de Pearson para o cálculo. Executar a subtração dos níveis de PB dos concentrados com a da exigência, determinar a quantidade dos produtos desejados e a quantidade nutricional dos produtos. Esse método analisa somente um determinado nutriente e pode ser utilizado dois alimentos ou duas misturas de alimentos. o Em casos de dois ou mais ingredientes, devemos fazer uma pré-mistura com teor inferior ou superior ao objetivo pretendido. Essa pré-mistura funcionará como se fosse um aliment simples, que conjuntamente com a terceira matéria-prima constituirá a mistura final. • MÉTODO COMPUTACIONAL – Utiliza a programação linear, que faz o balanceamento dos nutrientes e ainda permite encontrar a ração de menor custo. Devido a complexidade, é feita por softwares. ALIMENTOS COMERCIAIS E CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS RÓTULO – No rótulo, é importante que estejam informações necessárias conforme legislação para que o produto possa ser comercializado. Deve informar para qual animal é o alimento, a que se destina, se é completo e balanceado. Deve informar suas informações nutricionais (matéria original, umidade, proteína, extrato etéreo, matéria mineral, fibra, fósforo e cálcio), instruções de uso, lista de ingredientes, endereço do fabricante, data de validade e fabricação, e peso líquido. Na interpretação do rótulo, deve destacar-se as concentrações nutricionais e ingredientes. QUALIDADE – A qualidade da ração dependerá da qualidade dos ingredientes, onde ambos estão interligados a fatores como digestibilidade, composição nutricional, biodisponibilidade dos nutrientes e fatores anti-nutricionais. Além disso, informações como qualidade do processamento, dos ingredientes e níveis nutricionais exatos não são fornecidos no rótulo. ALIMENTOS COMERCIAIS • Função – Completo e balanceado? Complementares como petiscos, ossinhos e biscoitos? Diversão? Limpeza dentária? Rações terapêuticas? • Tipo – Úmido? Semi-úmido? Seco? • Processamento – Em alimentos secos, cocção por extrusão. Em semi-úmidos, cocção por calor e extrusão. Em úmidos, cocção pelo calor. • Conservação – Em alimentos secos, baixa umidade, antifúngicos, acidificantes e antioxidantes. Em semi-úmidos, baixo pH, baixa Aw, antifúngicos e antioxidantes. Em úmidos, por esterilização enlatada sem conservantes. • Ingredientes – Em alimentos secos, milho, sorgo, farelo de arroz, soja e trigo, farinha de carne, ossos e vísceras de frango, carne fresca, gordura animal, óleos vegetais, minerais, vitaminas e antioxidantes. Em semi-úmidos, milho, farelo de arroz, soja e trigo, farinha de carne, ossos e vísceras de frango, carne fresca, gordura animal, óleos vegetais, minerais, vitaminas, açúcar, umectantes (glicerol), propileno glicol, ácidos orgânicos, antifúngicos, sais e antioxidantes. Em úmidos, carnes mecanicamente separadas, vísceras de frango e peixes, farinha de soja, amido de milho, gelatina e espessantes como carragena, pectina, gomas e alginato. • Recobrimento – Adição de líquidos (gorduras e palatabilizantes) e adição de pós (palatabilizantes, nutracêuticos etc). As vantagens englobam a melhora do processo de extrusão e maior ganho em palatabilidade. • Semi Úmido – Tendem a ter boa palatabilidade. Ricos em dissacarídeos. Quanto maior a % de água,menor a concentração energética sobre a matéria original. Deve-se ingerir um maior volume, ocasionando um aumento no custo da alimentação. 15 a 50% de água. • Patês – Misturas relativamente homogêneas de derivados cárneos, gorduras e agentes gelificantes. Usualmente não apresentam carboidratos. • Loafs – Pão, apresentam pedaços como carnes, proteína vegetal texturizada, ervilha, cenoura e macarrão. Apresentam carboidratos na forma de amido e farinhas. • Pedaços ao Molho – Fase sólida em pedaços, preparada separadamente ao forno. Fase líquida ao molho, mantendo o alimento em suspensão. • Úmido – Gomas, pectinas e alginatos. Formação de massa homogênea e consistente que mantém as partículas em suspensão, impedindo a estratificação e separação de minerais, gorduras, etc. Melhora a apreensão do alimento pelo animal. Gelificantes e espessantes. Possui de 72 a 85% de água, menor concentração energética. Digestibilidade, proteína, gordura, palatabilidade, sem conservantes. • Econômicos – Ingredientes baratos, adequação nutricional e formulada dentro do limite mínimo e máximo. Digestibilidade, palatabilidade e fezes volumosas. Cautela em seu uso para crescimento e lactação. • Premium – Fabricantes investem em marketing, apelo principal na palatabilidade e digestibilidade. Formulação variável, níveis nutricionais mais altos. Adequação nutricional, análise química mais detalhada. • Super Premium – Foco na qualidade, ingredientes caros. Vendidas em locais específicos, digestibilidade, disponibilidade dos nutrientes e densidade nutricional. Formulação fixa, garantidas por meio de testes com animais e protocolos reconhecidos. MANEJO ALIMENTAR PARA CÃES Fatores Importantes – Exigência da espécie conforme sua fisiologia, fase de vida, condição de saúde, habitat e estilo de vida. Processamento, apresentação e categoria do alimento. Manejo alimentar conforme a espécie, características e proprietário. Anatomicamente, o cão é carnívoro, mas seu hábito alimentar é onívoro. Necessita de maiores quantidades de proteína, aproveitam o amido processado e baixa fermentação no IG. Gliconeogênico. Energia – Importante para manutenção, crescimento, reprodução, lactação e exercícios físicos. Alguns fatores influenciam o consumo de energia, como distensão gástrica, resposta fisiológica ao aspecto e odor de alimentos, mudanças das concentrações plasmáticas de nutrientes, hormônios e peptídeos, disponibilidade de alimentos, horário e quantidade, textura, composição e palatabilidade do alimento. Carboidratos – Representam de 30 a 60% dos alimentos secos. Energia barata, fornecem energia por glicose e amido. Dá estrutura e textura ao alimento, além de fibras para a saúde intestinal. Amido – Possui função estrutural no extrudado, relacionado à forma, textura, dureza, densidade e palatabilidade. Quanto mais rápida e complexa a digestão, mais rápida e intensa será a curva glicêmica. Amidos são resistentes. Fibras – Correspondem de 1 a 6,5% de alimentos secos. São resistentes a enzimas digestivas, possuem efeitos benéficos para a saúde intestinal. Atuam na fermentação por acético, propiônico e butírico, gera energia para colonócitos. Geram solubilidade e fermentabilidade. Dependendo do tipo e qualidade, interfere na digestibilidade, aumento de fezes e palatabilidade. Se relacionam com dietas para perda de peso, diabetes, etc. Proteínas – Tem diversas funções, como palatabilidade e aceitação, valor biológico e disponibilidade de aminoácidos, regulação do metabolismo, elementos estruturais, substâncias de transporte, osmorreguladores, componentes de ác. nucléicos e defesa do organismo. Lipídeos – Fonte de energia da dieta. Aumenta a densidade energética. Fonte de ácidos graxos essenciais, como triacilgliceróis, colesterol, esteróides, fosfolipídeos, esfingolipídeos e eicosanóides. Dá sabor e textura ao alimento, palatabilidade. Os principais ácidos graxos para cães e gatos são o ácido linoléico (que não é sintetizado por eles), ácido araquidônico, ácido alfa- linolênico, EPA + DHA, w-3 e w-6. Animais filhotes, idosos ou doentes tem reduzidas ou ausentes atividades das enzimas elongases e dessaturases, dessa forma devem ter suprimentos diretos. Obesidade – Diversos fatores contribuem para o distúrbio, como fatores do manejo, idade, predisposição genética, sexo, castração, medicamentos, fatores ambientais, problemas endócrinos e outros. Algumas raças são mais susceptíveis, conforme tabela ao lado. Alimentação Natural – Os efeitos que estes podem causar em animais de estimação são diversos, desde parâmetros relacionados ao surgimento de doenças, por afetarem o metabolismo de proteínas, carboidratos e/ou lipídeos, até fatores ligados à qualidade fecal e segurança alimentar. É importante uma avaliação criteriosa e científia deste nicho de mercado, buscando estabelecer suas vantagens e desvantagens sob o ponto de vista nutricional e segurança alimentar. Dieta Natural ou BARF – Dieta composta por alimentos de origem animal crus, juntamente com vegetais. Elevados riscos de segurança alimentar para animais e tutores (salomenlose, toxoplasmose e verminoses). Cão Atlético 70% proteína 20% CHO 10% fibras Cães Indoor 35% ou 1/3 proteína 35% ou 1/3 CHO 30% ou 1/3 fibras Consumo Porte Miniatura até 3kgs – 7% PV Porte Miniatura 3 a 5kgs – 6% PV Raças com Alto Gasoto Energético – 5% PV Demais Raças – 2 a 3,5% PV Alimentos Proteínas – 1 fonte por refeição, oferecer uma vez por semana sempre cozido, refogado ou assado. Carboidratos – 1 fonte por refeição, tubérculos sempre cozidos e descascados. Fibras – 2 ou 3 fontes por refeições. Frutas – Utilizadas como petiscos, com exceção de uva, uva passa, abacate e carambola. Preparo e Armazenamento Cozinhar, refogar e assar Refrigerado na geladeira por 3 dias Congelado no freezer por 2 meses Saquinhos ou Tupperware Temperar somente com Sal Utilizar aditivos e suplementação, aminoácidos, prebióticos, probióticos, vitaminas Alterações Diminuição do consumo de água e volume de fezes, comem mais rápido, perda de peso e beterraba podendo deixar urina avermelhada ALIMENTOS QUE DEVEM SER EVITADOS • Chocolate, por conter teobromina que não é metaboliada. • Abacate, por conter persina que pode causar desarranjos gastrointestinais. • Batatas, inhame, mandioquinha e cará crus e suas cascas, apresentam solamina, toxina que pode provocar distúrbios gastrointestinais e afetar SNC e urinário. • Linhaça crua, contém ácido erúcico, que pode intoxicar. • Macadâmia, possui toxina que pode afetar SN e Muscular. • Uva e Uva Passa, possuem toxina que pode afetar os rins. • Cebola, tanto cru quanto cozido contém sulfoxidos e disulfídeos que afetam hemácias. • Alho, também pode causar anemia. • Ovo cru, contém avidina que reduz absorção da biotina, problemas de pele, Salmonela. • Noz-moscada, pode causar tremores e danos ao SNC. Dieta Nutracêutica – Inclui alimentos funcionais e nutrientes isolados, alimentos processados ou modificados, apresentam benefícios à saúde e atuam na prevenção ou tratamento de doenças. SISTEMAS DE PASTEJO – Estacionalidade, pastejo contínuo, controle de consumo, período de descanso e de pastejo, pasto rotacionado, manejo conforme áreas de sombreamento ou ensolaração, qualidade de produção e manejo, extensivo e intensivo, relação com clima. Podem ocorrer duas situações caso não se maneje corretamente as pastagens, como ganho do animal ou ganho por área, decaindo os níveis de produção ou aumentando custos.
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