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ALIMENTAÇÃO ANIMAL - Resumo

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ALIMENTAÇÃO ANIMAL 
RICARDO NERY DE CASTRO 
 
Os custos com alimentação dos animais nos sistemas de produção corresponde de 50 a 70% do 
custo total. Devemos produzir mais, com mais eficiência e menor impacto ambiental. 
PRINCÍPIOS 
• Ausência de substâncias nocivas ou tóxicas aos animais. 
• Ausência de substâncias ou microorganismos nocivos aos humanos. 
• Evitar resíduos na produção e não contaminar o ambiente. 
• Formular dietas de custo mínimo. 
• Humanos e Animais não devem competir por alimentos. 
ALIMENTO – É uma substância que, consumida por um indivíduo, é capaz de contribuir para 
assegurar o ciclo regular de sua vida e a sobrevivência da espécie. 
NUTRIENTE – Componente do alimento, representando uma entidade química definida que, ao 
participar do metabolismo celular do animal, contribui para a manutenção da vida. 
NUTRIÇÃO – Processo de fornecimento de condições químicas necessárias para as reações 
metabólicas envolvidas na manutenção, crescimento, produção e reprodução das células do 
organismo animal. Envolve um conjunto de processos, desde a ingestão até a assimilação do 
nutriente pela célula. 
DIGESTÃO – Compreende processos químicos e físicos responsáveis pela transformação do alimento 
em nutrientes, os mecanismos de absorção dos nutrientes pelas células do trato gastrointestinal e 
também o transporte dos nutrientes pela circulação sanguínea ou linfática até o local de 
metabolismo. 
RAÇÃO – Quantidade total de alimento fornecido e consumido por um indivíduo em um período de 
24 horas. Ração Balanceada é a quantidade de alimento fornecido e consumido pelos animais que 
supre equilibradamente todos os nutrientes. 
DIETA BALANCEADA – Proporção e formulação de ingredientes presentes na alimentação que possui 
a mesma composição nutricional que as exigências de determinado animal. É estimada com base nas 
exigências dos animais e nas composições dos ingredientes utilizados. 
INGREDIENTE – Qualquer matéria-prima utilizável na composição de uma ração, dieta, concentrado, 
suplemento. Existem quatro classes: Volumosos, Concentrados, Suplemento Alimentar e Aditivos. 
EXIGÊNCIA NUTRICIONAL – Quantidade de cada nutriente exigida por determinada categoria animal 
para a sua manutenção, produção e reprodução eficientes. 
CONSUMO DE ALIMENTOS – Quantidade de alimento ingerida pelo animal em um período de 
tempo, podendo ser expresso em Quantidades Absolutas (quilogramas de matéria seca por dia) e 
Quantidades Relativas (porcentagem do peso vivo ou do peso metabólico). Ad libitum é o consumo 
voluntário, quantidade de alimento ingerido durante um período de tempo que o alimento está 
disponível a todo o momento, com fácil acesso. 
 
CONVERSÃO ALIMENTAR – Capacidade do animal de converter o alimento em uma unidade de 
produto animal. Quanto maior a conversão alimentar, menos a eficiência de transformação do 
alimento. ca = consumo de alimento/produto animal. Já a Eficiência Alimentar se refere à 
quantidade de produto animal obtida por quantidade unitária de alimento. É o inverso da conversão 
alimentar. ea = produto animal/consumo de alimento 
DIGESTIBILIDADE – É a porção do alimento aproveitada pelos animais, fração digerível. Dada pelo 
Coeficiente de Digestibilidade, sendo a proporção de um alimento consumido que não é excretada 
nas fezes, e que se assume como absorvida pelo animal. Temos também a Digestibilidade Aparente, 
como valor considerado é a excreção fecal total, erros são computados pois as fezes não são 
compostas somente de resíduos não digeridos dos alimentos, há também a contribuição endógena. 
cda = consumo – excreção fecal/consumo. In vivo, controla-se o consumo dos animais e faz-se a 
coleta de fezes utilizando uma gaiola de metabolismo ou um arreio de coleta de fezes, ou com uso 
de marcadores para estimar a quantidade excretada de fezes e a digestibilidade da dieta, onde o 
marcador não deve ser digerido, mesma quantia ingerida deve ser excretada, não deve sofrer 
alteração e não deve alterar nenhum processo durante sua passagem. Existem marcadores internos 
(substâncias já presentes na dieta, como celulose, cinzas, FDN, FDA, etc) e marcadores externos 
(substâncias acrescidas artificialmente às dietas como Óxido de Crômio, Dióxido de Titânio, etc. 
CDms = 100 – [marcador dieta/marcador fezes]. 
DIGESTIBILIDADE REAL – É a correção de digestibilidade aparente pela excreção endógena, porém 
mesmo com a correção há ainda algum erro com relação ao valor verdadeiro, pois parte do 
nutriente se perde pela formação de gases que não podem ser coletados. cdr = consumo – (excreção 
fecal – excreção endógena)/consumo 
REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS – É a quantidade demandada conforme a espécie, sendo de 
Mantença (diária atendida), Produção (nível de produção esperada) e Reprodução (fase da 
gestação). Deve-se manter a mesma unidade entre os requerimentos e alimentos (%, g, kg, etc...) 
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS 
• Aditivos são substâncias, microorganismos ou produtos formulados adicionados 
intencionalmente, que normalmente não se consomem com o alimento, tendo ou não valor 
nutritivo que afetem ou melhorem as características do alimento ou produtos animais. 
o Sensoriais e Tecnológicos – Não incrementam nutricionalmente, podendo ser Antioxidante 
(previnem ou retardam a degradação dos alimentos causados por radicais livres e ROS, pois o 
oxigênio diminui o valor nutritivo dos alimentos), Antiumectante (previne a absorção 
excessiva de água pelo alimento, auxiliando para que seja evitado a ação de 
microorganismos na ração), Corante (fornece cor para a ração, podendo ser naturais como 
urucum ou artificiais como antocianinas), Estabilizante (evita reações secundárias dos 
ingredientes ou separação de fases), Palatabilizante (transfere sabor à ração para aumentar 
o consumodo animal, podendo ser naturais como gorduras de origem animal ou artificiais 
como ésteres e fenóis), Aromatizante (agregam odor característico às rações, podendo ser 
naturais, provenientes dos ingredientes em si como gordura ou artificiais, provenientes de 
fontes adicionadas como acetato de metila, ésteres ou fenóis), Acidificante (promove a 
diminuição do pH da ração e evita a degradação dos alimentos através da acidez, inibindo o 
crescimento de microorganismos), Emulsificante (substância que permite a mistura de outras 
duas substâncias imiscíveis), Umectante (irão manter a umidade do alimento naqueles que 
tem tendência em perder umidade, mantendo a estabilidade e evitando a absorção 
excessiva da umidade pela parte seca). 
o Nutricionais – Vitaminas, Oligoelementos e Aminoácidos. 
o Zootécnicos – Digestivo, regulador de microbiota e melhorador de desempenho. 
• Enzimas – Promovem hidrólise dos componentes dos alimentos, tornando os nutrientes mais 
disponíveis para absorção. No entanto, algumas não são produzidas pelos animais em quantidades 
suficientes, o que diminui a eficiência da digestão. As enzimas melhoram a conversão alimentar e 
diminuem a quantidade de minerais excretados pelos animais, principalmente nitrogênio e fósforo. 
Exemplos são a beta-glucanase (aumenta digestibilidade de alimentos e auxilia o desenvolvimento 
primário do rúmen), protease (aumenta digestibilidade de proteínas), xilanase (hidrólise de 
polissacarídeos) e fitase (liberação de fósforo e maior absorção). 
• Aminoácidos – Unidades básicas de proteína, nutrientes fundamentais, ás vezes sendo necessário 
que seja adicionado de forma industrial. Alguns são a DL-Metionina (elemento estrutural de proteínas 
e enzimas além de precursor da cisteína, peptídeos e biossíntese proteíca), L-lisina (elemento 
estrutural de nucleotídeos e componente de enzimas, formação de proteínas e desenvolvimento 
muscular, colágenos e tecido ósseo), Treonina (deposição de proteínas e manutenção do 
funcionamento do sistema imune e digestivo) e Triptofano (precursor da serotonina). 
• Promotores de Crescimento e Anticoccidianos –Crescimento e melhoradores de desempenho 
animal, classificados em antimicrobianos (ou antibióticos) e anticoccidianos (ou ionóforos quando 
tem origem fermentativa e possui mecanismo de ação que interfere na absorção de íons por células 
de parasitas). Antibióticos e Anticoccidianos apresentam efeitos positivos na eficiência de absorção e 
utilização dos nutrientes, além do controle da coccidiose. Antibióticos estimulam o crescimento 
atuando na microflora intestinal e eliminando microorganismos produtores de toxinas, levando ao 
melhor aproveitamento de alimentos. Ionóforos em bovinos são utilizados para aumentar eficiência 
do metabolismo energético e de nitrogênios por bactérias ruminais e diminuição de distúrbios e 
fermentações indesejadas, podendo também diminuir emissão de metano e incidência de acidose. 
• Prebióticos – Ingredientes alimentares não digeridos no intestino delgado que estimulam 
seletivamente o crescimento ou metabolismo de um limitado grupo de bactérias, especialmente 
lactobacilos e bifidobactérias. Oligosacarídeos são ingredientes não digestíveis utilizados como 
substratos por bactérias intestinais úteis, como arabinose, galactose, manose e lactose. Os mais 
indicados são os Mananoligosacarídeos (MOS, estimulam o crescimento e ativam o metabolismo de 
bactérias benéficas, atuando como bloqueadores de sítios de aderência de bactérias patogênicas, 
imobilizando e reduzindo a capacidade delas se manterem no TGI como E.coli e salmonelas), 
Fructoligosacarídeos (FOS) e Galactoligosacarídeos (GOS). 
• Probióticos – Propósito de regular a microbiota intestinal. 
Produzem ácido láctido, substâncias antibióticas, vitaminas do 
complexo B, estimulam o sistema imune e agem por exclusão 
competitiva. Melhoram o balanço microbiano do intestino, e vários 
tipos posem ser utilizados, sendo os mais comuns os gram positivos 
Lactobacillus sp. A mais importante ação dos probióticos é a exclusão 
competitiva, onde o estabelecimento no TGI de bactérias úteis 
previnem a colonização de bactérias patogênicas. 
• Adsorventes de Micotoxinas – Compostos não absorvidos no TGI 
que possuem habilidade de se ligar fisicamente com substâncias 
químicas, como a aflatoxina, ocratoxinas e zearalenonas, impedindo 
sua absorção. Seus efeitos benéficos são diminuídos quando a ração 
está contaminada por aflatoxina e ocratoxina combinadas. 
• Aluminossilicatos – Sais minerais insolúveis, como zeólitas, 
bentonita, esmectita, sepiolita etc. Possuem funções de aumento do 
tempo de trânsito intestinal, diminuição da umidade das fezes, 
adsorção de toxinas e bactérias. 
• Pigmentadores – Reforçam e conferem cor aos produtos animais, 
melhorando aspecto visual. Compreendem carotenos (compostos 
vegetais com atividade pró-vitamina A e com cores amarelo, laranja e 
vermelho) e carotenóides, com o grau de pigmentação dependendo da concentração de xantofila no 
alimento, da composição da ração e das condições de saúde do animal. 
• Yucca schidigera – Contém saponinas, atua no metabolismo e inibe ação da urease, formação de 
uréia e amônia. Reduz odor das fezes, se liga a amônia e impede efeitos adversos à mucosa. 
• L-Carnitina – Aminoácido que transporta os ácidos graxos de cadeia longa na mitocôndria. Acelera a 
perda de peso, facilita a utilização das gorduras, reduz a produção de ácido láctico, economiza a 
Vitamina C e possui função antioxidante e contrátil do coração. 
• CLA – Atua no tecido adiposo subcutâneo e massa de gordura, diminuindo acúmulos. 
• Glicosamina e Condroitina – Glicosamina atua como precursora e estimulante da síntese de 
proteoglicanos e colágeno, extraída da quitina de crustáceos. Condroitina possui proteoglicanos que 
compõem a cartilagem, inibe enzimas que a destruam, extraída da cartilagem suína, bovina e de aves. 
 
FORMULAÇÃO DE RAÇÕES 
Na formulação, devemos encontrar o equilíbrio entre o requerimento animal e os nutrientes 
fornecidos pela análise bromatológica dos alimentos. Utiliza-se técnicas manuais (tentativa e erro, 
sistema de equações e quadrado de Pearson) e técnicas com uso de planilhas para equações 
(método computacional). 
• TENTATIVA E ERRO – Método que utiliza cálculos por tentativas, aumentando ou diminuindo as 
quantidades alimentares até que seja possível obter o resultado desejado. 
• SISTEMA DE EQUAÇÕES – Método que consiste em montar uma equação de quantidade e uma 
equação considerando um determinado nutriente, e em seguida resolver por sistema linear. 
 
• QUADRADO DE PEARSON – Escolher a espécie e fase animal, 
concentrado energético e proteíco. Estabelecer as exigiências do 
animal que está trabalhando e fazer o quadrado de Pearson 
para o cálculo. Executar a subtração dos níveis de PB dos 
concentrados com a da exigência, determinar a quantidade dos 
produtos desejados e a quantidade nutricional dos produtos. 
Esse método analisa somente um determinado nutriente e pode 
ser utilizado dois alimentos ou duas misturas de alimentos. 
o Em casos de dois ou mais ingredientes, devemos fazer uma pré-mistura com teor inferior ou 
superior ao objetivo pretendido. Essa pré-mistura funcionará como se fosse um aliment 
simples, que conjuntamente com a terceira matéria-prima constituirá a mistura final. 
• MÉTODO COMPUTACIONAL – Utiliza a programação linear, que faz o balanceamento dos nutrientes e 
ainda permite encontrar a ração de menor custo. Devido a complexidade, é feita por softwares. 
 
ALIMENTOS COMERCIAIS E CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS 
RÓTULO – No rótulo, é importante que estejam informações necessárias conforme legislação para 
que o produto possa ser comercializado. Deve informar para qual animal é o alimento, a que se 
destina, se é completo e balanceado. Deve informar suas informações nutricionais (matéria original, 
umidade, proteína, extrato etéreo, matéria mineral, fibra, fósforo e cálcio), instruções de uso, lista de 
ingredientes, endereço do fabricante, data de validade e fabricação, e peso líquido. Na interpretação 
do rótulo, deve destacar-se as concentrações nutricionais e ingredientes. 
QUALIDADE – A qualidade da ração dependerá da qualidade dos ingredientes, onde ambos estão 
interligados a fatores como digestibilidade, composição nutricional, biodisponibilidade dos 
nutrientes e fatores anti-nutricionais. Além disso, informações como qualidade do processamento, 
dos ingredientes e níveis nutricionais exatos não são fornecidos no rótulo. 
ALIMENTOS COMERCIAIS 
• Função – Completo e balanceado? Complementares como petiscos, ossinhos e biscoitos? Diversão? 
Limpeza dentária? Rações terapêuticas? 
• Tipo – Úmido? Semi-úmido? Seco? 
• Processamento – Em alimentos secos, cocção por extrusão. Em semi-úmidos, cocção por calor e 
extrusão. Em úmidos, cocção pelo calor. 
• Conservação – Em alimentos secos, baixa umidade, antifúngicos, acidificantes e antioxidantes. Em 
semi-úmidos, baixo pH, baixa Aw, antifúngicos e antioxidantes. Em úmidos, por esterilização enlatada 
sem conservantes. 
• Ingredientes – Em alimentos secos, milho, sorgo, farelo de arroz, soja e trigo, farinha de carne, ossos 
e vísceras de frango, carne fresca, gordura animal, óleos vegetais, minerais, vitaminas e antioxidantes. 
Em semi-úmidos, milho, farelo de arroz, soja e trigo, farinha de carne, ossos e vísceras de frango, 
carne fresca, gordura animal, óleos vegetais, minerais, vitaminas, açúcar, umectantes (glicerol), 
propileno glicol, ácidos orgânicos, antifúngicos, sais e antioxidantes. Em úmidos, carnes 
mecanicamente separadas, vísceras de frango e peixes, farinha de soja, amido de milho, gelatina e 
espessantes como carragena, pectina, gomas e alginato. 
• Recobrimento – Adição de líquidos (gorduras e palatabilizantes) e adição de pós (palatabilizantes, 
nutracêuticos etc). As vantagens englobam a melhora do processo de extrusão e maior ganho em 
palatabilidade. 
• Semi Úmido – Tendem a ter boa palatabilidade. Ricos em dissacarídeos. Quanto maior a % de água,menor a concentração energética sobre a matéria original. Deve-se ingerir um maior volume, 
ocasionando um aumento no custo da alimentação. 15 a 50% de água. 
• Patês – Misturas relativamente homogêneas de derivados cárneos, gorduras e agentes gelificantes. 
Usualmente não apresentam carboidratos. 
• Loafs – Pão, apresentam pedaços como carnes, proteína vegetal texturizada, ervilha, cenoura e 
macarrão. Apresentam carboidratos na forma de amido e farinhas. 
• Pedaços ao Molho – Fase sólida em pedaços, preparada separadamente ao forno. Fase líquida ao 
molho, mantendo o alimento em suspensão. 
• Úmido – Gomas, pectinas e alginatos. Formação de massa homogênea e consistente que mantém as 
partículas em suspensão, impedindo a estratificação e separação de minerais, gorduras, etc. Melhora 
a apreensão do alimento pelo animal. Gelificantes e espessantes. Possui de 72 a 85% de água, menor 
concentração energética. Digestibilidade, proteína, gordura, palatabilidade, sem conservantes. 
• Econômicos – Ingredientes baratos, adequação nutricional e formulada dentro do limite mínimo e 
máximo. Digestibilidade, palatabilidade e fezes volumosas. Cautela em seu uso para crescimento e 
lactação. 
• Premium – Fabricantes investem em marketing, apelo principal na palatabilidade e digestibilidade. 
Formulação variável, níveis nutricionais mais altos. Adequação nutricional, análise química mais 
detalhada. 
• Super Premium – Foco na qualidade, ingredientes caros. Vendidas em locais específicos, 
digestibilidade, disponibilidade dos nutrientes e densidade nutricional. Formulação fixa, garantidas 
por meio de testes com animais e protocolos reconhecidos. 
MANEJO ALIMENTAR PARA CÃES 
Fatores Importantes – Exigência da espécie conforme sua fisiologia, fase de vida, condição de saúde, 
habitat e estilo de vida. Processamento, apresentação e categoria do alimento. Manejo alimentar 
conforme a espécie, características e proprietário. Anatomicamente, o cão é carnívoro, mas seu 
hábito alimentar é onívoro. Necessita de maiores quantidades de proteína, aproveitam o amido 
processado e baixa fermentação no IG. Gliconeogênico. 
Energia – Importante para manutenção, crescimento, reprodução, lactação e exercícios físicos. 
Alguns fatores influenciam o consumo de energia, como distensão gástrica, resposta fisiológica ao 
aspecto e odor de alimentos, mudanças das concentrações plasmáticas de nutrientes, hormônios e 
peptídeos, disponibilidade de alimentos, horário e quantidade, textura, composição e palatabilidade 
do alimento. 
Carboidratos – Representam de 30 a 60% dos alimentos secos. Energia barata, fornecem energia por 
glicose e amido. Dá estrutura e textura ao alimento, além de fibras para a saúde intestinal. 
Amido – Possui função estrutural no extrudado, relacionado à forma, textura, dureza, densidade e 
palatabilidade. Quanto mais rápida e complexa a digestão, mais rápida e intensa será a curva 
glicêmica. Amidos são resistentes. 
Fibras – Correspondem de 1 a 6,5% de alimentos secos. São resistentes a enzimas digestivas, 
possuem efeitos benéficos para a saúde intestinal. Atuam na fermentação por acético, propiônico e 
butírico, gera energia para colonócitos. Geram solubilidade e fermentabilidade. Dependendo do tipo 
e qualidade, interfere na digestibilidade, aumento de fezes e palatabilidade. Se relacionam com 
dietas para perda de peso, diabetes, etc. 
Proteínas – Tem diversas funções, como 
palatabilidade e aceitação, valor biológico e 
disponibilidade de aminoácidos, regulação do 
metabolismo, elementos estruturais, substâncias 
de transporte, osmorreguladores, componentes de 
ác. nucléicos e defesa do organismo. 
Lipídeos – Fonte de energia da dieta. Aumenta a 
densidade energética. Fonte de ácidos graxos 
essenciais, como triacilgliceróis, colesterol, esteróides, fosfolipídeos, 
esfingolipídeos e eicosanóides. Dá sabor e textura ao alimento, 
palatabilidade. Os principais ácidos graxos para cães e gatos são o ácido 
linoléico (que não é sintetizado por eles), ácido araquidônico, ácido alfa-
linolênico, EPA + DHA, w-3 e w-6. Animais filhotes, idosos ou doentes 
tem reduzidas ou ausentes atividades das enzimas elongases e 
dessaturases, dessa forma devem ter suprimentos diretos. 
Obesidade – Diversos fatores contribuem para o distúrbio, como fatores 
do manejo, idade, predisposição genética, sexo, castração, 
medicamentos, fatores ambientais, problemas endócrinos e outros. 
Algumas raças são mais susceptíveis, conforme tabela ao lado. 
Alimentação Natural – Os efeitos que estes podem causar em animais 
de estimação são diversos, desde parâmetros relacionados ao surgimento de doenças, por afetarem 
o metabolismo de proteínas, carboidratos e/ou lipídeos, até fatores ligados à qualidade fecal e 
segurança alimentar. É importante uma avaliação criteriosa e científia deste nicho de mercado, 
buscando estabelecer suas vantagens e desvantagens sob o ponto de vista nutricional e segurança 
alimentar. 
Dieta Natural ou BARF – Dieta composta por alimentos de origem animal crus, juntamente com 
vegetais. Elevados riscos de segurança alimentar para animais e tutores (salomenlose, toxoplasmose 
e verminoses). 
 
Cão Atlético 
70% proteína 
20% CHO 
10% fibras 
 
Cães Indoor 
35% ou 1/3 proteína 
35% ou 1/3 CHO 
30% ou 1/3 fibras 
 
Consumo 
Porte Miniatura até 3kgs – 7% PV 
Porte Miniatura 3 a 5kgs – 6% PV 
Raças com Alto Gasoto Energético – 5% PV 
Demais Raças – 2 a 3,5% PV 
 
 
 
Alimentos 
Proteínas – 1 fonte por refeição, oferecer uma vez 
por semana sempre cozido, refogado ou assado. 
Carboidratos – 1 fonte por refeição, tubérculos 
sempre cozidos e descascados. 
Fibras – 2 ou 3 fontes por refeições. 
Frutas – Utilizadas como petiscos, com exceção de 
uva, uva passa, abacate e carambola. 
 
 
 
Preparo e Armazenamento 
Cozinhar, refogar e assar 
Refrigerado na geladeira por 3 dias 
Congelado no freezer por 2 meses 
Saquinhos ou Tupperware 
Temperar somente com Sal 
Utilizar aditivos e suplementação, aminoácidos, 
prebióticos, probióticos, vitaminas 
 
Alterações 
Diminuição do consumo de água e volume de fezes, 
comem mais rápido, perda de peso e beterraba 
podendo deixar urina avermelhada 
 
ALIMENTOS QUE DEVEM SER EVITADOS 
• Chocolate, por conter teobromina que não é metaboliada. 
• Abacate, por conter persina que pode causar desarranjos gastrointestinais. 
• Batatas, inhame, mandioquinha e cará crus e suas cascas, apresentam solamina, toxina que pode 
provocar distúrbios gastrointestinais e afetar SNC e urinário. 
• Linhaça crua, contém ácido erúcico, que pode intoxicar. 
• Macadâmia, possui toxina que pode afetar SN e Muscular. 
• Uva e Uva Passa, possuem toxina que pode afetar os rins. 
• Cebola, tanto cru quanto cozido contém sulfoxidos e disulfídeos que afetam hemácias. 
• Alho, também pode causar anemia. 
• Ovo cru, contém avidina que reduz absorção da biotina, problemas de pele, Salmonela. 
• Noz-moscada, pode causar tremores e danos ao SNC. 
Dieta Nutracêutica – Inclui alimentos funcionais e nutrientes isolados, alimentos processados ou 
modificados, apresentam benefícios à saúde e atuam na prevenção ou tratamento de doenças. 
SISTEMAS DE PASTEJO – Estacionalidade, pastejo contínuo, controle de consumo, período de 
descanso e de pastejo, pasto rotacionado, manejo conforme áreas de sombreamento ou 
ensolaração, qualidade de produção e manejo, extensivo e intensivo, relação com clima. 
Podem ocorrer duas situações caso não se maneje corretamente as pastagens, como ganho do 
animal ou ganho por área, decaindo os níveis de produção ou aumentando custos.

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