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Aula 01
PM-AL (Soldado Combatente) História
Geral, de Alagoas e do Brasil - 2021
(Pós-Edital)
Autor:
Sergio Henrique
Aula 01
24 de Maio de 2021
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SUMÁRIO 
00. Bate Papo Inicial ....................................................................................................... 2 
1. Idade Média ............................................................................................................... 3 
1.1. Alta Idade Média (Formação do Feudalismo – Baixa incidência) ............................................ 3 
1.2. Feudalismo ............................................................................................................................. 5 
1.3. Baixa Idade Média (Transição Feudo-Capitalista) ................................................................... 6 
2. Questionário de Revisão ............................................................................................11 
Questionário - Somente Perguntas .............................................................................................. 11 
Questionário - Perguntas e Respostas ......................................................................................... 12 
3. Exercícios ..................................................................................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sergio Henrique
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00. BATE PAPO INICIAL 
Estudar para concursos públicos é um desafio, que precisa do auxílio de uma equipe de 
professores, que oriente seus estudos de forma dinâmica, para poupar o máximo de tempo, que é 
talvez o recurso mais precioso do concurseiro. Para acelerar os estudos, o Estratégia Concursos 
decidiu desenvolver versões simplificadas de cada aula escrita. 
A ideia deste material é abordar de forma simples, os principais tópicos dos conteúdos em 
História, que são mais cobrados nos concursos. É um material bem enxuto, objetivo e direcionado. 
Os temas pouco abordados nas provas foram suprimidos, para ser uma síntese bem rápida, que irá 
ajudar na economia do tempo. As questões selecionadas são as mais importantes das principais 
bancas, em que destaquei as da Vunesp e as da FGV, pois possuem abordagens muito interessantes, 
e são modelos de boas avaliações. 
Um texto simplificado e sintético, seguido de um eficiente questionário de revisão de 
conteúdo, e enfim, uma coletânea de questões aplicadas em concursos. 
Essa é a primeira versão simplificada, uma versão “beta” que está sendo aperfeiçoada. 
Qualquer sugestão, pode entrar em contato diretamente comigo, pelo Instagram 
@professorsergiohenrique, ou no fórum de dúvidas. É muito importante sua opinião e se você 
quiser, gostaria muito do seu relato sobre a experiência com o curso e sugestões para atendê-los 
melhor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. IDADE MÉDIA 
 Para lembrar-se dos períodos, basta associar com um rio: Nasce na parte alta e sua foz é na 
parte baixa. 
 
1.1. ALTA IDADE MÉDIA (FORMAÇÃO DO FEUDALISMO – BAIXA INCIDÊNCIA) 
1. Lembre-se que o processo de decadência romana o catolicismo tornou-se a religião oficial 
através do Édito de Tessalônica, a escravidão entrou em decadência, o plebeu fugiu para as 
terras dos patrícios e Constantino. decretou a lei do colonato que fixou o camponês na terra. 
2. Entre as diversas tribos germânicas podemos citar os godos (ostrogodos e visigodos), 
lombardos, alamanos, vândalos, hérulos e Francos. Viviam em guerra e de pilhagens e nos 
tempos de paz eram agricultores. Não possuíam cidades, dinheiro, escrita e o direito era 
baseado nos costumes. 
3. O feudalismo é fruto da fusão da cultura romana e da cultura germânica. 
4. Elementos romanos: Vilas (as aglomerações de camponeses no feudo), o catolicismo e o 
regime de colonato. Não havia escravidão na Europa medieval, somente a servidão do 
colono que estava preso à terra por obrigações feudais. 
5. Elementos Germânicos: Comitatus (costume de premiar o melhor e mais leal guerreiro com 
terras), uma economia sem comércio e agropastoril, e o direito oral e consuetudinário 
(baseado nos costumes). 
6. Surgiram os “Reinos Bárbaros”, que tiveram uma duração curta, pois tiveram insucesso, 
exceto os Francos, que criaram um reino sólido e que se tornou um Império rural. 
7. O feudalismo formou-se por fatores internos à Europa e por fatores externos. O principal 
fator interno é justamente o reino dos Francos, que foi um período de expansão do 
catolicismo (o rei Clóvis converteu-se) decadência das cidades e que o comércio perdeu a 
importância. O principal fator externo foi o surgimento do Islamismo e a expansão árabe 
pelo norte da África, que fechou o mar mediterrâneo para a navegação europeia, devido ao 
monopólio imposto pelos islâmicos, e isso acelerou a ruralização europeia. 
8. O Islamismo surgiu na península arábica, criado por Maomé e foi a terceira religião 
monoteísta da história (depois do Judaísmo e cristianismo). Seu livro sagrado é o Corão. 
9. As principais obrigações do islamismo são: 1-Orar cinco vezes virado para meca todos os 
dias, 2- Jejuar no Ramadã (mês sagrado), 3-Caridade (dar esmolas), 4- Jihad (esforço máximo 
de conversão/guerra santa) e 5- Peregrinar a Meca ao menos uma vez na vida (desde que 
sua saúde e renda permitam). 
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10. O islamismo é dividido em dois ramos principais: Os xiitas e os sunitas. Os primeiros só 
aceitam como livro sagrado o Corão e defendem governos de descendentes de Maomé, 
principalmente de caráter teocrático e os sunitas aceitam além dele outro livro de Maomé 
sobre costumes, a Suna e apesar também de muito religiosos, aceitam governos laicos (não 
religiosos). É importante salientarmos que independente da versão do islamismo, não há 
separação clara para eles da política e religião, que historicamente andam juntas. 
11. O Islamismo expandiu-se da Arábia Saudita em direção leste até a Índia e em direção oeste 
por todo o norte da África. Ocuparam a península a Ibérica (Portugal e Espanha) e foram 
barrados nos montes Pirineus na Batalha de Poitiers, liderada pelo franco Carlos Martel, que 
foi o guerreiro responsável por impedir que o islamismo tomasse toda a Europa. 
 
 
 
12. O primeiro rei Franco foi Clóvis (de acordo com a abordagem tradicional, não é preciso 
decorar todos os nomes), o primeiro a converter-se ao catolicismo. Depois seus sucessores 
foram chamados de “reis indolentes” e o mordomo do paço Carlos Martel (que barrou a 
expansão islâmica), tomou a coroa e iniciou nova dinastia. Também vale citar Pepino o breve 
e o mais importante Carlos Magno (esse vale lembrar). 
13. Os fundamentos da organização do território no feudalismo foram criados pelo imperador 
Carlos Magno, que criou a nobreza europeia (condes, viscondes, duques, marqueses) 
premiandoos leais e bravos guerreiros com terras, criou os monastérios (onde ficavam os 
monges copistas) e foi coroado no ano 800, imperador do Sacro Império Romano 
Germânico, também chamado de Império Carolíngio (de Carlos Magno). 
14. A coroação de Carlos Magno foi feita pelo papa. Simboliza a submissão do poder político ao 
poder religioso. 
15. É possível fazer uma comparação sobre a coroação de Carlos Magno no ano 800 e a coroação 
de Napoleão Bonaparte em 1804, realizada na catedral de Notre-Dame Paris. Carlos Magno 
foi coroado pelo papa em Roma (submissão do Estado à Igreja) e Napoleão, convocou o papa 
para sua coroação em Paris. Na cerimônia deixou o papa esperando, tomou a coroa de suas 
mão e se auto coroou, num ato simbólico, que significou a submissão do poder religioso ao 
poder político. 
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1.2. FEUDALISMO 
1. Principais características econômicas: 
1.1. Economia agropastoril. 
1.2. A terra é dividida em feudos, 
1.3. A produção é de subsistência (somente para o consumo) 
1.4. Economia sem trocas comerciais e sem fluxo monetário (moedas existiam, mas valiam 
somente no próprio feudo) e o trabalho é realizado por servos, que estão presos à terra 
por obrigação feudal. Cada feudo é autossuficiente. 
2. Principais características sociais: A sociedade era estamental (não havia mobilidade social) 
predominavam as relações de suserania e vassalagem na nobreza (relações horizontais – no 
mesmo estamento) e entre os nobres e servos era uma relação de exploração feudal 
(relações verticais-de poder), em que o servo pagava pesados impostos. Toda a cultura e 
ritmo da sociedade era ditado pela Igreja Católica, a instituição mais poderosa do período. 
3. A monarquia feudal é descentralizada, ou seja, o rei não tem poder de mando no feudo de 
nenhum senhor, somente no próprio (o maior e mais armado). Cada feudo é autônomo 
política e economicamente. 
4. Suserano é aquele que doa a terra e Vassalo quem a recebe. São ligados por laços de 
proteção e fidelidade. O rei não é Vassalo de ninguém. 
5. Como as mulheres eram vistas na Idade Média? Era uma sociedade totalmente patriarcal e 
a mulher era vista como inferior, frágil e incapaz intelectualmente. Nos discursos teológicos 
da Igreja era tida como perigosa por poder induzir os homens ao pecado da carne. 
6. O que era a cerimônia de investidura e o beneficium? Estão relacionadas com as relações de 
suserania e vassalagem. A origem da suserania é o comitatus germânico, ou seja, o costume 
de doar terras aos melhores e leais guerreiros. Receber a terra é receber poder, recebe este 
beneficio (beneficium) que o torna senhor de terras e homens. Investidura era o ritual em 
que o vassalo era investido de poder ao receber o feudo 
7. Os principais impostos feudais eram: 1- Corveia – trabalho gratuito nas terras do senhor 
feudal, 2- banalidades – taxa pelo uso das instalações do feudo como o forno e o moinho, 3- 
Talha- o servo deve entregar metade da produção ao senhor, 4- Tostão de Pedro- pago à 
Igreja, além do dízimo, normalmente em trabalho e 5- Mão morta- para transferir a tenência 
(trecho de terras da família de camponeses) para o filho mais velho. 
8. Como era dividido o feudo? Era dividido em três partes: O manso senhorial, de uso exclusivo 
do senhor feudal, o manso servil, onde viviam e trabalhavam os servos e manso comunal, 
onde ficavam o bosque e as terras de uso comum. A caça no manso comunal era proibida 
aos servos e era exclusividade da nobreza. 
9. O desenvolvimento tecnológico era muito lento, mas ocorreu com mudanças como a 
invenção do estribo para cavalgar, arado de ferro, moinhos e foi também quando no seio da 
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Igreja surgiram as primeiras universidades. A primeira foi em Bolonha na Itália, depois 
Oxford na Inglaterra e a Sorbone na França. Também ocorreram avanços na arquitetura com 
as catedrais no estilo românico e no estilo Gótico, tal qual a catedral de Notre Dame e 
também a filosofia de teólogos como Santo Agostinho (patrística) e São Tomás de Aquino 
(escolástica). 
10. A Igreja católica foi a instituição mais poderosa pois controlava a cultura, o cotidiano e 
justificava a ordem estamental feudal com o discurso que Deus criou aqueles que oram (o 
clero) os que guerreiam (a nobreza) e os que trabalham (os servos). Também era a 
instituição mais rica e chegou a possuir um terço das terras europeias. 
11. O clero era dividido em alto (bispos e arcebispos) e baixo (padres e monges). Também em 
clero regular que eram os monges, que viviam enclausurados e clero secular, que viviam em 
contato com os homens na sociedade. 
12. O clero era muito influente e participava ativamente de várias atividades do cotidiano, como 
por exemplo, eram conselheiros da nobreza, participavam da administração do reino, 
realizavam obras e empreendimento de construções de catedrais, controlavam as principais 
regiões consideradas sagradas e locais de peregrinação e lidavam com muitas riquezas, e 
muitos se envolviam mais com essas questões mundanas que com as questões espirituais. 
Este poder social da Igreja, que não era religioso/teológico era o poder temporal. 
13. O tempo era controlado pelos sinos da Igreja e a percepção era de um tempo lento. Os vitrais 
da Igreja tinham a função pedagógica de ensinar passagens bíblicas através das imagens, 
numa sociedade de analfabetos. 
14. A Igreja era contra a prática da Usura (empréstimo de dinheiro a juros) e era contra o lucro. 
Muitos autores consideram um grande impedimento para o desenvolvimento do comércio. 
15. A Igreja combatia as Heresias (qualquer dogma, mesmo católico, contrário à teologia oficial) 
e para tanto tinha o tribunal da Santa Inquisição, que punia os hereges com torturas e em 
casos de reincidências com a fogueira, pois acreditavam que só o fogo tira o demônio do 
corpo, em cerimônias chamadas de autos de fé. 
 
1.3. BAIXA IDADE MÉDIA (TRANSIÇÃO FEUDO-CAPITALISTA) 
1. Em 1096 o papa Urbano II convocou as Cruzadas. Eram guerras santas com o objetivo de 
tomar a cidade de Jerusalém dos árabes islâmicos, que na época controlavam a cidade. 
Consideravam o islâmico infiel e vice e versa. 
 
Fique atento no tema cruzadas, pois é possível que a banca faça uma questão 
interdisciplinar sobre o tema Jerusalém ou aborde o assunto, dada a atualidade do 
assunto. 
 
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2. O principal objetivo era religioso/político: tomar Jerusalém e expandir a fé católica, mas 
também objetivos comerciais, pois as expedições eram financiadas por comerciantes ricos 
de Gênova e Veneza (as únicas cidades europeias, que por não possuírem terras abundantes 
não desenvolveram a atividade agrícola e por serem portuárias tinham contato comercialcom os comerciantes árabes pelo mediterrâneo). Há autores que também sugerem que 
tiveram objetivos sociais, para eliminar o excedente populacional miserável que existia na 
Europa, pois nas primeiras expedições ocorreu as cruzadas das crianças e dos mendigos, que 
foram exterminados pelos exércitos islâmicos. 
3. Os cristãos conquistaram Jerusalém e a principal consequência das cruzadas foi a reabertura 
do mar Mediterrâneo para a navegação e comércio, após a derrota dos árabes. Podemos 
dizer que foram as responsáveis pelo renascimento do comércio que estava decadente 
desde a o fim do Império Romano e o nascimento do capitalismo. 
4. As primeiras expedições comerciais ocorriam em caravanas comerciais que percorriam 
longas rotas. Nas confluências delas surgiram feiras, que cresceram e tornaram-se cidades 
medievais, os burgos, e surgiu a classe econômica do capitalismo, a burguesia (Rotas → 
Feiras → Burgos). 
5. Os burgos eram cidades amuralhadas, que cresciam em formato anelar. Eram totalmente 
desorganizadas e caóticas, e sem nenhuma condição sanitária. Eram totalmente sujas e um 
ambiente propício a epidemias. 
6. Aos poucos o dinheiro passou a adquirir importância cada vez maior e significar poder e 
status. Os primeiros burgueses eram principalmente judeus, pois não possuíam o 
impedimento religioso da busca do lucro e praticavam a usura (que era combatida pela 
Igreja Católica), dessa forma alguns burgueses enriqueceram e surgiram os primeiros 
bancos. 
7. O que eram as comunas? Os primeiros burgos tiveram muitos desafios para se 
estabelecerem, pois se fixavam em terras de algum senhor feudal. Cada cidade teve uma 
situação diferente: algumas pagavam impostos para os senhores e eram controladas por 
eles, e outras eram territórios livres, as comunas, dos burgueses que através de acordos 
compravam a liberdade da cidade. 
8. O que eram as corporações de ofício? Eram as oficinas de artesão dentro dos burgos. Haviam 
corporações de todos os tipos de atividades: sapateiros, alfaiates e produtores de todo tipo 
de artesanato. O dono era o Mestre de ofício, que dominava todas as técnicas e era auxiliado 
por aprendizes, que trabalhavam sem receber salário, normalmente pouso, comida e o 
aprendizado que possibilitava que se tornasse um artesão. 
9. A partir do século XII, durante as transformações proporcionadas pelo renascimento urbano 
comercial, foram construídas grandes igrejas no estilo Gótico, como por exemplo a catedral 
de Notre Dame. 
 
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De olho nas atualidades: Incêndio na catedral de Notre Dame. 
 
Na quinta-feira 18, os sinos de 103 catedrais francesas soaram às 18h50, horário de Paris. 
A homenagem foi a maneira mais singela que a França encontrou para lembrar a tragédia 
que havia acontecido três dias antes, na mesma hora, quando parte da Catedral de Notre-
Dame, em Paris, foi tomada pelo fogo. Enquanto os sinos dobravam, o país europeu 
silenciou de dor. Na segunda-feira 15, não só a França, mas o mundo, pararam para 
acompanhar com tristeza as chamas destruindo um monumento que havia muito tempo 
deixou de exercer fascínio apenas em território francês. A Notre-Dame é, hoje, uma joia 
da humanidade. Vê-la sendo consumida pelas chamas doeu em cada ser humano que 
compreende o valor da história, da arte e dos passos que o homem deu em direção à 
formação da civilização ocidental. 
 
Fonte: https://istoe.com.br/o-incendio-da-catedral-de-notre-dame/ 
 
10. O final do feudalismo foi definitivamente no século XIV, quando a dinâmica dos burgos 
passou a influenciar os camponeses que lá eram livres depois de um ano longe do seu 
senhor, caso ele não o encontrasse e requeresse seu retorno. As primeiras cidades 
medievais eram uma verdadeira bagunça, e o espaço era todo desordenado e sujo, sem 
nenhum tipo de saneamento básico, e, além disso, eram cercadas de muralhas, que 
protegiam, mas impediam a circulação do ar. Estes espaços aglomerados foram um 
ambiente perfeito para a proliferação da maior epidemia de peste negra da história que 
matou um terço da população europeia, nos burgos e nos feudos. A queda da população de 
forma tão drástica provocou uma forte queda na produção agrícola e os senhores feudais 
aumentaram os impostos e a exploração feudal. Isso provocou a fuga de milhares de servos 
dos feudos para os burgos aumentando o tamanho das cidades e também a importância 
delas e do comércio. Ocorreu fome generalizada, pois além da peste, ocorreram secas e 
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muitas guerras de camponeses contra a superexploração feudal, as chamadas Jaquieries. 
Também ocorreu a chamada guerra dos 100 anos entre França e Inglaterra, que em mais de 
um século de guerra levou a centralização dos poderes políticos e militares no soberano, e 
com o financiamento da burguesia, surgiram os primeiros estados centralizados absolutistas 
no lugar nas antigas monarquias feudais descentralizadas. 
11. A Guerra dos 100 anos foi uma guerra medieval entre a coroa inglesa e francesa. Não se 
preocupe com este conflito, pois é importante lembrarmos somente que ele existiu e que 
está ligado as mudanças da monarquia feudal. Mais de um século de guerra fez com que o 
poder fosse concentrado cada vez mais nas mãos dos monarcas, que foram financiados pela 
nascente classe econômica, a burguesia, e surgiram os primeiros exércitos nacionais, ou 
seja, que representavam toda a França e a Inglaterra, e não mais os senhores feudais. Esta 
guerra está, portanto, na origem da formação dos Estados Nacionais Centralizados, que 
chamamos de Estados Absolutistas (e falaremos no próximo passo). Foi neste conflito que 
atuou um personagem histórico bastante conhecido por ter filmes a respeito: Joana D’arc, 
que liderou vitórias do exército francês. Ao final do conflito, com a França vitoriosa, ela foi 
traída entregue aos ingleses e foi morta pelo crime de heresia e bruxaria, pois se vestia de 
homem. 
12. Como é um período pré-científico não possuíam explicações racionais para a epidemia da 
peste negra que era considerada um castigo divino, e além disso muitos culparam os judeus, 
pois seria obra de feitiçaria deles. 
13. Em 1453 Constantinopla, capital do Império Bizantino (Império Romano do Oriente) foi 
conquistada pelos Turco Otomanos. É o marco temporal para o fim da Idade Média e início 
da Idade Moderna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO 
 
QUESTIONÁRIO - SOMENTE PERGUNTAS 
1) O feudalismo é resultado da fusão de elementos romanos e elementos germânicos. 
Indique qual a contribuição de cada cultura. 
2) Indique os fatores internos e externos à Europa que colaboraram para formação do 
feudalismo. 
3) Quaissão os cinco pilares do Islamismo? 
4) Qual a importância do Reino Franco para a formação do feudalismo? 
5) Como era organizada a sociedade feudal? 
6) O que eram as relações de suserania e vassalagem? 
7) Quais eram os principais impostos pagos pelos camponeses? 
8) Compare brevemente o direito romano como direito germânico. 
9) O que era usura? Porque a Igreja condenava? 
10) O que eram heresias? Como a Igreja lidava com elas? 
11) Indique alguns avanços tecnológicos e culturais ocorridos na idade média. 
12) O que foram as cruzadas e sua principal consequência. 
13) Explique como foi o surgimento dos burgos e caracterize-os. 
14) Qual relação da peste negra com os burgos? 
15) A crise do século XIV assinalou a decadência definitiva do sistema feudal. Justifique a 
afirmativa. 
16) Qual era o papel da Igreja na manutenção da ordem feudal? 
17) Como era dividido um feudo? 
18) As cruzadas despertaram um gosto por produtos exóticos (do ponto de vista europeu) 
que viam do oriente. Eram muitos lugares diferentes em que os europeus buscavam as 
especiarias, ao longo da principal rota comercial da Idade Média, a rota da seda, que ia 
da Turquia ao litoral da China. Explique o que são especiarias e comente sobre o comércio 
medieval. 
19) O que era a Investidura e o beneficium? 
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20) Como era o funcionamento da monarquia da Idade Média? 
21) De onde vêm o termo idade das trevas e indique ao menos dois elementos que invalidem 
esta visão. 
22) O que tinha de comum na visão da mulher na idade média e na sociedade grega? 
23) Indique um objetivo religioso/político e outro econômico das cruzadas. 
24) Qual a importância de Jerusalém? 
25) O que era o poder temporal da Igreja? 
 
QUESTIONÁRIO - PERGUNTAS E RESPOSTAS 
1) O feudalismo é resultado da fusão de elementos romanos e elementos germânicos. 
Indique qual a contribuição de cada cultura. 
Entre os elementos romanos podemos citar as vilas, o catolicismo e o colonato. Entre os 
principais elementos germânicos temos a economia agropastoril, direito oral e consuetudinário 
e também o comitatus (premiação do melhor guerreiro com terras). 
2) Indique os fatores internos e externos à Europa que colaboraram para formação do 
feudalismo. 
O principal fator interno é a formação do Reino Franco em que o comércio e as cidades foram 
perdendo a importância e a economia tornou-se predominantemente rural. O principal fator 
externo foi a expansão do islamismo, que fechou e monopolizou o Mediterrâneo, fazendo 
cessar a navegação europeia e acelerou o processo de ruralização europeu. 
3) Quais são os cinco pilares do Islamismo? 
Orar virado para meca cinco vezes ao dia, jejuar no mês sagrado do Ramadã, peregrinação a 
Meca ao menos uma vez na vida (se a saúde e o dinheiro permitirem), caridade e a Jihad 
(esforço máximo de conversão/guerra santa). 
4) Qual a importância do Reino Franco para a formação do feudalismo? 
Clóvis o primeiro rei Franco converteu-se ao catolicismo, e a religião do rei é a religião do reino. 
Os francos se expandiram militarmente e conquistaram toda a Europa central, que se tornou 
católica. O líder mais importante foi Carlos Magno, que expandiu as fronteiras do império, criou 
a hierarquia da nobreza feudal (condes, duques, marqueses e viscondes), criou os monastérios 
(onde viviam os monges copistas) e foi coroado pelo papa no ano 800, simbolizando a 
submissão do poder político ao poder religioso. 
5) Como era organizada a sociedade feudal? 
Era uma sociedade do tipo estamental, ou seja, que não possui mobilidade social. No topo 
estavam os membros do clero e da nobreza e a base social era formada por servos camponeses. 
A Igreja católica justificava a ordem feudal em sua teologia dizendo que deus criou os que oram, 
os que guerreiam e os que trabalham. 
 
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6) O que eram as relações de suserania e vassalagem? 
Era a forma de relacionamentos horizontais entre a nobreza. A sociedade feudal era baseada 
no poder de quem detém a terra. Ser senhor feudal é dominar terras e os homens sobre ela. 
Também mantinham guerras constantemente. O nobre que se destacava pela lealdade e 
bravura era premiado, pois ao final dos confrontos as terras eram divididas e distribuídas. O 
senhor que doava as terras era o suserano e aquele que a recebia era o vassalo, que devia 
obediência e apoio militar. Estão ligados por laços de lealdade e reciprocidade, pois o suserano 
também tem o dever de proteger o vassalo. 
7) Quais eram os principais impostos pagos pelos camponeses? 
Corveia: Trabalho gratuito nas terras do senhor. 
Talha: Dividir a produção do manso servil com o senhor feudal. 
Banalidades: pago para usar a infraestrutura como o forno e o moinho. 
Tostão de Pedro: Além do dízimo, pagavam impostos normalmente nas construções das igrejas 
e capelas. 
Mão morta: Quando um pai morria, pagava-se uma taxa para transferir a tenência (o trecho de 
terra em que trabalhavam) para o filho mais velho. 
8) Compare brevemente o direito romano como direito germânico. 
O ordenamento jurídico romano desenvolveu-se em dois importantes momentos: A lei das XII 
tábuas, o primeiro código escrito romano e a compilação em códigos feita pelo imperador 
Justiniano, do império bizantino. Roma era um Estado centralizado e burocrático. Os povos 
germânicos eram tribais e não possuíam escrita, então seu ordenamento jurídico era oral e 
baseado nos costumes, por isso é chamado direito consuetudinário. 
9) O que era usura? Porque a Igreja condenava? 
Usura no período medieval significava a cobrança de juros como atividade econômica. No 
sentido contemporâneo, no ordenamento jurídico significa a cobrança abusiva de juros. Os 
primeiros bancos eram judeus sentados num banco, e lidando com dinheiro, realizando 
empréstimos e cobrando juros. No judaísmo há uma visão positiva sobre a riqueza e não há 
impedimentos religiosos, enquanto para a Igreja católica a prática era muito mal vista, não só 
por ser associada com os judeus, vistos como mesquinhos, mas pelo pensamento teológico que 
cobrar juros é ganhar dinheiro com o tempo que seu dinheiro ficou com outro, então o homem 
estaria tendo lucro com algo que pertence a Deus, o tempo. 
10) O que eram heresias? Como a Igreja lidava com elas? 
As heresias eram qualquer interpretação teológica que contrariava a visão oficial da Igreja. 
Judaísmo e islamismo não eram heresias, os seguidores destas religiões eram considerados 
infiéis, coisa mais grave ainda. Podemos dar exemplos de heresias como o nestorianismo e 
arianismo, correntes católicas que negavam a natureza divina de Jesus ou de sua mãe (não se 
preocupe em memorizar as heresias). No ocidente eram duramente combatidas, mas no 
Império Bizantino eram comuns como o monofisismo (acreditavam que Jesus só possuía 
natureza divina) e a iconoclastia (contrária ao uso de imagens), que levaram ao cisma do 
oriente em 1054, o rompimento da Igreja em Católica apostólica romana com sede em Roma 
e Católica Ortodoxa, na época com sede em Constantinopla. 
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11) Indique algunsavanços tecnológicos e culturais ocorridos na idade média. 
É preciso salientar que o ritmo da passagem do tempo era bem diferente do atual. Era o tempo 
dos ciclos na natureza e a percepção do mundo rural era de um tempo lento, com poucas 
transformações entre uma geração e outra. Podemos citar avanços técnicos como a invenção 
do estribo para cavalgar, o arado mecânico, moinhos e também as universidades, que surgiram 
no seio da Igreja. 
12) O que foram as cruzadas e sua principal consequência. 
As cruzadas foram guerras santas promovidas pelos cristãos ocidentais. O papa Urbano II 
convocou as cruzadas dos católicos contra os islâmicos, e teriam a missão de expandir o 
cristianismo e tomar Jerusalém das mãos dos “infiéis” (islâmicos). Podemos dizer que tiveram 
além dos objetivos religiosos, também objetivos comerciais, pois as expedições foram 
bancadas por comerciantes de Gênova e Veneza. A principal consequência foi a reabertura do 
mar Mediterrâneo para a navegação dos europeus, depois que os árabes foram derrotados e 
perderam o monopólio sobre o mar Mediterrâneo. 
13) Explique como foi o surgimento dos burgos e caracterize-os. 
Os burgos foram às primeiras cidades medievais, que surgiram das feiras que se formavam nos 
entroncamentos de rotas comerciais e passara a ser cada vez mais frequentes, e evoluíram 
para aglomerados urbanos. Eram cidades amuralhadas e que cresciam em formato de anel, 
todas desorganizadas e sem nenhum saneamento básico. 
14) Qual relação da peste negra com os burgos? 
Os burgos eram espaços totalmente infecciosos pois eram muito sujos. Dejetos humanos eram 
jogados das janelas para termos uma ideia, e eram repletas de ratos. A peste negra já era antiga 
conhecida da Europa, mas nunca teve um surto tão violento. Um fator fundamental para a alta 
mortalidade da peste negra no período foi o desenvolvimento das cidades, que além das 
condições sanitárias terríveis, eram cheias de gente e cresciam rapidamente. A grande 
quantidade de pessoas aglomeradas no mesmo ambiente infecto e sem circulação de ar levou 
a tragédia da peste que matou um terço da população europeia. 
15) A crise do século XIV assinalou a decadência definitiva do sistema feudal. Justifique a 
afirmativa. 
A transição do feudalismo para o capitalismo ocorreu na crise do século XIV, marcada por 
guerras camponesas contra a exploração feudal (jaquieries), fome e pela peste negra, que 
matou um terço da população europeia que estava aglomerada nos burgos. As cidades 
potencializaram a mortalidade devido às péssimas condições sanitárias e grande quantidade 
de ratos, cuja pulga é o agente transmissor da peste. Com a diminuição da mão de obra, os 
senhores feudais passaram a aumentar os impostos e os servos passaram a fugir para os 
burgos, pois lá, após um ano livravam-se das obrigações feudais. 
16) Qual era o papel da Igreja na manutenção da ordem feudal? 
A Igreja católica era a instituição mais poderosa do período medieval, pois além de ser a maior 
proprietária de terras do período, influenciava diretamente o cotidiano das pessoas, através 
do controle dos sinos da igreja, que dividia as horas do dia, através das missas e pregações, no 
controle da fé e dos costumes, com instrumentos como o tribunal da Santa Inquisição, que 
punia os acusados de heresias. Também justificavam as desigualdades da sociedade e 
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estamental através do discurso de um importante bispo da época chamado Aldeberão de Laon, 
que dizia que Deus criou os homens em três ordens: Os que trabalham, os servos, os que 
guerreiam, os nobres e os que oram, o clero. 
17) Como era dividido um feudo? 
Basicamente em três partes: O manso senhorial, correspondente a terra de uso exclusivo do 
Senhor Feudal, o manso servil, onde viviam e trabalhavam os servos e o manso comunal, onde 
ficava o bosque e era de uso comum, mas era vedada a caça ao servo, pois era uma 
exclusividade na nobreza. 
18) As cruzadas despertaram um gosto por produtos exóticos (do ponto de vista europeu) 
que viam do oriente. Eram muitos lugares diferentes em que os europeus buscavam as 
especiarias, ao longo da principal rota comercial da Idade Média, a rota da seda, que ia da 
Turquia ao litoral da China. Explique o que são especiarias e comente sobre o comércio 
medieval. 
Especiarias eram produtos orientais como a seda, perfumes, incensos, artesanatos e 
principalmente temperos como o cravo, a canela e a pimenta, que eram usados em grande 
quantidade para disfarçar o gosto de podre das carnes. Como não tinha geladeira e nem 
técnicas eficientes de conserva, as especiarias eram usadas também para conservá-las, pois a 
canela por exemplo possui propriedades antissépticas. O comércio era realizado por caravanas 
que percorriam rotas específicas, que aos poucos começaram a se espalhar por todo o 
território europeu. Das confluências entre as principais rotas surgiram as feiras medievais, que 
evoluíram para as primeiras cidades, os burgos. 
19) O que era a Investidura e o beneficium? 
São conceitos ligados às relações de suserania e vassalagem. Quando um suserano dá a terra 
está concedendo o beneficium, ou seja, o poder sobre terras e homens. Investidura era a 
cerimônia em que o suserano premiava o vassalo. 
20) Como era o funcionamento da monarquia da Idade Média? 
Era uma monarquia descentralizada, ou seja, o reino é dividido em vários feudos que são 
governados por senhores feudais, mas o rei não tem poder de mando direto sobre cada feudo 
e ele só manda no próprio. Mas a nobreza está ligada a ele pelas relações de suserania e 
vassalagem, ou seja, o rei é o único que não é vassalo de ninguém e é o suserano maior. Todos 
os senhores do reino são seus vassalos, e por isso ligados por laços de lealdade e reciprocidade. 
21) De onde vêm o termo idade das trevas e indique ao menos dois elementos que invalidem 
esta visão. 
Idade das trevas, ou “a longa noite de 1000 anos” são expressões criadas no século XV pelos 
homens do renascimento cultural. Pensavam estar no auge do desenvolvimento da 
humanidade, que florescia cheia de novos conhecimentos técnicos e artísticos e uma visão 
antropocêntrica (o homem no centro do universo), que era contrastante com a visão 
teocêntrica (Deus no centro do universo) típica do período medieval. É certo que o 
desenvolvimento era muito lento para os padrões atuais, mas podemos citar a invenção dos 
estribos para cavalgada, o arado mecânico, a arquitetura das igrejas românicas e góticas (como 
a catedral de Notre Dame destruída pelo incêndio), o surgimento das primeiras universidades 
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e a filosofia de grandes pensadores como Santo Agostinho (patrística) e São Tomás de Aquino 
(escolástica). 
22) O que tinha de comum na visão da mulher na idade média e na sociedade grega? 
Nos dois casos a mulher é vista como ser inferior 
23) Indique um objetivo religioso/político e outro econômico das cruzadas. 
O principal objetivo político/religioso era tomar a cidade de Jerusalém das mãos dos infiéis 
(islâmicos) e o objetivo econômico era o comércio de especiarias que eram trazidas nas 
expedições, bancadas por burgueses das cidades italianas de Gênova e Veneza. 
24) Qual a importância de Jerusalém? 
É uma cidade sagrada para as três grandes religiões monoteístas: O judaísmo, o islamismo e o 
cristianismo. Sempre foi alvo de disputas por possuir muitos monumentos sagrados dastrês 
religiões. Desde o século VII quando ocorreu o surgimento e expansão do islamismo, ela foi 
conquistada e ficou sob domínio árabe até as cruzadas no século XII. Até hoje é uma cidade 
que está no centro de conflitos pela sua posse, atualmente entre Judeus de Israel que 
consideram sua capital e os árabes da Cisjordânia. A questão ficou mais evidente na mídia após 
o presidente dos EUA Donald Trump transferir a embaixada dos EUA para lá. 
25) O que era o poder temporal da Igreja? 
Era o poder não religioso exercido pelos membros do clero, como participação na 
administração do reino, realização de empreendimentos, lidar com os recursos econômicos da 
instituição. Uma das principais críticas ao clero era da corrupção de muitos de seus membros, 
que se envolviam mais nas questões mundanas, que nas religiosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. EXERCÍCIOS 
1. (FGV 2016) 
“Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis e as elites, o islamismo foi bem recebido 
e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região da savana africana, provavelmente, antes 
do século XI, trazido pela família árabe-berbere dos Kunta. 
(...) O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas 
africanas, (...) associava as histórias sagradas às genealogias, acreditava na revelação divina, na 
existência de um criador e no destino. (...) O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século XIV, 
que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data islâmica do fim do Ramadã e, à tarde, 
presenciou um ritual da religião tradicional realizado por trovadores com máscaras de aves.” 
(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011) 
 
Considerando o trecho e os conhecimentos sobre a história da África, é correto afirmar que: 
A) a penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se superficial porque atingiu 
poucos setores sociais, especialmente aqueles voltados aos negócios comerciais, além de 
sofrer forte concorrência do cristianismo. 
B) a presença do islamismo no continente africano derivou da impossibilidade dos árabes em 
ocupar regiões na Península Ibérica, o que os levou à invasão de territórios subsaarianos, onde 
ocorreu violenta imposição religiosa. 
C) o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações comerciais 
marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo mudado, posteriormente, com o abandono 
das religiões primitivas da África e com a hegemonia do islamismo. 
D) o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e essa 
religião, em algumas regiões do continente, ou incorporou-se às religiões tradicionais ou 
facilitou uma convivência relativamente harmônica. 
E) as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram as principais 
lideranças da África ocidental, possibilitando a formação de novas denominações religiosas, 
não islâmicas, desligadas das tradições tribais locais. 
Comentários 
A banca nos traz um excerto de texto em que podemos observar, com atenção, algumas 
características que nos ajudam a responder corretamente à questão. Por exemplo, quando a autora 
do excerto afirma que “O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis pelas concepções 
religiosas africanas”, podemos notar que ela sugere que as religiões de matriz africana tiveram um 
contato relativamente harmônico, sem grandes desavenças. 
Para melhor entendermos como se deu esse processo, é importante lembrar que após a morte de 
Maomé, em 632, sua família assumiu o poder através do chamado Califado “legítimo ou perfeito” 
(ou seja, legítimo em relação à sucessão de Maomé). Em 660 teve início a dinastia Omíada, que 
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duraria até 750, com uma forte expansão para o ocidente apoiado na chamada “djihad” (guerra 
santa). Em 750 a família Abássida assumiu o poder, destronando os Omíadas. 
Em seguida, é fundamental que expliquemos, com mais detalhes, como tal religião penetrou no 
continente africano. O islamismo entrou no continente através de países da África do Norte, 
principalmente o Marrocos e o Egito, sendo tal região uma das primeiras que viriam a ser 
conquistadas pela expansão islâmica (ocorrida entre os séculos VII e VIII). 
A chegada do islamismo na África ocorreu mais em razão do comércio e da migração do que 
propriamente pela conquista militar. Sua expansão teve três direções principais: a primeira, do 
Noroeste do continente (região do Magreb) em direção ao Saara, alcançando, inclusive, a África 
Ocidental. A segunda partiu do baixo para o alto vale do Nilo, chegando ao Nordeste da África 
(península da Somália e arredores). Finalmente, a terceira direção é originária dos comerciantes da 
porção Sul-Sudoeste da Península Arábica, além de imigrantes do subcontinente indiano, os quais 
criaram assentamentos no litoral do Índico e, dali, difundiram a presença muçulmana para o interior 
(sobretudo a partir do século X). 
A conversão de alguns monarcas africanos fez com que não apenas a religião islâmica avançasse pelo 
continente, mas também criou uma vasta cultura. A cidade de Tombuctu (atual Máli) foi, ao longo 
do século XIV, um núcleo urbano reconhecido pelas suas escolas islâmicas. 
Na porção Oriental do continente, comerciantes árabes conseguiram se fixar junto ao litoral do 
Índico, levando à gradual conversão de grupos africanos que viviam em áreas da atual Eritréia e do 
Leste da Etiópia. Nos séculos seguintes, a cultura muçulmana influenciaria grupos bantos que 
estavam em processo de expansão para a África Oriental e Meridional. 
Comerciantes árabes, por sua vez, atravessaram o Oceano Índico e fundaram, entre o Chifre da 
África e o atual Moçambique, um conjunto de cidades e fortalezas, nas quais o comércio do ouro 
ocorreu até o início da presença portuguesa, a partir do século XVI. 
Entendemos, dessa forma, que o Islamismo respeitava as culturas e religiões locais, sendo que 
também havia acordos econômicos entre os líderes islâmicos e as lideranças locais, favorecendo o 
processo de conversão ao islamismo. Diante do exposto, chegamos à conclusão de que a alternativa 
[D] é a correta. 
Gabarito: D 
2. (FGV 2015) 
A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o 
antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa. 
Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982, p. 
140. 
 
O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno trecho. A esse 
respeito é correto afirmar: 
A) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as formações 
sociais dos guerreiros germânicos. 
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B) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de intersecção 
com a sociedade romana. 
C) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir 
das invasões germânicas dos séculos IV a VI. 
D) Os povos germânicos desenvolveram a propriedadeprivada e as relações servis que 
permitiram a síntese social com os romanos. 
E) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas 
fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares. 
Comentários 
A banca nos traz um excerto do historiador Perry Anderson, no qual ele trata das Passagens da 
Antiguidade ao Feudalismo, dando enfoque a um trecho que fala sobre a chamada ordem feudal, o 
resultado de dois modos de produção anteriores e em dissolução, mas que, em conjunto, se 
difundiram ao redor da Europa. 
De início é essencial compreender que o Feudalismo foi um sistema político, econômico e social cuja 
base era pautada nas relações entre o suserano (detentor das porções de terras) e os vassalos (que 
prestavam serviços e pagavam impostos sobre as terras concedidas) na Europa Ocidental. Através 
de acordos, ambos prestavam fidelidade entre si, sendo que a produção agrícola seria repartida 
entre o suserano e o vassalo, com o pagamento de taxas como a talha (ou seja, metade da produção 
extraída seria paga ao senhor feudal). 
Esta sociedade era estamental, ou seja, organizada em ordens sociais, sendo que a sua composição 
era, em ordem hierárquica, feita pelo Clero pela Nobreza e, por fim, pelos Trabalhadores e 
camponeses. Neste sentido, percebe-se a relação direta da população com a agricultura enquanto 
base da economia feudal. 
O Feudalismo foi possibilitado graças à união de traços do mundo romano com traços do mundo 
“bárbaro” (povos germânicos que não habitavam no Império Romano). Podemos destacar, dentre 
outros: 
✓ Clientelismo (na Roma Antiga havia o cliente, normalmente plebeu, que, buscando sua 
proteção, ligava-se a um patrício; em troca, prestava-lhe serviços e pagava-lhe. Esse tipo de 
relação originou, por exemplo, as relações senhoriais na Idade Média); 
✓ Colonato (instituição romana que obrigava o colono a cultivar as terras do proprietário. No 
período medieval, tal instituição evoluiu para a servidão, sendo que o servo era um camponês 
não livre que não podia, sem autorização do senhor, abandonar o domínio senhorial, 
enquanto que um colono era um camponês livre, que cultivava uma porção de terra, em troca 
das obrigações estabelecidas com o proprietário); 
✓ Escravismo romano (ainda que em crise); 
✓ Comitatus (instituição germânica pela qual os guerreiros se uniam em torno de um líder 
militar, prestando-lhe fidelidade. Essa instituição deu origem às relações de suserania e 
vassalagem); 
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✓ Beneficium (instituição que vigorava no Império Carolíngio e que consistia na doação de 
terras e dos direitos fiscais, legislativos e jurídicos sobre elas, como recompensa por serviços 
prestados, principalmente militares. Dessa instituição surgiu a ideia de doação do feudo). 
 
Pudemos observar, dessa forma, que a alternativa correta é a letra [A], haja visto que o trecho 
apresentado na questão se refere à articulação entre o escravismo romano em crise e as formações 
sociais dos guerreiros germânicos, características estas que pudemos observar nos detalhes acerca 
dos traços presentes no Feudalismo, resultando na servidão feudal. 
Gabarito: A 
3. (FGV 2016) 
Sem dúvida, podemos afirmar que após uma fase A de crescimento econômico (1200-1316) a 
Europa Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia até fins do século XV no 
sul e princípios do XVI no centro e no norte. 
FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 2a ed., São Paulo: Brasiliense, 
2001, p. 46. 
 
A respeito da situação de retração econômica apontada pelo autor, é correto afirmar que 
A) a crise manifestara-se desde o século XI e caracterizou-se pela queda demográfica 
acentuada e pela desorganização das atividades agrícolas e manufatureiras da Europa latina. 
B) a falta de moedas e a ausência de minas na Europa provocaram a paralisação das atividades 
mercantis e levaram à total desarticulação do feudalismo a partir do século XIV. 
C) estagnação tecnológica, queda demográfica e guerras prolongadas são fatores que explicam 
a depressão econômica que marcou a Europa ocidental a partir do século XIV. 
D) a crise foi provocada pelas divisões internas da Igreja de Roma, às quais se somariam os 
conflitos com o Sacro Império Romano Germânico, levando a uma desorganização política da 
Europa ocidental. 
E) a depressão econômica foi causada pela expansão muçulmana na Península Ibérica, uma das 
áreas que haviam impulsionado o desenvolvimento econômico da cristandade ocidental. 
Comentários 
O texto do historiador Hilário Franco Júnior fala sobre dois momentos (A e B) da economia europeia 
na Baixa Idade Média (XI-XV), sendo que o primeiro deles seria um momento de crescimento e, o 
segundo, um período de maior depressão econômica, que duraria até os século XV e princípios do 
século XVI. 
Tais diferenças entre os dois momentos são o resultado de alguns importantes fatores que 
ocorreram ao longo do século XIV: a fome, a peste negra, as guerras de reconquista e a Guerra dos 
Cem Anos (1337-1453). Este período ficou conhecido, dessa forma, como o período das “Crises do 
século XIV”, no qual a Europa passou por uma longa retração econômica. 
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Com relação à existência da peste negra, essa doença chegou na Europa em decorrência do comércio 
entre a Ásia e o Mediterrâneo, cujas embarcações estavam infestadas de ratos e pulgas. Sua 
propagação ocorreu em decorrência das picadas de pulgas nas pessoas, sendo que, em um nível 
mais avançado, chegou a ser transmitida através de espirros entre os humanos. Foi a responsável 
por provocar a morte de, aproximadamente, 20% da população europeia da época. 
No que diz respeito à crise de fome presenciada, tal elemento se refere às grandes secas cíclicas que, 
a partir de 1316, ocasionaram a queda na produção de gêneros agrícolas, com a consequente 
redução na oferta de alimentos à população. Vale destacar, de antemão, que a produção de gêneros 
alimentícios havia sido ampliada, pouco tempo antes das secas, em virtude da adoção de novos 
processos tecnológicos, como a rotação dos campos de cultivo, os novos métodos para arar a terra, 
a utilização dos moinhos de vento, a drenagem de pântanos e a derrubada de florestas para expandir 
as áreas de plantio. Houve, a partir de então, uma estagnação tecnológica. 
Em relação à Guerra dos Cem Anos (ocorrida entre a França e a Inglaterra), ela foi a responsável por 
prejudicar o funcionamento da Rota de Champagne, a principal via de comércio terrestre no 
continente europeu. A Guerra de Reconquista também foi um importante aspecto desse período, 
uma vez que muitos cristãos europeus lutaram contra a presença dos muçulmanos na região de 
Jerusalém, partindo em expedições de caráter militar e religioso. Tais fatores, em conjunto, 
contribuíram para que a população vivenciasse uma grande queda demográfica, visto que boa parte 
dela faleceu por algum dos motivos aqui elencados (a fome, a peste negra ou as guerras). 
Podemos depreender, daí, que houve uma forte estagnação econômica, sendo este, também, um 
dos fatores das crises mencionadas e que, consequentemente, prejudicaram o crescimento 
econômico até então vivenciado (momento A). Dessa forma, notamos que a alternativa correta a 
ser assinalada é a letra [C]. 
Com relação às demais alternativas, analisemos seus erros: a letra[A] está incorreta por falar de 
uma desorganização da atividade agrícola. Anteriormente às crises, a Europa já adotava práticas 
mais modernas e tecnológicas em relação à agricultura. A letra [B] também está incorreta por falar 
de uma desarticulação do feudalismo e da falta de moedas no período, algo que sabemos que não 
condiz com a realidade, ainda que o feudalismo estivesse entrando em declínio do período. A 
circulação de moeda, contudo, já estava sendo desenvolvida. A letra [D] também está errada uma 
vez que os reinos independentes cristãos se uniram, a despeito de suas diferenças, para reconquistar 
a região da Terra Santa, até então em domínio dos muçulmanos. Por fim, a letra [E] está incorreta 
por falar de uma expansão muçulmana no período em destaque, sendo que este grupo estava 
sofrendo inúmeras baixas em virtude das Guerras de Reconquista. 
Gabarito: C 
4. (FGV-RJ 2015) 
Da mesma forma que a Terra Santa, ainda que com identidade menor, a Península Ibérica 
possibilitava a reunião das ideias de paz (luta no exterior da Cristandade), de Guerra Santa 
(engrandecimento da Igreja em terra anteriormente cristã) e de peregrinação (corpo santo 
apostólico em Santiago de Compostela). A Reconquista revelou-se especialmente atraente, o 
que é significativo, para o centro-sul francês (...) cujos cavaleiros foram os mais constantes 
participantes ultramontanos da luta anti-moura na Península. 
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FRANCO JÚNIOR, Hilário. Peregrinos, monges e guerreiros. Feudo-clericalismo e religiosidade 
em Castela Medieval. São Paulo: Hucitec, 1990, p. 161. 
 
Sobre a Reconquista Ibérica, é correto afirmar que se trata de: 
A) um conjunto de guerras e conquistas territoriais cujas motivações foram semelhantes 
àquelas que estimularam a ação dos cristãos durante as Cruzadas. 
B) um movimento dirigido pelos comerciantes castelhanos, interessados em se apropriar das 
riquezas e rotas mercantis do mundo islâmico. 
C) um movimento sem vinculação às crenças religiosas e devocionais cristãs e estimuladas pelo 
avanço científico precoce da Península Ibérica. 
D) uma incursão de cavaleiros a serviço da monarquia francesa com o intuito de anexar a 
Península Ibérica e reestruturar o antigo Império Carolíngio. 
E) um movimento essencialmente religioso que visava a combater o fanatismo muçulmano e 
estabelecer monarquias cristãs que respeitassem a liberdade religiosa na Península Ibérica. 
Comentários 
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete as “Guerras de Reconquista”. Através do 
ideal da Guerra Santa, o Islamismo expandiu sobre o Oriente Médio, Norte da África, Mar 
Mediterrâneo e Península Ibérica. Surgiu um conflito entre três civilizações: Católica na Europa, 
Ortodoxa no Império Bizantino e a Árabe Islâmica. No contexto das Cruzadas, 1095-1270, ocorreram 
conflitos dentro da Península Ibérica entre cristão e muçulmanos chamados de “Guerras de 
Reconquista” nos quais os cristãos lutavam para reconquistar suas terras. As Cruzadas podem ser 
vistas como a ‘Guerra Santa Católica”. Somente em 1492, no século XV, os últimos muçulmanos 
foram expulsos da região de Granada, na Espanha. 
Gabarito: A 
5. (FGV 2014) 
[A crise] do feudalismo deriva não propriamente do renascimento do comércio em si mesmo, 
mas da maneira pela qual a estrutura feudal reage ao impacto da economia de mercado. O 
revivescimento do comércio (isto é, a instauração de um setor mercantil na economia e o 
desenvolvimento de um setor urbano na sociedade) pode promover, de um lado, a lenta 
dissolução dos laços servis, e de outro lado, o enrijecimento da servidão. (...) Nos dois setores, 
abre-se pois a crise social. 
(Fernando A. Novais, Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. p. 63-4) 
 
Segundo o autor, 
A) a crise foi provocada pelo impacto do desenvolvimento comercial e urbano na sociedade, 
pois, na medida em que reforça a servidão, origina as insurreições camponesas e, quando 
fragiliza os vínculos servis, provoca as insurreições urbanas. 
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B) a crise do feudalismo nada mais é do que o marasmo econômico provocado pela queda da 
produção, uma vez que há um número menor de camponeses livres, o que leva à crise social 
do campo, prejudicando também a nobreza. 
C) a crise foi motivada por fatores externos ao feudalismo, isto é, o alargamento do mercado 
pressiona o aumento da produção no campo e na cidade, o que leva à queda dos preços e às 
insurreições camponesas e urbanas. 
D) o desenvolvimento comercial e urbano em si não leva à crise, pois o que deve ser levado em 
consideração é a crise social provocada pelo enfraquecimento dos laços servis, tanto no campo 
como na cidade. 
E) as insurreições camponesas e urbanas são as respostas para a crise feudal, pois a servidão 
foi reforçada tanto no campo como na cidade, garantindo a sobrevivência da nobreza por meio 
do pagamento de impostos. 
Comentários 
O texto do historiador brasileiro Fernando Novais discute algumas características sobre o 
Renascimento Comercial ocorrido na Europa, o qual foi o responsável por promover inúmeras 
transformações durante a Baixa Idade Média (séculos XI-XV). Com relação a tais mudanças, podemos 
destacar o enfraquecimento das relações servis nos locais próximos aos novos mercados e o 
fortalecimento das mesmas relações em locais mais afastados dos mercados. Isso se explica em 
razão da existência de revoltas, tanto de caráter servil como de caráter urbano, que contribuíram 
para a crise do sistema servil e, consequentemente, para a crise do Feudalismo. 
Neste sentido, o desenvolvimento da economia mercantil, conforme vai se expandindo, acentua e 
agrava as condições da servidão, o que favorece o surgimento de insurreições por parte dos 
camponeses. Por outro lado, é a partir do crescimento dos mercados, que ocorre um estímulo à 
diferenciação entre as diferentes ordens sociais dentro da sociedade urbana. Diante de tal situação, 
os produtores, perdendo o seu domínio dentro do mercado, tendem a perder, também, a sua 
posição dentro da sociedade, o que levaria às revoltas dentro das cidades (ou seja, as de caráter 
urbano). 
Fator importante que contribuiu para tais revoltas, também, diz respeito a um conjunto de 
acontecimentos ocorridos ao longo do século XIV, a saber: os problemas com relação à fome, a 
existência da peste negra e as guerras (de reconquista e dos Cem Anos). Tal momento entrou para 
a História como o período das “Crises do século XIV”, no qual a Europa passou por uma longa 
retração econômica. Em conjunto, tais fatores contribuíram para que a população vivenciasse uma 
queda demográfica, visto que boa parte dela faleceu por algum dos motivos aqui elencados. 
A partir desse declínio das relações rurais, as cidades começam a crescer e possuir novas formas de 
comercializar e obter lucros, sendo que entre o final do século XIV e o século XV, fortaleceu-se uma 
nova ordem social, conhecida como burguesia (que modificaria substancialmente a forma de se 
pensar e de se produzir). O chamado Renascimento Comercial e Urbano fez com que as demandas 
das cidades se ampliassem e, consequentemente, contribuíssem para a diversificação das atividades 
econômicas. Este ambiente de transformações favoreceu as revoltas rurais, uma vez que os 
produtores se viam em uma posição de servidão em relação às cidades. Por suavez, as revoltas 
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urbanas eram o resultado da fragilização do sistema de servidão. Com isso, temos que a alternativa 
[A] é a que se deve assinalar como correta. 
Gabarito: A 
6. (FGV 2013) 
Chegam a Jerusalém a 7 de junho de 1099. Jejuam e fazem procissões em redor da cidade, 
esperando que as suas orações deitem abaixo as muralhas, do mesmo que as trombetas de 
Josué tinham derrubado as de Jericó. A chegada a Jafa de navios genoveses, pisanos e 
venezianos é para eles de um grande auxílio [...] A cidade tão cobiçada é tomada a 15 de julho 
de 1099. Assistimos, então, à pilhagem e ao massacre sistemático de toda a população. Depois 
do regresso dos cruzados ao Ocidente, a posse de Jerusalém torna-se precária. 
Tate, G. “Dois séculos de confronto entre o Oriente e o Ocidente”. In Arneville, M.-B. D’ e 
outros, As Cruzadas. Trad. Cascais: Pergaminho, 2001, p. 22. 
O texto acima refere-se à: 
A) terceira Cruzada e revela os interesses bizantinos nessa expedição. 
B) Reconquista Ibérica e apresenta as motivações religiosas dessa empreitada. 
C) sétima Cruzada e demonstra a forte presença da monarquia francesa. 
D) primeira Cruzada e revela a forte religiosidade da peregrinação armada. 
E) quarta Cruzada e revela a participação exclusiva dos fiéis franceses. 
Comentários 
A questão nos traz um excerto no qual podemos observar alguns aspectos das Cruzadas, expedições 
de caráter militar e religioso em busca da retomada da cidade de Jerusalém e da expulsão dos 
muçulmanos da região. Tais expedições ocorreram a partir do ano 1095. A data contida no próprio 
texto pode nos ajudar para responder à questão, mas o fundamental é compreender que o 
movimento das Cruzadas se iniciou no século XI, sendo que neste século houve somente uma 
Cruzada, a qual foi marcada por uma forte religiosidade e pela peregrinação armada. 
No que diz respeito aos detalhes da primeira Cruzada, ela teve início em 1095 após declaração do 
papa Urbano II durante o Concílio de Clermont, na França. Na ocasião, ele destacou a necessidade 
de os cristãos reconquistarem Jerusalém e libertarem o Santo Sepulcro, que estava sob o domínio 
dos muçulmanos desde 1076. Este movimento militar de caráter religioso não foi um episódio 
isolado, mas o primeiro de um conjunto de campanhas que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos 
Nobres e a Cruzada de 1101. 
A atitude de Urbano II foi motivada, também, pelo imperador Aleixo I Comneno, de Constantinopla 
(1081-1118), que temia uma investida muçulmana contra seus territórios, localizados próximos à 
cidade de Jerusalém. Dentre as “recompensas” que levaram os membros das Cruzadas a acatarem 
o pedido de Urbano II, havia a promessa de que, aos participantes, haveria a absolvição dos pecados, 
além da garantia de terras e riquezas quando a Terra Santa fosse reconquistada. 
As notícias sobre o concílio de Clermont e a campanha a Jerusalém ressoaram com rapidez pelo 
Ocidente, atraindo inúmeros membros da nobreza e populares. Antes mesmo da data marcada para 
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o início da expedição, que havia sido estabelecida no concílio de Clermont para 15 de agosto de 
1096, as primeiras expedições de camponeses começaram a marchar rumo ao Oriente. A caminhada 
de camponeses e populares ficou conhecida como Cruzada Popular ou Cruzada dos Mendigos. 
Posteriormente, a Cruzada dos Nobres partiu da Europa e iniciaram a sua expedição sitiando 
algumas cidades até alcançar o seu destino final. Apesar das dificuldades encontradas, os 
combatentes conquistaram Niceia e Antioquia até início de julho de 1098. Após Beirute, 
prosseguiram até Jafa e Haifa. Em Edessa, Godofredo de Bulhão fundou o primeiro Estado de 
Cruzados. 
Com relação às alternativas, temos que a letra [A] está incorreta por falar sobre a Terceira Cruzada, 
ocorrida somente entre 1189 e 1192. A letra [B] também está incorreta por falar sobre a Reconquista 
Ibérica, que se consolidou, somente, em 1492, com a Tomada de Granada. A letra [C] está errada 
pois, ao tratar da Sétima Cruzada (a penúltima), refere-se ao período entre 1248 e 1254. Finalmente, 
a letra [E] não está correta porque diz respeito à Quarta Cruzada, ocorrida entre 1199 e 1204. Com 
isso, a alternativa correta é a letra [D]. 
Gabarito: D 
7. (FGV - 2016 - SME - SP - Professor de Ensino Fundamental II e Médio - História) 
Na coletânea organizada por Leandro Karnal sobre a História na sala de aula, o medievalista 
José Rivair Macedo destaca a importância de repensar a Idade Média que é ensinada na escola, 
na medida em que os temas mais enfocados continuariam sendo os da Idade Média Ocidental 
e ainda serviriam para legitimar uma visão predominantemente ocidental sobre a experiência 
histórica passada. José Rivair Macedo propõe, então, uma “descolonização” do ensino da Idade 
Média, com o intuito de “repensar alguns pontos sobre o que ensinar de História Medieval no 
Brasil”. 
Com base nas propostas de J. Rivair Macedo, podemos afirmar que esta descolonização 
consiste em 
A) apresentar os mitos e lendas medievais sobre fadas, elfos e dragões, como patrimônio 
cultural da sociedade europeia da cristandade ocidental, entre os séculos V e XV. 
B) caracterizar o feudalismo como sistema social estruturante do período medieval, com 
ênfase nas relações de classe baseadas na tenência das terras. 
C) enfatizar o estudo de aspectos históricos próprios da Península Ibérica no período medieval, 
como o da coexistência étnico-religiosa de diferentes grupos sociais. 
D) descrever as perseguições às bruxas e aos hereges, para denunciar as raízes medievais de 
conflitos e processos de exclusão contemporâneos. 
E) mostrar a Idade Média por imagens, sobretudo por meio da filmografia, de modo a 
estabelecer um contato empático com uma civilização de gestos e imagens. 
Comentários 
A questão nos apresenta a temática dos estudos sobre a Idade Média no Brasil, os quais são 
pautados, em sua maioria, por uma visão ocidental acerca desse período histórico. Neste sentido, a 
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proposta de José Rivair Macedo, ao escrever seu texto para o livro de Leandro Karnal, é, como 
podemos observar no próprio excerto, “repensar a Idade Média que é ensinada na escola”, 
pensando-se, para tanto, em uma forma de ensino mais “descolonizada”, ou seja, sob uma óptica 
que não seja propriamente aquela dos cristãos que viviam na Europa. 
Tendo iniciado no século VIII, a conquista da Península Ibérica (que no futuro corresponderia aos 
territórios de Portugal e Espanha) feita pelos muçulmanos está relacionada à queda do Império 
Romano do Ocidente (476 d.C.). Com a deposição de Rômulo Augusto, seu último governante, os 
antigos domínios romanos ficaram vulneráveis às invasões de povos germânicos, os quais se 
estabeleceriam nas regiões conquistadas e se converteriam ao cristianismo. Com a morte de Maomé 
(fundador do islamismo) em 632, os domínios muçulmanos passaram a se expandir a partir da Ásia. 
Neste sentido, os muçulmanos não procuravam somente a expansão de sua fé, mas também a 
conquista de novasterras. Após dominar a região do norte da África, chegaram à Península 
Ibérica no ano de 711. 
É fundamental destacar, por exemplo, que a região na qual Espanha e Portugal se consolidaram (a 
Península Ibérica) foi, entre os séculos VIII e XV, habitada pelos árabes (também chamados de 
mouros, muçulmanos ou islâmicos), cuja cultura praticamente não é comentada nas escolas, dada 
a visão ocidental que temos em relação aos estudos. Em meio a tal situação, é possível que 
compreendamos que a questão da descolonização, como defende Macedo, consiste em enfatizar o 
estudo de aspectos históricos próprios da Península Ibérica no período medieval, como o da 
coexistência étnico-religiosa de diferentes grupos sociais. 
Dessa forma, podemos melhor entender que a região apontada pelo historiador não era tão 
somente de origem cristã e europeia, mas também agregava pessoas de outras religiões e outras 
regiões (no caso dos árabes). Com isso, a alternativa correta para a questão é a letra [C], visto que 
nos apresenta a importância de se reconhecer as diferenças étnicas e religiosas da região. As demais 
alternativas apresentadas desviam o foco do texto do Prof. Rivair Macedo. 
Gabarito: C 
8. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - História) 
O período de apogeu e crise do feudalismo, na Baixa Idade Média, foi marcado por um conjunto 
de transformações 
As opções a seguir descrevem corretamente algumas destas transformações, à exceção de 
uma. Assinale-a. 
A) O crescimento da produção artesanal associada ao setor têxtil lanífero, em centros 
dinâmicos ao redor do mar Mediterrâneo. 
B) A prática de atividades bancárias se apoiou nas trocas monetárias, na concessão de créditos, 
e em depósitos remunerados com juros. 
C) A expansão das feiras comerciais atraía negociantes de várias partes da Europa, os quais 
utilizavam salvo-condutos concedidos por senhores locais. 
D) O desenvolvimento da atividade comercial no eixo mar do Norte e mar Báltico, era 
dominado por mercadores alemães. 
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E) O aumento da produtividade agrícola foi possível pelo desbravamento de florestas, pelo uso 
sistemático da rotação trienal, da charrua e de moinhos de água e de vento. 
Comentários 
Nesta questão é essencial, de início, atentar-se ao que a banca deseja saber: dentre as cinco 
alternativas, ela deseja aquela que não representa uma das transformações ocasionadas ao longo 
da Baixa Idade Média (séculos XI-XV). A alternativa [A] é a que deve ser assinalada, uma vez que o 
crescimento do setor têxtil lanífero ocorreu, predominantemente, ao longo dos séculos XVII e XVIII, 
em virtude da Revolução Industrial e sob a proeminência da Inglaterra. 
A letra [B] apresenta uma transformação ocorrida no período, visto que os mercadores 
impulsionaram as atividades bancárias a partir do século XI, responsáveis pelo comércio entre as 
cidades e da negociação de suas mercadorias. Tais atividades proporcionaram o desenvolvimento 
das cidades. 
No que diz respeito à letra [C], também correta, foi ao longo do século XII que os mercadores 
passaram a organizar as feiras para compra e venda de mercadorias. As principais dessas feiras 
ocorreram em Champagne e Brie, nos territórios da atual França. Vale lembrar, também, que isso 
foi permitido graças à utilização dos chamados salvo-condutos, uma licença escrita que era dada 
pelos senhores locais para que os vendedores pudessem transitar por diferentes locais. 
Com relação à letra [D], ela também traz, de fato, uma transformação ocorrida no período. Entre 
1096 e 1270 ocorreram as chamadas Cruzadas (movimentos militares em direção à Terra Santa com 
o intuito de reconquistá-la) e levaram a Europa a um período conhecido como Renascimento 
Comercial. Grande parte das rotas comerciais eram feitas através do Mar Mediterrâneo e estavam 
sob o controle de Gênova, Veneza, Pisa, Constantinopla, Barcelona e Marselha. No mar Báltico e no 
mar do Norte, o domínio ficava por conta de cidades como Hamburgo, Bremen e pela região de 
Flandres (Países Baixos). 
Por fim, a letra [E] traz mais um aspecto deste período de grandes transformações, desta vez com 
relação ao aumento da produção agrícola em virtude de novas técnicas adotadas, dentre as quais 
podemos citar: expansão das áreas de cultivo a partir da derrubada de florestas; implantação do 
arado de ferro (conhecido como charrua em substituição ao arado de madeira); sistema de cultura em 
três campos (rotação trienal); aprimoramento dos moinhos acionados através da força do vento ou 
da água, aumentando a velocidade da moagem do trigo, dentre outros. 
Logo, a única alternativa incorreta e que deve ser assinalada é a letra [A]. 
Gabarito: A 
9. (FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Professor - História) 
“O período de maior expansão mercantil para o Ocidente ocorreu no século XII. O crescimento 
da agricultura na Europa ocidental resultou em progressivas margens de lucro e, por 
conseguinte, padrões de vida mais elevados. (...) Um resultado de tudo isso foi o surgimento 
de novas cidades por toda a Europa, enquanto as já existentes cresceram em poder e 
independência.” 
Adaptado de LOYN, Henry R. Dicionário da Idade Média. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. 
 
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A respeito das características do comércio durante a Baixa Idade Média europeia, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. Maior integração entre os centros comerciais do litoral e do interior do continente. 
II. Aumento das negociações de produtos de luxo (metais preciosos, cavalos, escravos, etc). 
III. Cosmopolitismo dos contatos, com redes de negócios de longa distância em África e Ásia. 
 
Está correto o que se afirma em 
A) I, apenas. 
B) I e II, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) I, II e III. 
Comentários 
A banca nos traz uma questão em que procura associar o desenvolvimento do comércio à expansão 
das cidades durante o período da Baixa Idade Média (XI-XV). Neste sentido, observamos que as rotas 
comercias que foram estabelecidas neste período favoreceram consideravelmente o comércio na 
Europa Ocidental. Diante de tais explicações, analisemos cada uma das assertivas a seguir, a fim de 
marcarmos as corretas. 
I. (CORRETA) Maior integração entre os centros comerciais do litoral e do interior do continente. 
Ao final da Idade Média (séculos XIV e XV), em meio a um contexto de desenvolvimento do 
Renascimento Urbano e Comercial, o capitalismo começou a aparecer, sendo mais bem 
desenvolvido ao longo da Idade Moderna (séculos XVI-XVIII). Contudo, foi durante este momento 
que vimos o estabelecimento de novas rotas de comércio, responsáveis por favorecer as cidades do 
norte da Itália, as feiras de Champagne (que ligavam o norte da Itália à região de Flandres) e a Liga 
Hanseática no mar do Norte e no Mar Báltico. Essa situação é um retrato da integração que existia 
entre as cidades e os diferentes centros comerciais. O desenvolvimento no comércio ocorreu tanto 
pelas estradas, quanto pelo mar, interligando as regiões mais litorâneas àquelas do interior do 
continente europeu. 
II. (CORRETA) Aumento das negociações de produtos de luxo (metais preciosos, cavalos, escravos, 
etc). 
O gabarito oficial da questão apresenta esta assertiva como correta. Contudo, se formos considerar 
a historiografia sobre a Idade Média, ela não apresenta um consenso em torno da dúvida se houve 
ou não escravidão neste

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