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REDAÇÃO - Donas de Casa à Chefe de Família no Século XXI: CARLA BEATRIZ SENA MOLEDA URUGUAIANA - RS O patriarcado, sistema baseado em favorecimento ao sexo masculino, conservou-se durante anos na sociedade, alinhado à desigualdade e a submissão de gênero. Contudo, observa-se, no Brasil contemporâneo, a autonomia feminina, frente à responsabilidade da renda familiar e a alteração do modelo parental para o maternal nos lares brasileiros. Entretanto, a presença de discursos expostos para declarar a superioridade do homem ainda é evidente, fato que dificulta a luta da mulher. Com base nisso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim de pleno funcionamento da sociedade. Mormente, é fulcral analisar que não existem igualdades de oportunidades entre os sexos. Segundo dados levantados pelo IBGE no ano de 2017, as mulheres possuem carga horária indubitavelmente mais extensa do que os homens no Brasil. Uma vez que, após a sua jornada de trabalho de oito horas em média, grande parte realiza trabalhos domésticos em seus respectivos lares. Isto é, grande parte delas não abandonou seus papéis tradicionais – mãe, dona de casa, etc. -, pelo contrário, as mulheres trabalham em jornada dupla. Por conseguinte, pode se tornar algo perigoso, que afeta de maneira física e o psicológica a mulher que passa diariamente por rotinas exaustivas. Ademais, nota-se que a desvalorização monetária e social é um fator que dificulta a trajetória feminina. No corpo social brasileiro, a genética pode gerar grande privilégio. De acordo com as ciências biológicas e econômicas, nascer com o 23° par de cromossomos como XY, aumenta as chances do indivíduo entrar em grandes empresas, ter melhores salários e assumir posições de liderança. Diante ao fato mencionado, a equidade de gênero se distancia, em virtude de que a desvalorização do trabalho feminino ocorre de maneira camuflada. Tal fato ocorre na falsa estimulação da sociedade, com o papel da mulher forte e independente, do mesmo modo que lhes cobra o dever de cuidar do filho e do lar. Logo, trazendo assim uma demanda injusta e um tanto contraditória para as mulheres brasileiras. Portanto, com o fito de haver igualdade de gênero no mundo do trabalho. Cabe ao Ministério do Trabalho – já que é o órgão responsável pelas decisões profissionais – recorrer às mídias sociais, criando campanhas online de oposição da desigualdade no mercado profissional. Aliado a isso, as famílias, em seus lares devem dividir tarefas. Fato que fará todos se sentirem confortáveis e que evitem situações abusivas. Afinal, quando há compartilhamento familiar, há tarefas. Assim, haverá convivência harmônica no trabalho e responsabilidade familiar.