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Física Experimental II (5910236) para o Curso de Quimica Departamento de Física-FFCLRP-USP EXPERIMENTO V- VELOCIDADE DO SOM NO AR, TUBO DE RESSONÂNCIA (ÁGUA) Objetivos: Estudar o fenômeno de ressonância e a produção de ondas estacionárias, além de determinar a velocidade do som no ar e a frequência de vibração de um diapasão desconhecido. Introdução: Quando uma onda sonora propaga-se em um meio homogêneo, há uma relação entre os seus comprimento de onda , frequência f e velocidade v: Assim, se for medido o comprimento de onda do som no ar com frequência conhecida, pode-se calcular a velocidade com a qual ele se propaga. Neste experimento serão confinadas ondas mecânicas em um tubo, de comprimento L e raio R, sendo que, reflexões nas suas extremidades aparecerão originando ondas que se propagam em sentidos contrários. A sobreposição destas ondas depende das dimensões do tubo em relação ao comprimento de onda da radiação incidente, criando-se assim, uma onda estacionária. O comportamento desta onda estacionária vai depender então das condições de contorno do problema. No experimento da corda vibrante com extremidades fixas ficava imposto que nas extremidades o deslocamento era nulo (nós). Para o tubo, a extremidade aberta corresponde a um nó de pressão (ventre ou anti-nodo de deslocamento) e a extremidade fechada corresponde a um nó de deslocamento (ventre de pressão), como se mostra na Figura 1. Desta forma, em tubos, existem certas frequências para as quais a sobreposição provoca uma onda estacionária. No caso de um tubo com uma extremidade fechada (simulada aqui pela superfície de água, que é uma substância com uma grande diferencia de impedância acústica quando comparada com o ar) e outra aberta teremos as ressonâncias descritas na Figura 1. A extremidade aberta corresponde a um anti-nodo e a extremidade fechada a um nodo de deslocamento. Assim, o comprimento efetivo L de um tubo sonoro corresponde a: 4 n L , para n = 1,3,5,7,.... (1) Materiais: Tubo, Quatro diapasões com frequências conhecidas, Um diapasão com frequência desconhecida, Termômetro, Martelo de borracha. Caneca, Diz, Elásticos de Marcação, Água. Procedimentos experimentais 1) Posicione o diapasão (A), de maior frequência, de modo que ele vibre num plano vertical sobre a extremidade aberta do tubo. Elevando o reservatório, faça subir o nível da água até próximo à extremidade e faça vibrar o diapasão com o martelo de borracha. Observações: jamais golpeie o diapasão com um objeto metálico, evite que o diapasão toque o tubo quando em vibração e antes de guardá-lo ou colocá-lo sobre um apoio, amorteça suas vibrações com a mão. Água 4 4 3 4 5 Figura 1 – Representação de ondas estacionárias em um tubo com água para diferentes relações altura da coluna de ar/comprimento de onda. As ondas indicam o deslocamento das moléculas de ar. 2) Desça lentamente o reservatório, procurando um primeiro nível para o qual ocorra o máximo da intensidade do som (ressonância). Localize a posição da intensidade máxima, o mais precisamente possível, levantando e abaixando o nível da água quantas vezes forem necessárias. Marque com um elástico ou giz esse nível, o qual será identificado por A1, sendo A0 corresponde à extremidade aberta do tubo. 3) Abaixe ainda mais o reservatório e localize um segundo nível A2 de ressonância. Marque novamente a posição com um elástico. Procure outros possíveis níveis Ai de ressonância, marcando sempre as posições com elásticos ou giz, procurando explorar toda a extensão do tubo. 4) Registre em uma tabela a identificação do diapasão utilizado, sua frequência, e os pares correspondentes às distâncias A0A1, A1A2, e assim por diante. 5) Repita os procedimentos do item 1) ao 2) para os demais diapasões. 6) Meça a temperatura do ar no ambiente. Análise de dados: a) Desprezando as medidas da extremidade para cada diapasão, determine os comprimentos de onda dos sons examinados, registrando esses valores também na respectiva tabela. b) Por que as medidas das extremidades devem ser desprezadas? c) Utilizando as frequências conhecidas dos diapasões e os resultados anteriores, determine a velocidade do som, e sua média. d) Determine graficamente a velocidade do som no ar. Qual é o gráfico que deve ser montado? e) Compare e discuta os resultados dos itens c) e d). f) A partir dos resultados obtidos nos itens c) e d), determine a frequência do diapasão de frequência desconhecida. g) Sugira outra forma mais limpa, simples e barata de realizar este experimento. Referências: 1. Tipler, P.A.- Física, volume 1 e 2. Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1982. 2. Sears, F.W.; Zemansky, M.W. e Young- Física, volume 1 e 2. 3. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1984. 4. Halliday, D. e Resnick, R.- Física, volume 1 e 2 . Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1984. Tabela I fA fB fC fD fE AoA1 BoB1 CoC1 DoD1 EoE1 A1A2 B1B2 C1C2 D1D2 E1E2 A2A3 B2B3 C2C3 D2D3 E2E3 A3A4 B3B4 C3C4 D3D4 E3E4 A4A5 B4B5 C4C5 D4D5 E4E5 A5A6 B5B6 C5C6 D5D6 E5E6 A6A7 B6B7 C6C7 D6D7 E6E7 a b c d e av bv cv dv ev t (ºC) t (ºC) t (ºC) t (ºC) t (ºC)
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