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ESTUDO DIRIGIDO- BIOQUÍMICA CLÍNICA 1-Descreva pelo menos 3 condições da etapa pré-analítica que podem gerar interferências na etapa analítica. Resposta: O maior índice de erros que ocorrem nas análises é identificado durante a etapa pré- analítica. Os erros podem surgir desde a fase de orientação ao paciente, pois o mesmo deve ser instruído sobre o preparo e coleta da amostra, com o objetivo de não ocorrer erros na coleta de materiais biológicos, como por exemplo em quantas horas de jejum são necessárias para realização do exame (caso não seja cumpridas corretamente a amostra pode apresentar lipemia), se pode fazer a ingestão de água antes da coleta da amostra, ou também em casos em que a amostra é coletada pelo próprio paciente, como no caso da coleta do jato médio, que deve ser devidamente instruída, desde a higienização adequada, o descarte do primeiro jato, coleta do jato médio, o transporte e armazenamento até ser entregue no laboratório. Outro ponto importante é o processamento e transporte da amostra, caso a amostra não seja homogeneizada corretamente, ou transportada em condições que permitam grande agitação e movimentação, a amostra pode sofrer hemólise, por exemplo. O armazenamento também é de suma importância, para assegurar a temperatura e condições ideais que mantenham todos os analitos da amostra em perfeito estado, evitando assim, futuros erros durante a etapa analítica. 2-A turbidimetria e a nefelometria são métodos utilizados para medir a luz dispersa. Neste sentido explique as limitações das medidas de dispersão da luz, principalmente nas dosagens de proteínas plasmáticas. 3-Durante a realização dos exames bioquímicos, vários fatores interferentes podem provocar a ocorrência de alteração no resultado. Um soro lipêmico, por exemplo, pode interferir nas leituras dos espectrofotômetros. O que pode ser feito para eliminar essa interferência? Resposta: A lipemia deixa a amostra turva, e essa turbidez interfere na análise da hemoglobina que é realizada através da espectrofotometria. A espectrofotometria é uma técnica que utiliza a passagem de luz para medir a concentração de hemoglobina de outra substâncias presentes numa solução através da interação da luz com a matéria. Como temos uma amostra turva, acaba interferindo na passagem de luz. A turbidez ela provoca a elevação da hemoglobina do HCM e CHCM. Para realizar a correção é necessário diluir a amostra com solução salina, por exemplo, diluição 1:10 (1 parte da amostra e 9 partes de NaCl mmol/L- 0,85%). o soro desse paciente por salina (na mesma quantidade) ou pelo próprio diluente do equipamento, vamos centrifugar essa amostra em baixa rotação, substituir esse soro pela mesma quantidade de salina, homogeneizar a amostra e realizar uma nova dosagem. Lembrando que pra essa nova dosagem, utilizaremos apenas os parâmetros do eritrograma. Soros turvos podem ser clarificados por centrifugação a 1900g durante 30 minutos. Descartar a camada superior de lípides. Esse procedimento possibilita a utilização da amostra lipêmicas para o teste de outros analitos onde a lipemia pode ter interferência significativa. 4-Explique a estrutura anatômica do pâncreas. Resposta: O pâncreas é uma glândula peritoneal dividida em cabeça, corpo e cauda, localizada próximo ao duodeno. A maior parte da massa do pâncreas é constituída de células exócrinas, agrupadas em lóbulos (ácinos), através das células que formam os ácinos pancreáticos é feita a produção do suco pancreático, que é um liquido composto por água e minerais, e também diversas enzims, todas elas responsáveis pela digestão da maior parte de substãncias nutritiva dos alimentos, logo após é encaminhado para o duodeno para auxiliar nos processos digestivos. As Ilhotas de Langerhans não possuem canais escretores e são forçadas a liberar o seu produto diretamente no sangue, dentro do grupo de células das ilhotas são encontrados dois tipos principais de células, as células alfa que produz glucagon e as células beta que produz insulina, ambos possuem funções opostas e controlam o nível de glicose no sangue chamado de glicemia. 5-Explique o papel dos hormônios insulina e glucagon. INSULINA: Responsável pelo transporte de glicose para dentro das células. - Quando existe ingestão abundante de alimentos energéticos, em especial ingestão excessiva de carboidratos, a secreção de insulina é aumentada, a insulina faz com que o carboidrato em excesso seja armazenado na forma de glicogênio, em maior quantidade no fígado e nos músculos, e o que não é transformado em glicogênio é convertido em gordura pela insulina e é armazenado no tecido adiposo. A glicose absorvida para o sangue causa secreção rápida de insulina. A insulina por sua vez, faz a captação, armazenamento e utilização da glicose pelo organismo, em especial para o tecido muscular, adiposo e pelo fígado. Um dos mais importantes efeitos da insulina é fazer com que a maioria da glicose absorvida após uma refeição seja transformada e armazenada sob a forma de glicogênio no fígado, quando não há alimento disponível e a concentração de glicose sanguínea começa a cair, a secreção de insulina diminui juntamente e o glicogênio hepático é convertido em glicose, que é liberada na corrente sanguínea para impedir que a concentração de glicose caia a níveis muito baixos. GLUCAGON: Estimula o fígado a degradar glicogênio e liberar glicose quando o corpo precisa de energia. - Os seus principais efeitos são quebra de glicogênio hepático para formar glicose (glicogenólise) e aumente a gliconeogênese no fígado. A glicogenólise no fígado aumenta a concentração de glicose sanguínea em períodos de minutos, em casos em que há o consumo de todo o glicogênio hepático e ainda não foi suficiente, acontece a hiperglicemia continuada, aumentando a captação de aminiácidos pelas células hepáticas que os convertem em glicose pela gliconeogênese, que se inicia com o piruvato, até chegar a glicose num processo inverso a glicólise. 6-Explique a fisiopatologia do diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2. DIABETES MELLITUS TIPO 1: O diabetes tipo I é caracterizado pela destruição das células beta pancreáticas, levando a uma deficiência absoluta ou “parcial” de insulina. Isto é geralmente devido a destruição auto-imune das células beta, acomete mais crianças. Os pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de tratamento com insulina diariamente, e tem maior tendência a cetoacidose na ausência de insulinoterapia, pois, ocorre comprometimento na entrada de glicose e acumulo de glicose no sangue, o que resulta no aumento da osmolaridade plasmática e perda urinária de glicose, perda excessiva de água e sódio. A ausência de insulina resulta no aumento dos níveis de ácidos graxos livres e aminoácidos gliconeogênicos, levando a acumulo de corpos cetônicos no sangue, provoando cetoacidose diabética e sua excreção urinária. DIABETES MELLITUS TIPO 2: O diabetes tipo II é o tipo mais comum de diabetes, caracterizada por hiperglicemia, resistência à insulina e deficiência parcial na produção de insulina. 7-Explique as diferenças entre soro e plasma e como estes podem ser obtidos. 8-Explique como pode ser feita a dosagem de glicose no soro e plasma conforme foi trabalhado no laboratório.
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