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Sinal e sintoma

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Enfisema
Características Clínicas
Usualmente, a dispneia é o primeiro sintoma; apresenta início insidioso, porém é rapidamente progressiva. A tosse e o chiado podem ser as queixas iniciais em pacientes com bronquite crônica ou bronquite asmática crônica subjacentes. A perda de peso é comum e pode ser severa a ponto de sugerir a presença de neoplasia maligna oculta.
Na forma clássica do enfisema sem o componente bronquite, os pacientes apresentam abaulamento torácico e dispneia com tempo expiratório prolongado. Ao sentar, os pacientes tendem a curvar-se para a frente em posição de “corcunda” na tentativa de expulsar o ar dos pulmões a cada esforço expiratório. Nesses pacientes, a distensão dos espaços aéreos é severa e a capacidade de difusão é baixa. A dispneia e a hiperventilação são proeminentes; por tal motivo, as trocas gasosas e as concentrações sanguíneas dos gases são relativamente normais até o estágio avançado da doença. Os pacientes com dispneia proeminente e oxigenação adequada da hemoglobina são conhecidos como “sopradores rosados”.
No outro extremo da apresentação clínica do enfisema está o paciente que apresenta bronquite crônica e histórico recorrente de infecções com esputo purulento. Normalmente, a dispneia é menos proeminente, com movimentos respiratórios diminuídos, retenção de dióxido de carbono, hipóxia e cianose. Por motivos não compreendidos, os pacientes apresentam tendência à obesidade e são denominados “inchados azuis”. Frequentemente, os pacientes procuram auxílio médico após o início de insuficiência cardíaca congestiva (cor pulmonale) e edema concomitante.
Bronquite Crônica
A bronquite crônica é comum entre os tabagistas e moradores urbanos de cidades com altos níveis de poluição; alguns estudos indicam que 20-25% dos homens com idade entre 40-65 anos apresentam a doença. O diagnóstico da bronquite crônica é realizado clinicamente; é definido pela presença de tosse produtiva persistente nos últimos três meses consecutivos e pelo menos dois anos consecutivos. Nos estágios iniciais da doença, a tosse produtiva apresenta esputo mucoide, porém não há obstrução ao fluxo de ar. Alguns pacientes com bronquite crônica podem demonstrar vias aéreas hiper-responsivas com broncoespasmo intermitente e chiado. Um subgrupo de pacientes, especialmente aqueles com hábitos tabágicos excessivos, desenvolve obstrução crônica ao fluxo de ar, usualmente com enfisema.
Nos pacientes com bronquite crônica há tosse proeminente e produção de esputo que podem persistir indefinidamente na ausência de disfunção ventilatória. Entretanto, como descrito anteriormente, alguns pacientes desenvolvem DPOC com obstrução significativa ao fluxo de ar. A síndrome clínica é acompanhada por hipercapnia, hipoxemia e (nos casos severos) cianose (daí a denominação “inchados azuis”). A diferenciação dessa forma de DPOC daquela causada por enfisema pode ser realizada através do reconhecimento dos casos clássicos; entretanto, muitos pacientes presentam ambas as formas. A progressão da bronquite crônica é caracterizada por complicações relacionadas com a hipertensão pulmonar e com a insuficiência cardíaca.

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