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DOENÇAS FÚNGICAS

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MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
MICROBIOLOGIA 02: doenças fúngicas 
Classificação das infecções fúngicas 
Micoses superficiais dermatomicose – pele e pelo 
Micoses cutâneas ou dermatofitoses – pele, pelo e unhas 
Micoses subcutâneas – pele e tecido conjuntivo 
Micoses sistêmicas – órgãos internos 
Micoses oportunistas 
 
Elo epidemiológico – elo da cadeia epidemiológica que mantém o agente etiológico no ambiente, quer seja o agente, 
fonte ou reservatórios específicos. Reconhecê-la visa interromper a história natural da doença 
 
Micoses cutâneas 
São infecções da camada queratinizada da pele, pelos e unhas 
Sinais e sintomas: prurido, descamação, pelos tonsurados, lesões arredondadas na pele e unhas espessas e opacas 
Os dermatófitos são fungos classificados nos gêneros Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum; as infecções de 
pele que envolvem estes microrganismos são chamadas de dermatofitoses 
Pode ser causada por fungos dermatófitos e não dermatófitos 
Lesões cutâneas provocadas por fungos com acentuadas diferenças morfológicas. Mas com habilidades comum de 
degradar queratina, com lesões em regiões queratinizadas do organismo (pele e seus anexos – pelo e unhas) 
✓ Fungos dermatófitos – dermatofitoses 
Gêneros principais 
Trychophyton 
Epidermophyton 
Microsporum – é o único zoonótico 
Causam doenças no homem e/ou animais 
Habilidade de invadir pele, pelos e unhas 
Várias formas de dermatofitose são referidas como ‘’TINEA’’ ou ‘’TINHA’’ 
As infecções dermatofíticas localizadas e que não afetam pelos ou unhas em geral podem ser tratadas com agentes 
tópicos; todas as outras requerem terapia oral. 
Os agentes tópicos incluem os azóis (miconazol, clotrimazol, econazol, tioconazol, itraconazol), terbinafina e 
haloprogina 
Os agentes antifúngicos orais contra os dermatófitos – griseofulvina (segura e eficaz), itraconazol, fluconazol e 
terbinafina (tratamentos mais curtos) 
 
 
 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
✓ Fungos não dermatófitos – dermatomicoses 
Gêneros 
Malassezia 
Candida albicans 
Aspergilus terreus 
Fusarium 
Piedraia hortae 
Mais superficiais, geralmente tem origem na nossa própria microbiota 
 
Transmissão: contato direto ou células epidérmicas descamadas 
Encontrados no solo e em plantas, atinge tanto indivíduos sadios como imunocomprometidos, em qualquer idade ou 
sexo. Pessoas que andam descalças ou trabalham em atividade rural são mais propensas 
Tinha capidis – placas de calvície; contato fômites, tesoura; ex: Microsporum canis 
Tinha cruris – da virilha 
Tinha corporis – pele (regiões macias) 
Tinha pedis – alta umidade, interdigital 
Tinha unguium ou onicomicose – unha 
Tinha barbae – barba; ex: Trichophuton verrucosim (clamidósporos) 
 
Agentes etiológicos que causam doenças em: 
✓ Cabelo – Microsporum canis 
✓ Unha – Trichopthyton rubrum 
✓ Cutânea – Malassezia furfur 
✓ Cabelos peles e unhas – Trichophyton rubrum 80 a 90% / T. mentagrophytes 
✓ Pelos axilares, pelos pubianos e barba – Trichosporum cutaneum 
 
Patogenicidade 
Pelo: 
Ficam mais na camada superficial, alcançando o folículo piloso – onde o fungo se nutre 
Invade novos folículos radiantes 
Surgem placas de tonsuras ou lesão isolada com componente inflamatório e micro abcessos 
Pelos tornam-se quebradiços e caem surgindo alopecia cicatrial permanente 
 
Unha: 
Início pela borda livre atingindo superfície e área subungueal 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Pele: 
Lesão radial bem definida com centro descamativo 
Bordos eritematosos, microvesiculosos 
 
Diagnóstico: 
Coleta de material (escamas de pele ou unha) principalmente na zona ativa das lesões 
Realizado exame direto microscópico do material colhido após calcificação com KOH (hidróxido de potássio 10 ou 
20%) ou gota de DMSO e tinta nanquin – auxiliar 
O cultivo da cultura é realizado em Agar Sabouround – 7 a 28 dias 
 
Micoses subcutâneas 
Fungos do solo que penetram na pele através de um ferimento que os conduz até o tecido subcutâneo 
Classificar as micoses em superficiais, subcutâneas, profundas e oportunistas 
Conhecer agentes etiológicos, patogenia e técnicas de identificação 
Agentes antifúngicos 
Envolvem as camadas mais profundas da pele, incluindo córnea, os músculos e o tecido conjuntivo, e são causadas por 
um largo espectro de fungos 
Os fungos ganham acesso aos tecidos mais profundos em geral por inoculação traumática e permanecem localizados, 
causando a formação de abcessos e úlceras que não cicatrizam 
O sistema imunológico do hospedeiro reconhece os fungos, resultando em destruição tecidual 
Diagnóstico: esfregaço direto corado em giensa ou gram 
Inoculação intradérmica 
 
Sintomas + sinais + anamnese → diagnóstico clínico → confirmação laboratorial: 
Mycrosporum sp 
Trycophitum sp 
Epydermophitus sp 
 
Classificação das micoses 
Critérios: 
Local da lesão; vias de penetração; vias de disseminação; resposta do hospedeiro 
 
Conteúdo importante 
Saber o que é leishmaniose; tuberculose e toxoplasmose 
Saber definir infecções 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Infecções relacionadas a assistência em saúde e quais os principais agentes 
Uso de antibiótico 
Uso de corticoides e outros imunossupressores 
Patógenos primários: capazes de infectar hospedeiros normais (sem comorbidades ou fatores externos dominantes) 
Fungos oportunistas: infectam indivíduos com imunidade comprometida 
Mecanismos: 
• Micotoxinas: causam micotoxicoses 
Ex: Aflatoxinas, Zealerona (grãos de amendoim, polenta, etc.) 
• Hipersensibilidade: exposição repetida → produção de Ig ou linfócitos 
• Infecção invasiva: invasão e lesão dos tecidos 
Propriedades gerais dos fungos 
Seres eucarióticos (núcleo e membrana celular bem definidos 
Não realizam fotossíntese 
Seres heterotróficos 
Aeróbicos 
Uni ou pluricelulares 
Todos os dimórficos são potencialmente patogênicos 
Menos de 35 gruas – pluricelular ou filamentoso 
Acima de 35 graus – unicelular ou leveduriforme 
Reprodução sexuada e assexuada 
Vivem como saprófitas, parasitas ou em simbiose 
Parasita: animais e vegetais 
Saprófitas: animais, vegetais, solo 
Simbiontes: líquen: fungo + alga; micorrizas: fungo + raiz de plantas 
 
Fatores que influenciam o crescimento 
Temperatura, luz, pH 
 
Conceito de corum sense – mecanismo de comunicação entre as bactérias, através da produção e difusão de pequenas 
moléculas químicas ou sinalizadoras, através de membranas bacterianas 
 
Introdução 
Principais agentes das dermatofitoses 
Epidermophyton 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Trychophyton 
Microsporum 
Um dos pontos principais para o diagnóstico → cultura 
Grande erro → prescrever pomadas com antifúngico e corticoides 
 Corticoides tópicos podem contribuir para falha terapêutica principalmente se for Microsporum 
 Tratamento prolongado expõe o paciente aos efeitos colaterais como atrofia da pele 
 Medicações mais caras 
 
Dermatofitoses 
Frequentes em crianças de 3 a 7 anos – infecção fúngica do couro cabeludo (TINEA CAPITES) 
 Cabelos são invadidos e lesados; quebro dos fios próxima à raiz → alopécia 
Rara em adultos – normalmente são casos de dermatite seborreica 
Raro em menores de 1 ano 
 Deve ser investigado imunodeficiência 
 Contactantes devem ser examinados (são a fonte de infecção) 
 Único antifúngico recomendado: fluconazol 
 
Tinea tricofítica → Trichophyton tonsurans 
Pequenas e múltiplas áreas de alopécia, geralmente parciais 
Exame direto do pelo → esporos do fungo em seu interior, sendo essa forma conhecida como endotrix 
 
Tinea favosa → T. schoenleinii 
Formações amareladas: massa necrótica que se acumula 
 
Tinea microspóica → Microsporum canis 
Caracteriza-se por poucas e grandes áreas de alopécia 
Exame direto do pelo → mostra seus esporos porfora dele, chamado de ectotrix 
 
Kerion → forma grave 
 Decorrência de resposta imunológica aos fungos 
 Raro – casos em que as lesões se modificam abruptamente para nódulos dolorosos com presença 
de exsudato 
 Infecção estafilocócica com adenite regional normalmente fazem parte do quadro 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
 Tratamento: antifúngico + glicocorticoides 
 
Tratamento 
Griseofulvina – segura e eficaz 
Terbinafina, itraconazol e fluconazol – tratamentos mais curtos 
 
Nas dermatofitoses, os contactantes podem ser portadores assintomáticos ou sintomáticos 
Alguns autores sugerem o tratamento com cetoconazol shampoo 
Tinea pedis 
Principal agente: agudo → Tricophyton mentagrophytes 
Auto limitada, intermitente e recorrente 
Eczematóide → caracterizada por vesículas plantares e digitais 
Intertriginosa → afeta as pregas interdigitais, provocando fissuras e maceração 
Crômica → lesões eritematodescamativas em toda a região plantar, acompanhadas de discreta ou nenhuma inflamação 
Tratamento: antifúngico tópico – 4 semanas; se for intertriginosa, 1 semana 
 Terbinafina e naftifina 
Casos crônicos: terbinafina; itraconazol; fluconazol 
 
Diagnóstico diferencial dessas doenças: esfregaço direto, corados em giensa ou gram → células leveduriformes, 
esféricas ou ovoides, forma charuto ou caneta 
Inoculação intradérmica – esporotriquina (pesquisa hipersensibilidade) 
 
Cromoblastomicose 
Infecções crônicas epidérmicas e dérmicas, com lesões verruciformes nos pés, pernas e mãos, após inoculação por 
espinhos e lascas de madeira 
Associada a certas profissões: agricultores, jardineiros, floricultores 
Agente etiológico: Fonsecaea pedrosoii – (Brasil) 
✓ Cromomicose 
Forma-se dermatite verrugosa 
Evolui para vegetações papilomatosas, ulcerativas ou não, aspecto couve flor em fase avançada 
Disseminação hematógena 
Diagnóstico: exame direto – pus ou crosta das escamas; estruturas globosas de cor marrom 
 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Feoifomicose 
Infecções por fungos por implante traumático 
Formação de cistos, granulomas ou abcessos 
Bipolaris spp 
 
Zigomicose 
Lesões subcutâneas indolores, mas com áreas de edema duro bem delimitadas 
Agente etiológico: Canidiobolus coronatus (face e nariz) 
 
Micoses subcutâneas 
Candida albicans 
Pele – esbranquiçada e lesão úmida 
Unha – espessa e ondulada 
Espaços interdigitais 
Diagnóstico: hifas septadas, células leveduriformes 
 
Resumo 
Infecções que ocorrem após algum trauma ou lacerações na pele, o fungo permanece no tecido subcutâneo ou se 
dissemina para tecidos próximos 
Originalmente são fungos presentes no solo, de baixo virulência, sendo parasitas acidentais do homem 
 
Principais micoses subcutâneas e respectivos agentes 
1. Esporotricose – Sporothrix schenckii 
Repercussão clinica depende do local de inoculação do agente 
Forma mais comum é a chamada linfocutânea, acometendo pele, tecido subcutâneo e gânglios linfáticos 
No local da inoculação ocorre lesão ulcerada (primária) que pode ficar limitada, ou disseminar ao longo do trajeto de 
um vaso linfático quando aparecem nódulos amolecidos (lesões secundárias), dos quais pode sair material purulento 
Risco ocupacional para jardineiros 
 
2. Cromoblastomicose – etiologia fúngica diversa 
Também chamada de Cromomicose, dermatite verrucosa 
Infecção subcutânea caracterizada por uma lesão inicial pequena, na forma de verruga 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Após meses a anos, desenvolvem-se ao redor várias outras lesões, resultando em aspecto de ‘’couve-flor’’; a infecção 
progride acompanhando o caminho da irrigação linfática 
Acomete geralmente membros inferiores (áreas descobertas do corpo) de trabalhadores rurais infectados por lascas de 
madeira 
 
3. Lobomicose – Lacazia loboi (Paracoccidioides loboi) 
Também chamada de blastomicose de Jorge Lobo 
Caracteriza-se pelas lesões isoladas, ou disseminadas de aspecto queloidiforme, de evolução lenta 
O fungo penetra a pele por traumatismos, sendo comum, a região auricular e proximidades, relacionada ao hábito de 
carregar sobre os ombros vegetais e outras cargas extraídas direto da natureza 
Comum entre seringueiros, lavradores e garimpeiros 
Lesão nodular semelhante a queloide 
Tratamento: excisão cirúrgica 
 
Questões 
Como fazer o diagnóstico¿ 
Como fazer o diagnóstico diferencial¿ 
 
Cândidas 
Candidíase 
Modo de infecção: endógeno ou contato direto 
Patogenia: podem produzir doença aguda ou crônica, superficial ou profunda na presença de fator predisponente 
(micose oportunista) 
Candidíase superficial: pele e unhas 
Candidíase sistêmica: comum em unidades de tratamento intensivo; diversos órgãos podem ser afetados 
 
Candidíase ocular 
Caracterizada por visão turva, e as lesões dentro do olho 
Causada pela propagação de Cândida no sangue, cateteres, abuso de drogas IV, trauma ocular/cirurgia 
Prevenção: evitar uso de drogas IV, trauma ocular e cirurgia 
Tratamento: anfotericina B 
Diagnóstico: exame direto do material obtido das lesões – raspado das lesões cutâneas ou mucosas, NaOH ou KOH 
 
 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Tratamento da candidíase 
Polienicos (anfotericina B, nistatina) 
Azóis (diazol, triazol...) 
Cetoconazol 
Itraconazol, Fluconazol 
Voriconazol, Posiconazol 
Miconazol (nitrato = 150 ou 200mg) 
Equinocandinas (caspo, mica fungina) 
Lembrar que no 1º trimestre a melhor opção seria sempre com drogas consideradas mais seguras (clotrimazol, 
nistatina, clindamicina) 
Lembrar de rastrear outras infecções (IST) pela sorologia 
Candidíase superficial – nistatina 
Candidíase sistêmica – fluconazol ou anfotericina B 
 
Micoses sistêmicas 
Os fungos que causam micoses sistêmicas vivem em forma saprófita no solo 
Podem ser encontrados em alguns animais de vida silvestre (reservatórios) 
Via de contaminação principal: inalação das formas infectantes 
Todos os agentes de micoses profundas apresentam dimorfismo térmico (aula prática) 
Quem causa: Candida spp, 
 Criptococcus neoformans 
 Aspergillus spp 
 Zigomicetos 
Patógenos dimórficos endêmicos: Blastomyces dermatidis 
 Coccidioides immitis 
 Histoplasma capsulatum 
 Paracoccidioides brasiliensis 
 Penicillium marneffei 
 
Paracoccidioidomicose 
Heterogênea no Brasil – sistema autóctone da América Latina 
10 milhões de infectados – 2% irão desenvolver a doença 
Áreas endêmicas – 3 casos para cada 100.000 habitantes por ano; 10 a 15 homens para 1 mulher 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Agente etiológico: Paracoccidioides brasiliensis – fungo termo dimórfico 
Animais portadores da infecção: tatu 
Risco: profissionais – atividades agrícolas, preparo de solo, práticas de jardinagem 
Não há transmissão pessoa-pessoa 
Mecanismo de infecção: inalação de conídios → se desenvolvem na forma de uma levedura 
Evolução clínica ocorre de forma semelhante à tuberculose 
Acometimento de pulmões e linfonodos satélites → pode ir para processo de cura com cicatriz estéril; pode ir 
para cura com nódulos quiescentes que podem ser reativados; pode ocorrer progressão e disseminação linfo 
hematogênica para outros órgãos 
A grande maioria das infecções por paracoccidioidomicose são assintomáticas 
Manifestações clínicas: 
Idade: infecção é prioritariamente adquirida nas duas primeiras décadas de vida, com um pico de incidência 
entre 10 e 20 anos de idade 
Acredita-se que o tempo de incubação possa ser de até 60 anos 
Forma aguda/sub aguda (tipo juvenil) – 3 a 5% dos casos 
 Entre 4 a 12 semanas de instalação da doença – linfadenomegalia, manifestações digestivas, 
hepatoesplenomegalia, envolvimento osteo articular e lesões cutâneas 
Forma crônica (tipo adulto)– mais de 90% dos casos 
 Adultos entre 30 e 60 anos, predominante no sexo masculino 
 Progressão lenta, forma insidiosa 
 Manifestações pulmonares – tosse seca, posteriormente produtiva e dispneia aos esforços 
 Diagnóstico clínico: radiológica 
Diagnóstico: 
 Presença de doença crônica pulmonar e/ou lesões crônicas tegumentares em pacientes com 
antecedentes de profissão de risco 
 Associado a demonstração do agente etiológico em fluidos biológicos ou tecidos 
 Exame micológico direto e/ou histopatológico 
Tratamento: Itraconazol, cetoconazol; formas graves: anfotericina B 
 
Micoses pulmonares 
Blastomicose 
Agente: Blastomyces dermatitidis 
Vegetais em decomposição próximos dos lagos, rios, ambientes úmidos e bosques 
Frequência em homens de 30 – 60 anos, negros 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Pulmões – disseminação hematogênica atinge a pele, ossos ou outros órgãos 
Evolução aguda ou crônica 
Diagnóstico: escarro, tecido, exsudatos 
 Sorologia – ELISA; boa sensibilidade e baixa especificidade 
 
Histoplasmose pulmonar 
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum 
Micose sistêmica 
Contato com fezes de pombo 
Epidemiologia: prevalência aumenta da infância até os 15 anos de idade; sem diferença entre os sexos 
Incubação: 1 a 3 semanas 
Fonte de infecção: solo 
Via de transmissão: aérea 
Suscetibilidade humana: infecções prévias não previnem novas infecções 
A infecção quase sempre é produzida por inalação, mas também pode ocorrer por inoculação 
A infecção penetra no alvéolo pulmonar, invade linfonodos e dissemina-se pela corrente sanguínea 
Essa fungemia é assintomática e permite que o agente parasite todos os tecidos do sistema – pulmões, fígado, baço, 
linfonodos e estruturas linfáticas do tubo digestivo 
Disseminação local e a distância: reação inflamatória aguda, reação granulomatosa crônica; doença autolimitada; 
doença progressiva; persistência e recidiva 
Patogenia: predominante pulmonar em 80%; artrite com eritema nodoso 5 a 10%; pericardite 5 a 10%; granuloma 
mediastinal 
Formas progressivas: disseminada – AIDS; DPOC; fibrose mediastinal 
Quadro clínico: primo infecção assintomática; infecção pulmonar aguda, sintomática; histoplasmose disseminada 
aguda 
1. Primo infecção assintomática: calcificações pulmonares e PPD (prova tuberculínica) negativa; histoplasmina 
positivo; moradores de áreas endêmicas; exposição de risco elevado 
Manifestações bucais – forma disseminada; ulceração solitária, dolorosa, longa duração 
Histoplasmose – diagnóstico laboratorial: dimórficos 
 Diagnóstico micológico – cultura, pesquisa de antígeno, imunodifusão, fixação de complemento 
 Diagnóstico diferencial 
Tratamento: itraconazol, anfotericina B, anfotericina 
 
Coccidioidomicose 
Adquirida através da inalação do agente Coccidioides immitis sob forma de artroconídio 
Áreas de clima árido, solo alcalino e regiões de baixo índice pluviométrico 
MICROBIOLOGIA CAMILA SANTIAGO 
 
 
MICROBIOLOGIA | MEDICINA 
Sem transmissão pessoa-pessoa 
Sistêmica, predominantemente pulmonar, pode comprometer pele, laringe, ossos, articulação, meninges 
Após contaminação 60% dos indivíduos apresentam infecção primária inaparente 
1 a 3 semanas após contágio – febre, dor torácica, tosse, hemoptises 
Reumatismo do deserto – conjuntivite, artrite, eritema nodoso 
Forma progressiva (rara) – associação de hiporexia, emagrecimento, dispneia 
Quadro radiológico: adenomegalia hilar, infiltração pulmonar com derrame pleural 
Tratamento: fluconazol, anfotericina B, itraconazol 
 
 
Criptococose 
Comprometimento pulmonar pode anteceder anos, ao acometimento cerebral 
Pode causar doença pulmonar e do SNC, e disseminação hematogênica 
Não há transmissão homem-homem 
Tratamento: itraconazol 
Criptococose pós transplante renal – predomínio de casos tardios (80%) 
 
Aspergilose 
Agente etiológico: Aspergillus fumigatus 
Amplamente distribuído no ambiente 
Incomum em crianças 
Se inicia pela inalação dos esporos de Aspergillus 
Reações tipo I e III – lesões obstrutivas em brônquios 
Reação mediada por IgE muito forte – sintomas de obstrução de vias aéreas, presença de eosinofilia 
Critérios diagnósticos: 
Maiores: obstrução brônquica, eosinofilia, resposta cutânea imediata, presença de precipitinas séricas, 
aumento de IgE, infiltrados pulmonares, bronquiectasia central 
Menores: cultura de escarro positiva; expectoração de cor marrom; resposta cutânea tardia 
Tratamento: prednisona

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