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10_Principios_Universais_do_Pacto_Global

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Os 10 Princípios Universais do Pacto Global 
 
O Pacto Global advoga dez Princípios universais, derivados da Declaração 
Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional 
do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da 
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção 
das Nações Unidas Contra a Corrupção: 
Princípios de Direitos Humanos 
1. Respeitar e proteger os direitos humanos; 
2. Impedir violações de direitos humanos; 
Princípios de Direitos do Trabalho 
3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho; 
4. Abolir o trabalho forçado; 
5. Abolir o trabalho infantil; 
6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho; 
Princípios de Proteção Ambiental 
7. Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais; 
8. Promover a responsabilidade ambiental; 
9. Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente. 
Princípio contra a Corrupção 
10. Combater a corrupção em todas as suas formas inclusive extorsão e 
propina. 
 
Princípios de Direitos Humanos 
Princípio 1 Apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos proclamados 
internacionalmente 
 
Princípio 2 Evitar a cumplicidade nos abusos dos direitos humanos 
 
A origem dos Princípios 1 e 2 relacionados aos direitos humanos é encontrada 
na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), de 1948. O objetivo 
desta declaração é estipular padrões internacionais mínimos para a proteção 
dos direitos e liberdades do indivíduo, hoje amplamente considerados como 
formadoras da base do direito internacional. Especificamente, os componentes 
da DUDH são considerados como lei consuetudinária internacional e não 
exigem assinatura ou aprovação pelo estado para serem reconhecidas 
como padrão legal. 
A Declaração Universal também passou a ter força de lei por dois tratados: 
A Convenção Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais 
(CIDESC) 
 
A Convenção Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (CIDCP) 
que foram firmados em 1966 e entraram em vigor em 1976. A Declaração 
Universal e as duas convenções são referidas como Declaração Internacional 
de Direitos. 
 
O que é a Declaração Universal dos Direitos Humanos? 
Para usar as palavras exatas do texto, a Assembléia Geral das Nações Unidas 
proclamou que: 
“um padrão comum de realização para todos os povos e todas as nações, a fim 
de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tenham sempre em mente 
esta Declaração, e se empenhem ensinando e educando a promover o respeito 
por estes direitos e liberdades e mediante medidas progressivas, nacionais e 
internacionais, para garantir seu reconhecimento e observância em bases 
universais e efetivas...” 
A Declaração começa especificando sua premissa básica de “igualdade” - de 
que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.” 
Continua dando conteúdo ao entendimento de igualdade, proibindo qualquer 
distinção no gozo dos direitos humanos em virtude de raça, cor, sexo, língua, 
religião, opinião política ou outra opinião, origem nacional ou social, 
propriedade, nascimento ou outra posição. 
Os autores da Declaração estavam bem cientes de que os direitos que 
estavam proclamando em 1948 eram (e ainda estão) longe de serem 
respeitados. Eles também sabiam que alcançar o objetivo de gozo universal 
daqueles direitos, por todos, exigiria um esforço imenso de cada indivíduo e de 
cada grupo na sociedade. Então, eles dirigiram sua convocação para a ação 
não especificamente para governos, mas para “cada indivíduo e órgão da 
sociedade”. 
Baseando-se no fato da responsabilidade recair sobre cada indivíduo e cada 
grupo em sociedade é que os Princípios 1 e 2 do Pacto Global convocam as 
empresas não somente a desenvolver uma consciência dos direitos humanos 
mas também a trabalhar dentro de sua esfera de influência para proteger estes 
direitos humanos universais. 
Por que os Direitos Humanos são Importantes para o Negócio 
A responsabilidade pelos direitos humanos não está somente com os governos 
ou com as nações. As questões de direitos humanos são importantes tanto 
para os indivíduos como para as organizações que eles venham a criar. Como 
parte do seu compromisso com o Pacto Global, a comunidade empresarial tem 
a responsabilidade de proteger os direitos humanos tanto no local de trabalho 
como mais amplamente em sua esfera de influência. O imperativo moral 
crescente de se comportar com responsabilidade está aliado ao 
reconhecimento de que um bom desempenho em direitos humanos pode 
favorecer o aprimoramento do desempenho comercial. 
As razões pelas quais as empresas abordam as questões de direitos humanos 
incluem: 
Cumprimento à lei local e à lei internacional 
No mínimo, o negócio deve empenhar-se para assegurar que suas operações 
sejam consistentes com os princípios legais aplicáveis no país onde opera. A 
consideração de processos contra multinacionais pela prática precária fora de 
seu país de origem é uma tendência em crescimento. 
Promoção da norma legal 
Os negócios que operam fora de seu país de origem podem ter uma 
oportunidade de promover e provocar padrões em países onde o apoio e o 
cumprimento das questões de direitos humanos seja insuficiente. As 
sociedades onde os direitos humanos são respeitados são mais estáveis e 
oferecem um ambiente de qualidade para os negócios. 
Abordagem das preocupações com o consumidor 
O acesso às informações globais significa que os consumidores estão cada vez 
mais conscientes sobre a origem de suas mercadorias e as condições sob as 
quais são produzidas. Uma abordagem pró-ativa de direitos humanos pode 
reduzir os impactos potencialmente negativos da publicidade adversa, por parte 
de organizações de consumidores e grupos de interesse. 
Administração da cadeia de fornecimento 
O fornecimento e a produção globais significam que as empresas precisam 
estar plenamente conscientes das questões potenciais dos direitos humanos 
tanto as favoráveis como as desfavoráveis. A promoção das melhores práticas 
de direitos humanos permitirá que o negócio selecione os parceiros comerciais 
adequados. 
Aumento da produtividade e da retenção da força de trabalho 
Os trabalhadores tratados com dignidade, e que recebem recompensas justas 
pelo seu trabalho, tendem a ser mais produtivos e a permanecer leais a um 
empregador. Cada vez mais os novos colaboradores consideram a história 
social e ambiental das empresas ao fazer sua escolha de empregador. 
Formação de bons relacionamentos na comunidade 
As empresas que operam em bases globais ficam visíveis a um público maior 
no mundo todo, em decorrência dos avanços nas tecnologias de comunicação. 
A abordagem positiva de questões de direitos humanos pode trazer 
compensações tanto em nível local, nas comunidades locais, quanto nas 
comunidades globais mais amplas onde as empresas operam. 
Princípios de Direitos do Trabalho 
Princípio 3 Defender a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do 
direito à negociação coletiva 
 
Princípio 4 Eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório 
 
Princípio 5 Erradicar efetivamente o trabalho infantil 
 
Princípio 6 Eliminar a discriminação no emprego e na ocupação 
Os quatro princípios de direitos do trabalho do Pacto Global, propugnados pela 
Organização Internacional de Trabalho (OIT) por meio da Declaração dos 
Princípios Fundamentais e Direitos no Trabalho, foram adotados na 86a 
Conferência Internacional do Trabalho, em 1998. A OIT tem uma estrutura 
única (tripartite) composta de governos, empregadores e trabalhadores, sendo 
a única agência das Nações Unidas cujos membros são compostos por 
governos e setor privado. Conseqüentemente, a Declaração representa um 
consenso universal entre aqueles partícipes preocupados com as questões 
trabalhistas, de promoção eproteção dos princípios no mundo inteiro. 
Estes princípios são também tema das Convenções da OIT. As convenções 
são tratados ratificados pelos Estados membros, que assim aceitam estar 
legalmente vinculados pelos mesmos. Todos os países - tenham ou não 
ratificado as Convenções relevantes - têm a obrigação de “respeitar, promover 
e cumprir de boa fé” os princípios. 
O objetivo da OIT, ao participar do Pacto Global, é catalizar o apoio da 
comunidade empresarial. Os princípios dos Direitos do Trabalho 3, 4, 5 e 6, 
tratam dos princípios fundamentais no local de trabalho, e o desafio 
empresarial é adotar estes valores aceitos universalmente e aplicá-los na 
empresa. 
Princípios de Proteção Ambiental 
Princípio 7 As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva para os 
desafios ambientais 
 
Princípio 8 As empresas devem assumir iniciativas para promover uma maior 
responsabilidade ambiental. 
 
Princípio 9 As empreas devem encorajar o desenvolvimento e a difusão de 
tecnologias ambientalmente sustentáveis 
A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento oferece a base 
para os Princípios Ambientais do Pacto Global. 
O negócio ganha legitimidade através do atendimento das necessidades da 
sociedade, e cada vez mais a sociedade está expressando a clara necessidade 
de mais práticas sustentáveis ambientalmente. Um modo da empresa 
demonstrar o seu compromisso com uma maior responsabilidade ambiental é 
através da mudança do seu modus operandi, dos chamados “métodos 
tradicionais” para abordagens mais responsáveis, tratando de questões 
ambientais: 
DE >> PARA 
Uso de recursos ineficazes >> Produtividade de recursos 
Tecnologia end-of-pipe >> Produção mais limpa 
Relações públicas >> Controle corporativo 
Reativo >> Pró-ativo 
Sistemas de administração >> Ciclos da vida, projeto de negócio 
Comunicação unilateral e passiva >> Multiplicidade de participantes, diálogo ativo 
As razões pelas quais uma empresa deve pensar sobre a melhoria de seu 
desempenho ambiental: 
- Aplicação de uma produção mais limpa e uma eficiência ecológica levam a 
uma melhor produtividade dos recursos; 
 
- Novos instrumentos econômicos (impostos, encargos, alvarás comerciais) 
estão recompensando as empresas limpas; 
 
- Os regulamentos ambientais estão endurecendo; 
 
- As seguradoras preferem uma empresa mais limpa e de risco mais baixo; 
 
- Os bancos tendem mais a emprestar para uma empresa cujas operações não 
onerarão o banco com processos na área ambiental ou grandes contas de 
liquidação; 
 
- A administração ambiental tem um efeito positivo para a imagem da empresa;
 
- Os empregados tendem a preferir trabalhar para uma empresa 
ambientalmente responsável (tal empresa também tem geralmente registros de 
boa saúde e segurança para o trabalhador); 
 
- A poluição ambiental ameaça a saúde humana; 
 
- Os clientes estão exigindo produtos mais limpos. 
Princípio contra a Corrupção 
Princípio 10 Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive 
extorsão e propina. 
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência. O conceito 
de transparência, também ligado aos outros nove Princípios do Pacto Global, 
inclui uma ampla gama de questões: no nível micro, problemas causados pelo 
suborno e pela corrupção, fontes e uso de recursos financeiros, impactos 
ambientais e sociais de operações e produtos; no nível macro, questões 
referentes à governança, e aos papéis e responsabilidades de atores 
societários, com efeito corrosivo sobre a democracia, o desenvolvimento, o 
estado de direito e a atividade econômica. Transparência e combate à 
corrupção é um princípio que se aplica a entidades em todas as áreas, 
incluindo governos, organizações de trabalhadores, organizações da sociedade 
civil e empresas. 
No contexto do Pacto Global, podemos tratar a questão da “transparência” 
através: 
· Do exame de iniciativas existentes sobre transparência: Temos experiências 
de empresas ou de setores que já estão lidando com a questão da 
transparência e da corrupção? 
· Da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção: Como a Convenção 
das Nações Unidas se relaciona à iniciativas anti-corrupção? Quais são as 
questões que afetam diretamente o negócio? 
· Da integração à luta contra a corrupção no Pacto Global: Como as atividades 
do Pacto Global se relacionam ao combate à corrupção? 
 
 
 
 
 
www.dhnet.org.br

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