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Direito Falimentar

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Direito Comercial
Direito Falimentar: Introdução:
· Em regra primeiro tentamos salvar a empresa depois se não conseguir, decreta falência. 
· Não se aplica a quem não exerce atividade empresária ou pessoa jurídica que não exerce empresa. 
· É regido pela lei 11101 de 2005 e 11112 de 2020; CF.
1. Empresa: organização, profissionalismo e economia.
2. Empresário: exerce a empresa.
3. Pessoa Jurídica – sociedade e Pessoa Natural – empresário individual ( ambos com CNPJ).
Princípios Falimentares
1. Livre Iniciativa: participar do mercado sem a necessidade de autorização ou aprovação do Estado.
2. Função Social: relação contratual estabelecida entre as partes infere-se no contexto social. 
3. Preservação da Empresa: protege o núcleo da atividade econômica, em tese, seu lucro.
4. Propriedade: Deve ser analisado conjuntamente com o desenvolvimento social e ambiental: CF:
 Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.         (Regulamento)         (Vide Lei nº 13.311, de 11 de julho de 2016)
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
  Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.         (Regulamento)
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
 Origem
 Vem de crises independentes ou desencadeadas.
· Crise econômica: isto é, o produto não está sendo vendido. 
· Financeira: isto é, há muitas despesas.
· Patrimonial: onde a empresa faz muitas dívidas, não sendo necessariamente ruim, caso a mesma esteja investindo nela por exemplo. 
Lei 10101 
Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. 
Art. 2º Esta Lei não se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
· Empresa pública é por exemplo a Caixa e o Correio, aqueles de economia mista são a CEMIG, COOPASA, PETROBRÁS – são metade particulares e metade públicas.
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
· Instituição Financeira e de crédito ( incluindo consórcio), são todas relacionadas a dinheiro, isso inclui bancos particulares.
· Planos de Saúde e Seguros.
· Entidades de previdência complementar, tanto aberta quanto fechada.
Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
· Onde a empresa devedora tem mais dinheiro é onde vai resolver tudo.
· Procedimento:
1. Absolutismo Estadual.
2. Competência Funcional.
3. Principal Local.
4. Competência Interna.
 Créditos
Art. 5º Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência:
I – as obrigações a título gratuito;
· Doação para ONGS de caridade.
II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
· Exemplo: tenho um crédito de 10000 para ser apurado e acessórios como advogado e contador de 2000 cada, na hora de pagar daria 14.000 sendo assim, cada um paga o seu. 
· Salvo as Custas de Natureza Tributária: Exemplo: pagamento feito para entrar com uma petição inicial.
Consequências Jurídicas
· Suspenção da Prescrição: Favorece a credor.
· Suspensão das Execuções: Favorece o devedor.
Exceto:
· Demanda Ilíquida (precisa de valor estimado, pronunciamento do juiz). 
· Créditos Trabalhistas (assim que apurar pode).
· Execução fiscal (É DE INTERESSE ESTATAL E DA FAZENDA; PÚBLICO).
· Proibi Penhora \ Constrição. 
Resumo básico para a prova:
· Direito Falimentar:
Ele cabe ao empresário que exerce função de empresa.
- empresário: quem exerce empresa com economia, profissionalismo e e organização.
· Princípios: 
- Função social e propriedade: o que a pessoa desempenha com a posse da empresa.
- Preservação da empresa: Tenta salvar antes de sair.
- Livre Iniciativa: poder desenvolver o trabalho sem depender de permissão estatal.
· Origem:
Crises:
- Economica;
produto n vendido
- Financeira;
muitas despesas
- Patrimonial;
dívidas que nem sempre são ruins.
· Excessões da lei;
- empresa complementar de previdencia privada.
- consórcio.
- seguros
- planos de saúde.
- empresa mista E PÚBLICA.
- emoresa de crédito.
- BANCOS.
· Como é feita a recuperação ou falência:
- de competencia estadual de forma funcional, no lugar com mais dinheiro, com regimento interno.
Não é cobrado o crédito de título oneoroso e custas judiciais.
· Consequências:
Suspensão:
- Prescrição: favorece o credor.
- Execução:
Menos; quantia iliquida, créditos trabalhistas e execução fiscal.
- Constrição: Penhora.
Prova
A partir do material de apoio anexo, escreva sobre um texto dissertativo que abarque os seguintes temas: a) a evolução histórica do Direito Falimentar; b) a natureza jurídica da recuperação empresarial e da falência; c) a importância desses institutos jurídicos na preservação da empresa.
Evolução Histórica
· Buscando a origem do Direito Falimentar, tem-se a ilustre contribuição de Bertoldi e Ribeiro (2015, p.496) nos seguintes termos:
É da antiguidade romana que a doutrina extrai a origem dos regimes falimentares. Naquele tempo, a insolvência era punida com a morte real ou civil do devedor, que poderia inclusive ser considerado escravo do credor, em razão do não cumprimento de suas obrigações.
· Passa-se a entender que o patrimônio do devedor é que responde pelas suas dívidas, e, atenuam-se, por conseguinte, os castigos corporais infligidos à época aos devedores, embora se admitissem ainda algumas sanções como perda de Direitos civis, expulsão da cidade, perda da cidadania romana, entre outras.
conditio creditorum, que em tese, seria um conjunto de regras processuais aplicadas ao comerciante insolvente, em que haveria possibilidade de chamamento dos credores para que pudessem ter a satisfação de seus créditos de forma isonômica, na relação processual de partilha dos bens do devedor.
· Importante também apontar que, mais tarde, emerge o instituto bonorum venditio, que tratava de regras aplicadas ao campo patrimonial, em que se permitia a um credora ficção dos bens do devedor, onde este ficaria responsável pelos bens arrecadados do devedor. Concorda-se com Bertoldi e Rieiro, quando os mesmos apontam este sistema como favorável a fraudes. Ora, havia uma grande possibilidade de lesão de direitos à coletividade de credores uma vez que tal credor era escolhido pelo próprio devedor.
· Tempos depois, buscando a minimização dessas fraudes, o pretor romano passa a fiscalizar a atuação do credor que recebera os bens, onde tal credor era apontado como curator ou magister, que mais tarde seria o síndico e atualmente o administrador judicial. Por todo este período, ocorreram mudanças importantes no Direito patrimonial, como o chamamento de credores para gozarem da mesma condição isonômica (na medida das desigualdades de cada classe). Enfim, todas essas fontes norteiam o nosso Direito Falimentar atual.
· Passando pela Idade Média, aponta a doutrina um tremendo retrocesso, ao qual se concorda, pois, se admitiria novamente a aplicação de pena de morte ao insolvente. Mantiveram as regras relativas ao concurso de credores, e, indo mais além, estenderam aos herdeiros e sucessores do devedor as penas relativas ao seu inadimplemento, inclusive, não havia naquele momento da história, um tratamento diferenciado entre o insolvente honesto e o desonesto, aplicando assim, a mesma pena uma vez que se considerara a insolvência um crime. Houve mudança em relação a esta situação jurídica frente ao Código do Comércio de 1807, inspirado na Ordonnance de Luís XIV datado em 1673.
· Em 1934, surgiu nos Estados Unidos, o primeiro diploma de Direito Estatutário, cujo objetivo era regulamentar a recuperação judicial dando enfoque à quebra da bolsa de Nova York que ocorrera em 1929. Na Itália, o diploma apareceu no fim da década de 1970, com a nomenclatura de administração extraordinária. Na França, foi instituído na Lei em 1967, sendo aperfeiçoado mais tarde em 1985 e novamente em 1995. Em 1976, foi a vez de Portugal incorporar em sua legislação um diploma capaz de tutelar a empresa que estivesse em condições de dificuldade. Mais tarde, esse diploma foi base sólida para o Código Processual de Recuperação e Falências.
Brasil
· No Brasil, o Direito Falimentar foi regido, inicialmente, sob os moldes costumeiros da Idade Média, obviamente pelos pilares das Ordenações Filipinas. Com a evolução da legislação, por assim dizer, é que em 1850 sob influência do Código Napoleônico, editou-se o Decreto n°. 697, de 1850, onde, se tratava no capítulo “da quebra”, obviamente, da falência que se entendia à época pelo mero inadimplemento do empresário frente aos seus credores, não importando se este dispusesse de fundos para honrar seus compromissos (“Art. 1°. Todo comerciante que cessa seus pagamentos entende-se quebrado ou falido. Código Comercial de 1850”) .
Notas:
 O Direito Falimentar teve como fontes norteadoras no "conditio creditorum", originado do Direito Romano, que em suma, é um conjunto de regras onde os comerciantes davam satisfação dos seus créditos e o instituto "bonorum vendito", onde havia permissão que o um credor fosse responsável pelos bens oriundos do devedor, porém com grande estimativa de lesão de direitos coletivos, já que o credor era de escolha do devedor. Buscando minimizar essa situação, o credor era fiscalizado.
 No Brasil, as raízes falimentares do Direito, são moldes oriundos da Idade Média, ainda que esses moldes sejam retrocedentes, graças as Ordenações Filipinas. Evoluindo apenas em 1850, com o Código Napoleônico onde é especificado a " Quebra" - palavra originada na tradição onde credores quebravam a banca dos comerciantes para que os mesmos são exercessem suas atividades. 
 O Direito Falimentar brasileiro nos dias atuais, é regido sob a luz da Lei 11101 de 2005, que reorganiza empresas em crise proporcionando que os credores sejam ouvidos, pois neles recaem de forma indireta as consequências dessa condição empresarial que os devedores se encontram.
A natureza jurídica da recuperação empresarial e da falência
· Resumidas essas considerações preliminares, torna-se fácil o conceito de execução concursal como sendo aquela que busca satisfazer em igualdade de condições os credores do devedor não comerciante, causando-lhe um desequilíbrio em sua esfera patrimonial. 
· Aparecendo novos bens, a arrecadação deles será feita nos próprios autos da insolvência, que serão assim, reabertos, a requerimento de qualquer dos credores incluídos no quadro geral, subsiste o processo concursal. 
· Com efeito, a falência afigura-se como um meio extraordinário de execução, englo bando o patrimônio do devedor, instituída em favor da totalidade de seus credores que, salvo raras exceções, são atraídos para o juízo da falência. Distingue-se da denominada execução singular.
· Sob a ótica processual, a medida se implementa por meio de uma ação judicial, de iniciativa do devedor', com o escopo de viabilizar a superação de sua situação de crise. É um processo especialíssimo, em que, por exemplo, não existe a figura do réu. Mas dita pretensão somente pode ser exercida até a declaração de sua falência (art. 48, I).
Notas
De acordo com o Princípio da Preservação da Empresa, antes de declarar a falência é necessário tentar salvar a empresa, com uma ação judicial de iniciativa do devedor com intuito de superara sua crise. Buscando a igualdade de condições entre credores do devedor não comerciante, temos a execução concursal que desequilibrando a esfera judicial, sendo uma ação de cobrança singular, que, salvo exceções, engloba o patrimônio do devedor, em favor da totalidade de seus credores, sendo levados ao juízo de falência.
 
Preservação da Empresa
 Os institutos tem sua devida importância, pois buscam aprovar por parte do devedor e seus credores de uma proposta que dê a empresa a possibilidade de continuar sua atividade comercial, fazendo sua falência – na pior das hipóteses ou sua recuperação onde há o maior patrimônio empresarial.
 Tendo como consequências jurídicas a suspensão da prescrição, favorecendo o credor; suspensão das execuções ( com exceção dos títulos de execução fiscal que são de interesse público, a demanda ilíquida e os créditos trabalhistas, até que tenham valor definido para prosseguir com o processo), favorecendo o devedor, assim como a constrição. Outra vantagem é a não exigência do devedor as despesas, salvo custas judiciais e as obrigações de título oneroso.
FINAL:
Os problemas que levam uma empresa a precisar do Direito citado a seguir, se originam de crises, podendo elas ser econômicas, financeiras ou patrimoniais. O mesmo não se aplica a quem não exerce atividade empresária ou pessoa jurídica que não exerce empresa. Empresário, é aquele que exerce empresa, a empresa se dá quando há economia, profissionalismo e organização. 
O Direito Falimentar teve como fontes norteadoras no "conditio creditorum", originado do Direito Romano, que em suma, é um conjunto de regras onde os comerciantes davam satisfação dos seus créditos e o instituto "bonorum vendito", onde havia permissão que o um credor fosse responsável pelos bens oriundos do devedor, porém com grande estimativa de lesão de direitos coletivos, já que o credor era de escolha do devedor. Buscando minimizar essa situação, o credor era fiscalizado.
 No Brasil, as raízes falimentares do Direito, são moldes oriundos da Idade Média, ainda que esses moldes sejam retrocedentes, graças as Ordenações Filipinas. Evoluindo apenas em 1850, com o Código Napoleônico onde é especificado a " Quebra" - palavra originada na tradição onde credores quebravam a banca dos comerciantes para que os mesmos são exercessem suas atividades. 
 O Direito Falimentar brasileiro nos dias atuais é regido sob a luz da Lei 11101 de 2005, que reorganiza empresas em crise proporcionando que os credores sejam ouvidos, pois neles recaem de forma indireta as consequências dessa condição empresarial que os devedores se encontram.
 De acordo com o Princípio da Preservação da Empresa, antes de declarar a falência é necessário tentarsalvar a empresa, com uma ação judicial de iniciativa do devedor com intuito de superara sua crise. Buscando a igualdade de condições entre credores do devedor não comerciante, temos a execução concursal que desequilibrando a esfera judicial, sendo uma ação de cobrança singular, que, salvo exceções, engloba o patrimônio do devedor, em favor da totalidade de seus credores, sendo levados ao juízo de falência.
 Os institutos tem sua devida importância, pois buscam aprovar por parte do devedor e seus credores de uma proposta que dê a empresa a possibilidade de continuar sua atividade comercial, fazendo sua falência – na pior das hipóteses ou sua recuperação onde há o maior patrimônio empresarial, perante competência, estadual, municipal e interna.
 Tendo como consequências jurídicas a suspensão da prescrição, favorecendo o credor; suspensão das execuções ( com exceção dos títulos de execução fiscal que são de interesse público, a demanda ilíquida e os créditos trabalhistas, até que tenham valor definido para prosseguir com o processo), favorecendo o devedor, assim como a constrição. Outra vantagem é a não exigência do devedor as despesas, salvo custas judiciais e as obrigações de título oneroso.
 Podemos concluir que o Direito Falimentar, apesar das severas raízes históricas, foi se tornando mais justo ao longo do tempo, de forma que busque não só ajudar o devedor como ouvir o credor. Buscando recuperar as empresas para que eles continuem gerando lucro no mercado, cumprindo sua função social juntamente com o Princípio da Propriedade, que garantem não só sua continuidade, mas também, seu papel perante a sociedade.
Artigo Sexto
Créditos incluídos e não 
· Em geral tudo menos despesas e títulos gratuitos. 
Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial (E NÃO EXTRAJUDICIAL) implica:        (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)          (Vigência)
I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta Lei;        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)          (Vigência)
II - suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou à falência;        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)          (Vigência)
III - proibição de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de demandas judiciais ou extrajudiciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência.        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)          (Vigência)
· Suspendendo as execuções podemos fazer um plano de recuperação judicial, por isso ocorre a constrição. 
§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.
§ 2º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença.
(SÓ ATÉ LIQUIDAR E SER DEFINITIVO). 
Constrição
· Ocorre reserva do crédito, o juiz trabalhista pede para o Estadual de Ofício, a gente não sabe quando ela vai terminar de tramitar porque pode ser que não haja mais crédito!! Então faz uma reserva do valor estimado ( ARRESTO).
 § 3º O juiz competente para as ações referidas nos §§ 1º e 2º deste artigo poderá determinar a reserva da importância que estimar devida na recuperação judicial ou na falência, e, uma vez reconhecido líquido o direito, será o crédito incluído na classe própria.
· Penhora é algo definitivo e o arresto e sequestro é cautelar. 
Execução Fiscal
· A fazenda cobra tributos, tem importância social. 
· É O SUPREMO!
· Ela não tramita de forma isolada.
§ 7º-B. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às execuções fiscais, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a substituição dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial até o encerramento da recuperação judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o disposto no art. 805 do referido Código. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
Recuperação Judicial
§ 4º Na recuperação judicial, as suspensões e a proibição de que tratam os incisos I, II e III do caput deste artigo perdurarão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias PODE SER ATÉ 360 SE PRORROGAR – quando o devedor empaca o negócio kkkkk, contado do deferimento do processamento da recuperação, prorrogável por igual período, uma única vez, em caráter excepcional, desde que o devedor não haja concorrido com a superação do lapso temporal. 
§ 8º A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial ou a homologação de recuperação extrajudicial previne a jurisdição a competência para qualquer outro pedido de falência, de recuperação judicial ou de homologação de recuperação extrajudicial relativo ao mesmo devedor.
· No CPC, nós vamos ter a prevenção, você entra com uma ação por exemplo, sem procuração – aí o juiz extingue sem mérito, aí passa os dias posso entrar com ação novamente, não extingue o mérito. OCORRE PREVENÇÃO COM MESMO AUTOR, RÉU E CAUSA DE PEDIR \ PEDIDO!!!!! – aqui extingue uma faz uma nova, e vai para a mesma vara!!! ( ART. 296 DO CPC).
- Na litispendência as duas causas tramitam juntas em varas distintas. 
· Na lei de falências basta que seja o mesmo devedor, por exemplo, a Lis contra a empresa do Carlito LTDA, a Lis entra com uma ação pedindo falência do Carlito e não apresenta procuração e cai na primeira vara cível, aí vem a Giu, credora do Carlito e entra com ação de falência, então a ação da Giu está preventa para cair na primeira vara também ( AGORA QUALQUER UM QUE ENTRAR VAI PRA PRIMEIRA). 
Verificação e Habilitação de Créditos
Crédito
- Temporário.
-Extemporâneo, vai para a Vara Cível kkkkkk demorar uma vida. 
Art. 7º A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas.
· Estamos diante de uma recuperação ou a falência JUDICIAL, apenas o juiz estadual do local pode decretar a falência. Juiz precisa do processo para tomar sua decisão, sendo um procedimento – tem os momentos certos para cada um falar. 
· OBRIGATÓRIO O CONTRADITÓRIO E A AMPLA DEFESA, SENDO O PROCESSO, UM PROCEDIMENTO SOBRE ESSES DOIS ITENS. 
· A defesa só existe na falência – vem de credores ou devedores \ RECUPERAÇÃO JUDICIAL VEM DE VC MESMO!!
§ 1º Publicado o edital previsto no art. 52, § 1º , ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.
§ 2º O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1º deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1º deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8º desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.
Habilitação dos Créditos
- Depois que decreta a falência ou a recuperação.
- Petição, defesa, sentença – PRIMEIRO EDITAL – 15 DIAS PARA HAB. – Vc prova que é o credor e o adm. Judicial pode ir atrás do credor e ele absorve suas informações em 45 dias e publicaum SEGUNDO EDITAL COM A RELAÇÃO DOS CREDORES – fala qual é a relação de credores – 10 dias de impugnação ao juiz que vai ouvir geral kkkk – TERCEIRO EDITAL FINAL, para dar ciência. 
Verificação de Crédito
- A quem se destina.
- quais empresários não se aplicam.
- competências.
- quais os incluídos na recuperação.
- consequências.
Habilitação
- demonstrar quem é o credor e a dimensão da sua crise.
MOMENTOS:
1. O credor vai demonstrar para o administrador judicial que ele é credor; o administrador judicial também vai procurara os credores.
- para que ao final haja uma relação de credores.
2. IMPUGNAÇÃO DA RELAÇÃO DE CREDORES PERANTE O JUIZ (meu ou de terceiros). 
- perdeu o prazo de apresentação do crédito, você não perde ele vai pro PROCEDIMENTO COMUM KKKKKKK
Procedimento
- Faz-se com uma petição inicial.
- Publica-se o edital para tornar a decisão pública. 
- DIAS: 15, 45, 10.
Art. 7º A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas.
§ 1º Publicado o edital previsto no art. 52, § 1º , ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.
§ 2º O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1º deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1º deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8º desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.
Recuperação Judicial
· A EXTRAJUDICIAL NÃO VEM DE PROCESSO, APENAS SUA HOMOLOGAÇÃO VIRA UM PROCESSO.
· EXERCÍCIO REGULAR HÁ MAIS DE 2 ANOS.
· Quem faz é a junta comercial.
· CNPJ
· ONG É ASSOCIAÇÃO 
· INTERVALO DE 5 ANOS 
· NÃO TER CRIME.
· OS REQUISITOS SÃO CUMULATIVOS. 
· O polo passivo é o devedor. 
· AUTO RECUPERAÇÃO, NÃO TEM CONSTESTAÇÃO KKKKKKKK
· NUMA SITUAÇÃO NORMAL QUANDO UMA EMPRESA PERDE A SENTENÇA TRABALHISTA ELA TEM QUE PAGAR CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL, JÁ NA FALENCIA AUTOMATICAMENTE INSENTA, MAS NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL SE A EMPRESA PERDE ELA PAGA CUSTAS E NÃO PAGA DEPÓSITO. 
· A prevenção basta ser o MESMO DEVEDOR.
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;         (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.         (Renumerado pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 2º Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue tempestivamente.         (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 2º No caso de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha a substituir a ECF, entregue tempestivamente.     (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 3º Para a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo, o cálculo do período de exercício de atividade rural por pessoa física é feito com base no Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha a substituir o LCDPR, e pela Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) e balanço patrimonial, todos entregues tempestivamente. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 4º Para efeito do disposto no § 3º deste artigo, no que diz respeito ao período em que não for exigível a entrega do LCDPR, admitir-se-á a entrega do livro-caixa utilizado para a elaboração da DIRPF.   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 5º Para os fins de atendimento ao disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, as informações contábeis relativas a receitas, a bens, a despesas, a custos e a dívidas deverão estar organizadas de acordo com a legislação e com o padrão contábil da legislação correlata vigente, bem como guardar obediência ao regime de competência e de elaboração de balanço patrimonial por contador habilitado.    (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Art. 48-A. Na recuperação judicial de companhia aberta, serão obrigatórios a formação e o funcionamento do conselho fiscal, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, enquanto durar a fase da recuperação judicial, incluído o período de cumprimento das obrigações assumidas pelo plano de recuperação.      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.
§ 1º Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.
§ 2º As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente contratadas ou definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos, salvo se de modo diverso ficar estabelecido no plano de recuperação judicial.
§ 3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4º do art. 6º desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.
§ 4º Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei.
§ 5º Tratando-se de crédito garantido por penhor sobre títulos de crédito, direitos creditórios, aplicações financeiras ou valores mobiliários, poderão ser substituídas ou renovadas as garantias liquidadas ou vencidas durante a recuperação judicial e, enquanto não renovadas ou substituídas, o valor eventualmente recebido em pagamento das garantias permanecerá em conta vinculada durante o período de suspensão de que trata o § 4º do art. 6º desta Lei.
§ 6º Nas hipóteses de que tratamos §§ 2º e 3º do art. 48 desta Lei, somente estarão sujeitos à recuperação judicial os créditos que decorram exclusivamente da atividade rural e estejam discriminados nos documentos a que se referem os citados parágrafos, ainda que não vencidos.     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 7º Não se sujeitarão aos efeitos da recuperação judicial os recursos controlados e abrangidos nos termos dos arts. 14 e 21 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965.    (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
§ 8º Estarão sujeitos à recuperação judicial os recursos de que trata o § 7º deste artigo que não tenham sido objeto de renegociação entre o devedor e a instituição financeira antes do pedido de recuperação judicial, na forma de ato do Poder Executivo.       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 9º Não se enquadrará nos créditos referidos no caput deste artigo aquele relativo à dívida constituída nos 3 (três) últimos anos anteriores ao pedido de recuperação judicial, que tenha sido contraída com a finalidade de aquisição de propriedades rurais, bem como as respectivas garantias.    (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros:
I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;
III – alteração do controle societário;
IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos;
V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar;
VI – aumento de capital social;
VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados;
VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;
X – constituição de sociedade de credores;
XI – venda parcial dos bens;
XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;
XIII – usufruto da empresa;
XIV – administração compartilhada;
XV – emissão de valores mobiliários;
XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor.
XVII - conversão de dívida em capital social;     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
XVIII - venda integral da devedora, desde que garantidas aos credores não submetidos ou não aderentes condições, no mínimo, equivalentes àquelas que teriam na falência, hipótese em que será, para todos os fins, considerada unidade produtiva isolada.     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 1º Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia.
§ 2º Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como parâmetro de indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação judicial.
§ 3º Não haverá sucessão ou responsabilidade por dívidas de qualquer natureza a terceiro credor, investidor ou novo administrador em decorrência, respectivamente, da mera conversão de dívida em capital, de aporte de novos recursos na devedora ou de substituição dos administradores desta.      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
§ 4º O imposto sobre a renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incidentes sobre o ganho de capital resultante da alienação de bens ou direitos pela pessoa jurídica em recuperação judicial poderão ser parcelados, com atualização monetária das parcelas, observado o seguinte:       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
I - o disposto na Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002; e        (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
II - a utilização, como limite, da mediana de alongamento no plano de recuperação judicial em relação aos créditos a ele sujeitos.       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 5º O limite de alongamento de prazo a que se refere o inciso II do § 4º deste artigo será readequado na hipótese de alteração superveniente do plano de recuperação judicial.      (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência)
Art. 50-A. Nas hipóteses de renegociação de dívidas de pessoa jurídica no âmbito de processo de recuperação judicial, estejam as dívidas sujeitas ou não a esta, e do reconhecimento de seus efeitos nas demonstrações financeiras das sociedades, deverão ser observadas as seguintes disposições:   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
I - a receita obtida pelo devedor não será computada na apuração da base de cálculo da Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
II - o ganho obtido pelo devedor com a redução da dívida não se sujeitará ao limite percentual de que tratam os arts. 42 e 58 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, na apuração do imposto sobre a renda e da CSLL; e   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
III - as despesas correspondentes às obrigações assumidas no plano de recuperação judicial serão consideradas dedutíveis na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, desde que não tenham sido objeto de dedução anterior.   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica à hipótese de dívida com:   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
I - pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou interligada; ou   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
II - pessoa física que seja acionista controladora, sócia, titular ou administradora da pessoa jurídica devedora.   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
RESUMO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conceito
A recuperação judicial é um procedimento específico que tem como objetivo tentar reorganizar uma empresa que está em crise em razão de inúmeras dívidas contraídas e do prejuízo encontrado no balanço patrimonial. Nesse sentido, destaca-se que a recuperação judicial busca evitar que o processo de falência ocorra e poderá ser feita de forma judicial ou extrajudicial.
A recuperação judicial, conforme comentado anteriormente e por lógica, irá ocorrer integralmente no âmbito do Poder Judiciário que, através de uma ação destinada com rito próprio, visará a solução da crise econômica que atingiu a empresa em seu balanço.
Vale destacar que nem todos os créditos são abrangidos pela recuperação judicial, visto que a legislação determina que os créditos de natureza trabalhista e acidentários, os quirografários, os com garantia real, os com privilégio especial e os subordinados serão os únicos créditos abrangidos pela recuperação.
Logo, em análise harmônica com os créditos abrangidos pela recuperação judicial, nota-se que não se submete ao procedimento em comento os créditos tributários, os créditos decorrentes de adiantamento de contrato de câmbio para exportação, os créditos de arrendamento mercantil, os créditos do proprietário fiduciário e os créditos do promitente vendedor de um imóvel se houver cláusula de irrevogabilidade ou reserva de domínio.É importante registrar que somente o empresário possui direito de pedir recuperação judicial através do preenchimento de determinados requisitos: registro perante a Junta Comercial e exercer a atividade empresária de forma regular há mais de dois anos, o empresário não poderá pedir a recuperação novamente dentro de um prazo de cinco anos, além de não poder ser falido e o empresário não pode ser condenado por crime falimentar, caso o empresário cumpra todos esses requisitos, ele poderá requerer a recuperação judicial a fim de reorganizar a empresa e evitar o processo falimentar.
Por fim, a Lei nº 11.101/2005 traz diversas medidas para que o empresário cumpra a fim de tentar reerguer a atividade empresária sem participar do processo de falência, sendo possível observar que a legislação disciplina um rol exemplificativo em seu Art. 50.
 
Doutrina
O doutrinador Ricardo Negrão esclarece sobre o plano de recuperação em seu livro Manual de Direito Empresarial.
“O plano de recuperação deverá ser apresentado no prazo improrrogável de sessenta dias, contados da data da decisão que deferiu o processamento e deve conter, além do detalhamento dos meios de recuperação (veja item 112, supra), a demonstração de sua viabilidade econômica, mediante apresentação de documento técnico por especialista da área, possuidor de registro em órgão profissional de administração de empresas, contabilidade ou economia.” (NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Empresarial – 10. Ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.)
 
Legislação
 
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
Art. 2º Esta Lei não se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
Notas
1. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou extrajudicial é condição objetiva de punibilidade das infrações penais respectivas.
2. Na falência, na recuperação judicial e na recuperação extrajudicial de sociedades, os seus sócios, diretores, gerentes, administradores e conselheiros, de fato ou de direito, bem como o administrador judicial, equiparam-se ao devedor ou falido para todos os efeitos penais decorrentes desta Lei, na medida da sua culpabilidade.
3. II - A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
III - Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência, as obrigações a título gratuito e as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
4. Na recuperação judicial, o administrador judicial tem competência para requerer a falência do devedor no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação.
5. Considere que determinada sociedade empresária, em situação de crise econômico-financeira, tenha requerido sua recuperação judicial e que o juízo competente, tendo verificado o cumprimento dos requisitos legais, tenha deferido o processamento da referida recuperação. Nesse caso, a sociedade empresária somente poderá desistir do pedido de recuperação judicial se obtiver a aprovação da desistência na assembléia-geral de credores.
6. V - as execuções fiscais permanecerão suspensas até o encerramento da falência, sem prejuízo da possibilidade de prosseguimento contra os corresponsáveis.

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