Buscar

Validade da Lei Penal no Espaço

Prévia do material em texto

Validade da Lei Penal no Espaço
Tempo e lugar do crime
• “A validade da norma jurídica no espaço é delimitada segundo os critérios da territorialidade (art. 5º, CP) e da extraterritorialidade (7º)” – Juarez Cirino 
• Esses princípios dizem respeito à aplicação da lei penal. 
• Em se tratando de crimes praticados no território nacional, a regra é a aplicação da lei brasileira, ou seja, a territorialidade, prevista: 
Art. 5º, CP - “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”
• Territorialidade é a aplicação da lei penal brasileira a fatos ocorridos no território nacional, independentemente da nacionalidade do autor do crime (sujeito ativo) ou da vítima (sujeito passivo).
• Trata-se de uma regra de soberania do Estado, na medida em que este tem o poder-direito de aplicar a sua lei e a julgar os crimes cometidos em seu território. Entretanto, a regra da territorialidade não é absoluta. 
• Em relação ao lugar do crime o código penal adotou a territorialidade mitigada (mista ou temperada), pois admite exceções à Territorialidade, ou seja, preveem-se hipóteses que relativizam a regra, conforme a própria redação do: 
Art. 5°, caput, CP - “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”. 
• É possível a aplicação da lei brasileira a fatos delitivos ocorridos no exterior. 
• É possível a aplicação da lei estrangeira a fatos criminosos ocorridos no território brasileiro (Intraterritorialidade) 
• A razão de ser dessas exceções é que existem bens jurídicos que são mais importantes para um país do que para outros. 
• Todas essas exceções devem observar fielmente os critérios estabelecidos em lei ou em convenções e tratados internacionais. 
Lugar e a pratica do crime
• Para definição do lugar do crime, o Legislador adotou a teoria da ubiquidade (mista) no: 
Art. 6, CP - “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”
• Foram encampadas tanto a Teoria da Ação (atividade) quanto a Teoria do Resultado (evento). 
• O lugar do crime poderá ser considerado tanto aquele onde ocorreu a ação ou omissão quanto aquele em que ocorreu ou deveria ter ocorrido o resultado. 
• A adoção desta teoria não exerce qualquer influência sobre a aplicação da lei penal de outros países soberanos. 
• Cada país, de acordo com a sua soberania, disciplina a atuação da sua lei penal. 
NÃO CONFUNDIR
• Art. 6°, CP: Lugar do crime -> TEORIA DA UBIQUIDADE. 
• Art. 4°, CP: Tempo do crime -> TEORIA DA ATIVIDADE. 
• Aplicação da Lei Penal ou Lei Penal no Espaço: TEORIA DA UBIQUIDADE (Art. 6°, CP)
• Competência -> TEORIA DO RESULTADO (Art. 70, CPP)
Art. 70, CPP - A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
• Houve a adoção da teoria da territorialidade mitigada para evitar a impunidade em determinadas situações. 
Crimes à distancia
• Crimes de espaço máximo 
• São aqueles em que a conduta ocorre em um país, mas o resultado, em outro. 
• Se a conduta e o resultado ocorrem dentro do território nacional, não há dúvidas acerca da aplicação da lei brasileira. 
EXEMPLOS
• O sujeito prepara uma carta-bomba na Argentina e manda para um desafeto no Brasil, onde ela explode e o mata. – Ele poderá responder tanto pela lei argentina quanto pela lei brasileira. 
• O agente, na fronteira entre um país A e um país B, dispara, naquele pais, sua arma de fogo e acerta uma pessoa neste país, causando-lhe a morte. 
Se o país B adotasse apenas a Teoria da Atividade, a sua legislação penal não poderia ser adotada, pois embora o resultado tenha ocorrido ali, a ação foi praticada no outro país.
Se o país A não adotar a Teoria da Atividade ou a Teoria da Ubiquidade, ou seja, se adotasse apenas a Teoria do Resultado, o agente ficaria impune, na medida em que o resultado ocorreu no outro país. 
Este exemplo geraria, portanto, um conflito negativo de jurisdição insuperável, pois nenhuma lei penal poderia ser aplicada ao caso concreto.
NÃO CONFUNDIR
• Crimes à distância (crimes de espaço máximo) -> praticados em países diferentes, aplicasse o CP para determinar qual lei penal é aplicável. 
• Crimes Plurilocais -> praticados no mesmo país, mas em comarcas diferentes, aplicasse o CPP para determinar qual foro é competente. 
Direito Penal Internacional ( DPI ) 
• Está associado ao direito interno de cada país e à possibilidade de aplicação dessas normas a fatos praticados em territórios estrangeiros. 
• Os ordenamentos jurídicos penais de cada país são elaborados de acordo com a relevância dada aos diversos bens jurídicos. Esses ordenamentos interagem entre si e há a possibilidade de cooperação entre os países. 
Direito Internacional Penal ( DIP )
• JAPIASSU é basicamente o ramo do direito que define os crimes internacionais e comina as respectivas penas. Regula também, dentre outras situações: 
· Aplicação extraterritorial do direito penal interno. 
· Imunidade de pessoas internacionalmente protegidas. 
· Cooperação internacional. 
· Existência e funcionamento de tribunais penais internacionais. 
Território
• Não está previsto expressamente no Código Penal.
• Envolve o solo, mar e o ar. 
• “É o elemento mais característico de um Estado soberano” – Juarez Cirino. Que também se compõe de população e de território. 
• Muito mais do que um conceito geográfico, trata-se de um conceito político-normativo. – Cláudio Brandão. 
• É o âmbito espacial ao qual a soberania do Estado fica circunscrita. 
• É composto por duas espécies: Geográfico e por Extensão. 
• O território geográfico (Território “GEO”) abrange o solo, subsolo e aguas internas. 
• O Mar Territorial é segundo o Ar.t 1° da Lei 8.617/93. 
• Art. 1º, Lei 8.617/93: “O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil”.
• Art. 2º, Lei 8.617/93: “A soberania brasileira estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo”
• O espaço aéreo corresponde ao solo, as aguas internas e ao mar territorial. 
• Art. 11°, Lei 7.565/86 – “O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar territorial”. 
• O Território por extensão trata-se de uma construção jurídica. 
• Art. 5°, § 1, CP - “Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar” 
• Art. 5°, § 2, CP - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
• Zona Contígua Brasileira – Art. 4°, Lei 8.617/93: “A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às vinte e quatro milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial”
• Zona Econômica Exclusiva Brasileira – Art. 6°, Lei 8.617/93: “A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial”
• Plataforma Continental – Art. 11, Lei 8.617/93: “A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em todaa extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância”
• Embarcações e aeronaves publicas estrangeiras. 
Direito de Passagem inocente
• Art. 3º, Lei 8.617/93: É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente no mar territorial brasileiro.
§ 1º A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do Brasil, devendo ser contínua e rápida.
§ 2º A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas apenas na medida em que tais procedimentos constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força ou por dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade grave.
§ 3º Os navios estrangeiros no mar territorial brasileiro estarão sujeitos aos regulamentos estabelecidos pelo Governo brasileiro. 
• Representa a renúncia à aplicação da lei penal brasileira no caso da prática de um crime dentro de uma embarcação estrangeira privada em nosso mar territorial quando não afetar a paz, a ordem ou a segurança nacional, desde que a passagem seja rápida e contínua. 
• Em outras palavras, é um ato de reconhecimento legal da limitação da soberania brasileira, na medida em que a lei penal a ser aplicada será a correspondente à bandeira da embarcação
• Não há previsão expressa no nosso ordenamento jurídico que se aplicaria se tratando de aeronaves estrangeiras de natureza privada em nosso espaço aéreo correspondente. Toda via, diante do silencio, pode-se defender a aplicação desta hipótese. Assim, aplicar-se-ia a lei penal correspondente à bandeira do avião. 
Extraterritorialidade
• Hipóteses excepcionais em eu a legislação penal brasileira ultrapassa os limites do território nacional, em razão de outros interesses importantes para o Estado brasileiro. 
• São as exceções à regra da territorialidade, que cede espaço a outros princípios. 
• Diz respeito à possibilidade de aplicação da lei penal brasileira a fatos ocorridos fora do nosso território. 
• As hipóteses estão previstas no art. 7°, CP, e podem depender, ou não, do preenchimento de determinadas condições. 
•Críticas à extraterritorialidade: 
· Embora o art. 7°, CP, preveja hipóteses envolvendo bens jurídicos de extrema importância, também estabelece casos que podem dar azo a situações completamente esdrúxulas. 
EX: Furtos irrelevantes em face de sociedades de economia mista brasileira no exterior. 
· O ideal é reduzir ao máximo a incidência da extraterritorialidade em prestígio à aplicação da lei penal do país onde o fato tenha ocorrido, ou seja, deve-se valorizar a territorialidade, tanto no nosso país quanto nos demais. 
Princípios norteadores
• A nacionalidade (personalidade) leva em conta a nacionalidade de quem pratica o crime (nacionalidade ativa) ou de quem é a vítima (nacionalidade passiva)
• Há também as vertentes ativa e passiva. 
• A Proteção (defesa real) leva em conta a importância do bem jurídico ou a nacionalidade dele. 
• Um Estado, enquanto nação soberana e autônoma, pode proteger os seus próprios bens jurídicos. 
• A lesão real ou potencial a bens jurídicos de suma importância para o Estado que os titulariza justificaria a aplicação da lei penal brasileira a fatos ocorridos no território estrangeiro independentemente de quaisquer condições e da nacionalidade de quem os tenha praticado 
• STJ: CC 122.119/DF: Crime de uso de documento falso e de falsa identidade praticado por estrangeiro no Consulado-Geral do Brasil em Xangai, na China, ou seja, contra a fé pública nacional (Art. 7º, I, “b”, CP). 
• A Justiça Penal Universal leva em conta a ideia de colaboração entre os países, normalmente através da assinatura de tratados ou de convenções sobre direitos humanos, com o objetivo de coibir a prática de determinados crimes, como tortura e o genocídio. 
• Relacionado a assuntos cujo interesse punitivo é compartilhado por distintos países. 
• Carmen Requejo Conde “Diz respeito ao desejo de solidariedade internacional manifestado pela maioria dos países na persecução penal de determinados delitos”.
• Paulo Cesar Busato: “A base de todo o direito penal internacional encontra-se neste princípio”. 
• Visa a manter o sistema internacional de proteção dos direitos humanos, também se manifesta em sede de crimes transnacionais. 
EX: Paradigmático é o Caso Pinochet. 
Foi processado em vários países, que pediram sua extradição à Inglaterra, onde se encontrava para tratamento médico. 
KAI AMBOS: Os ex-ditadores, quando não processados e julgados em seus próprios países, ficam sujeitos a sofrerem persecução penal por vários outros países. 
Seria preciso fazer uma ponderação entre a soberania funcional e a proteção dos direitos humanos. 
• A Representação (Bandeira ou Pavilhão) diz respeito à atuação subsidiária do Brasil no que diz respeito a determinadas situações envolvendo embarcações e aeronaves. 
Espécies de Extraterritorialidade
• Incondicionada – Art. 7°, I, C/C § 1º
• Estas hipóteses de aplicação da lei brasileira a fatos ocorridos no território estrangeiro não dependem do preenchimento de quaisquer condições. 
• São hipóteses em que a natureza do bem jurídico tutelado faz presumir a importância conferida ao fato pelo país, independentemente de onde tenha ocorrido.
• Dizem respeito a questões de segurança nacional, da Administração pública e de crimes contra a humanidade. 
• Haveria uma presunção de interesse capaz de dispensar a imposição de condições para a aplicação da lei penal a condutas praticadas fora do território nacional. 
• Condicionada – Art. 7°, II C/C §2º
• A aplicação da Lei Penal submete-se ao preenchimento de determinadas condições objetivas de procedibilidade. 
• Estas condições restringem, ao máximo, o alcance do poder punitivo aos crimes executados fora do território brasileiro. 
• Desta forma, na medida em que estabelece limites ao exercício do poder punitivo, a extraterritorialidade condicionada parece mais condizente com o direito penal de matriz liberal. 
• Hipercondicionada – Art. 7°, § 3º, C/C § 2º
• Hipótese: Crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. 
• 1° Corrente: Princípio da Nacionalidade Passiva – o objetivo é proteger os brasileiros onde quer se encontrem 
• 2° Corrente: Princípio da Defesa Real - Proteção. 
• Além das condições previstas no § 2°, exigem sem, cumulativamente, as seguintes condições previstas no § 3°.
• Que não tenha sido pedida ou tenha sido negada a extradição:
· Se o Brasil aceitar o pedido de extradição, ele será processado e julgado no seu país de origem. 
· Se o Brasil negar o pedido de extradição, terá optado pelo processo de julgamento do agente por aqui. 
• Que tenha havido requisição do Ministério da Justiça:
· Críticas: Segundo alguns autores, esta condição é incompatível com a constituição de 1988. 
· A requisição seria um resquício do ordenamento jurídico anterior. 
· Nele, o Ministério Público era vinculado ao Ministério da Justiça. 
· Não havia a previsão da independência funcional para os membros da Parquet. 
· Feita a requisição, o órgão ministerial era obrigado a atende-la. 
Extraterritorialidade e Contravenções Penais
• Art. 2°, Decreto-Lei 3.688/41: “A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional”. 
• Em sede de contravenções penais, não se admite extraterritorialidade. 
• O fundamento é a pouca relevância das contravenções penais, tidas como infrações penais de menor potencial ofensivo. 
• Em outras palavras, se um brasileiro praticar uma contravenção penal no exterior, não responderá pela lei brasileira em nenhuma hipótese. 
• Não é interessante para o Estado mover a máquina para processar e julgar uma contravenção penal praticada por um brasileiro no exterior. 
• Não obsta,logicamente, que tal conduta seja prevista como contravenção no outro país. 
Pena Cumprida no Estrangeiro
• Art. 8°, CP. 
• Objetivo: Evitar o BIS IN IDEM
• Situações de dupla condenação (no Brasil e no estrangeiro).
• A consequência depende de uma comparação qualitativa entre as penas:
· Se forem diversas: A pena no estrangeiro atenuará a pena imposta no Brasil. 
· Se forem idênticas: A pena no estrangeiro será comutada na pena imposta no Brasil. 
• Em outras palavras, a pena estrangeira será descontada a pena imposta no Brasil. Trata-se do fenômeno da Detração Penal. 
• Aqui, também há questionamentos quanto à compatibilidade com a constituição de 88 e com o Pacto de São José da Costa Rica. 
Eficácia de sentença Estrangeira
• Versa sobre a possibilidade de uma sentença estrangeira produzir efeitos no Brasil. 
• Para tanto, é necessária a sua homologação pelo STJ (Art. 105, I, i, CRFB/88)
· Nesse processo, só há a análise de formalidades.
· O STJ não adentra no mérito. 
• Entretanto, a execução será perante juiz federal (Art. 109, X, CRFB/88)
• Efeitos que podem ser produzidos:
· Obrigação à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis. 
· Sujeição ao cumprimento de medida de segurança. 
• Requisitos (Art. 9°, parágrafo único, CP).
Para os Efeitos Previstos no inciso I:
· Pedido da parte interessada. 
Para os demais efeitos
· Existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença. 
· Na falta de tratado de extradição, de requisição do ministro da justiça. 
• Novidade: Lei 13.445/17 e as medidas de cooperação. 
· Extradição (Art. 81 a 99)
· Transferência de execução da pena (Art. 100 a 102).
· Transferência de pessoa condenada (Art. 103 a 105). 
• Outra ressalva: Decreto 5.919/06
· Promulgou a convenção interamericana sobre o cumprimento de sentenças penais no exterior (09/06/1993). 
Como resolver uma questão de Lei Penal no espaço
Qual é o lugar do crime?
É hipótese de territorialidade? 
É hipótese de extraterritorialidade incondicionada?
É hipótese de extraterritorialidade condicionada? 
Embarcações/Aeronaves Brasileiras 
Natureza pública ou a serviço do Governo
Em qualquer lugar
Mercantes ou de propriedade privada
Alto-mar ou espaço aéreo correspondente
Embarcações/Aeronaves Estrangeiras 
Propriedade Privada
No porto ou no mar territorial do Brasil
Em pouso no territorio nacional ou voo no espaço aéreo correspondente

Continue navegando