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Mapa mental Lei Penal no tempo e espaço

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APLICAÇÃO LEI PENAL NO ESPAÇO E NO 
TEMPO.
Aplicação dividida em duas partes: Espaço e 
Tempo.
Lei Penal no Tempo
A definição a cerca do tempo do crime. Art. 4º - Código Penal - Considera-
se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja 
o momento do resultado.
Momento em que ocorre ação ou omissão da conduta criminosa, exemplo: 
Um menor efetua um disparo e no dia seguinte a vítima morre e o menor 
que antes tinha 17 anos completa dezoito anos. Com base no artigo 4º o 
que importa é o tempo em que ocorreu o tempo, desta forma será levado 
em conta a menor idade.
Aspectos importantes: Esse tempo ajuda a determinar qual lei aplicar; De 
acordo com o princípio da legalidade, precisa haver uma lei uma lei 
anterior que defina o crime. Estabelece a irretroatividade da lei penal 
criminalizante ou que agrave a situação do sujeito. Uma lei criada após o 
crime não retroagirá o tempo do crime. Regra: Lei penal é a do tempo do 
crime.
Duas exceções: Retroatividade aplicação da lei penal benéfica, retroagirá 
em favor do réu e a Ultratividade mesmo uma lei sendo revogada poderá 
ser aplicada usando a ultratividade, pois ela existia no tempo do crime.
Abolitio criminis: quando lei posterior deixa de considerar crime 
determinado fato. Os efeitos são extinguir a punibilidade do agente a 
qualquer tempo do processo, inclusive após sentença. Não há erro 
judiciário, pois no tempo do fato o crime tinha relevância e depois o Estado 
entende que não é mais relevante, desta forma não cabe indenização.
Diferença da lei penal benéfica e abolitio criminis: Na lei penal benéfica 
não excluí o tipo só foi modifica o tipo e essa modificação beneficia o réu, 
exemplo: redução de pena. Já a abolitio criminis excluí a tipicidade.
Novatio legis in pejus: refere-se à uma lei nova mais severa do que a 
anterior, se prejudicar o réu não retroagirá, mesmo estando vigente.
Lei que beneficia o réu poderá ter efeitos durante o Vacatio Legis? São 
dois os entendimentos, o 1º diz que sim, se irá beneficiar sim. Já a 
segunda corrente diz que não, pois se não posso considerar condutas 
como crime durante o vacatio legis, então não poderia ter efeitos para 
beneficiar os acusados. O melhor entendimento é que poderia sim ser 
aplicada essa lei benéfica aos acusados, pois de qualquer forma vai 
beneficiar o réu mesmo depois da vacatio legis.
Lei intermediária: não é a do tempo do crime, não é a do tempo da decisão 
do juiz e sim a que entrou em vigor entre as duas leis. Sendo ela mais 
benéfica é possível
Combinação de várias leis para beneficiar o réu, existem duas correntes 
doutrinárias.
A 1ª corrente diz que não pode combinar várias leis para beneficiar o réu 
seria legislar. Criar uma nova lei.
- A 2ª corrente diz que poderia combinar várias leis para beneficiar o réu, 
pois se trataria de fazer uma melhor interpretação que beneficie o réu.
- Leis temporárias: tem validade por um determinado período de tempo. 
Com início e fim.
- Leis excepcionais: tem validade durante uma situação de emergência e 
sua duração será só enquanto durar essa situação emergencial.
Divergência na doutrina: A maioria diz que essas leis serão sempre 
aplicadas, pois a lei depende desses fatos para ter sua tipicidade. Sem 
retroatividade, mesmo a benéfica. A segunda corrente diz que na 
constituição não estabelece limite ou exceção para retroatividade para leis 
benéficas.
Lei Penal no Espaço
É necessário saber qual local do crime para aplicação.
Três teorias: 1ª Teoria da atividade, local onde ocorreu ação ou omissão. 2ª 
Teoria do resultado, onde ocorreu o resultado, ou seja, a lesão ao bem 
jurídico tutelado. 3ª Teoria da ubiquidade, art. 6º: “Considera-se praticado o 
crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.” A última 
evita conflitos negativos de jurisdição.
Territorialidade ->Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido 
no território nacional. Conceito: local onde o Estado exerce sua soberania 
política. Dois sentidos: 1º sentido jurídico: além deste local onde exerce sua 
soberania, poderá ter outros territórios considerados brasileiros. 2º sentido 
real ou material: TERRA, ÁGUA E AR. Solo ou subsolo onde o homem 
acesse. Espaço aéreo brasileiro coluna vertical até a atmosférica, águas 
marítimas internas e externas a partir da costa até doze milhas para dentro 
do mar é território brasileiro.
Exceção: Extraterritorialidade, crime ocorre em outro pais, mas poderá ser 
julgado pelas leis brasileiras. Requisitos: ser brasileiro, ter domicílio no 
Brasil, princípio da defesa real ou proteção (bens jurídicos protegidos), 
mesmo que ocorrido no exterior o Brasil poderá processar e punir.
Território brasileiro por extensão: Artigo 5º § 1º - Para os efeitos penais, 
consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as 
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se 
achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
Embaixadas em outros países não são consideradas territórios do Estado 
acreditante.
Princípio justiça universal ou universalidade cosmopolita, todos podem 
punir independente da personalidade, domicílio, bem jurídico protegido.
Princípio da representação ou bandeira nos territórios de extensão: 
espécies da extraterritorialidade são condicionadas ou incondicionadas.
Espécie incondicionada: a justiça brasileira terá que punir independente de 
qualquer coisa. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos 
no estrangeiro, I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente 
da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito 
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, 
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder 
Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) 
de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; e 
também o Artigo 2º Lei nº 9.455 de 07 de Abril de 1997 - Define os crimes 
de tortura e dá outras providências. Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se 
ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo 
a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição 
brasileira.
Espécie condicionada: sempre que tivermos a previsão do Art. 7º, II, 
conforme segue: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro, II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se 
obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves 
ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando 
em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

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