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Nome: Mayara Mendes Curso: Nutrição 2020.1 Disciplina: Processamento de Alimentos I Atividade 1: Resumo sobre embalagens biodegradáveis e comestíveis A partir da década de 1920 o uso de embalagens plásticas começou a ser utilizado na indústria, no decorrer dos anos esse tipo de material tornou-se mais popular e amplamente fabricado. Apesar da praticidade oferecida pelo seu uso, o material demora muitos anos para ser decomposto na natureza, são cerca de 450 a 500 anos para sua decomposição. Nos dias atuais é notório que o mundo enfrenta problemas com o descarte incorreto desse tipo de embalagem, vidas de muitos animais são tiradas diariamente por causa disso. Visando solucionar e reduzir a problemática do plástico, instituições de ensino pelo mundo estão fazendo pesquisas e desenvolvendo embalagens biodegradáveis, como as da Universidade Estadual de Londrina e Universidade Estadual Paulista que serão citadas a seguir. Primeiramente, no vídeo do jornal Folha Tv Londrina, é apresentado um projeto da Universidade Estadual de Londrina, em que são fabricadas embalagens biodegradáveis a base de mandioca como alternativa para substituição parcial do isopor. Essa embalagem desenvolvida tem aparência bem semelhante às convencionais de isopor, porém é mais porosa. O foco de uso da embalagem é para alimentos perecíveis e em aplicações agronômicas. Além da mandioca, também são usados polímeros biodegradáveis para a fabricação das bandejas. O projeto teve seu início em 1999, foram feitos estudos com o uso de amido de inhame, mas concluíram que não existiam diferenças significativas entre os amidos. Então optaram pelo uso do amido de mandioca, uma vez que o custo para obtenção deste é baixo no estado onde a faculdade está localizada. No decorrer dos anos, teses de doutorado e até pesquisas no exterior vêm sendo realizadas sobre o assunto. Outros materiais como fibra de bananeira e casca de aveia estão sendo testadas para fabricação de embalagens biodegradáveis como a que já é produzida pelo projeto da universidade. Apesar de possuir muitos benefícios de utilização principalmente ambientais ela apresenta alguns problemas que interferem nos requisitos essenciais de uma embalagem, como seu custo de fabricação não ser baixo sendo dez vezes mais alto do que as de isopor o que a torna viável apenas para uso em produtos mais caros e, além disso ela absorve líquidos, já que o amido se dissolve em água por causa disso o seu uso pode afetar as condições de segurança contra agentes de contaminação, em vista disso estudos para o desenvolvimento de uma camada de impermeabilização para as bandejas estão sendo realizados. A faculdade também possui mais um projeto de desenvolvimento de embalagens de amido com polímero biodegradável, ela não possui transparência, mas é bem resistente, de espessura mais fina, o filme produzido poderia ser usado em sacolas e na substituição de bandejas transparentes. O mais interessante é que pesquisas estão sendo realizadas para tornar as embalagens biodegradáveis do tipo ativas ou inteligentes e sua principal finalidade é para embalo de frutos orgânicos. Sendo ativas elas poderiam aumentar a vida útil do produto em até o dobro. Com isso haveria uma economia com transporte dado que reduziria as entregas a serem feitas. Ainda que possua várias vantagens, o projeto sofre com a falta de incentivo, o custo alto e a baixa competitividade, atrapalhando assim a ampliação da fabricação das embalagens. No segundo vídeo do programa Ciência sem limites da TV Unesp, o projeto da professora Márcia Regina de Moura Aoada é mostrado. Ela desenvolve embalagens comestíveis ativas, biodegradáveis a partir de polpas de frutas e temperos com nanoestruturas como a quitosana, obtida de crustáceos e nanoemulsões de óleos essenciais de cravo, canela e limão. As embalagens apresentam funções bactericidas e antioxidantes, além de que possuem cor, sabor, aroma e vitaminas da fruta usada. As embalagens podem ser feitas a partir de polpas de mamão, maçã, banana, cupuaçu, cacau, goiaba, frescas ou de frutas que seriam descartadas. Porém, não se pode usar qualquer tipo de polpa, visto que se deve levar em conta várias questões como: qual nanoestrutura deve ser combinada a matéria-prima, a finalidade da embalagem, ou seja, se ela será para alimentos úmidos ou secos. Além disso, se deve pensar nas propriedades mecânicas requeridas. As nanoestruturas usadas possuem propriedades muito importantes que fazem o controle da permeabilidade de água e oxidação, fazendo que o tempo de prateleira do alimento embalado aumente. Por serem comestíveis, elas não podem estar em contato direto com o público, a fim de se evitar contaminação. O uso ideal seria usá-las como embalagens primárias protegidas por secundárias. A professora responsável pelo projeto, cita um exemplo da utilização da embalagem comestível como embalo individual de bombons, vendidos em caixas. Nesse exemplo, a contaminação pela exposição ao ambiente seria evitada, além disso, ao comerem os bombons com a embalagem o consumidor também consumiria as vitaminas dela. A docente acredita que futuramente as empresas adotem o uso de embalagens comestíveis ativas. O movimento de pesquisas para o desenvolvimento dessas é global. Por fim, a professora Márcia ressalta que as embalagens ativas feitas por ela e seus alunos, objetiva ajudar na preservação do meio ambiente e também contribuir para a saúde dos consumidores, já que o produto possui vitaminas, efeitos antioxidantes e bactericidas oriundos da matéria-prima utilizada. Diante do exposto, é notável que as pesquisas e estudos que estão sendo feitos para a fabricação de embalagens biodegradáveis e comestíveis são promissores e com bons benefícios para o meio ambiente, portanto cabe ao governo oferecer incentivos para a expansão a nível industrial delas para que se tornem mais competitivas no mercado.
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