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1 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 1/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Aula 10 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 2/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Conservação da massa - A conservação da massa é um dos princípios fundamentais da natureza. - Contudo, de acordo com Albert Einstein (1879-1955), a massa m e a energia E podem ser convertidas entre si, de acordo com a fórmula: - Este é um princípio de fácil compreensão. - A massa, assim como a energia, é uma propriedade que se conserva, e não pode ser criada nem destruída durante um processo. onde c é a velocidade da luz no vácuo. 2mcE ≈ c = 2,9979x108 m/s 2 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 3/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Conservação da massa - Essa equação sugere que a massa de um sistema muda quando há variações em sua energia. - Em sistemas fechados, o princípio de conservação de massa é usado implicitamente pela exigência de que a massa do sistema permaneça constante durante um processo. - Mas na prática, em todas as interações de energia encontradas (com exceção das nucleares), a variação da massa é extremamente pequena. - Até mesmo os dispositivos mais sensíveis não conseguem medir esta diferença de massa, pois esses valores extrapolam a precisão requerida em quase todos os cálculos de engenharia, sendo geralmente desprezada. - Em volumes de controle, porém, a massa pode atravessar as fronteiras, e devemos levar em conta a quantidade de massa que entra e sai do volume de controle. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 4/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Vazão mássica e vazão volumétrica - A quantidade de massa que escoa através de uma área por unidade de tempo é chamada de vazão mássica, ou de fluxo de massa, e é denotada por m. - O fluxo de massa diferencial através de um pequeno elemento de área dAc em uma seção transversal de escoamento é proporcional ao próprio dAc, à densidade do fluido ρ e à componente da velocidade do escoamento normal a dAc, que denotamos como Vn, na forma: - O ponto sobre um símbolo é usado para indicar a taxa de variação com o tempo. - Um fluido escoa para dentro ou para fora de um V.C. geralmente através de tubos ou dutos. • cn dAm Vρδ =& A velocidade normal a uma superfície Vn é a componente da velocidade perpendicular à superfície. Superfície de controle 3 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 5/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - O fluxo de massa através de toda a seção transversal de um tubo ou duto é obtido por integração: - Em vez disso, é possível expressar o fluxo de massa em termos de valores médios em uma seção transversal do tubo. - Embora a equação acima sempre seja válida (e exata), nem sempre ela é adequada para análises de engenharia em razão da integral. Vazão mássica e vazão volumétrica ∫∫ == cc A cnA dAmm Vρδ && (kg/s) - É possível definir uma velocidade média Vméd como o valor médio de Vn em toda a seção transversal do tubo: ∫= cA cn c méd dAA VV 1 (m/s) Vméd é definida como a velocidade média em uma seção transversal. Vméd Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 6/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - OBSERVAÇÕES: - Em muitas aplicações práticas a densidade é essencialmente uniforme na seção transversal do tubo, e podemos retirar ρ da integral.. - Se a velocidade fosse Vméd em toda a seção transversal, o fluxo de massa seria idêntico àquele obtido pela integração do perfil de velocidade real. - A velocidade, porém, nunca é uniforme em uma seção transversal de um tubo, devido à condição de não-deslizamento nas paredes. Ela varia de zero nas paredes até algum valor máximo na linha central do tubo ou perto dela. - Para escoamento incompressível: Vazão mássica e vazão volumétrica cméd Am Vρ=& (kg/s) 4 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 7/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - O subscrito da velocidade média pode ser retirado para efeitos de simplicidade. - Esta relação é análoga a m=ρV=V/v , que é a relação entre a massa e o volume de um fluido em um reservatório. - O volume de fluido escoando através de uma área por unidade de tempo é chamado de vazão volumétrica v . - A relação entre as vazões mássica e volumétrica é dada por: Vazão mássica e vazão volumétrica • (m³/s)ccmédcA n AAdAv c VVV === ∫& v VVm & && == ρ Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 8/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Princípio da conservação da massa - O princípio da conservação da massa aplicado a um volume de controle pode ser expresso como: ou matematicamente: A transferência líquida de massa para ou de um volume de controle durante um intervalo de tempo Δt é igual à variação líquida (aumento ou diminuição) da massa total dentro do volume de controle durante Δt. Massa total que entra no VC durante Δt. onde ΔmVC = mfinal - minicial é a variação da massa do volume de controle durante o processo. Massa total que sai do VC durante Δt. Variação líquida da massa dentro do VC durante Δt.- = VCse mmm Δ=− (kg) - Na forma de taxa: dtdmmm VCse =− && (kg/s) - Estas duas últimas equações são chamadas de balanço de massa, e se aplicam a qualquer VC que esteja passando por qualquer processo. 5 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 9/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Balanço de massa para processos com escoamento em regime permanente - Durante um processo com escoamento em regime permanente, a quantidade total de massa contida dentro do VC não muda com o tempo (mVC = constante). - Esta equação declara que a taxa total com que a massa entra em um VC é igual a taxa total com que a massa sai do VC. - Na prática, estamos interessados na taxa com que a massa escoa em um VC, ou seja, o fluxo de massa m. - O princípio de conservação da massa para um processo em regime permanente aplicado a um VC com várias entradas e saídas pode ser expresso em forma de taxa como: • ∑∑ = se mm && (kg/s) Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 10/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Balanço de massa para processos com escoamento em regime permanente - Para VC com escoamento em regime permanente e corrente única, temos que: - Para escoamentos incompressíveis em regime permanente e corrente única, ela se reduz ainda mais, na forma: 21 mm && = 222111 AA VV ρρ = - Para escoamento incompressível (ρ = constante), a equação acima tem o termo da densidade simplificado, ou seja, para regime permanente, esta equação se reduz a: ∑∑ = se VV && (m³/s) 21 VV && = 2211 AA VV = 6 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 11/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Trabalho de escoamento e a energia de um fluido em escoamento - Como os volumes de controle envolvem o fluxo de massa através de suas fronteiras, uma certa quantidadede trabalho é necessária para empurrar a massa para dentro ou para fora do volume de controle. - Assim, o trabalho de escoamento necessário para empurrar um elemento de fluido com volume V, sob uma força aplicada F em uma área A e uma distância L através da fronteira é dado por: - Esse trabalho é conhecido como trabalho de escoamento, ou energia de escoamento. - Este trabalho é necessário para a manutenção de um escoamento contínuo através de um volume de controle. PVPALFLWfluxo === Pistão imaginário(kJ) Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 12/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Trabalho de escoamento e a energia de um fluido em escoamento - Esta equação é igual, seja o fluido empurrado de ou para o VC. - Este trabalho pode ser expresso pelo produto de duas propriedades termodinâmicas fluxoW fluxoW - O trabalho de escoamento por unidade de massa, é dado por: Pvwfluxo = (kJ/kg) 7 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 13/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Energia total de um fluido escoando - Vimos que a energia total de um sistema compressível simples é composta por três partes: energias interna, cinética e potencial. - Portanto, a energia total por unidade de massa (denotado por e) de um fluido em escoamento torna-se: - Para uma massa unitária, ela é ser expressa por: - O fluido que entra e sai de um VC possui uma forma adicional de energia (a energia de escoamento Pv). gzVuepecue ++=++= 2 2 (kJ/kg) ( )epecuPvePv +++=+=e (kJ/kg) Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 14/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Energia total de um fluido escoando - Como a combinação Pv + u já foi definida anteriormente como a entalpia h, podemos escrever: gzhepech ++=++= 2 2Ve (kJ/kg) - Com o uso da entalpia em vez da energia interna para representar a energia de um fluido em escoamento, não é necessário se preocupar com o trabalho de escoamento. - Na verdade, esse é o principal motivo de definir a propriedade entalpia (levar em conta automaticamente a energia necessária para empurrar o fluido para de dentro ou para fora do VC). 8 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 15/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Transporte de energia pela massa - A quantidade de energia total transportada pela massa é dada pelo produto mθ, ou seja: - Para massas diferenciais suficientemente pequenas δm, com propriedades uniformes, a energia total transportada pela massa através de uma entrada ou saída pode ser obtida por integração. - Em forma de taxa (taxa de transporte de energia): ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ++== gzhmmmassa 2 2VeE (kJ) ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ++== gzhmmmassa 2 2VeE &&& Para uma entrada: ∫∫ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ++== ee m ee e em eemassae mgzhm &&& δδ 2 2 , VeE (kW) Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 16/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Balanço de energia de processos em regime permanente - Um grande número de dispositivos de engenharia opera por longos períodos sob as mesmas condições, após um transiente inicial seja vencido e estabelecido um regime estável de operação. - Esses dispositivos são classificados como dispositivos de escoamento em regime permanente. - O balanço de massa aplicado a VC com escoamento em regime permanente é dado por: ∑∑ = se mm && (kg/s) - Para uma única entrada e saída, esta equação se reduz a: 21 mm && = 222111 AVAV ρρ = 9 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 17/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Balanço de energia de processos em regime permanente - Durante um processo em regime permanente, o conteúdo da energia total de um volume de controle permanece constante (EVC = constante). - Ou seja, a variação na energia total do volume de controle é zero (ΔEVC = 0). - A quantidade de energia que entra no VC (calor, trabalho e fluxo de massa) deve ser igual à quantidade de energia que sai do VC. 0==− dtdEEE sistemase && - Na forma de taxa, o balanço de energia aplicado a um processo em regime permanente se reduz a: 0 (regime permanente) Taxa líquida de transferência de energia por calor, trabalho e fluxo de massa Taxa de variação das energias interna, potencial, cinética, etc. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 18/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Balanço de energia de processos em regime permanente - Assim, o balanço de energia é dado por: se EE && = Taxa líquida de entrada de energia por calor, trabalho e fluxo de massa. Taxa líquida de saída de energia por calor, trabalho e fluxo de massa. (kW) - De forma mais explícita: ∑∑ ++=++ s ss e ee mWQmWQ ee &&&&&& - Ou: ∑∑ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ++++=⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ++++ s ss e ee gzhmWQgzhmWQ 22 22 VV &&&&&& Para cada entrada Para cada saída 10 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 19/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Balanço de energia de processos em regime permanente - É comum a prática de arbitrar que o calor é transferido para o sistema (entrada de calor) à taxa de Q, e que trabalho é realizado pelo sistema (saída de trabalho) à taxa de W. - Para dispositivos com corrente única de fluido: ∑∑ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ++−⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ++=− es gzhmgzhmWQ 22 22 VV &&&& Para cada entrada Para cada saída • • - Dessa forma, a Primeira Lei da Termodinâmica (Equação do Balanço de Energia) para aplicada a VC com escoamento em regime permanente resulta em: ( )⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ −+ − +−=− 12 2 1 2 2 12 2 zzghhmWQ VV&&& ( )12 2 1 2 2 12 2 zzghhwq −+−+−=− VV - Para uma massa unitária (dividindo por m), finalmente temos que: • Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 20/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Alguns dispositivos de engenharia com escoamento em regime permanente 1) Bocais e difusores - Os bocais e difusores são utilizados em diversas aplicações: motores a jato, foguetes, ônibus espaciais, túneis de vento, mangueiras de jardim, etc. - Um bocal é um dispositivo que aumenta a velocidade de um fluido à custa da pressão. - Ou seja, os bocais e os difusores realizam tarefas opostas. - Um difusor é um dispositivo que aumenta a pressão de um fluido pela sua desaceleração. Bocal Difusor 11 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 21/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - A seção transversal de um bocal diminui na direção do escoamento para escoamentos subsônicos e aumenta para escoamentos supersônicos. - Os bocais e os difusores normalmente não envolvem trabalho (W = 0), e uma eventual variação da energia potencial é quase sempre desprezível (Δep = 0). - O inverso vale para os difusores. - A taxa de transferência de calor entre o fluido que escoa em um bocal ou em um difusor e sua vizinhança é geralmente muito pequena (Q ≈ 0). - Contudo, nestes dispositivos geralmente as velocidades são muito altas, e à medida que o fluido escoa ao longo de um bocal ou de um difusor, ele experimenta variações de velocidade. 1) Bocais e difusores • • - Portanto, as variações de energia cinética (Δec ≠ 0) devem ser levadas em contana análise do escoamento através desses dispositivos. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 22/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Exemplos: 1) Bocais e difusores 12 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 23/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Nas usinas a vapor, a gás ou hidrelétricas, o dispositivo que aciona o gerador elétrico é uma turbina. 2) Turbinas e compressores - A medida que o fluido escoa através da turbina, trabalho é realizado nas pás que estão presas ao eixo. - Como resultado, o eixo gira e a turbina produz trabalho. - Os compressores, assim como as bombas e os ventiladores, são dispositivos utilizados para aumentar a pressão de um fluido. - O trabalho é fornecido a esses dispositivos por uma fonte externa por meio de um eixo girante. - Assim, os compressores envolvem consumo de trabalho. Representação esquemática de um compressor Representação esquemática de uma turbina Turbina Compressor Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 24/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Embora compressores, ventiladores e bombas funcionem de forma similar, eles diferem nas tarefas executadas: 2) Turbinas e compressores Compressores: comprimem gases a altas pressões. - As turbinas produzem potência, enquanto os compressores, as bombas e os ventiladores consomem potência. Ventiladores: aumentam ligeiramente a pressão dos gases, e são usados principalmente para movimentação destes. Bombas: funcionam de forma parecida a dos compressores, só que lidam com líquidos em vez de gases. - A taxa de transferência de calor das turbinas é geralmente desprezível (Q ≈ 0), uma vez que elas são bem isoladas.• - A taxa de transferência de calor nos compressores também é desprezível (Q ≈ 0), a menos que haja resfriamento intencional.• 13 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 25/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 2) Turbinas e compressores - As variações de energia potencial são desprezíveis para todos estes dispositivos (Δep 0). - As velocidades encontradas nesses dispositivos, com exceção das turbinas e ventiladores, são em geral muito baixas para causar variações significativas da energia cinética (Δec 0). - As velocidades dos escoamentos na maioria das turbinas são muito altas, e o fluido sofre uma variação significativa em sua energia cinética. ≅ ≅ - Contudo, essa variação é geralmente pequena em relação à variação da entalpia, e geralmente é desprezada. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 26/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 2) Turbinas e compressores - Exemplos: 14 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 27/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - As válvulas de estrangulamento são quaisquer tipos de dispositivos que restringem o escoamento e que causam uma queda significativa da pressão do fluido. 3) Válvulas de estrangulamento Válvula regulável Tampão poroso Tubo capilar- Ao contrário das turbinas, elas produzem uma queda de pressão sem envolver qualquer trabalho. - A queda de pressão no fluido quase sempre é acompanhada por uma grande queda na temperatura, sendo estes dispositivos largamente empregados em aplicações de refrigeração e condicionamento de ar. - As válvulas de estrangulamento são em geral dispositivos pequenos, e o escoamento através delas pode ser suposto adiabático (q 0), uma vez que não há tempo suficiente nem área suficientemente grande para que ocorra uma transferência de calor efetiva. ≅ Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 28/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Da mesma forma, não há trabalho realizado (w = 0). 3) Válvulas de estrangulamento - A variação de energia potencial, se houver, é muito pequena (Δep 0). - Embora a velocidade na saída seja, em geral, consideravelmente mais alta que a velocidade na entrada, em muitos casos, o aumento da energia cinética é insignificante (Δec 0).≅ ≅ - A equação de conservação de energia para este dispositivo com escoamento em regime permanente e corrente única se reduz a: 12 hh ≅ (kJ/kg) - Por esse motivo, tais dispositivos são chamados de isoentálpicos: 222111 vPuvPu +=+ Válvula de estrangulamento - Também podemos escrever esta fórmula na forma: Energia interna + Energia de escoamento = Constante 15 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 29/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Exemplos: 3) Válvulas de estrangulamento Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 30/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 4) Câmaras de mistura Câmara de mistura Água quente Água fria Conexão em T - Câmaras de mistura são amplamente empregadas em aplicações de engenharia. - O princípio da conservação da massa aplicado a esse dispositivo exige que a soma dos fluxos de massa que entram seja igual ao fluxo de massa da mistura que sai. - Em geral as câmaras de mistura são bem isoladas (q 0) e não envolvem nenhum tipo de trabalho (w = 0). - Da mesma forma, as energias cinética e potencial das correntes de fluidos podem em geral ser desprezadas (ec 0, ep 0). ≅ ≅ ≅ - Assim, a equação de conservação da energia neste caso torna-se análoga à equação de conservação da massa. Câmara de mistura 16 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 31/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Trocadores de calor são dispositivos onde duas correntes de fluido em movimento trocam calor sem se misturarem. 5) Trocadores de calor - Existem diversos tipos de trocadores de calor, e o mais simples é o do tipo casco e tubos. Trocador de calor do tipo casco e tubos - O princípio de conservação da massa para esse dispositivo operando em regime permanente exige que a soma dos fluxos de massa que entram seja igual à soma dos fluxos de massa que saem. - Ou seja, em regime permanente, o fluxo de massa de cada corrente de fluido que escoa em um trocador de calor permanece constante. - Trocadores de calor não envolvem interações de trabalho (w = 0). ≅ ≅- As variações de energia cinética e potencial são desprezíveis (Δec 0, Δ ep 0) para cada corrente de fluido. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 32/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - A taxa de transferência de calor dependerá fortemente da escolha do volume de controle nesses dispositivos. 5) Trocadores de calor - Se todo o trocador de calor for selecionado como VC, Q = 0. - Se apenas um dos fluidos for selecionado como VC o calor atravessará a fronteira ao se transferir de um fluido para outro, e Q não será zero. VC VC • • 17 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 33/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Exemplos: 5) Trocadores de calor Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 34/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinskide Paula depaula@uricer.edu.br - O transporte de líquidos e gases é realizado por tubos e dutos. 6) Escoamento em tubos e dutos - O escoamento através de um tubo ou duto geralmente atende às condições de regime permanente, com exceção dos transientes iniciais e finais de operação. - O volume de controle pode ser escolhido para coincidir com as superfícies internas do trecho do tubo ou duto que queremos analisar. - Em muitas aplicações a transferência de calor é desejável (caldeira, congelador, trocador de calor, etc). Já em outras aplicações a troca de calor pode não ser desejável, e os tubos tem de ser isolados. - O volume de controle pode envolver uma região em que haja interações de trabalho, e esta parcela deve ser contabilizada no balanço de energia. 18 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 35/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - As velocidades encontradas nos escoamentos em tubos e dutos são relativamente baixas e as variações de energia cinética em geral são insignificantes (Δec 0). 6) Escoamento em tubos e dutos ≅ - Tal fato se dá principalmente quando o diâmetro do tubo ou duto for constante e os efeitos de aquecimento desprezíveis. - Em dutos com seções transversais variáveis, e quando os efeitos de compressibilidade forem significativos, as variações de energia cinética podem ser importantes. - As variações de energia potencial serão significativas se o fluido experimentar uma variação de altura considerável ao escoar em um tubo ou um duto. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 36/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Exemplos de tubulações: 19 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 37/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Exemplos de dutos: Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 38/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 1) Defina as vazões mássica e volumétrica. Como elas se relacionam? 2) A quantidade de massa que entra em um volume de controle precisa ser igual à quantidade de massa que sai durante um processo com escoamento em regime transiente? 3) Quando o escoamento através de um volume de controle ocorre em regime permanente? Como ele é caracterizado? 4) Um sistema com escoamento em regime permanente pode envolver trabalho de fronteira? 5) Um difusor é um dispositivo adiabático que diminui a energia cinética do fluido, pela sua desaceleração. O que acontece c essa energia cinética “perdida”? 6) A energia cinética de um fluido aumenta à medida que ele é acelerado em um bocal adiabático. De onde vem essa energia? 7) Considere uma turbina adiabática operando em regime permanente. O trabalho produzido pela turbina precisa ser igual á diminuição da energia do vapor que escoa através dela? 8) Por que os dispositivos de estrangulamento normalmente são usados em aplicações de refrigeração e condicionamento de ar? 9) Quando duas correntes de fluido se misturam em uma câmara de mistura, é possível que a temperatura da mistura seja mais baixa que a temperatura de ambas as correntes? Explique. 10) O que diz o princípio da conservação da massa aplicado a um volume de controle? 11) O que é trabalho de escoamento? Qual sua representação matemática? 12) Escreva a Primeira Lei da Termodinâmica (Equação do Balanço de Energia) para aplicada a VC com escoamento em regime permanente. 13) Faça considerações pertinentes para a simplificação para todos os dispositivos de engenharia vistos nesta aula, partindo da Primeira Lei da Termodinâmica (Equação do Balanço de Energia) para aplicada a VC com escoamento em regime permanente. Lista de exercícios 20 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 39/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 14) Uma mangueira de jardim conectada a um bocal é usada para encher um balde de 10 galões. O diâmetro interno da mangueira é de 2 cm, e ele se reduz a 0,8 cm na saída do bocal. Se são necessários 50 s para encher o balde com água, determine: a) As vazões volumétrica e mássica de água através da mangueira. b) A velocidade média da água na saída do bocal. - Resposta: 0,757 l/s; 0,757 kg/s; 15,1 m/s Balde Bocal Mangueira de jardim Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 40/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 15) Vapor escapa de uma panela de pressão de 4 litros, cuja pressão de operação é de 150 kPa. Observa-se que a quantidade de líquido da panela diminui em 0,6 litros 40 minutos após o estabelecimento de condições de operação estáveis, e a seção transversal da abertura de saída é de 8 mm². Determine: a) O fluxo de massa do vapor e a velocidade da saída. b) As energias total e de escoamento por unidade de massa de vapor. c) A taxa com a qual a energia sai da panela transportada pelo vapor. - Resposta: 2,37x10-4 kg/s; 34,3 m/s; 2693,1 kJ/kg; 173,9 kJ/kg; 0,638 kW 150 kPa Vapor Panela de pressão 21 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 41/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 16) Ar a 10ºC e 80 kPa entra no difusor de um motor a jato com uma velocidade de 200 m/s. A área de entrada do difusor é de 0,4 m². O ar sai do difusor com uma velocidade muito pequena comparada à velocidade de entrada. Determine: a) O fluxo de massa do ar. b) A temperatura do ar na saída do difusor. - Resposta: 78,8 kg/s; 303 K Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 42/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 17) Ar a 100 kPa e 280 K é comprimido em regime permanente até 600 kPa e 400 K. O fluxo de ar é de 0,02 kg/s, e ocorre uma perda de calor de 16 kJ/kg durante o processo. Assumindo que as variações nas energias cinética e potencial sejam desprezíveis, determine a potência consumida pelo compressor. - Resposta: 2,74 kW 22 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 43/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 18) A potência gerada por uma turbina a vapor adiabática é de 5 MW e as condições de entrada e saída do vapor são indicadas na figura abaixo. a) Compare as magnitudes de Δh, Δec e Δep. b) Determine o trabalho realizado por unidade de massa do vapor que escoa na turbina. c) Calcule o fluxo de massa de vapor. - Resposta: -887,39 kJ/kg; 14,95 kJ/kg; -0,04 kJ/kg; 872,48 kJ/kg; 5,73 kg/s Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 44/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 19) Refrigerante-134ª entra no tubo capilar de um refrigerador como líquido saturado a 0,8 MPa e é estrangulado até uma pressão de 0,12 MPa. Determine o título do refrigerante no estado final e a queda de temperatura durante esse processo. - Resposta: 0,34; -53,63ºC 23 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 45/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 20) Refrigerante-134ª deve ser resfriado pela água em um condensador. O refrigerante entra no condensador com um fluxo de massa de 6 kg/min a 1 Mpa e 70ºC e sai a 35ºC. A água de resfriamento entra a 300 kPa e 15ºC e saia a 25ºC. Desprezando quaisquer perdas de pressão, determine: a) O fluxo de massa necessário de águade resfriamento. b) A taxa de transferência de calor do refrigerante para a água. - Resposta: 29,1 kg/min; 1218 kJ/min Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Slide 46/46 Termodinâmica Aplicada Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 21) Ar é aquecido à medida que escoa sobre os fios de uma resistência. Considere um aquecimento elétrico de 15 kW. O ar entra na seção de aquecimento a 100 kPa e 17ºC com vazão volumétrica de 150 m³/min. Se a perda de calor do ar do duto para a vizinhança ocorre à taxa de 200 W, determine a temperatura do ar na saída. - Resposta: 21,9ºC
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