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1581-PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLOGICAS - APOSTILAS

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APOSTILA DE RELAÇÕES HUMANAS 
 
 
CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 
 1 
 
 
PODOPATIAS 
AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
 
 
CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 2 
1. O QUE SÃO PODOPATIAS? 
Podopatia, é o termo cientifico utilizado, para descrever os diversos males e doenças 
relacionadas especificamente aos pés. O profissional que trata dessas podopatias é chamado 
de podólogo(a). 
Existem vários tipos de podopatias, e cada uma delas possui suas particularidades e 
métodos de tratamento. 
Para tratar das podopatias, o profissonal de podologia, deve possuir conhecimento 
técnico especializado, sobre cada uma delas, e aplicar corretamente esse saber no tratamento 
de seus clientes. 
Veja alguns exemplos de males que o podólogo trata no seu cotidiano: 
 calos ou calosidades; 
 verruga plantar (olho de peixe); 
 unha encravada; 
 unha infeccionada (granuloma); 
 onicomicose (micose de unha); 
 correção de unha encravada; 
 rachaduras nos pés; 
 frieira (pé de atleta); 
 reflexologia podal; 
 pés diabéticos; 
 
Infecção bacteriana são doenças causadas por bactérias patogênicas, organismos 
unicelulares procariontes complexos. Bactérias existem há mais de 3 bilhões de anos e menos 
de 1% delas causam doenças. Bactérias benéficas para a saúde humana são mais comuns 
que as prejudiciais. Diversas bactérias ajudam a digerir o alimento, combatendo outras 
bactérias , previnem câncer e produzem vitaminas essenciais para nossa saúde. O termo, 
infecção bacteriana se restringe aos casos em que há uma relação de parasitismo. 
 
1.1 CLASSIFICAÇÃO 
Classificação por formato 
Classificação por flagelo: A-Monótricas; B-Lofótricas; C-Anfítricas; D-Perítricas. 
Classificação por relação com a célula: 
Intracelular obrigatória; 
Intracelular facultativa; 
Extracelular obrigatória. 
Classificação por estrutura celular: 
APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
 
 
CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 3 
 
Gram-positiva; 
Gram-negativa; 
Gram-variável; 
Gram-indeterminada. 
Classificação por respiração: 
 
Aeróbica obrigatória; 
Aeróbica facultativa; 
Anaeróbica facultativa; 
Anaeróbica obrigatória. 
Classificação por movimento: 
 
Imóvel; 
Móvel; 
Uniflagelada, 
Multiflagelada. 
Classificação por cápsula: 
 
Encapsulada; 
Sem cápsula. 
Causas 
 
A Bioética surgiu na segunda metade do século XX, devido ao grande desenvolvimento 
da Medicina e das ciências, que avançaram cada vez mais para a modificação da vida humana 
e a promoção do conforto humano. 
Autores. 
Hoje, alguns autores são referências para os estudos de Bioética no mundo. Entre eles, 
estão o filósofo Tom L. Beauchamp, professor da Georgetown University, e o filósofo e teólogo 
James F. Childress, professor de Ética da Universidade de Virgínia. 
 
 
APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
 
 
CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 CAUSAS 
Bactérias patogênicas podem ser contraídas de diversas formas, dependendo da 
bactéria. Meios de transmissão incluem por: 
Respirar ar infectado com a tosse ou espirro de pessoas infectadas, 
Consumo de comidas ou bebidas contaminados, 
Transmitidos pela mordida de animais, como pulgas e carrapatos, 
Contato com fluídos (sangue, saliva, urina, pus...) de animais (especialmente de outros 
humanos) infectados, 
Relação sexual desprotegida, 
Contato com superfícies contaminadas. 
Dentre as infecções bacterianas mais comuns estão 
 
Meninges 
Meningites bacterianas: Por Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis ou 
Streptococcus pneumoniae; 
Listeriose: Por Listeria monocytogenes; 
 
APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
 
 
CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 5 
OLHOS 
Conjuntivite: Por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus ou Haemophilus 
influenzae; 
Tracoma: Por Chlamydia trachomatis 
 
VIAS RESPIRATÓRIAS 
Infecções das vias aéreas superiores (sinusite, amigdalite, faringite, laringite...): Por 
Estreptococos do grupo A; 
Difteria: Por Corynebacterium diphtheriae; 
Pneumonia e bronquite bacteriana: Por Streptococcus pneumoniae; 
Psitacose: Por Chlamydophila psittaci; 
Tuberculose: Por Mycobacterium tuberculosis; 
 
Ouvidos 
Otite média: Por Streptococcus pneumoniae; 
 
Boca 
Cáries: Por Streptococcus mutans; 
 
Pele 
Dermatites bacterianas: Por Staphylococcus aureus, Streptococci tipo A e Pseudomonas 
aeruginosa; 
Impetigo: Por Staphylococcus aureus ou um Streptococcus; 
 
GASTROINTESTINAIS 
Botulismo: Por Clostridium botulinum 
Enterite ou Colite por E.Coli: Por Escherichia coli 
Salmonelose: Por Salmonella enterica; 
Shigelose: Por vários Shigellas; 
Úlcera: Por Helicobacter pylori; 
 
GENITAIS 
Clamídia: Por Chlamydia trachomatis 
Gonorreia: Por Neisseria gonorrhoeae 
Sífilis: Por Treponema pallidum 
 
 
APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
 
 
CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 6 
SISTÊMICAS 
Carbúnculo: Por Bacillus anthracis 
Brucelose: Por diversos Brucellas 
Cólera: Por Vibrio cholerae 
Febre tifoide: Por Salmonella typhi; 
Hanseníase: Por Mycobacterium leprae 
Leptospirose: Por Leptospira interrogans 
Rickettsiose: Por Rickettsia rickettsii; 
Tétano: Por Clostridium tetani 
 
1.3 TRATAMENTO 
A principal diferença entre infecções bacterianas e as virais é que as bacterianas podem 
ser tratadas com antibióticos (ATB). Os ATBs são classificados como bactericidas se matam 
as bactérias ou bacteriostáticos, se apenas impedir o crescimento bacteriano. Existem muitos 
tipos de antibióticos e cada classe inibe um processo que é diferente do agente patogénico 
da encontrada no hospedeiro. Por exemplo, o cloranfenicol e antibióticos de tetraciclina inibem 
o ribossoma bacteriano, mas não o ribossoma eucariota (da célula animal), de modo que eles 
apresentam uma toxicidade mais seletiva. 
O uso inadequado de antibióticos tanto em humanos quanto em animais domésticos 
pode contribuir para o rápido desenvolvimento de resistência aos antibióticos nas populações 
bacterianas. Bacteriófagos também pode ser utilizado para o tratamento de certos tipos de 
infecções bacterianas. 
 
1.4 PREVENÇÃO 
As infecções podem ser prevenidas por medidas antissépticas, como a esterilização 
da pele antes de perfuração com a agulha de uma seringa e cuidado adequado de cateteres. 
Instrumentos cirúrgicos e dentais são também esterilizados para evitar a infecção por 
bactérias. Desinfectantes, tais como cloro são usados para matar bactérias e outros 
organismos patogênicos nas superfícies para evitar a contaminação e reduzir ainda mais o 
risco de infecção. Carnes, leite, ovos e seus derivados devem ser cozidos a temperaturas 
acima de 73°C por vários minutos. 
 
 
 
 
 
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CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 7 
1.5 INFECÇÃO FÚNGICA 
Provocadas por fungos, as infecções fúngicas não 
têm habitualmente gravidade. Podem atingir diferentes 
partes do organismo provocando sintomas variáveis. 
 
PLACA DE PETRI COM CULTURA DE FUNGOS 
Existem mais de cem mil tipos diferentes de fungos 
alguns deles muito agressivos e que podem provocar 
infecções diversas. A maioria dos fungos tem uma "fase de 
crescimento” e uma "fase de reprodução” e podem encontrar-se no ambiente – está carregado 
deles – ou mesmo nas pessoas, crescendo sobre o nosso corpo ou dentro dele. 
Alguns fungos que vivem nas pessoas utilizam a queratina da nossa pele como 
nutriente. São os chamados "dermatófitos", o que literalmente significa "crescer na pele". Mas 
há outros fungos que necessitam de açúcares ou gorduras, as chamadas "leveduras", 
existindo diferentes tipos. Ou seja, as leveduras que fazem crescer o pão e as massas, e 
podemser usadas na produção de cerveja ou ainda, as que vivem no homem. As mais 
conhecidas são o Candida e o Pityrosporum e estão na base das infecções cutâneas e das 
mucosas. Dos milhares de fungos existentes no ambiente e que caem sobre a pele ou são 
inalados para os pulmões, só alguns produzem infecções menores e só raramente se 
propagam a outras partes do organismo. 
 
1.6 CAUSAS 
As infecções fúngicas são, obviamente, causadas por uma contaminação por fungos 
através dos esporos - a forma de reprodução dos fungos, comparáveis às sementes de uma 
planta. Os esporos têm uma elevada resistência às influências externas e, por isso, 
conseguem sobreviver – quase invisíveis – enquanto a sua forma de crescimento desaparece 
completamente. 
Os fungos deste tipo não são contagiosos, embora os esporos possam ser transmitidos 
de uma pessoa para outra, provocando infecção fúngica nesta última. Por isso, o tratamento 
deve ter também como objectivo a eliminação total dos esporos, uma vez que a infecção pode 
voltar a manifestar-se ao fim de algum tempo ou contaminar outras 
 
 
APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
 
 
CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 8 
1.7 TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
Infecções do tipo fúngicas podem ser tratadas por meio de pomadas antifúngicas, 
antifúngicos em comprimidos ou até mesmo com aplicação do medicamento direto na veia. 
No entanto, cada infecção deve ser avaliada e tratada individualmente. É importante buscar 
ajuda a fim de estabelecer um diagnóstico assertivo, evitando problemas futuros. 
Para preveni-las, deve-se tomar algumas medidas simples como não compartilhar 
toalhas de banho ou materiais de manicure, não utilizar roupas molhadas, assim como evitar 
o uso de roupas íntimas que retenham umidade, enxugar bem todas as partes do corpo após 
o banho e evitar andar descalço. 
 
1.8 INFECÇÃO POR PARASITAS 
Parasitas humanos são organismos que 
vivem em uma pessoa e obtêm nutrientes 
dessa pessoa (seu hospedeiro). Existem 3 
tipos de parasitas: 
Organismos unicelulares (protozoários, 
microsporídios) 
Helmintos multicelulares (vermes) 
Ectoparasitas como o da sarna e o 
piolho 
Infecções parasitárias devido a 
protozoários e helmintos são responsáveis por 
taxas de morbidade e mortalidade consideráveis no mundo. São prevalentes na América 
Central, na América do Sul, na África e na Ásia. São muito menos comuns na Austrália, no 
Canadá, na Europa, no Japão, na Nova Zelândia e nos EUA. De longe, o maior impacto é nos 
residentes das regiões tropicais desfavorecidas com condições sanitárias precárias, porém 
infecções parasitárias são encontradas nos países industrializados, acometendo imigrantes e 
viajantes que retornam de regiões endêmicas e até mesmo residentes que não viajaram, em 
particular aqueles com aids ou outras doenças que causam imunodeficiência. 
Alguns parasitas se adaptaram para viver no lúmen intestinal ou vaginal, em que as 
condições são anorganismo aeróbias; outros residem no sangue ou nos tecidos em condições 
organismo aeróbias. 
 
 
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CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 9 
Muitas infecções parasitárias são disseminadas por contaminação fecal de alimento ou 
água. São mais frequentes em regiões onde as condições sanitárias e de higiene são 
precárias. Alguns parasitas, como o ancilóstomo, podem penetrar na pele durante o contato 
com água suja contaminada ou, no caso de esquistossomo, água fresca. Outros, como 
malária, são transmitidos por meio de vetores artrópodes. Em ocasiões raras, os parasitas 
podem ser transmitidos por transfusões de sangue ou compartilhamento de agulhas ou 
congenitamente, da mãe para o feto. 
Alguns parasitas são endêmicos nos EUA e em outros países industrializados. 
Exemplos são os oxiúros Enterobius vermicularis, Trichomonas vaginalis, Toxoplasma gondii 
e os parasitas entéricos como Giardia intestinalis (também conhecido como G. duodenalis ou 
G. lamblia) e Cryptosporidium spp. 
As características de infecções protozoárias e helmínticas variam de forma importante. 
 
PROTOZOÁRIOS 
Protozoários são organismos unicelulares que se multiplicam por divisão binária 
simples (ver Protozoários extraintestinais e Protozoários intestinais e microsporídia). Os 
protozoários podem se multiplicar nos seus hospedeiros humanos, aumentando em número 
para produzir infecção intensa. Com raras exceções, infecções por protozoários não causam 
eosinofilia. 
 
MICROSPORÍDIA 
Os microsporídios são organismos intracelulares formadores de esporos que 
costumavam ser classificados como protozoários, mas sua análise genética indicou serem 
fungos ou estarem o estreitamente relacionados com os fungos. A doença em humanos limita-
se principalmente a pessoas com aids ou outras doenças por imunocomprometimento grave. 
As manifestações clínicas dependem das espécies infectantes e incluem gastroenterite, 
comprometimento dos olhos e infecção disseminada. 
 
HELMINTOS 
São multicelulares e possuem sistemas de órgãos complexos. Os helmintos podem 
ser divididos ainda em. 
 
VERMES CILÍNDRICOS (NEMATÓDEOS) 
Vermes achatados (platelmintos), como tênias (cestódios) e fascíolas (trematódeos) 
Em contraste aos protozoários, os helmintos não se multiplicam em seres humanos, mas 
podem provocar respostas eosinofílicas quando migram através do tecido. A maioria dos 
helmintos possui ciclos de vida complexos que envolvem tempo significativo fora de seus 
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CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 10 
hospedeiros humanos. Alguns, incluindo Strongyloides stercoralis, Capillaria philippinensis e 
Hymenolepis nana, que podem aumentar por causa de autoinfecção (a prole reinfecta o 
mesmo hospedeiro em vez de se dispersar para infectar outro hospedeiro). Na 
estrongiloidíase, a autoinfecção pode resultar em hiperinfecções disseminadas com risco de 
vida em pessoas imunossuprimidas, em particular aqueles que tomam corticoides. 
A gravidade das infecções helmínticas correlaciona-se geralmente com a carga 
parasitária, embora existam exceções, quando um único Ascaris migrando e obstruindo o duto 
pancreático. A carga parasitária depende do grau de exposição ambiental, de fatores do 
parasita e das respostas imunes do hospedeiro determinadas geneticamente. Se uma pessoa 
desloca-se de uma área endêmica, o número de vermes adultos diminui com o passar do 
tempo. Embora alguns parasitas (p. ex., Clonorchis sinensis) possam sobreviver por décadas 
nos seres humanos, muitas espécies tem um tempo de vida de somente poucos anos ou 
menos. 
Nematódeos são vermes cilíndricos, não segmentados, cujo comprimento varia de 1 
mm a 1 m. Os nematódeos possuem uma cavidade corpórea, o que os distingue de tênias e 
trematódeos. Dependendo da espécie, diferentes estágios no ciclo de vida são infecciosos ao 
ser humano. Milhões de pessoas são infectadas por nematódeos que habitam a flora intestinal 
e são transmitidos por ovos ou larvas nas fezes; os mais comuns são Ascaris (ascaridíase), 
ancilóstomos, Trichuris (tricuríase) e Strongyloides (estrongiloidíase). 
Cestódios (tênias) adultos são vermes longos e planos multissegmentados que não 
possuem trato digestório e absorvem nutrientes diretamente do intestino delgado do 
hospedeiro. No trato digestório do hospedeiro, os cestódeos adultos podem crescer muito; até 
40 m para uma das espécies. As tênias que infectam seres humanos são a tênia do peixe 
(Diphyllobothrium latum), a tênia da carne (Taenia saginata) e a tênia da carne de porco 
(Taenia solium). 
Trematódeos são vermes não segmentados que infectam os vasos sanguíneos, 
fígado, pulmões ou trato gastrointestinal. Geralmente têm não mais que alguns centímetros 
de comprimento; no entanto, alguns têm apenas 1 mm, e alguns até 7 cm. Em seres humanos, 
a maioria das infecções por trematódeos é causadapor espécies de Schistosoma 
(esquistossomose), vermes no fígado como Fasciola hepatica (fasciolíase) e Clonorchis 
sinensis (clonorquíase) e vermes pulmonares, incluindo certas espécies de Paragonimus 
(paragonimíase) 
 
 
 
 
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CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 11 
TUNGA PENETRANS 
É a pulga da areia, sendo a fêmea o "bicho do pé" (1) ou 
"bicho do porco", pois depois de fecundada parasita a pele dos 
suínos e eventualmente do homem. 
Distribui-se geograficamente por todo o Novo Mundo. É a 
menor das pulgas, tendo o inseto adulto 1mm de comprimento. 
Como é característico das pulgas, tem ausência de asas e o 
corpo achatado látero-lateralmente, além da fronte terminando 
em ponta aguda, favorecendo a penetração na pele do 
hospedeiro. Não possui ctenídeos. 
Adultos (machos e fêmeas virgens) vivem em lugares de solo arenoso, quentes e secos, 
sendo abundantes em chiqueiros de porcos e peridomícilio. São exclusivamente 
hematófagas. A fêmea grávida penetra na pele do porco (ou homem), deixando apenas a 
extremidade posterior em contato com a atmosfera para respirar. Com o acúmulo de ovos seu 
abdômen se expande, atingindo o tamanho de um grão de ervilha. Em torno de 100 ovos são 
expelidos, os quais, em chão úmido e sombreado, darão origem às larvas e pupas. Depois de 
uns 15 dias, o corpo da fêmea é expulso pela reação inflamatória da pele. As localizações 
preferenciais da fêmea parasita são a sola dos pés, espaços interdigitais e sob as unhas. 
Os sintomas variam desde ligeiro prurido até reação inflamatória que prejudica a 
deambulação. Pode ocorrer infecção secundária após saída do adulto por Clostridium tetani 
(tétano), Clostridium perfringens e outras espécies (gangrena gasosa) ou fungos 
(Paracoccidioides brasiliensis). 
O tratamento consiste na extirpação dos parasitas em condições assépticas, limpeza do 
ferimento, vacina antitetânica. Prevenção através do uso de calçados, tratamento dos animais 
domésticos infestados e aplicação de inseticidas no ambiente. 
 
INFECÇÕES VIRAIS 
Quando os microrganismos invadem o nosso corpo, 
aderem à célula e multiplicam ocorre uma infecção. Ou 
seja, há um desequilíbrio entre as defesas do nosso 
organismo e o agente invasor que pode ser uma bacteria, 
um fungo, um parasita ou mesmo um vírus. Neste último 
caso dar-se-á uma infecção viral. 
Um vírus é um minúsculo organismo infeccioso 
(muito menor que um fungo ou uma bactéria) que necessita 
de uma célula viva para se reproduzir. O vírus adere a uma 
APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
 
 
CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 12 
célula, geralmente de um tipo específico e, uma vez dentro dela, liberta o seu ADN ou ARN 
(que contém a informação necessária para criar novas partículas de vírus) e assume o 
controlo. 
No entanto, o que sucede a seguir depende do tipo de vírus e do hospedeiro. Alguns 
vírus matam as células que infectam. Outros alteram a função celular ao ponto de a mesma 
perder o controlo sobre a sua divisão normal e tornar-se cancerosa. Outros ainda incorporam 
uma parte da sua informação genética no ADN da célula hospedeira, mas permanecem 
inactivos (ou latentes) até que a mesma seja alterada, permitindo então que o vírus emerja de 
novo. 
 
AS INFECÇÕES VIRAIS PODEM SE MANIFESTAR SOB DUAS FORMAS: 
INFECÇÕES AGUDAS 
O termo infecção aguda indica a produção rápida de vírus seguida da resolução e 
eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro. Essas infecções podem ser localizadas 
quando se restringem aos tecidos e órgãos que inicialmente foram utilizados como porta de 
entrada pelo vírus. O aparecimento de manifestações sintomáticas ocorre no ponto de 
infecção, levando paralelamente a proliferação viral localizada. As infecções agudas 
sistémicas representam os quadros infecciosos que se distribuem através do organismo e 
alcançam distintos tecidos e órgãos simultaneamente. 
 
INFECÇÕES PERSISTENTES 
Ao contrário das infecções agudas, as infecções persistentes não são eliminadas 
rapidamente e as partículas virais ou produtos virais continuam a ser produzidos por longos 
períodos. As partículas infecciosas podem ser produzidas continua ou intermitentemente por 
meses ou anos. 
Existem três tipos de infecções persistentes: 
 Infecção crónica: o vírus é continuamente replicado e excretado. 
 Infecção de evolução lenta: caracteriza-se por longos períodos de incubação. O 
desenvolvimento da doença tem um curso longo, progressivo e frequentemente fatal. 
 Infecções latentes: O vírus persiste numa forma "não infecciosa” com períodos 
intermitentes de reactivação. O período de latência de uma virose é definido como o 
período em que o vírus permanece no organismo sem provocar manifestações 
clínicas. Geralmente no período de latência não há detecção de partículas virais. 
 
 
 
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CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 13 
TRANSMISSÃO 
Os vírus encontram-se no meio exterior e podem ser transferidos de um hospedeiro 
para outro. Esse hospedeiro pode ser representado por uma única espécie, ou como no caso 
das zoonoses, transferir-se de uma espécie à outra. A transmissão natural dos vírus pode 
ocorrer de forma horizontal ou vertical, através de várias portas de entrada. 
Denominam-se portas de entrada as vias de penetração de um vírus no organismo. O 
corpo humano apresenta três grandes superfícies epiteliais em contacto directo com o 
ambiente: a pele, a mucosa do trato respiratório e a mucosa do trato digestivo. Em menor 
extensão temos as mucosas da conjuntiva e do trato urogenital. 
 
DERMATOSE, PRINCIPAIS TIPOS 
Dermatose" é um conjunto de doenças da pele, caracterizada por manifestações 
alérgicas persistentes, cujos sintomas de uma forma geral são a formação de bolhas, coceira, 
inflamações e descamação da pele 
 
DERMATOSE PAPULOSA NIGRA 
 
Dermatose papulosa nigra caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas pintinhas 
de cor marrom escuro ou pretas, principalmente na face e pescoço sem causar dor ou outro 
sintoma. O aparecimento destas manchas pode ocorrer em qualquer pessoa mas é mais 
frequente em pessoas negras. o tratamento: Podem ser usados tratamentos estéticos como 
a cauterização química, criocirurgia com nitrogênio líquido ou eletrocoagulação. 
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CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 14 
O tratamento: Podem ser usados tratamentos estéticos como a cauterização química, 
criocirurgia com nitrogênio líquido ou eletrocoagulação. 
Dermatose ocupacional 
 
Dermatose ocupacional é aquela que é causada direta ou indiretamente por tudo aquilo que 
seja utilizado na atividade profissional ou exista no ambiente de trabalho, que podem ser 
causadas por calor, frio, radiação, vibração, laser, micro-ondas ou eletricidade, por exemplo. 
Alguns exemplos de dermatoses ocupacionais são queimaduras na pele, alergias, feridas, 
úlceras, fenômeno de Raynaud e dermatite causada pelo contato com o cimento, por exemplo. 
Tratamento: Varia dependendo do tipo de lesões que surgem mas deve ser indicado pelo 
dermatologista e pode incluir adequação do material necessário para proteção do trabalhador 
ou afastamento do posto de trabalho. 
Dermatose cinzenta 
dermatose cinzenta é uma doença de pele de causa desconhecida, que não sofre influência 
de fatores climáticos, raciais, alimentares ou relacionados ao trabalho. Ela é caracterizada 
pelo surgimento de lesões que aparecem na pele, de cor acinzentada com borda avermelhada 
e fina, às vezes, discretamente elevada. 
As lesões surgem de forma súbita, por surtos, sem sintomas prévios e algumas vezes 
acompanhadas por coceiras. Normalmente, esse tipo de dermatose deixa manchas 
permanentes na pele e ainda não existe uma cura eficaz. 
Dermatose bolhosa 
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Na dermatose bolhosa formam-se bolhas superficiais na pele que se rompem com facilidade, 
ficando a região como uma escama fina e formando-se uma crosta. 
tratamento: É feito com a toma de remédios como a prednisona mas também pode ser 
necessário tomar imunossupressores, como a azatioprina e a ciclofosfamida. 
Dermatose palmoplantar juvenil 
 
A dermatose palmoplantar juvenil é um tipo de alergia que aparece, geralmente, nas plantas 
dos pés, especialmente nos calcanhares e nos dedões dos dedos dos pés, sendo 
caracterizada por vermelhidão, excesso de produção de queratina e pele rachada com um 
aspecto brilhante. 
Os sintomas de dermatose palmoplantar juvenil pioram no inverno, podendo as rachaduras 
profundas causar dores e sangrar de vez em quando. A principal causa é o uso de sapatos e 
meias úmidas ou excesso de contato com água. 
Tratamento: O médico pode receitar uma pomada com corticoide como Cetocort e Betnovate. 
Mas um tratamento podológico irá ajudar bastante com uso de uma loção hidratante para 
manter a pele devidamente hidratada. 
 
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FISOPATOLOGIA DAS VERRUGAS 
 
Verrugas são proliferações benignas da pele causadas pelo papilomavírus humano (HPV). A 
infecção ocorre nas camadas mais superficiais da pele ou mucosa, ativando o crescimento 
anormal das células da epiderme. A transmissão do HPV ocorre por contato direto com 
pessoas e/ou objetos infectados. Pequenas feridas são necessárias para a inoculação do 
HPV, motivo pelo qual as verrugas são mais comuns em áreas de traumas. É possível ocorrer 
autoinoculação por meio de pequenos ferimentos que servem de porta de entrada para o 
vírus, também há transmissão pelo contato sexual e pela via materno fetal no momento do 
parto. Pacientes com baixa imunidade são os mais vulneráveis ao aparecimento de verrugas. 
O pico de incidência ocorre entre 12 e 16 anos. Após o contato, pode demorar semanas a 
meses para as lesões aparecerem. O aspecto da verruga varia de acordo com o local 
acometido. Costumam se apresentar sem sintomas. Porém, não é anormal que, 
ocasionalmente, haja sangramento ou dor. Frequentemente são vegetantes (aspecto de 
couve-flor), ásperas, da cor da pele, mas também podem ser planas, macias e escuras. As 
lesões clínicas decorrentes da infecção pelo HPV podem se apresentar de diferentes formas: 
Transmissão 
As verrugas são transmitidas de pessoa para pessoa, através de contato direto. 
Isso significa que, se você tocar nas verrugas de outra pessoa, ou mesmo em objetos que ela 
tenha passado sobre a verruga – como uma toalha, por exemplo – você também pode contrair 
a variação de HPV que causou o problema e desenvolver verrugas. 
 
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Verrugas vulgares: são os tipos mais comuns. Em geral, as lesões são pápulas irregulares, 
endurecidas e ásperas. Podem se apresentar como lesões isoladas ou agrupadas, em 
número variável. Encontram-se com frequência em áreas sujeitas a maior trauma, como 
mãos, dedos, cotovelos, joelhos e ao redor das unhas (verrugas periungueais). 
 
Verrugas filiformes: apresentam-se como projeções finas e alongadas, em geral isoladas ou 
pouco numerosas. Comumente surgem na face, pescoço, pálpebras e lábios, e é alta a 
incidência em pessoas mais velhas. 
 
Verrugas planas: apresentam-se como pequenas pápulas (“bolinhas”) acastanhadas ou 
amareladas, de no máximo 5 mm, cuja principal característica é apresentar uma superfície 
plana e lisa. Surgem com maior frequência na face e dorso das mãos de adolescentes. 
 
Verrugas plantares: as verrugas localizadas nas plantas dos pés são muitas vezes 
confundidas com os calos. O peso que o corpo exerce sobre elas faz com que cresçam para 
dentro, o que provoca dor ao andar. A presença de um anel periférico espessado com 
pequenos pontos escuros no centro da lesão lembra a imagem de um “olho de peixe”, nome 
pelo qual são popularmente conhecidas. 
 
Verrugas anogenitais: apresentam-se como lesões vegetantes, úmidas, isoladas ou 
agrupadas, que lembram o aspecto de couve-flor (condiloma acuminado). Podem acometer a 
mucosa genital feminina e masculina, uretra, vagina, colo do útero, região perianal ou mucosa 
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oral. Existem diferentes subtipos virais envolvidos na infecção genital, estando bem 
estabelecida a relação entre a infecção genital por alguns subtipos de HPV considerados de 
alto risco e o câncer genital, principalmente o do colo do útero. 
TRATAMENTOS 
As verrugas podem involuir espontaneamente, dentro de meses, ou persistir por anos. 
Crianças, geralmente, se curam sem necessidade de medicação, entretanto, por causa do 
risco de disseminação do vírus para outras pessoas e o surgimento de novas lesões no próprio 
indivíduo pela autocontaminação, seu tratamento é recomendado. Já nos adultos, as verrugas 
não costumam desaparecer sem tratamento. Existem diferentes modalidades terapêuticas 
que levam à destruição ou à remoção das lesões. São usados tanto medicamentos tópicos, 
quanto ácidos, eletrocauterizaçâo, por exemplo, até procedimentos cirúrgicos. Cada tipo de 
verruga exige um tratamento diferenciado. 
As verrugas anogenitais são mais difíceis de serem tratadas, podendo ser necessária não só 
uma combinação de terapias como, em muitos casos, cirurgias para a retirada das lesões. 
Por causa do risco de provocar câncer, esse tipo deve ser tratado com muita atenção

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