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APOSTILA DE RELAÇÕES HUMANAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 1 PODOPATIAS AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 2 1. O QUE SÃO PODOPATIAS? Podopatia, é o termo cientifico utilizado, para descrever os diversos males e doenças relacionadas especificamente aos pés. O profissional que trata dessas podopatias é chamado de podólogo(a). Existem vários tipos de podopatias, e cada uma delas possui suas particularidades e métodos de tratamento. Para tratar das podopatias, o profissonal de podologia, deve possuir conhecimento técnico especializado, sobre cada uma delas, e aplicar corretamente esse saber no tratamento de seus clientes. Veja alguns exemplos de males que o podólogo trata no seu cotidiano: calos ou calosidades; verruga plantar (olho de peixe); unha encravada; unha infeccionada (granuloma); onicomicose (micose de unha); correção de unha encravada; rachaduras nos pés; frieira (pé de atleta); reflexologia podal; pés diabéticos; Infecção bacteriana são doenças causadas por bactérias patogênicas, organismos unicelulares procariontes complexos. Bactérias existem há mais de 3 bilhões de anos e menos de 1% delas causam doenças. Bactérias benéficas para a saúde humana são mais comuns que as prejudiciais. Diversas bactérias ajudam a digerir o alimento, combatendo outras bactérias , previnem câncer e produzem vitaminas essenciais para nossa saúde. O termo, infecção bacteriana se restringe aos casos em que há uma relação de parasitismo. 1.1 CLASSIFICAÇÃO Classificação por formato Classificação por flagelo: A-Monótricas; B-Lofótricas; C-Anfítricas; D-Perítricas. Classificação por relação com a célula: Intracelular obrigatória; Intracelular facultativa; Extracelular obrigatória. Classificação por estrutura celular: APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 3 Gram-positiva; Gram-negativa; Gram-variável; Gram-indeterminada. Classificação por respiração: Aeróbica obrigatória; Aeróbica facultativa; Anaeróbica facultativa; Anaeróbica obrigatória. Classificação por movimento: Imóvel; Móvel; Uniflagelada, Multiflagelada. Classificação por cápsula: Encapsulada; Sem cápsula. Causas A Bioética surgiu na segunda metade do século XX, devido ao grande desenvolvimento da Medicina e das ciências, que avançaram cada vez mais para a modificação da vida humana e a promoção do conforto humano. Autores. Hoje, alguns autores são referências para os estudos de Bioética no mundo. Entre eles, estão o filósofo Tom L. Beauchamp, professor da Georgetown University, e o filósofo e teólogo James F. Childress, professor de Ética da Universidade de Virgínia. APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 4 1.2 CAUSAS Bactérias patogênicas podem ser contraídas de diversas formas, dependendo da bactéria. Meios de transmissão incluem por: Respirar ar infectado com a tosse ou espirro de pessoas infectadas, Consumo de comidas ou bebidas contaminados, Transmitidos pela mordida de animais, como pulgas e carrapatos, Contato com fluídos (sangue, saliva, urina, pus...) de animais (especialmente de outros humanos) infectados, Relação sexual desprotegida, Contato com superfícies contaminadas. Dentre as infecções bacterianas mais comuns estão Meninges Meningites bacterianas: Por Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis ou Streptococcus pneumoniae; Listeriose: Por Listeria monocytogenes; APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 5 OLHOS Conjuntivite: Por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus ou Haemophilus influenzae; Tracoma: Por Chlamydia trachomatis VIAS RESPIRATÓRIAS Infecções das vias aéreas superiores (sinusite, amigdalite, faringite, laringite...): Por Estreptococos do grupo A; Difteria: Por Corynebacterium diphtheriae; Pneumonia e bronquite bacteriana: Por Streptococcus pneumoniae; Psitacose: Por Chlamydophila psittaci; Tuberculose: Por Mycobacterium tuberculosis; Ouvidos Otite média: Por Streptococcus pneumoniae; Boca Cáries: Por Streptococcus mutans; Pele Dermatites bacterianas: Por Staphylococcus aureus, Streptococci tipo A e Pseudomonas aeruginosa; Impetigo: Por Staphylococcus aureus ou um Streptococcus; GASTROINTESTINAIS Botulismo: Por Clostridium botulinum Enterite ou Colite por E.Coli: Por Escherichia coli Salmonelose: Por Salmonella enterica; Shigelose: Por vários Shigellas; Úlcera: Por Helicobacter pylori; GENITAIS Clamídia: Por Chlamydia trachomatis Gonorreia: Por Neisseria gonorrhoeae Sífilis: Por Treponema pallidum APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 6 SISTÊMICAS Carbúnculo: Por Bacillus anthracis Brucelose: Por diversos Brucellas Cólera: Por Vibrio cholerae Febre tifoide: Por Salmonella typhi; Hanseníase: Por Mycobacterium leprae Leptospirose: Por Leptospira interrogans Rickettsiose: Por Rickettsia rickettsii; Tétano: Por Clostridium tetani 1.3 TRATAMENTO A principal diferença entre infecções bacterianas e as virais é que as bacterianas podem ser tratadas com antibióticos (ATB). Os ATBs são classificados como bactericidas se matam as bactérias ou bacteriostáticos, se apenas impedir o crescimento bacteriano. Existem muitos tipos de antibióticos e cada classe inibe um processo que é diferente do agente patogénico da encontrada no hospedeiro. Por exemplo, o cloranfenicol e antibióticos de tetraciclina inibem o ribossoma bacteriano, mas não o ribossoma eucariota (da célula animal), de modo que eles apresentam uma toxicidade mais seletiva. O uso inadequado de antibióticos tanto em humanos quanto em animais domésticos pode contribuir para o rápido desenvolvimento de resistência aos antibióticos nas populações bacterianas. Bacteriófagos também pode ser utilizado para o tratamento de certos tipos de infecções bacterianas. 1.4 PREVENÇÃO As infecções podem ser prevenidas por medidas antissépticas, como a esterilização da pele antes de perfuração com a agulha de uma seringa e cuidado adequado de cateteres. Instrumentos cirúrgicos e dentais são também esterilizados para evitar a infecção por bactérias. Desinfectantes, tais como cloro são usados para matar bactérias e outros organismos patogênicos nas superfícies para evitar a contaminação e reduzir ainda mais o risco de infecção. Carnes, leite, ovos e seus derivados devem ser cozidos a temperaturas acima de 73°C por vários minutos. APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 7 1.5 INFECÇÃO FÚNGICA Provocadas por fungos, as infecções fúngicas não têm habitualmente gravidade. Podem atingir diferentes partes do organismo provocando sintomas variáveis. PLACA DE PETRI COM CULTURA DE FUNGOS Existem mais de cem mil tipos diferentes de fungos alguns deles muito agressivos e que podem provocar infecções diversas. A maioria dos fungos tem uma "fase de crescimento” e uma "fase de reprodução” e podem encontrar-se no ambiente – está carregado deles – ou mesmo nas pessoas, crescendo sobre o nosso corpo ou dentro dele. Alguns fungos que vivem nas pessoas utilizam a queratina da nossa pele como nutriente. São os chamados "dermatófitos", o que literalmente significa "crescer na pele". Mas há outros fungos que necessitam de açúcares ou gorduras, as chamadas "leveduras", existindo diferentes tipos. Ou seja, as leveduras que fazem crescer o pão e as massas, e podemser usadas na produção de cerveja ou ainda, as que vivem no homem. As mais conhecidas são o Candida e o Pityrosporum e estão na base das infecções cutâneas e das mucosas. Dos milhares de fungos existentes no ambiente e que caem sobre a pele ou são inalados para os pulmões, só alguns produzem infecções menores e só raramente se propagam a outras partes do organismo. 1.6 CAUSAS As infecções fúngicas são, obviamente, causadas por uma contaminação por fungos através dos esporos - a forma de reprodução dos fungos, comparáveis às sementes de uma planta. Os esporos têm uma elevada resistência às influências externas e, por isso, conseguem sobreviver – quase invisíveis – enquanto a sua forma de crescimento desaparece completamente. Os fungos deste tipo não são contagiosos, embora os esporos possam ser transmitidos de uma pessoa para outra, provocando infecção fúngica nesta última. Por isso, o tratamento deve ter também como objectivo a eliminação total dos esporos, uma vez que a infecção pode voltar a manifestar-se ao fim de algum tempo ou contaminar outras APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 8 1.7 TRATAMENTO E PREVENÇÃO Infecções do tipo fúngicas podem ser tratadas por meio de pomadas antifúngicas, antifúngicos em comprimidos ou até mesmo com aplicação do medicamento direto na veia. No entanto, cada infecção deve ser avaliada e tratada individualmente. É importante buscar ajuda a fim de estabelecer um diagnóstico assertivo, evitando problemas futuros. Para preveni-las, deve-se tomar algumas medidas simples como não compartilhar toalhas de banho ou materiais de manicure, não utilizar roupas molhadas, assim como evitar o uso de roupas íntimas que retenham umidade, enxugar bem todas as partes do corpo após o banho e evitar andar descalço. 1.8 INFECÇÃO POR PARASITAS Parasitas humanos são organismos que vivem em uma pessoa e obtêm nutrientes dessa pessoa (seu hospedeiro). Existem 3 tipos de parasitas: Organismos unicelulares (protozoários, microsporídios) Helmintos multicelulares (vermes) Ectoparasitas como o da sarna e o piolho Infecções parasitárias devido a protozoários e helmintos são responsáveis por taxas de morbidade e mortalidade consideráveis no mundo. São prevalentes na América Central, na América do Sul, na África e na Ásia. São muito menos comuns na Austrália, no Canadá, na Europa, no Japão, na Nova Zelândia e nos EUA. De longe, o maior impacto é nos residentes das regiões tropicais desfavorecidas com condições sanitárias precárias, porém infecções parasitárias são encontradas nos países industrializados, acometendo imigrantes e viajantes que retornam de regiões endêmicas e até mesmo residentes que não viajaram, em particular aqueles com aids ou outras doenças que causam imunodeficiência. Alguns parasitas se adaptaram para viver no lúmen intestinal ou vaginal, em que as condições são anorganismo aeróbias; outros residem no sangue ou nos tecidos em condições organismo aeróbias. APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 9 Muitas infecções parasitárias são disseminadas por contaminação fecal de alimento ou água. São mais frequentes em regiões onde as condições sanitárias e de higiene são precárias. Alguns parasitas, como o ancilóstomo, podem penetrar na pele durante o contato com água suja contaminada ou, no caso de esquistossomo, água fresca. Outros, como malária, são transmitidos por meio de vetores artrópodes. Em ocasiões raras, os parasitas podem ser transmitidos por transfusões de sangue ou compartilhamento de agulhas ou congenitamente, da mãe para o feto. Alguns parasitas são endêmicos nos EUA e em outros países industrializados. Exemplos são os oxiúros Enterobius vermicularis, Trichomonas vaginalis, Toxoplasma gondii e os parasitas entéricos como Giardia intestinalis (também conhecido como G. duodenalis ou G. lamblia) e Cryptosporidium spp. As características de infecções protozoárias e helmínticas variam de forma importante. PROTOZOÁRIOS Protozoários são organismos unicelulares que se multiplicam por divisão binária simples (ver Protozoários extraintestinais e Protozoários intestinais e microsporídia). Os protozoários podem se multiplicar nos seus hospedeiros humanos, aumentando em número para produzir infecção intensa. Com raras exceções, infecções por protozoários não causam eosinofilia. MICROSPORÍDIA Os microsporídios são organismos intracelulares formadores de esporos que costumavam ser classificados como protozoários, mas sua análise genética indicou serem fungos ou estarem o estreitamente relacionados com os fungos. A doença em humanos limita- se principalmente a pessoas com aids ou outras doenças por imunocomprometimento grave. As manifestações clínicas dependem das espécies infectantes e incluem gastroenterite, comprometimento dos olhos e infecção disseminada. HELMINTOS São multicelulares e possuem sistemas de órgãos complexos. Os helmintos podem ser divididos ainda em. VERMES CILÍNDRICOS (NEMATÓDEOS) Vermes achatados (platelmintos), como tênias (cestódios) e fascíolas (trematódeos) Em contraste aos protozoários, os helmintos não se multiplicam em seres humanos, mas podem provocar respostas eosinofílicas quando migram através do tecido. A maioria dos helmintos possui ciclos de vida complexos que envolvem tempo significativo fora de seus APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 10 hospedeiros humanos. Alguns, incluindo Strongyloides stercoralis, Capillaria philippinensis e Hymenolepis nana, que podem aumentar por causa de autoinfecção (a prole reinfecta o mesmo hospedeiro em vez de se dispersar para infectar outro hospedeiro). Na estrongiloidíase, a autoinfecção pode resultar em hiperinfecções disseminadas com risco de vida em pessoas imunossuprimidas, em particular aqueles que tomam corticoides. A gravidade das infecções helmínticas correlaciona-se geralmente com a carga parasitária, embora existam exceções, quando um único Ascaris migrando e obstruindo o duto pancreático. A carga parasitária depende do grau de exposição ambiental, de fatores do parasita e das respostas imunes do hospedeiro determinadas geneticamente. Se uma pessoa desloca-se de uma área endêmica, o número de vermes adultos diminui com o passar do tempo. Embora alguns parasitas (p. ex., Clonorchis sinensis) possam sobreviver por décadas nos seres humanos, muitas espécies tem um tempo de vida de somente poucos anos ou menos. Nematódeos são vermes cilíndricos, não segmentados, cujo comprimento varia de 1 mm a 1 m. Os nematódeos possuem uma cavidade corpórea, o que os distingue de tênias e trematódeos. Dependendo da espécie, diferentes estágios no ciclo de vida são infecciosos ao ser humano. Milhões de pessoas são infectadas por nematódeos que habitam a flora intestinal e são transmitidos por ovos ou larvas nas fezes; os mais comuns são Ascaris (ascaridíase), ancilóstomos, Trichuris (tricuríase) e Strongyloides (estrongiloidíase). Cestódios (tênias) adultos são vermes longos e planos multissegmentados que não possuem trato digestório e absorvem nutrientes diretamente do intestino delgado do hospedeiro. No trato digestório do hospedeiro, os cestódeos adultos podem crescer muito; até 40 m para uma das espécies. As tênias que infectam seres humanos são a tênia do peixe (Diphyllobothrium latum), a tênia da carne (Taenia saginata) e a tênia da carne de porco (Taenia solium). Trematódeos são vermes não segmentados que infectam os vasos sanguíneos, fígado, pulmões ou trato gastrointestinal. Geralmente têm não mais que alguns centímetros de comprimento; no entanto, alguns têm apenas 1 mm, e alguns até 7 cm. Em seres humanos, a maioria das infecções por trematódeos é causadapor espécies de Schistosoma (esquistossomose), vermes no fígado como Fasciola hepatica (fasciolíase) e Clonorchis sinensis (clonorquíase) e vermes pulmonares, incluindo certas espécies de Paragonimus (paragonimíase) APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 11 TUNGA PENETRANS É a pulga da areia, sendo a fêmea o "bicho do pé" (1) ou "bicho do porco", pois depois de fecundada parasita a pele dos suínos e eventualmente do homem. Distribui-se geograficamente por todo o Novo Mundo. É a menor das pulgas, tendo o inseto adulto 1mm de comprimento. Como é característico das pulgas, tem ausência de asas e o corpo achatado látero-lateralmente, além da fronte terminando em ponta aguda, favorecendo a penetração na pele do hospedeiro. Não possui ctenídeos. Adultos (machos e fêmeas virgens) vivem em lugares de solo arenoso, quentes e secos, sendo abundantes em chiqueiros de porcos e peridomícilio. São exclusivamente hematófagas. A fêmea grávida penetra na pele do porco (ou homem), deixando apenas a extremidade posterior em contato com a atmosfera para respirar. Com o acúmulo de ovos seu abdômen se expande, atingindo o tamanho de um grão de ervilha. Em torno de 100 ovos são expelidos, os quais, em chão úmido e sombreado, darão origem às larvas e pupas. Depois de uns 15 dias, o corpo da fêmea é expulso pela reação inflamatória da pele. As localizações preferenciais da fêmea parasita são a sola dos pés, espaços interdigitais e sob as unhas. Os sintomas variam desde ligeiro prurido até reação inflamatória que prejudica a deambulação. Pode ocorrer infecção secundária após saída do adulto por Clostridium tetani (tétano), Clostridium perfringens e outras espécies (gangrena gasosa) ou fungos (Paracoccidioides brasiliensis). O tratamento consiste na extirpação dos parasitas em condições assépticas, limpeza do ferimento, vacina antitetânica. Prevenção através do uso de calçados, tratamento dos animais domésticos infestados e aplicação de inseticidas no ambiente. INFECÇÕES VIRAIS Quando os microrganismos invadem o nosso corpo, aderem à célula e multiplicam ocorre uma infecção. Ou seja, há um desequilíbrio entre as defesas do nosso organismo e o agente invasor que pode ser uma bacteria, um fungo, um parasita ou mesmo um vírus. Neste último caso dar-se-á uma infecção viral. Um vírus é um minúsculo organismo infeccioso (muito menor que um fungo ou uma bactéria) que necessita de uma célula viva para se reproduzir. O vírus adere a uma APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 12 célula, geralmente de um tipo específico e, uma vez dentro dela, liberta o seu ADN ou ARN (que contém a informação necessária para criar novas partículas de vírus) e assume o controlo. No entanto, o que sucede a seguir depende do tipo de vírus e do hospedeiro. Alguns vírus matam as células que infectam. Outros alteram a função celular ao ponto de a mesma perder o controlo sobre a sua divisão normal e tornar-se cancerosa. Outros ainda incorporam uma parte da sua informação genética no ADN da célula hospedeira, mas permanecem inactivos (ou latentes) até que a mesma seja alterada, permitindo então que o vírus emerja de novo. AS INFECÇÕES VIRAIS PODEM SE MANIFESTAR SOB DUAS FORMAS: INFECÇÕES AGUDAS O termo infecção aguda indica a produção rápida de vírus seguida da resolução e eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro. Essas infecções podem ser localizadas quando se restringem aos tecidos e órgãos que inicialmente foram utilizados como porta de entrada pelo vírus. O aparecimento de manifestações sintomáticas ocorre no ponto de infecção, levando paralelamente a proliferação viral localizada. As infecções agudas sistémicas representam os quadros infecciosos que se distribuem através do organismo e alcançam distintos tecidos e órgãos simultaneamente. INFECÇÕES PERSISTENTES Ao contrário das infecções agudas, as infecções persistentes não são eliminadas rapidamente e as partículas virais ou produtos virais continuam a ser produzidos por longos períodos. As partículas infecciosas podem ser produzidas continua ou intermitentemente por meses ou anos. Existem três tipos de infecções persistentes: Infecção crónica: o vírus é continuamente replicado e excretado. Infecção de evolução lenta: caracteriza-se por longos períodos de incubação. O desenvolvimento da doença tem um curso longo, progressivo e frequentemente fatal. Infecções latentes: O vírus persiste numa forma "não infecciosa” com períodos intermitentes de reactivação. O período de latência de uma virose é definido como o período em que o vírus permanece no organismo sem provocar manifestações clínicas. Geralmente no período de latência não há detecção de partículas virais. APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 13 TRANSMISSÃO Os vírus encontram-se no meio exterior e podem ser transferidos de um hospedeiro para outro. Esse hospedeiro pode ser representado por uma única espécie, ou como no caso das zoonoses, transferir-se de uma espécie à outra. A transmissão natural dos vírus pode ocorrer de forma horizontal ou vertical, através de várias portas de entrada. Denominam-se portas de entrada as vias de penetração de um vírus no organismo. O corpo humano apresenta três grandes superfícies epiteliais em contacto directo com o ambiente: a pele, a mucosa do trato respiratório e a mucosa do trato digestivo. Em menor extensão temos as mucosas da conjuntiva e do trato urogenital. DERMATOSE, PRINCIPAIS TIPOS Dermatose" é um conjunto de doenças da pele, caracterizada por manifestações alérgicas persistentes, cujos sintomas de uma forma geral são a formação de bolhas, coceira, inflamações e descamação da pele DERMATOSE PAPULOSA NIGRA Dermatose papulosa nigra caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas pintinhas de cor marrom escuro ou pretas, principalmente na face e pescoço sem causar dor ou outro sintoma. O aparecimento destas manchas pode ocorrer em qualquer pessoa mas é mais frequente em pessoas negras. o tratamento: Podem ser usados tratamentos estéticos como a cauterização química, criocirurgia com nitrogênio líquido ou eletrocoagulação. APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 14 O tratamento: Podem ser usados tratamentos estéticos como a cauterização química, criocirurgia com nitrogênio líquido ou eletrocoagulação. Dermatose ocupacional Dermatose ocupacional é aquela que é causada direta ou indiretamente por tudo aquilo que seja utilizado na atividade profissional ou exista no ambiente de trabalho, que podem ser causadas por calor, frio, radiação, vibração, laser, micro-ondas ou eletricidade, por exemplo. Alguns exemplos de dermatoses ocupacionais são queimaduras na pele, alergias, feridas, úlceras, fenômeno de Raynaud e dermatite causada pelo contato com o cimento, por exemplo. Tratamento: Varia dependendo do tipo de lesões que surgem mas deve ser indicado pelo dermatologista e pode incluir adequação do material necessário para proteção do trabalhador ou afastamento do posto de trabalho. Dermatose cinzenta dermatose cinzenta é uma doença de pele de causa desconhecida, que não sofre influência de fatores climáticos, raciais, alimentares ou relacionados ao trabalho. Ela é caracterizada pelo surgimento de lesões que aparecem na pele, de cor acinzentada com borda avermelhada e fina, às vezes, discretamente elevada. As lesões surgem de forma súbita, por surtos, sem sintomas prévios e algumas vezes acompanhadas por coceiras. Normalmente, esse tipo de dermatose deixa manchas permanentes na pele e ainda não existe uma cura eficaz. Dermatose bolhosa APOSTILA DE PODOPATIAS EAFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 15 Na dermatose bolhosa formam-se bolhas superficiais na pele que se rompem com facilidade, ficando a região como uma escama fina e formando-se uma crosta. tratamento: É feito com a toma de remédios como a prednisona mas também pode ser necessário tomar imunossupressores, como a azatioprina e a ciclofosfamida. Dermatose palmoplantar juvenil A dermatose palmoplantar juvenil é um tipo de alergia que aparece, geralmente, nas plantas dos pés, especialmente nos calcanhares e nos dedões dos dedos dos pés, sendo caracterizada por vermelhidão, excesso de produção de queratina e pele rachada com um aspecto brilhante. Os sintomas de dermatose palmoplantar juvenil pioram no inverno, podendo as rachaduras profundas causar dores e sangrar de vez em quando. A principal causa é o uso de sapatos e meias úmidas ou excesso de contato com água. Tratamento: O médico pode receitar uma pomada com corticoide como Cetocort e Betnovate. Mas um tratamento podológico irá ajudar bastante com uso de uma loção hidratante para manter a pele devidamente hidratada. APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 16 FISOPATOLOGIA DAS VERRUGAS Verrugas são proliferações benignas da pele causadas pelo papilomavírus humano (HPV). A infecção ocorre nas camadas mais superficiais da pele ou mucosa, ativando o crescimento anormal das células da epiderme. A transmissão do HPV ocorre por contato direto com pessoas e/ou objetos infectados. Pequenas feridas são necessárias para a inoculação do HPV, motivo pelo qual as verrugas são mais comuns em áreas de traumas. É possível ocorrer autoinoculação por meio de pequenos ferimentos que servem de porta de entrada para o vírus, também há transmissão pelo contato sexual e pela via materno fetal no momento do parto. Pacientes com baixa imunidade são os mais vulneráveis ao aparecimento de verrugas. O pico de incidência ocorre entre 12 e 16 anos. Após o contato, pode demorar semanas a meses para as lesões aparecerem. O aspecto da verruga varia de acordo com o local acometido. Costumam se apresentar sem sintomas. Porém, não é anormal que, ocasionalmente, haja sangramento ou dor. Frequentemente são vegetantes (aspecto de couve-flor), ásperas, da cor da pele, mas também podem ser planas, macias e escuras. As lesões clínicas decorrentes da infecção pelo HPV podem se apresentar de diferentes formas: Transmissão As verrugas são transmitidas de pessoa para pessoa, através de contato direto. Isso significa que, se você tocar nas verrugas de outra pessoa, ou mesmo em objetos que ela tenha passado sobre a verruga – como uma toalha, por exemplo – você também pode contrair a variação de HPV que causou o problema e desenvolver verrugas. APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 17 Verrugas vulgares: são os tipos mais comuns. Em geral, as lesões são pápulas irregulares, endurecidas e ásperas. Podem se apresentar como lesões isoladas ou agrupadas, em número variável. Encontram-se com frequência em áreas sujeitas a maior trauma, como mãos, dedos, cotovelos, joelhos e ao redor das unhas (verrugas periungueais). Verrugas filiformes: apresentam-se como projeções finas e alongadas, em geral isoladas ou pouco numerosas. Comumente surgem na face, pescoço, pálpebras e lábios, e é alta a incidência em pessoas mais velhas. Verrugas planas: apresentam-se como pequenas pápulas (“bolinhas”) acastanhadas ou amareladas, de no máximo 5 mm, cuja principal característica é apresentar uma superfície plana e lisa. Surgem com maior frequência na face e dorso das mãos de adolescentes. Verrugas plantares: as verrugas localizadas nas plantas dos pés são muitas vezes confundidas com os calos. O peso que o corpo exerce sobre elas faz com que cresçam para dentro, o que provoca dor ao andar. A presença de um anel periférico espessado com pequenos pontos escuros no centro da lesão lembra a imagem de um “olho de peixe”, nome pelo qual são popularmente conhecidas. Verrugas anogenitais: apresentam-se como lesões vegetantes, úmidas, isoladas ou agrupadas, que lembram o aspecto de couve-flor (condiloma acuminado). Podem acometer a mucosa genital feminina e masculina, uretra, vagina, colo do útero, região perianal ou mucosa APOSTILA DE PODOPATIAS E AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS CURSO TÉCNICO DE PODOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA VENCER 18 oral. Existem diferentes subtipos virais envolvidos na infecção genital, estando bem estabelecida a relação entre a infecção genital por alguns subtipos de HPV considerados de alto risco e o câncer genital, principalmente o do colo do útero. TRATAMENTOS As verrugas podem involuir espontaneamente, dentro de meses, ou persistir por anos. Crianças, geralmente, se curam sem necessidade de medicação, entretanto, por causa do risco de disseminação do vírus para outras pessoas e o surgimento de novas lesões no próprio indivíduo pela autocontaminação, seu tratamento é recomendado. Já nos adultos, as verrugas não costumam desaparecer sem tratamento. Existem diferentes modalidades terapêuticas que levam à destruição ou à remoção das lesões. São usados tanto medicamentos tópicos, quanto ácidos, eletrocauterizaçâo, por exemplo, até procedimentos cirúrgicos. Cada tipo de verruga exige um tratamento diferenciado. As verrugas anogenitais são mais difíceis de serem tratadas, podendo ser necessária não só uma combinação de terapias como, em muitos casos, cirurgias para a retirada das lesões. Por causa do risco de provocar câncer, esse tipo deve ser tratado com muita atenção
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