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G L Â N D U L A S ENDÓCRINAS A principal característica das glândulas endócrinas é a ausência de dutos excretores. O produto de secreção elaborado pelas células endócrinas é transportado para o espaço extracelular onde, por difusão, atinge o interior de vasos sanguíneos. Outra característica importante destas glândulas é a sua intensa vascularização, sendo envolta por capilares sanguíneos e vênulas. As células endócrinas se organizam em glândulas de suas maneiras principais: 1. GLÂNDULA ENDÓCRINA CORDONAL Em forma de cordoes de células entre os quais há vasos sanguíneos. É o principal tipo de glândula endócrina. 2. GLÂNDULA ENDÓCRINA FOLICULAR Em forma de esferas, no interior dessas, há o produto de secreção. Por exemplo, a tireoide. HORMÔNIOS São moléculas que agem como sinalizadores químicos. TIPOS DE CONTROLE • ENDÓCRINO As células endócrinas produzem hormônios que agem em um distancia curta. Percorrendo um trecho curto de vaso sanguíneo. • PARÁCRINA Uma molécula é liberada na matriz extracelular, difunde-se por essa matriz e atua em células situadas a uma distância muito curta de onde foram liberadas. • AUTÓCRINO as células podem produzir moléculas que agem nelas próprias ou em células do mesmo tipo. Os tecidos e órgãos nos quais os hormônios atuam são chamados tecidos-alvo ou órgãos-alvo. Esses reagem aos hormônios porque as suas células têm receptores que reconhecem especificamente determinados hormônios. H I P Ó F I S E A hipófise ou pituitária é um pequeno órgão localizado na cavidade do osso esfenoide. Ela está ligada ao hipotálamo por um pedículo. A origem embriológica é dupla: nervoso e ectodérmica, por essa razão a hipófise possui duas porções: a neuro- hipófise e a adeno-hipófise. • Adeno-hipófise o Pars distalis (hipófise anterior) o Pars intermedia o Pars tuberalis • Neuro-hipófise o Pars nervosa (hipófise posterior) o Infundíbulo o Eminência media A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão. PARS DISTALIS (LOBO ANTERIOR) DA ADENO- HIPÓFISE A pars distalis é uma glândula endócrina cordonal. É formada por cordões e ilhas de células epiteliais cuboides ou poligonais produtoras de hormônio. Os hormônios produzidos pelas células secretoras são armazenados em grânulos de secreção. Tipos de células: • Cromófilas o Células acidófilas ▪ Somototróficas – GH ▪ Mamotróficas ou lactotróficas - Prolactina o Células basófilas ▪ Adenocorticolipotróficas – ACTH ▪ Tireotróficas – TSH ▪ Fonadotróficas – FSH e LH • Cromófobas – sem secreção Controle funcional da pars distalis: O padrão de secreção de vários hormônios produzidos na pars distalis não é contínuo, porém pulsátil, por picos de secreção. Além disso, a secreção de vários deles obedece a um ritmo circadiano. Hormônios produzidos pela PARS DISTALIS Hormônio Atividade fisiológica Hormônio de crescimento ou somatotropina (GH) Promove o crescimento dos ossos longos Prolactina (PRL) Desenvolvimento da glândula mamária durante a gestação e estimula a produção de leite Hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) FSH promove o crescimento dos folículos ovarianos e secreção de estrógeno nas mulheres e estimula a espermatogênese nos homens LH promove a ovulação e secreção de progesterona nas mulheres Hormônio estimulante da tireoide (TSH) Estimula a síntese e secreção de hormônios tireoidianos Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) ACTH estimula secreção de glicocorticoides no córtex adrenal NEURO-HIPÓFISE A neuro-hipófise consiste na pars nervosa e no infundíbulo. A pars nervosa, diferentemente da adeno-hipófise, não contém células secretoras. Apresenta um tipo específico de célula glial muito ramificada, chamada PITUÍCITO. Componentes: • Fibras amielínicas o Corpos de Herring: armazena os hormônios produzidos • Pituícitos: células gliais, sustentação dos axônios • Capilares fenestrados Hormônios produzidos pela NEURO-HIPÓFISE Hormônio Atividade fisiológica Ocitocina estimula a contração do músculo liso da parede uterina durante o coito e durante o parto Vasopressina ou ADH aumentar a permeabilidade dos túbulos coletores do rim à água A D R E N A I S As adrenais ou suprarrenais são duas glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma situada sobre o polo superior de cada rim. Elas são encapsuladas e divididas nitidamente em duas camadas concêntricas: uma periférica espessa, de cor amarelada, denominada córtex adrenal, e outra central menos volumosa, acinzentada, a medula adrenal. • Córtex o Zona glomerulosa – aldosterona o Zona fasciculada – ACTH o Zona reticulada – andrógenos • Medula o Células cromoafins-catecolaminas: adrenalina, noradrenalina CÓRTEX ADRENAL Organela predominante é o retículo endoplasmático liso, para a produção de esteroides. As células do córtex não armazenam os seus produtos de secreção em grânulos, pois a maior parte de seus hormônios esteroides é sintetizada após estímulo e secretada logo em seguida. Os esteroides, sendo moléculas de baixo peso molecular e solúveis em lipídios, podem difundir-se pela membrana celular e não são excretados por exocitose. ZONA GLOMERULOSA Se situa imediatamente abaixo da cápsula de tecido conjuntivo e é composta de células piramidais ou colunares, organizadas em cordões que têm forma de arcos envolvidos por capilares sanguíneos. ZONA FASCICULADA Células em cordões de uma ou duas células de espessura, retos e regulares, semelhantes a feixes, entremeados por capilares e dispostos perpendicularmente à superfície do órgão. São poliédricas, contêm um grande número de gotículas de lipídios no citoplasma e aparecem vacuoladas em preparações histológicas rotineiras devido à dissolução de lipídios durante a preparação do tecido. Por causa dessa vacuolação, essas células são também chamadas espongiócitos. ZONA RETICULADA Região mais interna do córtex situada entre a zona fasciculada e a medula, contém células dispostas em cordões irregulares que formam uma rede anastomosada. Essas células são menores que as das outras duas camadas e contêm menos gotas de lipídios que as da zona fasciculada. MEDULA ADRENAL A medula adrenal é composta de células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, sustentados por uma rede de fibras reticulares. O citoplasma das células da medular têm grânulos de secreção que contêm epinefrina ou norepinefrina, pertencentes a uma classe de substâncias denominadas catecolaminas. P Â N C R E A S ILHOTAS DE LANGERHANS São vistas ao microscópio como grupos arredondados de células de coloração menos intensa, incrustados no tecido pancreático exócrino. As ilhotas são constituídas por células poligonais, dispostas em cordões recobertos por uma rede de capilares com células endoteliais fenestradas. Há uma fina camada de tecido conjuntivo que envolve a ilhota e a separa do tecido pancreático restante. Corte do pâncreas que mostra, no centro da imagem, uma ilhota de Langerhans cercada por ácinos serosos do pâncreas exócrino. As células de ilhota formam cordões -alguns estão indicados por traços-separados por capilares sanguíneos marcados por asteriscos Tipos de células: • Alfa: produtoras de glucagon • Beta: produtoras de insulina • Delta: somatotatina • PP: polipeptídio pancreático • Épsilon: grelina Terminações de fibras nervosas em células de ilhotas podem ser observadas por microscopia de luz ou eletrônica.Junções comunicantes existentes entre as células das ilhotas provavelmente servem para transferir, entre as células, sinais originados dos impulsos da inervação autonómica. Além disso, há influência mútua entre células por meio de substâncias solúveis que agem a curta distância (controle parácrino de secreção). T I R E O I D E A tireoide é uma glândula endócrina que se desenvolve a partir do endoderma da porção cefálica do tubo digestivo. Sua função é sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa de metabolismo do corpo. Situada na região cervical anterior à laringe, a glândula tireoide é constituída de dois lóbulos unidos por um istmo. A tireoide é composta de milhares de folículos tireoidianos, que são pequenas esferas de 0,2 a O, 9 mm de diâmetro. A parede dos folículos é um epitélio simples cujas células são também denominadas tirócitos. A cavidade dos folículos contém uma substância gelatinosa chamada coloide. A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo. Corte de uma tireoidemostrandoosfolículosruja parede é formada por um epitélio simples cubko de células foliculares (setas). Os folículos são preenchidos po1 um material amorfo - o coloide (C). Células parafolículares (PF), produtoras de calcitonina, se situam entre folículos A tireoide é um órgão extremamente vascularizado por uma extensa rede capilar sanguínea e linfática que envolve os folículos. As células endoteliais dos capilares sanguíneos são fenestradas, como é comum também em outras glândulas endócrinas. Esta configuração facilita o transporte de substâncias entre as células endócrinas e o sangue. Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a célula parafolicular ou célula C. Ela pode fazer parte do epitélio folicular ou mais comumente forma agrupamentos isolados entre os folículos tireoidianos. As células parafoliculares produzem um hormônio chamado calcitonina, cujo efeito principal é inibir a reabsorção de tecido ósseo e, em consequência, diminui o nível de cálcio no plasma. P A R A T I R E O I D E São quatro pequenas glândulas localizada mais comumente nos polos superiores e inferiores da face dorsal da tireoide. Cada paratireoide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo O parênquima da paratireoide é formado por células epiteliais dispostas em cordões separados por capilares sanguíneos. Células da paratireoide: • Principais: têm forma poligonal, núcleo vesicular e citoplasma fracamente acidófilo; essas células são secretoras do hormônio das paratireoides, o paratormônio. • Oxífilas: São poligonais, maiores e mais claras que as células principais. A função dessas células é desconhecida. A paratireoide ocupa a maior parte da figura. Ao lado da glândula há alguns folículos da tireoidianos Em aumento maior se observam as células principais da paratireoide, organizadas em cordões, alguns dos quais destacados por traços P I N E A L Também chamada epífise, localiza-se na extremidade posterior do terceiro ventrículo, sobre o teto do diencéfalo, com o qual está conectada por um curto pedúnculo. FUNÇÃO: Controle dos ritmos circadiano A pineal é revestida externamente pela pia-máter, da qual partem septos de tecido conjuntivo (contendo vasos sanguíneos e fibras nervosas não mielinizadas) que penetram a glândula, dividindo-a em lóbulos de formas irregulares. Células: • Pinealócitos: a levemente basófilo e grandes núcleos de perfil irregular ou lobados contendo nucléolos bastante evidentes. Essas células produzem melatonina • Astrócitos
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