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25/05/2022 1 Obstetrícia de ruminantes Placentação Componentes fetais (Membranas fetais “Placenta fetal”) Córion, alantoide, âmnio, saco vitelino vestigial Componentes maternos Endométrio Componentes fetais Córion • membrana mais externa em contato com o endométrio materno Alantóide • Camada contínua que encarcera uma bolsa, a cavidade amniótica • Camada externa do alantoide + córion = corioalantóide Âmnio • membrana mais interna; • mais próxima ao feto cavidade repleta de líquido que contém o feto âmnio + camada interna da alantoide (fusão) 25/05/2022 2 Placenta • Funções: - Fornecer nutrientes e oxigênio para o metabolismo embrionário - Órgão endócrino: progesterona, estrógeno, lactogênio Classificação • Baseia-se na relação entre os tecidos materno e fetal (classificação “histológica”) EPITELIOCORIAL Epitélio do útero da mãe em contato com o córion do feto COTILEDONÁRIA Troca nos placentomas: cotilédones (invaginações do tecido coriônico fetal) e carúnculas (projeções da superfície do endométrio) 25/05/2022 3 25/05/2022 4 • Parto: processo de dar a luz que envolve o preparo para dar a luz, que envolve a ação de expulsão do feto maturo do ambiente uterino, para o meio ambiente. • Fisiológico: Na vaca se denomina concluído quando o produto sadio está em estação ao lado da mãe. • Inicio da Lactação ou lactogênese: adequado suprimento de nutrientes imediatamente após o parto. • Controle: mecanismo endócrino, intimamente interligados num processo síncrone. ▫ Feto determina dia/ mãe a hora (epinefrina) ▫ 5%: natimortos ou mortalidade neo-natal Sinais clínicos (72h que antecedem o parto) • Queda da borda caudal dos ligamentos pélvicos • Liberação do tampão cervical • Esguichamento do leite • Queda da temperatura corporal 0,5 a 1•C • Edema úbere • Comportamento (avaliação anterior de 12h/12h) 25/05/2022 5 Mudanças hormonais ao final da gestação Corpo lúteo, placenta e adrenal contribuem na Produção de progesterona • Na vaca, a lise do corpo lúteo no terço final da gestação: continuidade da gestação; no entanto o Cl parece ser importante para que o parto ocorra fisiologicamente; • • a concentração de progesterona inicia a reduzir nos últimos 20 dias da gestação e reduz drasticamente 2-3 dias antes; • • Parto: na vaca depende da ativação o eixo hipotámo- hipófise-adrenal fetal (Liggins et al,1973) similar à ovelha; • • Relaxina: hormônio proteíco secretado no terço final da gestação pelo ovário relaxamento cervical e controle da atividade miometrial antes e durante o parto 14 Figura 4: Perfil hormonal de vacas no periparto (Adaptado de Bell (1995)) Glicocorticóides GH Prolactina Progesterona Estrógeno 25/05/2022 6 Bovina • O parto é iniciado pela luteólise induzida pela PGF2α. • O cortisol fetal estimula a liberação de PGF2α provavelmente do útero. • As demais trocas endócrinas são similares àquelas de ovinos e caprinos. Parto Mudanças físicas associadas ao parto Fase de preparação ou prodrômica Fase de dilatação e insinuação Fase de expulsão Fase de preparação ou prodrômica Ação uterina da P4, E2 e relaxina Primeira fase - fase de preparação ou prodrômica Corrimento vaginal mucoso Diluição do selo cervical Afundamento da região da bacia e elevação da cauda Secreção láctea Inquietação, alienação e isolamento 25/05/2022 7 Fase de dilatação e insinuação Órgãos genitais sob intensa ação hormonal Insinuação das bolsas fetais com possível ruptura da alantóide. Relaxamento e distensão da cervix Aumento no número e intensidade das contrações Exteriorização das bolsas fetais Sinais de dores abdominais ( flanco, sudorese, inquietude) 25/05/2022 8 VIA FETAL • É o conduto formado por parte do aparelho genital e regiões circunvizinhas pelo qual o produto transita durante o parto. Via fetal óssea Via fetal mole PARTO NORMAL • Via Fetal Óssea: ▫ Pelve Ílio, ísquio, púbis, sacro e primeiras vértebras coccígeas ▫ A forma da pelve pode facilitar ou dificultar o parto. VIA FETAL PARTO NORMAL 25/05/2022 9 Pelve mais comprida lateralmente Forma ovalada Assoalho côncavo Parto mais demorado VIA FETAL PARTO NORMAL • Via Fetal Mole: ▫ Cérvix, vagina, vestíbulo, vulva e ligamentos sacro-isquiáticos. ▫ Três pontos críticos: Vulva, anel himenal e cérvix VIA FETAL PARTO NORMAL 25/05/2022 10 Fase de expulsão Começa com o início das contrações abdominais Encaixe gradual e progressivo do feto no conduto pélvico materno Expulsão do feto Expulsão da placenta 25/05/2022 11 PARTO NORMAL • Fase de expulsão do produto: Parto 1 a 3 h 6h na primeira parição Expulsão da placenta dentro de 30 min a 8 h Fases do Parto 25/05/2022 12 25/05/2022 13 25/05/2022 14 Resposta ao nascimento • Maturação pulmonar • Produção glicose • Aumento triiodotironina e catecoloaminas • Fechamento ducto arterioso • Fechamento forame oval (poucas horas no potro e final da 1ª semana em cordeiros) • Imunidade Prognóstico de sobrevivência do bezerro 1. Avaliar: Tônus muscular; excitabilidade reflexa, respiração e coloração das mucosas 2. Ao efetuar assistência ao parto, avalie sempre o bezerro logo ao nascer, tome as medidas necessárias que promovam sua saúde e conforto e imediatamente após, avalie a mãe e medique-a se necessário Avaliação: 8-7 : boa vitalidade 6-4: paciente de risco 3-0: sem vitalidade 25/05/2022 15 PARTO NORMAL • Modificações fisiológicas que acontecem no útero, imediatamente após o parto, quando esse órgão se recupera das transformações que sofreu durante a gestação, preparando-se para uma nova gestação. Fase de Delivramento Fase de Involução Uterina Puerpério 25/05/2022 16 PARTO NORMAL • Delivramento: ▫ Inicia imediatamente após o parto, terminado com a eliminação das membranas fetais. Atividade contrátil do miométrio Perda da aderência materno-fetal Puerpério • Involução Uterina: ▫ Volta do útero a condição normal e aptidão para nova gestação Reabsorção e dissolução tecidual Diminuição de volume do útero e espessura da parede PARTO NORMAL Puerpério 25/05/2022 17 • Delivramento: De 30 min a 8 h Acima de 12 h é patológica • Involução Uterina 30 a 60 dias taurinas 100 a 120 dias zebuínas Involução da cérvix 34 a 40 dias Mais rápida em vacas que amamentam PARTO NORMAL Puerpério 25/05/2022 18 • Restabelecimento dos Ciclos Estrais: A amamentação retarda o desenvolvimento folicular pós-parto e a ovulação prolonga intervalo entre partos Parto até primeiro cio Vacas leiteiras = 30 a 72 dias Vacas de corte = 46 a 104 dias PARTO NORMAL Puerpério Distocias Distocias Origem Materna Origem Fetal 25/05/2022 19 Distocias de origem materna • São mais frequentes em ruminantes e cadelas Anomalias pélvicas Anomalias vulvares Anomalias vaginais Anomalias cervicais Alterações uterinas • Distúrbio geral da paciente: ausência ou excesso de contrações uterinas • Estreitamento da via fetal óssea: pelve juvenil, pelve estreita ou 2ário • Alteração da via fetal mole: pontos críticos: vulva, anel himenal, cérvix Estreitamento vulva e vagina Estreitamento do canal cervical e corno uterino Distocias deorigem materna Anomalias pélvicas Distocias de origem materna 25/05/2022 20 Anomalias pélvicas Distocias de origem materna • Ruminantes ▫ Distúrbios metabólicos e carências nutricionais anomalias esqueléticas, propensão a fraturas e luxações. ▫ Precocidade reprodutiva pelve juvenil. Anomalias Vulvares Distocias de origem materna • Estreitamento por cicatrizes vulvoplastias • Tumores na região perineal (melanoma) • Edema excessivo • Defeitos anatômicos • Infantilismo 25/05/2022 21 EPISIOTOMIAS Anomalias Vaginais Distocias de origem materna – Dilatação insuficiente precocidade – Mais suscetíveis a prolapsos. 25/05/2022 22 25/05/2022 23 25/05/2022 24 SUTURA DE BÜHNER Método de Minchev modificado 25/05/2022 25 Anomalias cervicais Distocias de origem materna Dilatação insuficiente 25/05/2022 26 Distocias de origem materna Atonia Uterina • Primária – Útero não contrai • Disfunção hormonal (estrógeno, ocitocina, relaxina) • Obesidade, senilidade ou debilidade • Hipocalcemina, hipomagnesemia, hipoglicemia • Ruptura uterina e do tendão pré-púbico • Secundária – Útero entrou em exaustão distocia de causa fetal Distocias de origem materna Torção Uterina ▫ Assimetria entre cornos gestante e não gestante ▫ Idade e partos repetidos flacidez dos tecidos ▫ Transporte, contenção e derrubamento 25/05/2022 27 Distocias de origem materna Torção Uterina • Sinais: ▫ Abdome tenso ▫ Dispnéia ▫ Taquicardia ▫ Dor ▫ Dificuldade de locomoção • Intensidade varia com o grau da torção: ▫ 45° a 90° ▫ 90° a 180° ▫ Acima de 180° Distocias de origem materna Torção Uterina • Deve-se definir: Local pré-cervical ou cervical Grau toque por via vaginal Direção sentido horário ou anti-horário palpação vaginal e retal Distocias de origem materna Torção Uterina • Correção: ▫ Cirúrgica laparotomia ▫ Manual diretamente sobre útero e feto ▫ Rolamento sentido contrário a torção 25/05/2022 28 25/05/2022 29 Distocias de origem materna Prolapso Uterino • Exteriorização do útero pela vulva • Mais comum na vaca • Causas: ▫ Atonia uterina ▫ Tenesmo ▫ Tração forçada de produtos ▫ Retenção de placenta ▫ Tração inadvertida da placenta Distocias de origem materna Prolapso Uterino • Sinais: ▫ Exposição do endométrio pela vulva Aumento de volume Edema Desvitalização Lesões • Prognóstico: ▫ Bom sobrevida ▫ Reservado fertilidade futura 25/05/2022 30 25/05/2022 31 Distocias de origem materna Prolapso Uterino • Tratamento: Anestesia peridural Lavar com água e sabão neutro Compressa gelada Sutura de eventuais lacerações Muita lubrificação Reposição manual Infundir líquido Distocias de origem materna Prolapso Uterino • Tratamento: ▫ Vacas Sutura de Buhner ou Caslick Distocias de origem materna Prolapso Uterino • Tratamento: ▫ Amputação uterina em casos graves descarte ▫ Avaliar lesões uterinas ▫ Estado clínico da vaca ▫ Conteúdo do prolapso ▫ Considerar economicamente o valor do descarte posterior e a lactação que pode ser mantida. 25/05/2022 32 Distúrbios de Origem Fetal ESTÁTICA FETAL • Disposição do feto no interior do útero durante gestação e sua postura no momento do parto. • Diagnóstico, prognóstico e tratamento de um parto distócico. • Relevância maior em bovinos e equinos pela possibilidade de exame obstétrico interno via vaginal. • Relação do feto com a pelve materna: ▫ Apresentação ▫ Posição ▫ Atitude 25/05/2022 33 • Apresentação Relação do eixo da coluna fetal com a coluna materna Longitudinal anterior ou posterior Transversal Distocias de origem fetal • Posição Relação entre uma parte evidente do feto com os ossos da pelve materna Dorso ou lombo – long. Céfalo - Transversais Distocias de origem fetal • Postura Relação entre os membros e cabeça do feto com seu corpo Distocias de origem fetal 25/05/2022 34 Estática Fetal Apresentação/Posição Longitudinal Anterior Posição normal Dorso-sacra Dorso ílio-sacra D ou E Posição intermediária Dorso ilíaca D ou E Posição distócica Dorso pubiana Longitudinal Posterior Posição normal Lombo-sacra Lombo ilío-sacra D/E Posição intermediária Lombo ilíaca D/E Posição distócica Lombo pubiana Estática Fetal Apresentação/Posição Transversal Dorso lombar Todas as posições são distócicas Céfalo-sacral Céfalo ilio D/E Céfalo pubiana Esterno abdominal Todas as posições são distócicas Costo abdominal D/E Todas as posições são distócicas Estática Fetal Postura Eutócicas -Membros anteriores estendidos e insinuados com A cabeça do feto sobre os membros -Membros posteriores estendidos e insinuados Distócicas Cabeça em opistótono; Epistótono ou voltada para o flanco D ou E M. Anteriores ou posteriores retidos Flexionados ou estendidos 25/05/2022 35 Correção de Estáticas fetais distócicas Identificação da Distocia Apresentação Posição Postura Correção da distocia • Causas: ▫ Deficiência de cortisol ▫ Tamanho do feto ▫ Gestação prolongada ▫ Defeitos duplicação de membros ou cabeça ▫ Ascites ▫ Anasarca ▫ Hidrocefalia ▫ Alterações na estática fetal DISTOCIAS DE CAUSA FETAL 25/05/2022 36 Malformação: monstros Simples – polimelia, hidrocefalia, anasarca, esquizossoma reflexo, perosomus elumblis Complexos – diprosopus, dicephalus, thoracopagus, ischiogastropagus, duplicitas posterior 25/05/2022 37 25/05/2022 38 Distocias de origem fetal • Não pode ser matematicamente respondida! Bom exame do animal Data da cobertura ou inseminação Sinais típico do parto... ▫ Ruminantes A intervenção não é urgente parto lento QUANDO INTERVIR? 25/05/2022 39 • Identificação do animal: ▫ Raça, idade, peso... • Anamnese: ▫ Histórico dos partos, intervenções obstétricas, medicações... • Exame geral: ▫ TR, FC, FR, Motilidade, mucosa, TPC... • Exame externo específico: ▫ Abdome forma, distensão, contrações... ▫ Pelve relaxamento ligamentos, conformação... ▫ Vulva conformação,edema, hematomas, secreções... ▫ Glândula mamária tamanho, volume, secreção... EXAME OBSTÉTRICO DURANTE PARTO • Exame interno específico: ▫ Vias fetais dura e mole dilatação, lubrificação... ▫ Condição dos anexos fetais rompido ou intacto, presença ou ausência de líquidos, coloração... ▫ Condições do feto tamanho, estática fetal, viabilidade, malformações... EXAME OBSTÉTRICO DURANTE PARTO Estímulo as contrações; Episiotomia; Tração forçada; Correção das distocias fetais; Fetotomia; Cesariana; Histerotomia Incisão na cérvix Eutanásia. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Possibilidades de tratamento do parto distócico 25/05/2022 40 • Nos grandes animais não tem sentido prático estimular as contrações com uso de medicamentos ▫ Atonia uterina + estática fetal normal = tração Gluconato de cálcio 10% e ocitocina + glicose 50%. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Auxílio as Contrações • Avaliar: ▫ Proporções do feto ▫ Grau de dilatação da via fetal ▫ Lubrificação ▫ Estática fetal ▫ Presença de eventuais obstáculos • Risco de sequelas! INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Tração Forçada • Material utilizado: ▫ Cordas, Correntes, Ganchos, Extratores mecânicos. • Regras: Correntes e cordas não muito finas; Material de fácil esterilização. Cordas novas, desinfetadas e descartadas; Colocar cordas e correntes sobre ossos longos e não nas articulações; Fixar os membros separadamente e tracionar de forma alternada; INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Tração Forçada 25/05/2022 41 • Regras: Não tracionar envoltórios fetais ruptura, prolapso; Força de tração de no máximo 3 pessoas; Jamais utilizar força mecânica ou animal!!! Extração deve acompanhar forças naturais de contração; Garantir exagerada lubrificação; Proteger o períneo com as mão espalmadas evitar lacerações graves; O veterinário deve controlar o procedimento! INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Tração Forçada 25/05/2022 42 25/05/2022 43 Materiais para tração do feto Tração Tração 25/05/2022 44 Tração Complicações INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Tração Forçada 25/05/2022 45 • Abertura cirúrgica dos lábios vulvares ▫ Animais submetidos a episioplastia ▫ Estenose ou dilatação insuficiente da vulva e vestíbulo em vacas INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Episiotomia • Retropulsão: ▫ Recolocar feto para dentro do útero ▫ Objetivando espaço físico de manuseio INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Manobras Obstétricas • Extensão: ▫ Estender porções fletidas dos membros, cabeça e pescoço ▫ Usando braço, corrente, cordas INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Manobras Obstétricas 25/05/2022 46 • Extensão: INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Manobras Obstétricas • Rotação: ▫ Girar o feto ▫ Corrigir distocia de posição ▫ Cuidado para não provocar torção uterina INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Manobras Obstétricas • Versão: ▫ Corrigir a apresentação transverso ou verticodorsal ou ventral para a apresentação longitudinal anterior ou posterior. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Manobras Obstétricas 25/05/2022 47 • Tração: ▫ Tracionar o feto quando devidamente posicionado. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Manobras Obstétricas • Fragmentação do feto no interior do útero e remoção das secções. • Grandes animais! • Ciente e convicto da morte do bezerro ou potro! ▫ Testar os reflexos digital, de sucção, anal, pulso no cordão umbilical. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Fetotomia • Fetótomo ▫ Modelo rígido Thygesen com fio serra de aço (Liess) de no mín 6m. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Fetotomia 25/05/2022 48 • Indicação: Feto morto; Muito grande; Feto enfisematoso; Monstruosidades fetais; Fetos com graves mutilações por tração; Distocias de impossível correção; Casos adiantados de putrefação. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Fetotomia • Contra-indicação: Feto vivo; Estreitamento das vias fetais; Ruptura uterina; Graves lacerações perineais; Hemorragia profusa; Parturiente com doença grave. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Fetotomia • Muita lubrificação! INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Fetotomia 25/05/2022 49 • Após procedimento: ▫ Exame obstétrico rigoroso ▫ Lavar o útero com grande quantidade de água aquecida Remoção de resíduos pêlos, ossos, tecido... ▫ Vaca Antibiótico sistêmico, hidratação. ▫ Égua Lavagem uterina 2x ao dia, antibiótico sistêmico, prevenção de laminite. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Fetotomia Fetotomia Materiais para fetotomia 25/05/2022 50 Materiais para fetotomia 25/05/2022 51 Complicações 25/05/2022 52 • Indicações: Feto preferencialmente vivo; Produtos de tamanho exagerado; Deformações pélvicas; Dilatação insuficiente; Gestação ectópica; Histerocele gravídica (hérnia); Torção uterina grave; Gestação prolongada; Insucesso em outras manobras. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana • Égua: ▫ Raro! ▫ Anestesia geral inalatória ▫ Decúbito dorsal ▫ Celiotomia iniciar 10 cm caudal ao umbigo e estender cranialmente 35 a 40 cm. ▫ Localizar e exteriorizar o corno gravídico membros do feto. ▫ Proteger cavidade com compressas. ▫ Incisão no útero tracionar o potro fazer ligadura no cordão umbilical e cortar. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana 25/05/2022 53 • Égua: ▫ Sutura do útero em dois planos Pelo menos um invaginante Fio absorvível n°2. ▫ Ligar os vasos. ▫ Lavar útero com salina reposicionar. ▫ Lavar cavidade abdominal com 10 a 15 L de solução salina morna e remover por sucção ou dreno. INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana • Égua: ▫ Sutura da parede abdominal Simples contínuo PDS, Nylon 0,60 ou Vicryl ▫ Sutura subcutâneo Simples contínuo Caprofil 0 ou 2-0 ▫ Sutura pele Simples contínuo, separado, wolf... Nylon 0 INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana 25/05/2022 54 INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO • Vaca: ▫ Acessos: Flanco Paramamária decúbito lateral direito Prega do joelho Úbere e veia mamária Cesariana • Vaca: ▫ Anestesia: Bloqueio anestésico local Anestesia peridural Sedação xilazina animais agressivos ▫ Tricotomia ▫ Antissepsia ▫ Preparo do material e campo operatório INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana • Vaca: ▫ Incisão de 20 a 30 cm pele m.a.oblíquo externo m.a.oblíquo interno m.a.transverso peritônio. ▫ Exteriorizar parte do útero membro do feto ▫ Ampla incisão no útero Evitar placentomas e grandes vasos Romper envoltórios ▫ Fixar os membros do bezerro e tracionarINTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana 25/05/2022 55 • Vaca: ▫ Assistência ao neonato ▫ Conferir se não há lesões no útero INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana • Vaca: ▫ Sutura útero: Camada dupla invaginante Fio absorvível ▫ Lavar serosa ▫ Depositar útero na cavidade abdominal INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana • Aumento de fertilidade de 75% para 92% • Fio catgut cromado Turner e McIlwraith, 1985 Cesariana 25/05/2022 56 Turner e McIlwraith, 1985 Cesariana • Vaca: ▫ Sutura peritônio e musculatura Fio absorvível ▫ Sutura pele Nylon INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO Cesariana Cesariana Turner e McIlwraith, 1985 25/05/2022 57 Turner e McIlwraith, 1985 Cesariana Turner e McIlwraith, 1985 Cesariana 25/05/2022 58 25/05/2022 59 25/05/2022 60 25/05/2022 61 25/05/2022 62 Complicações pós parto 25/05/2022 63 25/05/2022 64