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Obstetrícia de ruminantes 2022


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25/05/2022 
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Obstetrícia de ruminantes 
Placentação 
Componentes fetais (Membranas fetais “Placenta fetal”) 
 
Córion, alantoide, âmnio, saco vitelino vestigial 
 
 
Componentes maternos 
 
 Endométrio 
Componentes fetais 
Córion 
• membrana mais externa em contato com o endométrio 
materno 
 
 Alantóide 
• Camada contínua que encarcera uma bolsa, a cavidade 
amniótica 
• Camada externa do alantoide + córion = corioalantóide 
 
Âmnio 
• membrana mais interna; 
• mais próxima ao feto cavidade repleta de líquido que 
contém o feto âmnio + camada interna da alantoide (fusão) 
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Placenta 
• Funções: 
 
- Fornecer nutrientes e oxigênio para o 
metabolismo embrionário 
 
- Órgão endócrino: progesterona, estrógeno, 
lactogênio 
 
Classificação 
 
• Baseia-se na relação entre os tecidos materno e fetal (classificação 
“histológica”) 
 
EPITELIOCORIAL 
Epitélio do útero da mãe em contato com o córion do feto 
 
COTILEDONÁRIA 
Troca nos placentomas: cotilédones (invaginações do tecido coriônico 
fetal) e carúnculas (projeções da superfície do endométrio) 
 
 
 
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• Parto: processo de dar a luz que envolve o preparo para 
dar a luz, que envolve a ação de expulsão do feto maturo 
do ambiente uterino, para o meio ambiente. 
 
• Fisiológico: Na vaca se denomina concluído quando o 
produto sadio está em estação ao lado da mãe. 
 
• Inicio da Lactação ou lactogênese: adequado 
suprimento de nutrientes imediatamente após o parto. 
 
• Controle: mecanismo endócrino, intimamente 
interligados num processo síncrone. 
▫ Feto determina dia/ mãe a hora (epinefrina) 
▫ 5%: natimortos ou mortalidade neo-natal 
Sinais clínicos 
(72h que antecedem o parto) 
 
• Queda da borda caudal dos ligamentos pélvicos 
• Liberação do tampão cervical 
• Esguichamento do leite 
• Queda da temperatura corporal 0,5 a 1•C 
• Edema úbere 
• Comportamento 
 
(avaliação anterior de 12h/12h) 
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Mudanças hormonais ao final da gestação 
Corpo lúteo, placenta e adrenal contribuem na Produção de progesterona 
 
• Na vaca, a lise do corpo lúteo no terço final da gestação: 
continuidade da gestação; no entanto o Cl parece ser 
importante para que o parto ocorra fisiologicamente; 
 
• • a concentração de progesterona inicia a reduzir nos 
últimos 20 dias da gestação e reduz drasticamente 
2-3 dias antes; 
 
• • Parto: na vaca depende da ativação o eixo hipotámo-
hipófise-adrenal fetal (Liggins et al,1973) similar à ovelha; 
 
• • Relaxina: hormônio proteíco secretado no terço final da 
gestação pelo ovário 
relaxamento cervical e controle da atividade miometrial antes e 
durante o parto 
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Figura 4: Perfil hormonal de vacas no periparto 
(Adaptado de Bell (1995)) 
 
Glicocorticóides 
 
 
GH 
 
Prolactina 
 
 
Progesterona 
 
 
Estrógeno 
 
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Bovina 
• O parto é iniciado pela luteólise induzida pela 
PGF2α. 
 
• O cortisol fetal estimula a liberação de PGF2α 
provavelmente do útero. 
 
• As demais trocas endócrinas são similares 
àquelas de ovinos e caprinos. 
Parto Mudanças físicas associadas ao parto 
 
 
 Fase de preparação ou prodrômica 
 
 
Fase de dilatação e insinuação 
 
 
Fase de expulsão 
Fase de preparação ou prodrômica 
 
Ação uterina da P4, E2 e relaxina 
Primeira fase - fase de preparação ou prodrômica 
Corrimento vaginal mucoso 
Diluição do selo cervical 
Afundamento da região da bacia e elevação da cauda 
Secreção láctea 
Inquietação, alienação e isolamento 
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Fase de dilatação e insinuação 
 
Órgãos genitais sob intensa ação hormonal 
Insinuação das bolsas fetais com possível ruptura da 
alantóide. 
Relaxamento e distensão da cervix 
Aumento no número e intensidade das contrações 
Exteriorização das bolsas fetais 
Sinais de dores abdominais ( flanco, sudorese, inquietude) 
 
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VIA FETAL 
• É o conduto formado por parte do aparelho 
genital e regiões circunvizinhas pelo qual o 
produto transita durante o parto. 
Via fetal óssea 
Via fetal mole 
 
PARTO NORMAL 
• Via Fetal Óssea: 
▫ Pelve 
 Ílio, ísquio, púbis, sacro e primeiras vértebras 
coccígeas 
▫ A forma da pelve pode facilitar ou dificultar o 
parto. 
 
VIA FETAL 
PARTO NORMAL 
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 Pelve mais comprida lateralmente 
 Forma ovalada 
 Assoalho côncavo 
 Parto mais demorado 
 
VIA FETAL 
PARTO NORMAL 
 
• Via Fetal Mole: 
 
▫ Cérvix, vagina, vestíbulo, vulva e ligamentos 
sacro-isquiáticos. 
 
▫ Três pontos críticos: 
 Vulva, anel himenal e cérvix 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIA FETAL 
PARTO NORMAL 
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Fase de expulsão 
Começa com o início das contrações abdominais 
Encaixe gradual e progressivo do feto no conduto 
pélvico materno 
Expulsão do feto 
Expulsão da placenta 
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PARTO NORMAL 
• Fase de expulsão do produto: 
 Parto 1 a 3 h  6h na primeira parição 
 Expulsão da placenta dentro de 30 min a 8 h 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fases do Parto 
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Resposta ao nascimento 
 
• Maturação pulmonar 
• Produção glicose 
• Aumento triiodotironina e catecoloaminas 
• Fechamento ducto arterioso 
• Fechamento forame oval (poucas horas no potro e 
final da 1ª semana em cordeiros) 
• Imunidade 
Prognóstico de sobrevivência do 
bezerro 
1. Avaliar: Tônus muscular; excitabilidade 
reflexa, respiração e coloração das mucosas 
 
2. Ao efetuar assistência ao parto, avalie sempre o 
bezerro logo ao nascer, tome as medidas 
necessárias que promovam sua saúde e conforto e 
imediatamente após, avalie a mãe e medique-a se 
necessário 
 
Avaliação: 8-7 : boa vitalidade 
6-4: paciente de risco 
3-0: sem vitalidade 
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PARTO NORMAL 
• Modificações fisiológicas que acontecem no 
útero, imediatamente após o parto, quando 
esse órgão se recupera das transformações que 
sofreu durante a gestação, preparando-se para 
uma nova gestação. 
 
Fase de Delivramento 
Fase de Involução Uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Puerpério 
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PARTO NORMAL 
• Delivramento: 
 
▫ Inicia imediatamente após o parto, terminado com 
a eliminação das membranas fetais. 
 
Atividade contrátil do miométrio 
 
Perda da aderência materno-fetal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Puerpério 
 
• Involução Uterina: 
 
▫ Volta do útero a condição normal e aptidão para 
nova gestação 
 
Reabsorção e dissolução tecidual 
 
Diminuição de volume do útero e espessura da 
parede 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTO NORMAL 
Puerpério 
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• Delivramento: 
 
 De 30 min a 8 h 
 
 Acima de 12 h é patológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Involução Uterina 
 
 30 a 60 dias taurinas 
 
 100 a 120 dias zebuínas 
 
 Involução da cérvix 34 a 40 
dias 
 
 Mais rápida em vacas que 
amamentam 
PARTO NORMAL 
Puerpério 
 
 
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• Restabelecimento dos Ciclos Estrais: 
 
 A amamentação retarda o desenvolvimento folicular 
pós-parto e a ovulação  prolonga intervalo entre 
partos 
 
 Parto até primeiro cio 
Vacas leiteiras = 30 a 72 dias 
Vacas de corte = 46 a 104 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTO NORMAL 
Puerpério 
Distocias 
 
Distocias 
Origem Materna Origem Fetal 
 
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Distocias de origem materna 
• São mais frequentes em ruminantes e cadelas 
Anomalias pélvicas 
Anomalias vulvares 
Anomalias vaginais 
Anomalias cervicais 
Alterações uterinas 
 
• Distúrbio geral da paciente: ausência ou excesso 
de contrações uterinas 
 
• Estreitamento da via fetal óssea: pelve juvenil, 
pelve estreita ou 2ário 
 
• Alteração da via fetal mole: pontos críticos: 
vulva, anel himenal, cérvix 
 Estreitamento vulva e vagina 
 Estreitamento do canal cervical e corno uterino 
 
Distocias deorigem materna 
Anomalias pélvicas 
 
 
Distocias de origem materna 
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Anomalias pélvicas 
 
Distocias de origem materna 
• Ruminantes 
 
▫ Distúrbios metabólicos e carências nutricionais  
anomalias esqueléticas, propensão a fraturas e 
luxações. 
 
▫ Precocidade reprodutiva  pelve juvenil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anomalias Vulvares 
 
Distocias de origem materna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Estreitamento por cicatrizes  vulvoplastias 
• Tumores na região perineal (melanoma) 
• Edema excessivo 
• Defeitos anatômicos 
• Infantilismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EPISIOTOMIAS 
Anomalias Vaginais 
 
Distocias de origem materna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Dilatação insuficiente  precocidade 
– Mais suscetíveis a prolapsos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUTURA DE BÜHNER 
 
 
Método de Minchev modificado 
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Anomalias cervicais 
 
Distocias de origem materna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dilatação insuficiente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Distocias de origem materna 
Atonia Uterina 
• Primária 
– Útero não contrai 
• Disfunção hormonal (estrógeno, ocitocina, relaxina) 
• Obesidade, senilidade ou debilidade 
• Hipocalcemina, hipomagnesemia, hipoglicemia 
• Ruptura uterina e do tendão pré-púbico 
• Secundária 
– Útero entrou em exaustão  distocia de causa 
fetal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distocias de origem materna 
Torção Uterina 
 
▫ Assimetria entre cornos gestante e não gestante 
▫ Idade e partos repetidos  flacidez dos tecidos 
▫ Transporte, contenção e derrubamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Distocias de origem materna 
Torção Uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sinais: 
 
▫ Abdome tenso 
▫ Dispnéia 
▫ Taquicardia 
▫ Dor 
▫ Dificuldade de locomoção 
 
• Intensidade varia com o grau da torção: 
 
▫ 45° a 90° 
▫ 90° a 180° 
▫ Acima de 180° 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distocias de origem materna 
Torção Uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Deve-se definir: 
 
Local  pré-cervical ou cervical 
Grau  toque por via vaginal 
Direção  sentido horário ou anti-horário  
palpação vaginal e retal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distocias de origem materna 
Torção Uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Correção: 
▫ Cirúrgica  laparotomia 
▫ Manual  diretamente sobre útero e feto 
▫ Rolamento  sentido contrário a torção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Distocias de origem materna 
Prolapso Uterino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Exteriorização do útero pela vulva 
• Mais comum na vaca 
• Causas: 
▫ Atonia uterina 
▫ Tenesmo 
▫ Tração forçada de produtos 
▫ Retenção de placenta 
▫ Tração inadvertida da placenta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distocias de origem materna 
Prolapso Uterino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sinais: 
▫ Exposição do endométrio pela vulva 
 Aumento de volume 
 Edema 
 Desvitalização 
 Lesões 
• Prognóstico: 
▫ Bom  sobrevida 
▫ Reservado  fertilidade futura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Distocias de origem materna 
Prolapso Uterino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tratamento: 
 
 Anestesia peridural 
 Lavar com água e sabão neutro 
 Compressa gelada 
 Sutura de eventuais lacerações 
 Muita lubrificação 
 Reposição manual 
 Infundir líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distocias de origem materna 
Prolapso Uterino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tratamento: 
▫ Vacas 
 Sutura de Buhner ou Caslick 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Distocias de origem materna 
Prolapso Uterino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tratamento: 
▫ Amputação uterina em casos graves  descarte 
▫ Avaliar lesões uterinas 
▫ Estado clínico da vaca 
▫ Conteúdo do prolapso 
▫ Considerar economicamente o valor do descarte 
posterior e a lactação que pode ser mantida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Distúrbios de Origem Fetal 
ESTÁTICA FETAL 
• Disposição do feto no interior do útero durante gestação 
e sua postura no momento do parto. 
 
• Diagnóstico, prognóstico e tratamento de um parto 
distócico. 
 
• Relevância maior em bovinos e equinos pela 
possibilidade de exame obstétrico interno via vaginal. 
 
• Relação do feto com a pelve materna: 
▫ Apresentação 
▫ Posição 
▫ Atitude 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Apresentação 
 Relação do eixo da coluna 
fetal com a coluna materna 
 Longitudinal anterior 
ou posterior 
 
 Transversal 
Distocias de origem fetal 
• Posição 
 Relação entre uma parte 
evidente do feto com os 
ossos da pelve materna 
Dorso ou lombo – long. 
 
Céfalo - Transversais 
Distocias de origem fetal 
• Postura 
 
 Relação entre os membros 
e cabeça do feto com 
seu corpo 
Distocias de origem fetal 
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Estática Fetal 
Apresentação/Posição 
Longitudinal 
 Anterior 
Posição normal 
Dorso-sacra 
Dorso ílio-sacra D ou E 
Posição intermediária 
Dorso ilíaca D ou E 
Posição distócica 
Dorso pubiana 
Longitudinal 
 Posterior 
Posição normal 
Lombo-sacra 
Lombo ilío-sacra D/E 
Posição 
 intermediária 
Lombo ilíaca D/E 
Posição distócica 
Lombo pubiana 
Estática Fetal Apresentação/Posição 
Transversal 
Dorso lombar 
 
Todas as posições são 
 distócicas 
 
Céfalo-sacral 
Céfalo ilio D/E 
Céfalo pubiana 
Esterno abdominal 
Todas as posições são 
distócicas 
Costo abdominal D/E 
Todas as posições são 
distócicas 
Estática Fetal 
Postura 
Eutócicas 
-Membros anteriores estendidos e insinuados 
com 
A cabeça do feto sobre os membros 
-Membros posteriores estendidos e insinuados 
Distócicas 
Cabeça em opistótono; Epistótono ou voltada 
 para o flanco D ou E 
M. Anteriores ou posteriores retidos 
Flexionados ou estendidos 
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Correção de Estáticas fetais 
distócicas 
Identificação da 
Distocia 
Apresentação 
Posição 
Postura 
Correção da 
distocia 
• Causas: 
 
▫ Deficiência de cortisol 
▫ Tamanho do feto 
▫ Gestação prolongada 
▫ Defeitos  duplicação de membros ou cabeça 
▫ Ascites 
▫ Anasarca 
▫ Hidrocefalia 
▫ Alterações na estática fetal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTOCIAS DE CAUSA FETAL 
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Malformação: monstros 
 
 Simples – polimelia, hidrocefalia, anasarca, 
esquizossoma reflexo, perosomus elumblis 
 
 Complexos – diprosopus, dicephalus, thoracopagus, 
ischiogastropagus, duplicitas posterior 
 
 
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Distocias de origem fetal 
• Não pode ser matematicamente respondida! 
 Bom exame do animal 
 Data da cobertura ou inseminação 
 Sinais típico do parto... 
 
▫ Ruminantes 
 A intervenção não é urgente  parto lento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANDO INTERVIR? 
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• Identificação do animal: 
▫ Raça, idade, peso... 
• Anamnese: 
▫ Histórico dos partos, intervenções obstétricas, 
medicações... 
• Exame geral: 
▫ TR, FC, FR, Motilidade, mucosa, TPC... 
• Exame externo específico: 
▫ Abdome  forma, distensão, contrações... 
▫ Pelve  relaxamento ligamentos, conformação... 
▫ Vulva  conformação,edema, hematomas, 
secreções... 
▫ Glândula mamária  tamanho, volume, secreção... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME OBSTÉTRICO DURANTE PARTO 
• Exame interno específico: 
▫ Vias fetais dura e mole  dilatação, lubrificação... 
 
▫ Condição dos anexos fetais  rompido ou intacto, 
presença ou ausência de líquidos, coloração... 
 
▫ Condições do feto  tamanho, estática fetal, 
viabilidade, malformações... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME OBSTÉTRICO DURANTE PARTO 
Estímulo as contrações; 
Episiotomia; 
Tração forçada; 
Correção das distocias fetais; 
Fetotomia; 
Cesariana; 
Histerotomia  Incisão na cérvix 
Eutanásia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Possibilidades de tratamento do parto distócico 
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• Nos grandes animais não tem sentido prático 
estimular as contrações com uso de 
medicamentos 
▫ Atonia uterina + estática fetal normal = tração 
 
 Gluconato de cálcio 10% e ocitocina + glicose 50%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Auxílio as Contrações 
• Avaliar: 
▫ Proporções do feto 
▫ Grau de dilatação da via fetal 
▫ Lubrificação 
▫ Estática fetal 
▫ Presença de eventuais obstáculos 
• Risco de sequelas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Tração Forçada 
• Material utilizado: 
▫ Cordas, Correntes, Ganchos, Extratores mecânicos. 
• Regras: 
Correntes e cordas não muito finas; 
 
Material de fácil esterilização. Cordas novas, desinfetadas e 
descartadas; 
 
Colocar cordas e correntes sobre ossos longos e não nas 
articulações; 
 
Fixar os membros separadamente e tracionar de forma 
alternada; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Tração Forçada 
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• Regras: 
 Não tracionar envoltórios fetais  ruptura, prolapso; 
 
 Força de tração de no máximo 3 pessoas; 
 
 Jamais utilizar força mecânica ou animal!!! 
 
 Extração deve acompanhar forças naturais de contração; 
 
 Garantir exagerada lubrificação; 
 
 Proteger o períneo com as mão espalmadas  evitar lacerações 
graves; 
 
 O veterinário deve controlar o procedimento! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Tração Forçada 
 
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25/05/2022 
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Materiais para tração do feto 
Tração 
Tração 
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Tração 
Complicações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Tração Forçada 
25/05/2022 
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• Abertura cirúrgica dos lábios vulvares 
 
▫ Animais submetidos a episioplastia 
 
▫ Estenose ou dilatação insuficiente da vulva e 
vestíbulo em vacas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Episiotomia 
• Retropulsão: 
▫ Recolocar feto para dentro do útero 
▫ Objetivando espaço físico de manuseio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Manobras Obstétricas 
• Extensão: 
▫ Estender porções fletidas dos membros, cabeça e 
pescoço 
▫ Usando braço, corrente, cordas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Manobras Obstétricas 
25/05/2022 
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• Extensão: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Manobras Obstétricas 
• Rotação: 
▫ Girar o feto 
 
▫ Corrigir distocia de posição 
 
▫ Cuidado para não provocar torção uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Manobras Obstétricas 
• Versão: 
 
▫ Corrigir a apresentação transverso ou verticodorsal ou 
ventral para a apresentação longitudinal anterior ou 
posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Manobras Obstétricas 
25/05/2022 
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• Tração: 
 
▫ Tracionar o feto quando devidamente posicionado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Manobras Obstétricas 
• Fragmentação do feto no interior do útero e 
remoção das secções. 
 
• Grandes animais! 
 
• Ciente e convicto da morte do bezerro ou potro! 
▫ Testar os reflexos digital, de sucção, anal, pulso no 
cordão umbilical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Fetotomia 
• Fetótomo 
▫ Modelo rígido Thygesen com fio serra de aço 
(Liess) de no mín 6m. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Fetotomia 
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• Indicação: 
Feto morto; 
Muito grande; 
Feto enfisematoso; 
Monstruosidades fetais; 
Fetos com graves mutilações por tração; 
Distocias de impossível correção; 
Casos adiantados de putrefação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Fetotomia 
• Contra-indicação: 
Feto vivo; 
Estreitamento das vias fetais; 
Ruptura uterina; 
Graves lacerações perineais; 
Hemorragia profusa; 
Parturiente com doença grave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Fetotomia 
 
 
 
 
• Muita lubrificação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Fetotomia 
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• Após procedimento: 
▫ Exame obstétrico rigoroso 
▫ Lavar o útero com grande quantidade de água 
aquecida 
 Remoção de resíduos  pêlos, ossos, tecido... 
▫ Vaca 
 Antibiótico sistêmico, hidratação. 
▫ Égua 
 Lavagem uterina 2x ao dia, antibiótico sistêmico, 
prevenção de laminite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Fetotomia 
Fetotomia 
Materiais para fetotomia 
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Materiais para fetotomia 
25/05/2022 
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Complicações 
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• Indicações: 
Feto preferencialmente vivo; 
Produtos de tamanho exagerado; 
Deformações pélvicas; 
Dilatação insuficiente; 
Gestação ectópica; 
Histerocele gravídica (hérnia); 
Torção uterina grave; 
Gestação prolongada; 
Insucesso em outras manobras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
• Égua: 
▫ Raro! 
▫ Anestesia geral inalatória 
▫ Decúbito dorsal 
 
 
▫ Celiotomia  iniciar 10 cm caudal ao umbigo e 
estender cranialmente  35 a 40 cm. 
▫ Localizar e exteriorizar o corno gravídico  membros 
do feto. 
▫ Proteger cavidade com compressas. 
▫ Incisão no útero  tracionar o potro  fazer ligadura 
no cordão umbilical e cortar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
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• Égua: 
▫ Sutura do útero em dois planos 
 Pelo menos um invaginante 
 Fio absorvível n°2. 
▫ Ligar os vasos. 
▫ Lavar útero com salina  reposicionar. 
▫ Lavar cavidade abdominal com 10 a 15 L de solução 
salina morna e remover por sucção ou dreno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
• Égua: 
▫ Sutura da parede abdominal 
 Simples contínuo 
 PDS, Nylon 0,60 ou Vicryl 
▫ Sutura subcutâneo 
 Simples contínuo 
 Caprofil 0 ou 2-0 
▫ Sutura pele 
 Simples contínuo, separado, wolf... 
 Nylon 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
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INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
• Vaca: 
▫ Acessos: 
 Flanco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Paramamária  decúbito 
lateral direito 
 Prega do joelho 
 Úbere e veia mamária 
 
Cesariana 
• Vaca: 
▫ Anestesia: 
 Bloqueio anestésico local 
 Anestesia peridural 
 Sedação  xilazina  animais agressivos 
▫ Tricotomia 
▫ Antissepsia 
▫ Preparo do material e campo operatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
• Vaca: 
▫ Incisão de 20 a 30 cm pele  m.a.oblíquo externo 
 m.a.oblíquo interno  m.a.transverso  
peritônio. 
 
▫ Exteriorizar parte do útero  membro do feto 
 
▫ Ampla incisão no útero 
 Evitar placentomas e grandes vasos 
 Romper envoltórios 
 
▫ Fixar os membros do bezerro e tracionarINTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
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• Vaca: 
 
▫ Assistência ao neonato 
 
▫ Conferir se não há 
lesões no útero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
• Vaca: 
▫ Sutura útero: 
 Camada dupla invaginante 
 Fio absorvível 
▫ Lavar serosa 
▫ Depositar útero 
na cavidade abdominal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
• Aumento de 
fertilidade de 
75% para 92% 
• Fio catgut cromado 
Turner e McIlwraith, 1985 
Cesariana 
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Turner e McIlwraith, 1985 
Cesariana 
• Vaca: 
▫ Sutura peritônio e musculatura 
 Fio absorvível 
▫ Sutura pele 
 Nylon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO NO PARTO DISTÓCICO 
Cesariana 
Cesariana 
Turner e McIlwraith, 1985 
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Turner e McIlwraith, 1985 
Cesariana 
Turner e McIlwraith, 1985 
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25/05/2022 
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25/05/2022 
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Complicações pós parto 
 
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25/05/2022 
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