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AC - ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 2022 - UNIP EAD - SOCIOLOGIAPEDAGOGIALETRASGEOGRAFIA

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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
GABRIEL LIMA BONUTTI
R.A 1810210
Trabalho apresentado enquanto requisito obrigatório
ao preenchimento da disciplina intitulada “Atividades
Complementares”, integrante do currículo do curso de
licenciatura em Sociologia pela Universidade Paulista - UNIP,
totalizando 200 horas.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2022
ÍNDICE
LEITURAS
1. “Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento; um processo sócio-histórico” , OLIVEIRA, Marta K. de.
2. “Metáforas novas para reencantar a educação - epistemologia e didática” , ASSMANN, Hugo.
3. “O construtivismo na sala de aula” , COL L., César e outros.
4. “Aprender conteúdos e desenvolver capacidades” , COL L, César; MARTÍN, Elena e outros.
5. “Avaliar para promover: as setas do caminho” HOFFMANN, Jussara.
50 horas
FILMES
1. “JOBS” - Direção - Joshua Michael Stern
2. “O Contador” - Direção - Gavin O'Connor
3. “O Primeiro Aluno da Classe” - Direção - Peter Werner
30 horas
CURSOS EXTRACURRICULARES
1. “Conceitos de Aprendizagem Criativa” - Fundação Bradesco
2. “Introdução ao Scratch” - Fundação Bradesco
3. “Introdução ao Modelo ADDIE - ENAP
4. “Intimidade na Internet” - FGV
5. "Microsoft PowerPoint 2016 Avançado - Fundação Bradesco
100 horas
VISITA TÉCNICA
1. “Audiência de Instrução e Julgamento do Tribunal do Júri”
10 horas
PRODUÇÃO ACADÊMICA
1. “XXII Encontro de Iniciação Científica”
10 horas
ATIVIDADES CULTURAIS
1. “Pesquisa de Mercado da Música” - Prêmio Nelson Seixas 2021
10 horas
LEITURA 1
Livro: “Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento; um processo sócio-histórico” ,
OLIVEIRA, Marta K. de.
Este livro apresenta uma síntese das idéias de Vygotsky, enfatizando
especialmente a importância dada à cultura e a linguagem na constituição do ser
humano. Ao buscar fazer isso, a autora explora as relações entre desenvolvimento e
aprendizado, pensamento e linguagem e aspectos biológicos culturais do funcionamento
psicológico.
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende
a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se
atualizando conforme o passar do tempo. O processo de apropriação do conhecimento
se dá nas relações reais do sujeito com o mundo, na experiência, ao longo da vida.
Vygotsky distingue dois tipos de conceitos: o primeiro é o cotidiano e prático,
desenvolvido e com enfoque nas interações sociais; o segundo é o científico,
adquirido por meio de ensino, pelos processos deliberados de instrução escolar.
De acordo com Oliveira, “Vygotsky afirma que diferentes culturas produzem
modos diversos de funcionamento psicológico. É necessário ter em mente que, a
proposta de Vygotsky é que se intervenha de forma decidida significativa nos
processos de desenvolvimento da criança no sentido de ajudá-la a superar eventuais
dificuldades, recuperar possíveis defasagens cognitivas e auxiliá - la a ativar áreas
potenciais imediatas de crescimento e desenvolvimento
LEITURA 2
Livro: “Metáforas novas para reencantar a educação - epistemologia e didática”
ASSMANN, Hugo.
Apesar do panorama desolador no sistema educacional brasileiro, tanto em
termos de técnicas, metodologias e experiências criativas, o autor defende uma
persistência dos processos de aprendizagem, em que os processos vitais e os de
conhecimento despertem novidades fascinantes e motivações positivas para reencantar a
educação.
As circunstâncias adversas produziram como que um negativismo do qual
aqueles que dantes pareciam progressistas e inovadores desembocam, nas palavras
do autor, num “apartheid neuronal”, onde as ecologias cognitivas praticamente
inexistem.
Isto é, através do conhecimento e conforme se aprende a interagir com os
assuntos considerados obrigatórios, o mercado que promove as tendências de
inclusão e exclusão deve dar lugar a uma relação dentro da qual os homens e as
máquinas são parte do mesmo processo, todos agindo em prol da vida, do
conhecimento fazendo com que a insensibilidade anterior abra caminho para a explosão
dos espaços de conhecimento, levando o discurso da educação a sair do mero discurso
sem ação e promover a revitalização do tecido social e do conhecimento, com todos os
valores a si inerentes.
Estes processos cognitivos permeiam a sistemática política, econômica e etc.,
mas até mesmo o processo de significação carece de uma visão antropológica séria,
que mesmo complexa traga lucidez política e ética, onde a solidariedade produz
consensos políticos e educacionais, onde a criatividade se revista de ternura e felicidade
individual e coletiva.
Como o prazer e a ternura na educação passa pela experiência sensorial do
corpo, a morfogênese do conhecimento tem que ser dinâmica, prazerosa e curativa,
com uma pluri -sensual idade que passe pelo cérebro, pelas emoções, se expressam
no corpo. Assim, o monopólio da educação visual -auditiva dará lugar a uma educação
construtiva e criativa, cheia de encantamentos e acessível, comprometida com o social
e centrada no prazer de aprender e ensinar, e onde a educação se reveste
novamente de encantos.
LEITURA 3
Livro: “O construtivismo na sala de aula” , COL L., César e outros.
A leitura, apesar da extensão, está mais para um artigo científico e, neste sentido, o
artigo tem por base a fala de uma criança quando questionada sobre como
conseguiu ser aprovada na 1ª série após ter revelado grandes dificuldades no processo
de alfabetização.
É um estudo que faz a relação entre essa fala da criança e o Construtivismo
pedagógico. Ao abordar conscientemente conceitos de Piaget e de pesquisadores sobre o
Construtivismo, fornecendo dados para se compreender o sujeito como um sujeito de
aprendizagem, fornece também uma leitura quase lúdica.
“Aprender é construir” é uma obra que tenta mostrar que a aprendizagem
contribui para o desenvolvimento na medida em que aprender não é copiar ou reproduzir
a realidade. Para a concepção construtivista, aprendemos quando somos capazes de
elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade ou conteúdo que
pretendemos aprender; é quase como um empirismo epistemológico só que aplicado à
prática pedagógica.
Assim sendo, a obra busca encontrar nesses conceitos do Construtivismo dentro
de cada parte dela para então assimilar, aplicar e exemplificar em contextos que envolvem
situações reais ou meramente prováveis.
O aluno, ao ser questionado sobre como conseguira se aprovado, dando
uma definição bem abrangente, que envolve desde a elaboração do processo até
como conseguiu chegar ao final, dentro de sua sabedoria ingênua e simples, respondeu:
“É assim, Ó, eu fui fazendo, fazendo, Eu fui tentando e aí eu consegui. (...) Tem que ir
ajeitando na minha cabeça, misturando com as outras coisas”, relata.
Através dessa análise percebe-se que esta criança realmente conseguiu
elaborar, de maneira ingênua e simples, uma frase onde é colocada toda uma sabedoria
infantil e que consegue explicar toda uma concepção a partir de palavras
aparentemente comuns.
Certo é que não se utilizou de um discurso lingüístico com diversidades de
palavras que até pudessem fazer parte do seu vocabulário no cotidiano, mas, numa
frase curta, ela englobou, de certo modo, toda uma visão da concepção construtivista e o
autor usa esses tipos de relatos para ilustrar a teoria construtivista e esmiuçar sua
incidência e pertinência prática no dia-a-dia.
LEITURA 4
Livro: “Aprender conteúdos e desenvolver capacidades” , COL L, César; MARTÍN, Elena
e outros.
O que queremos ensinar aos alunos na escola? Como se pode contribuir, a partir
das distintas áreas, à aquisição das capacidades básicas? Realmente trabalhamos
em aula com essas capacidades? É possível avaliá-la?
São estas perguntas que continuamente muitos professores fazem diariamente e
que mostram a relevância do desenvolvimento das capacidades pessoais e individuais
no âmbito ensino.
Este livro analisa o processo de tomada de decisões que determina o
planejamento e a colocação em prática do currículo,a partir da perspectiva das
capacidades individuais e coletivas e dos conteúdos.
Após apresentar e revisar com clareza esse processo, os reconhecidos professores
espanhóis César Coll, Elena Martin e seu colaboradores se dedicam a ilustrar sua
aplicação em diversas áreas do currículo, como: língua e literatura, matemática,
ciências sociais, ciências naturais e tecnologia
LEITURA 5
Livro: “Avaliar para promover: as setas do caminho” HOFFMANN, Jussara.
Estão reunidos nesta obra princípios essenciais da avaliação, no sentido da efetiva
promoção da aprendizagem, de uma ação que se projeta no futuro, embasada em
princípios éticos de respeito às diferenças.
Estabelecendo relações entre uma concepção dialética de avaliação e os
caminhos de aprendizagem, a autora desenvolve questões sempre polêmicas nas
escolas: a análise de tarefas avaliativas, o papel dos professores como mediadores
em vários momentos de sala de aula, estudos de recuperação, a elaboração de testes,
os registros de avaliação e outras.
“Avaliar para promover: as setas do caminho", Ao fazer o Caminho de
Santiago de Compostella, na Espanha, “as setas do caminho” foi uma metáfora
utilizada sobre as setas amarelas que guiam os peregrinos durante a sua caminhada,
uma vez que o livro aborda com profundidade os princípios fundamentais que devem
nortear os rumos dos educadores que pretendem desenvolver sua prática avaliativa no
sentido de promover melhores oportunidades de aprendizagem aos alunos.
O livro segue também algumas dessas setas. Tem seus pontos de
ancoragem na convicção de que os pilares essenciais para uma boa educação,
ensinar e de aprender, a construção de alternativas pedagógicas para se alcançar
uma escola para todos e a valorização de princípios éticos e de cidadania.
FILME 1
10 horas
Filme: JOBS - Direção - Joshua Michael Stern
Steve Jobs era um gênio brilhante, um líder inspirador e também um homem
completamente desequilibrado, traumatizado, de humor insuportável, com uma grande
tendência à desonestidade.
É isso o que mostra o filme “JOBS”, dirigido por Joshua Michael Stern e
estrelado por Ashton Kutcher, que pretende contar a história da juventude do co
-fundador da Apple e, ao mesmo tempo, a história da própria empresa e da
computação.
A produção estreou por aqui no dia 6 de setembro nos cinemas. JOBS conta
de forma fiel a história da Apple, desde a criação da empresa na garagem dos pais
adotivos de Jobs, passando por seu período de crise nos anos 1990 até o momento
em que o seu aparelho mais revolucionário, o iPod, é lançado.
Os episódios mais conhecidos do empresário, como sua parceria c om Steve
Wozniak, seus desentendimentos com a diretoria da própria empresa e a forma com
que ele trabalhava com sua equipe criam uma trama interessante.
O objetivo do filme é nos fazer conhecer a história de um dos maiores
empreendedores dos últimos tempos. O filme mostra a vida de Steve Jobs, desde a
saída da faculdade até se tornar um dos maiores empresários e revolucionários digital
do mundo.
A película nos faz entender um outro mundo, onde é conquistado, além do
uso da tecnologia e negócios, com muito esforço e trabalho a qualidade nos produtos e
o avanço tecnológico.
O filme mostra o que podemos conquistar através de diversas ferramentas d
e programação, hardware e outros, nos inspirando a fazer o que realmente gostamos,
e que através da tecnologia, podemos buscar a intersecção de vários segmentos como
uma nova forma de expansão.
FILME 2
10 horas
Filme: O Contador - Direção - Gavin O'Connor
Chris, o personagem principal, é diagnosticado na infância como portador de
autismo. Suas dificuldades são, principalmente , de interação social e de não
conformismo quando, por fim, se tornou impossível finalizar qualquer tarefa sem auxílio.
Apesar da oferta de ir para uma clínica voltada para crianças especiais, seu
pai - que é do exército - insiste que ele permaneça morando em casa, de forma a se
habituar ao mundo que o rodeia.
Então Christian cresce aprendendo técnicas de pontaria, assim como diversos
tipos de luta, conforme os costumes do exército. Já adulto, Christian se torna um
contador extremamente dedicado graças à facilidade que tem com os números.
A partir de um escritório de contabilidade, instalado em uma pequena cidade,
ele passa a trabalhar para algumas das mais perigosas organizações criminosas do
mundo.
Ao ser contratado para vistoriar os livros contábeis da Living Robotics, criada e
gerenciada por Lamar Blackburn, Wolff logo descobre uma fraude de dezenas de milhões
de dólares, o que coloca em risco a sua vida e da colega de trabalho Dana Cummings.
Mesmo diante de tantas ameaças e tentativa de homicídio, Christian sempre se dá bem,
mostrando sua semelhança com os heróis da ficção.
O filme “O contador” traz importantes lições sobre a área da sociologia e da
licenciatura, como, por exemplo, a forma de se relacionar com o certo e o errado. A
relação entre contadores e clientes depende da confiança. Conhecer bem as demandas
de quem está contratando seus serviços é fundamental. Além de reforçar a
importância de fazer análises meticulosas, seguindo métodos e procedimentos próprios
da área, especialmente no filme “O Contador”, o foco está na capacidade de
adaptação e resiliência revestida de valores éticos e morais, atributos cada vez mais
requisitados pelas empresas ainda mais carentes e necessários aos profissionais do setor
da educação. Por isso, vale a pena investir em qualificação, voltada sobretudo para o
conhecimento técnico e didático.
FILME 3
10 horas
Filme: O Primeiro Aluno da Classe - Direção - Peter Werner
O filme é estrelado pelo ator James Joseph Wolk que dá vida ao professor Brad
Cohen, personagem com a Síndrome de Tourette. Trata-se de uma história verídica.
O personagem Brad, no início do filme, não tem um bom relacionamento com o pai,
mas conta com um irmão protetor e uma mãe que o apóia. Desde a infância, ele sofre
preconceitos devido à Síndrome de Tourette.
Cansado dos tratamentos sem solução, Brad resolve abandonar o acompanhamento
médico.Já adulto e formado, Brad começa a correr atrás do seu sonho, ser professor, mas o
preconceito com a Síndrome é a sua maior barreira.
Apesar de ostentar um bom currículo, as manifestações da Síndrome o reprovam
nas entrevistas. Depois de muita procura, uma escola o contrata e pela primeira vez Brad
passa a ser observado como profissional e não por sua Síndrome.
A princípio a aceitação de Brad parecia ser total até que o pai de uma aluna solicitou
a mudança da sua filha para outra classe, devido ao preconceito contra a Síndrome do
professor Brad. O pai da aluna achava que um professor com a Síndrome de Tourette não
teria capacidade de ensinar sua filha.
Por outro lado, a estudante não quereria perder o contato com o professor Brad.
Esse fato não abalou a confiança da escola em Brad.
Brad conheceu uma moça pelo portal de relacionamento, Nancy Lazarus e iniciou
uma interação virtual. Mas ela ficou com medo de conhecê-la pessoalmente, pois receava
ser rejeitada por causa da Síndrome Tourette. Esse receio não se confirmou, pois Nancy o
aceita e apoia em tudo.
Os alunos também aceitavam o professor Brad sem manifestar preconceitos e em
sua turma havia dois alunos que apresentavam necessidades especiais. Brad aos pouco foi
mostrando todo seu potencial chegando a ganhar o prêmio de Professor do Ano. Esse
reconhecimento surpreendeu a ele e a todos que se mostraram preconceituosos. Durante a
entrega do prêmio os alunos relataram que Brad não se deixou vencer pela Síndrome
Tourette, sim vencendo-a.
Quando criança, Brad sofreu humilhações em casa e na escola porque tinha falas e
movimentos involuntários. Consequentemente, não conseguia se adaptar à comunidade.
Foi a mãe dele quem pesquisou os sintomas e descobriu que ele tinha a Síndrome
de Tourette, distúrbio neuropsicológico que pode estar associado ao Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e até a problemas neurológicosmais graves.
O fato é que, quanto mais estressada está a criança ou o jovem, piores ficam os
sintomas. Mas o protagonista de “O primeiro aluno da classe” provou que, com a devida
acolhida, é possível superar a Síndrome. Atualmente, Brad Cohen é professor nos Estados
Unidos.
CURSO EXTRACURRICULAR 1
20 horas
Curso Conceitos de Aprendizagem Criativa - Fundação Bradesco
O curso oferecido online pela Fundação Bradesco tem como trilha a aprendizagem
criativa e oferece vários módulos relacionando assuntos diversos para possibilitar ao
estudante uma boa experiência, capaz de abranger várias temáticas diferentes mas que
guardem coerência com o assunto tratado.
Neste primeiro modo da trilha o curso aborda tópicos sobre a metodologia de ensino
baseada nos 4P’s, apresentando o professor como um designer de atividades, parte de um
processo indutivo que assimila o conhecimento quando contraposto com situações
experienciadas, com a função de instruir e “abrir os caminhos” para que o processo de
significação e aprendizagem tenha lugar em meio ao esforço pessoal e o esforço
racional-dedutivo como instrumento de aprendizagem.
Nesse aspecto, ressalto que o curso contribuiu para a minha formação pessoal
enquanto licenciado em Sociologia pois apresentou aspectos de integração e
desenvolvimento de atividades capazes de melhor ilustrar a prática docente, me tornando
capaz de criar e desenvolver atividades interativas com lastro em arcabouço teórico
direcionado e focado para maximização e efetividade dos processos de aprendizagem.
CURSO EXTRACURRICULAR 2
20 horas
Trilha Conceitos de Aprendizagem Criativa - INTRODUÇÃO AO SCRATCH: LINGUAGEM
DE PROGRAMAÇÃO NA COMPUTAÇÃO CRIATIVA - Fundação Bradesco
Este curso é o terceiro módulo da trilha de conhecimentos oferecido pela Fundação
Bradesco e visa dar continuidade ao desenvolvimento dos recursos tecnológicos aplicadas
às técnicas pedagógicas enquanto metodologia de ensino e aprendizagem.
Num primeiro momento foi abordado o significado do processo de aprendizagem em
relação às tecnologias e a forma de abordagem que o professor deveria ter em relação aos
recursos físicos, digitais e também quanto ao próprio conteúdo.
Adentrando mais propriamente os aspectos práticos da linguagem de programação
dentro do Scratch, o curso explicou o surgimento, a gênese, os recursos mais utilizados e a
forma como se comporta a comunidade que faz uso da linguagem de programação acima
mencionada.
Trazendo à prática algumas execuções de movimento, de ações e outras
animações, o curso ensina como utilizar o aplicativo Scratch para criar atividade
educacionais para oferecer aos alunos a possibilidade de interação digital com o conteúdo e
com os colegas de turma, criando projetos que continuem a existência física com o poderio
cibernético.
O curso extracurricular foi, de certo modo, bastante proveitoso em relação ao
exercício da licenciatura em Sociologia pois na iminência de experimentarmos a vivência
em um metaverso cada vez mais amplo, dotado de óculos 3D, realidade aumentada,
monetização de cripto;-valores e uma experiência cada vez mais tecnológica da vida, o
próprio saber sociológico se confunde com o saber tecnológico e a criação de ambientes
virtuais tal como o trânsito e a vivência virtual dos indivíduos nesse ambiente tem especial
relevância quando analisado do aspecto pedagógico.
CURSO EXTRACURRICULAR 3
20 horas
Curso Introdução ao Modelo ADDIE - Escola Nacional de Administração Pública
O design instrucional é a prática de criar experiências de aprendizado que facilitem a
retenção de conhecimento e torne o processo de treinamento mais eficiente e atraente do
ponto de vista tanto dos professores quanto dos alunos. O designer responsável por
construir esta experiência deve observar primordialmente quais são as necessidades dos
alunos que precisam ser atendidas, casando estas demandas com o conteúdo e
apresentação dos materiais que precisam ser trabalhados para atender os objetivos
traçados pela empresa.
Existem diversos modelos de design instrucional, mas um dos mais utilizados é
conhecido como ADDIE (Analyze – Design – Develop – Implement – Evaluate). Este modelo
estabelece cinco fases de estudo e as apresenta de forma simples e concisa:
Análise: é o momento de conduzir um levantamento detalhado de todos os objetivos
de aprendizagem, das características do público alvo, dos contextos de treinamento,
plataformas que serão utilizadas, conteúdos e formas, etc.;
Design: nesta etapa o designer seleciona quais serão os objetivos de aprendizado e
desempenho que deverão ser trabalhados em prioridade e adota uma estratégia para
apresentar cada um destes conteúdos;
Desenvolvimento: Neste passo do modelo são desenvolvidos todos os conteúdos e
materiais didáticos do treinamento, quando são criadas e estabelecidas as atividades de
aprendizado e também os métodos e métricas de avaliação de desempenho bem como a
metodologia de feedback.
Implementação: neste momento são estabelecidas quais plataformas serão
utilizadas para apresentação do conteúdo do treinamento. Em ambientes EAD, significa
estabelecer o que formará o corpo principal do curso, a existência ou não de videoaulas, de
conteúdos mobile, micro-learning, etc., além de estabelecer quais conteúdos serão
divulgados através de quais plataformas, apresentando, da melhor maneira, forma e
conteúdo;
Avaliação: o profissional responsável pelo design instrucional também deve
acompanhar a realização do treinamento, validando as métricas estabelecidas para
mensuração dos resultados, acompanhando se a construção pensada para o treinamento
realmente está atingindo os objetivos pretendidos e verificando se os materiais e conteúdos
desenvolvidos estão realmente sendo utilizados pelos alunos, além de se eles estão
cumprindo seus objetivos de forma eficaz. Esta não é uma etapa final, uma vez que as
avaliações devem permear todo o processo.
Como é possível observar, cada etapa do modelo ADDIE agrega informações
importantes para a construção dos passos seguintes. Para que um projeto de treinamento
tenha sucesso em construir conhecimento e engajar seus alunos, é fundamental que o
designer instrucional conheça os indicadores de gestão e levantamentos de necessidades
estabelecidos para cada projeto, garantindo assim que cada etapa do design instrucional
conduza toda a equipe aos objetivos traçados para o treinamento.
CURSO EXTRACURRICULAR 4
20 horas
Intimidade na Internet
Curso realizado por mim junto a Fundação Getúlio Vargas em junho de 2020
visando, em nível de atualização, oferecer um panorama sobre a legislação que rege as
relações digitais e os conceitos de personalidade e intimidade.
Recentemente as violações dos direitos, o racismo, as fraudes e diversas alterações
e perturbações sociais vem ganhando lugar e repercussão nos veículos de difusão digitais
mas o direito, a legislação e o próprio aparato estatal ideológico e repressivo não
acompanharam o passo das revoluções.
Cada vez mais diversas atividades da vida vem ganhando espaço online, quer sejam
nos metaversos, nos ambientes de sociabilidade digital, nos games ou mesmo no internet
banking, reuniões de trabalho, audiências, aulas via zoom.
Com isso, uma esfera antes restrita da privacidade de cada um passa a habitar
conjuntamente um espaço multiplice, ainda que virtual; novos cuidados são necessários
para que seja preservada a intimidade dentro dos ambientes digitais.
Negócios são fechados em vídeo chamadas do Whatsapp, sentenças judiciais e
sessões solenes do Estado ocorrem pelo Microsoft Teams, aulas de Universidades são
transmitidas pelo Google Classroom, as empresas estão se habituando a ficar com um
percentual dos funcionários em teletrabalho.
Tudo isso ocorre com muita velocidade e não existe ainda um movimento ideológico,
jurídico, repressivo ou preventivo forte o suficiente capaz de assegurar a inviolabilidade dos
dados pessoais e da intimidade de cada um que acessa a internet para quaisquer destas
atividades tão cotidianas atualmente.
De certa forma, a interessantetemática se viu convergir nos ambos aspectos do
curso ora realizado tanto em relação à licenciatura quando traz à tona questões de
aprendizagem e processos de significação e conhecimento propriamente ditos quanto em
relação às questões de cunho sociológico como um todo.
Em suma, é fundamental preservar e manter a intimidade dentro dos ambientes
virtuais além de ser tarefa do professor corretamente orientar a criação deste ambiente de
modo sério e consciente, possibilitando que seja este um espaço de diálogo e de atenção,
um lugar para se estar presente e não um local que transita compartilhando a intimidade do
lar de cada um.
CURSO EXTRACURRICULAR 5
20 horas
Microsoft Power Point 2016 Avançado - Fundação Bradesco
Curso completo de aprofundamento na ferramenta do Office realizado por mim junto
a Fundação Bradesco em junho de 2022.
Ressalto que o curso foi fundamental para atualizar meus conhecimentos acerca da
ferramenta e, conjuntamente às noções de ADDIE e Scratch anteriormente desenvolvidas
em outros cursos extracurriculares, me formar enquanto profissional munido de diversos
recursos tecnológicos para preparar o conteúdo a ser abordado em sala de aula.
Neste curso aperfeiçoei a técnica para produzir gráficos, tabelas, animações,
inserção de hiperlinks além de bem direcionar a apresentação de slides como um todo,
capacitando a utilização do recurso como ferramenta didática.
Na modernidade é fundamental que o professor domine alternativas metodológicas
capazes de ilustrar o conteúdo que está sendo abordado não só enquanto utilidade lúdica
ou prática mas também de fixação.
Sendo assim, dominar o Powerpoint é algo de extrema importância e necessidade
para que todo aquele que pretenda enveredar na seara do magistério possa produzir aulas
interessantes e possibilitar uma formação sólida e diversificada aos alunos ao apresentar o
conteúdo com dinamismo, qualidade gráfica e variedade informacional.
VISITA TÉCNICA
10 horas
Audiência de Instrução e Julgamento do Tribunal do Júri
Na data de 21 de fevereiro de 2022 participei da audiência realizada em gabinete
dentro do âmbito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campo Grande, Mato Grosso
do Sul.
Na oportunidade pude evidenciar bastante contextualização entre a vivência e a
práxis jurídica com a epistemológica e até mesmo didática.
Para que se possa “convencer” o outro, esse processo persuasivo não precisa
necessariamente ser verdadeiro, mas precisa “ensinar”. Se torna uma verdade aquilo que é
aprendido e poder verificar a estrutura e o funcionamento pelo qual se constroem os
discursos dentro de um tribunal tem um aspecto bastante incisivo na relação pedagógica.
Os atores tentam fundar vínculos emocionais, racionais, grupais, psicológicos,
afetivos, estratégicos e afins para trilhar um caminho de conhecimento. A construção de um
saber sólido - e quem sabe até mesmo da verdade que se busca construir - tem por
caminho obrigatório a locução, a exposição, a verbalização, o processo de significação e
aprendizagem como um todo; afinal, se está transmitindo o conhecimento.
Ressalto que me foi muito salutar interseccionar as disciplinas para bem perceber
que os processos de aprendizagem evidenciados na história da pedagogia também tem seu
lugar em praticamente todos os ramos do conhecimento humano por um motivo lógico e
óbvio que correlaciona o saber, o conhecimento, a técnica de qualquer coisa que seja, com
o próprio processo de aprendizagem e, neste sentido, a edificação dos discursos e dos
significados que um tribunal do júri dá ensejo contribuem sobremaneira para a formação
sociológica como um todo.
Ademais, eu, Gabriel Lima Bonutti, aluno do curso de Sociologia pela Universidade
Paulista, regularmente matriculado sob o R.A de nº 1810210, declaro para os devidos fins
que, no interesse da graduação ora cursada, realizei, por livre e espontânea vontade,
obtendo aprovação satisfatória no presente curso, no intuito de unificar o bacharelado em
direito com a presente faculdade, visando alcançar o título de mestre em Sociologia do
Direito, logrando, num breve futuro, ocupar vaga na livre docência de curso de nível
superior.
Desta forma, o curso foi capaz de expandir meus horizontes acerca do tema quando
adstrito ao Direito - é claro - mas também, motivado pelo aprendizado adquirido dentro da
licenciatura em Sociologia, possuir mais recursos de aprendizagem/ensinamento, com isso,
impactando minha capacidade de ministrar aulas que convergem ambas as disciplinas.
Ressalto ad nauseam, que ingressei no curso de licenciatura de Sociologia já tendo
cursado o bacharelado na disciplina pela Universidade Estadual de Londrina bem como o
bacharelado em Direito pela Universidade Paulista, tendo realizado - dentro do período
abrangido pela atual graduação - as diversas atividades complementares ora
apresentadas, que contribuíram sobremaneira para que pudesse unir os conhecimentos
adquiridos ao longo da minha vida acadêmica no intuito de ser um bom professor, quiçá
pesquisador na área da Sociologia do Direito, frisando possuir vasta bibliografia na área,
inclusive com pesquisas e artigos publicados; motivos pelos quais cursei a presente
atividade complementar com direção preordenada e exclusivamente para - cumprindo a
carga horária exigida para diplomação - aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo desta
licenciatura à pesquisa e prática jurídica.
PRODUÇÃO ACADÊMICA
10 horas
Iniciação Científica
O trabalho foi considerado durante o XXII encontro de iniciação científica realizado
pela UNIP e posteriormente publicado. a Lei nº 13.709 altera o Marco Civil da Internet e, por
dispor amplamente sobre o tratamento de dados pessoais, passou a ser chamada de Lei
Geral de Proteção de Dados.
No intuito de reduzir significativamente as deficiências existentes no armazenamento
dessas informações, a referida lei deveria vigorar somente em agosto de 2020
reconfigurando alguns dos modelos de gestão empresarial e tecendo uma nova
interpretação ideológica acerca da primazia da segurança e da privacidade. A presente
etapa deste estudo teve por finalidade interpretar e contextualizar a nova legislação com a
realidade empresarial brasileira além de coletar informações quantitativas e qualificativas
capazes de elucidar o vulto dos esforços que estão sendo empregados no processo de
adaptação das empresas às inovações legislativas além de tentar captar os movimentos
gerados durante a pandemia.
Após a discussão sobre os resultados obtidos, chegamos ao derradeiro capítulo
deste trabalho, que pretende se apresentar singelo, resumido e enumerativo, até mesmo
por conta de sua natureza conclusiva. Para bem servir aos propósitos desta seção,
partamos, portanto, ao corolário da presente pesquisa no que tange aos resultados finais, já
valorizados segundo nossas orientações.
Um ponto de suma importância que foi até aqui apurado se deduz do fato de que
mais de 30% (trinta por cento) das empresas entrevistadas disseram ter total
desconhecimento da existência de marcos regulatórios na proteção de dados pessoais no
Brasil. Frisamos ainda que dentre todos os nossos entrevistados nenhum deles era
“profissional da área”, quer fossem advogados especializados em direito digital, técnicos da
informática, consultores jurídicos ou de segurança e afins.
Este aspecto revela que existe - por amostragem - a média de um terço de
empresas brasileiras lotadas no interior paulista, quer sejam elas de pequeno, grande ou
médio porte - que desconhecem absolutamente a existência da nova legislação que visa
proteger os dados pessoais no Brasil.
Restringindo ainda esse foco, dentre as empresas de pequeno porte o vulto do
desconhecimento é ainda maior: beira 70% (setenta por cento). Partindo para a empresas
de médio e grande porte as cifras já são menores mas bastante significativas.
O fato de que tantas empresas - e pessoas - desconhecem absolutamente a
existência da lei nada sabendo acerca de seus dispositivos é ilustrativo no sentido de que
as inovações jurídicas ainda estão estilizadas noBrasil. ⅓ das empresas de pequeno porte
do interior paulista sequer imaginam as revoluções legislativas ocorridas no âmbito da
proteção de dados, enquanto isso, o conhecimento jurídico acerca da legislação em
empresas de médio e grande porte (ou públicas) se mostra como uma razão diretamente
proporcional ao capital social - e ao faturamento - destas empresas.
Como fora devidamente suscitado em nossa discussão, existe intrínseca correlação
entre a produção e aplicabilidade do direito quando correlacionados às expectativas sociais
íntimas que se projetam, por fim, no coletivo, na sociedade e orientam a realidade.
Desta forma, o fato de que mais de 30% (trinta por cento) das empresas
desconhecem a lei não revela que, com isso, seja inexpressiva a demanda por proteção de
dados pois o interesse que cada indivíduo guarda em ver sua intimidade, sua privacidade e
sua personalidade protegidas, pouca ou nenhuma relação guardam com o conhecimento
jurídico e midiático das atualidades.
Em outras palavras, “desconhecer a lei” não significa que exista aí uma disparidade
entre o anseio da população por uma proteção jurídica e a proteção jurídica em si, que, ao
nascer e existir por si só nasce e existe como uma produção jurídica elitizada, que se não é
contrária aos interesses sociais, surge sem que seja demandada pelo corpo social.Não é
este o caso da Lei Geral de Proteção de Dados.
Bem ilustra a informação conclusiva o Gráfico 11, que traz a tona a estatística
correta para fundamentar a questão da “adequação” entre a produção legislativa e a
demanda social.
Muito embora o supracitado “desconhecimento da lei”, quando adentramos a
temática da “relevância” ou da “importância” da lei para defender os interesses do
consumidor - isto é, os interesses privados - 41,7% das empresas entrevistadas foram
peremptórias ao reconhecer a importância e efetividade da LGPD em tutelar os interesses
individuais.
Não obstante, quase metade das empresas do interior paulista acreditam na
importância da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil em salvaguardar os direitos de
personalidade, individualidade, autonomia, liberdade e expressão, 16% (dezesseis por
cento) das empresas ainda vêem a referida lei com desconfiança.
Por acreditarem que a inovação legal será ineficaz ao salvaguardar os direitos
pretendidos, essa parcela expressiva do empresariado paulista acredita que a lei terá pouco
efeito prático, constituindo, na realidade, apenas mais um mecanismo integrante da
máquina pública para arrecadar fundos e movimentar mercados dominados por elites que
orientam a produção legislativa.
De todo, é compreensível o certo descaso e despreparo no qual se encontram, de
forma geral, o empresariado em relação às inovações legislativas. A recente pandemia
ocasionada pelo coronavírus reconfigurou muitos dos cenários econômicos, culturais e
sociais em um curto espaço de tempo. Se antes disso já seria uma desafio tecer políticas
públicas capazes de estimular o empresariado a acompanhar as inovações ocorridas no
campo do direito após esse período de recessão aguda generalizada fica pouco palpável -
dada o costume presente na realidade do ideário brasileiro, que parece se acomodar mais
facilmente nas margens de tolerabilidade dos delitos através do famoso "jeitinho brasileiro",
ou como desenvolvida em tese primária de Sérgio Buarque de Holanda, o "homem cordial",
um certo modo de flexibilização de valores para preservação de uma dada estrutura social.
Acreditamos ser bem este o caso. Não há, em verdade, uma disparidade entre o
anseio social pela legislação pertinente à proteção de dados e a própria edição, publicação
e vigência do texto legal. O que há é apenas uma acomodação entre as margens de
tolerabilidade do delito, que se dá de modo mais brando e cômodo nos costumes brasileiros
até mesmo por questões de pertinências históricas, heranças culturais e até mesmo a
estrutura social.
Destarte, embora os anseios sociais íntimos correspondam perfeitamente com os
termos da lei e isto fica auto evidente para qualquer pesquisador que se aventurar ao tema,
as posturas dos indivíduos em seus cotidianos - principalmente enquanto empresários - se
analisadas por si sós, não denotam haver todo esse "empenho", toda essa "empolgação".
As atitudes individuais e empresariais num todo, quando tomadas de modo isolado, sequer
denotam haver "aceitação" da produção legislativa em tela.
Explica-se isto com o fato de estar o empresário paulista, principalmente o
interiorano, mais "adaptável " {a capacidade de tolerar a infringência de certas leis por
conta da acomodação que encontram em não ter de realizar quaisquer mudanças que
demandem gastos, investimentos e esforços tidos como "desnecessários", improváveis de
renderem resultados imediatos (preferencialmente em forma de ativos financeiros) ou em
curto prazo. não é esta - o retorno financeiro - a mais forte caracteristica da Lei Geral de
Proteção de Dados no Brasil.
Neste sentido, o que foi até aqui apurado indica a irrefutável existência de um
posicionamento majoritário no sentido de viger uma certa preferência social comum em
armazenar as informações de modo rudimentar e barato, pouco se preocupando com a
segurança das informações. E isto por dois pontos principais.
O primeiro e maior motivo se dá porque poucas pessoas ainda têm a percepção de
que as informações são, atualmente, ativos econômicos integrantes do próprio modo de
produção moderno revestidos com a dupla característica de serem produtos e matérias
primas, de serem meios mas também fins. De serem, por fim, o próprio trabalho já, de per
si, transformado em mercadoria e fim útil. E acabam por tratar com certo desprezo ou
descaso já que não são capazes de extrair deles toda a sua capacidade produtiva.
Em segundo lugar se encontra a hierarquia entre os valores aqui conflitantes. Ora,
não há que se esperar que a "média"dos empresários se comporte de maneira adversa a
seus interesses financeiros imediatos já que é praticamente unânime o posicionamento de
que não haverá reflexos econômicos positivos sensíveis no curto prazo desencadeados
pela vigência da LGPD.
ATIVIDADES CULTURAIS
10 horas
Prêmio Nelson Seixas 2021
Partindo da análise estatística de dados coletados nas plataformas de streaming dos
entrevistados, utilizando metodologia descritiva e qualitativa voltada para a pesquisa de
mercado propriamente dita, serão analisadas as alterações nos hábitos e nos padrões de
consumo de entretenimento contrapostos em relação às fases mais rígidas ou mais brandas
da pandemia. Sob esse enfoque, os resultados serão publicados em relatório final teórico
acompanhado de gráficos e imagens ilustrativas dos resultados obtidos.
A pandemia alterou substancialmente o jeito de consumir música ou as plataformas
de consumo e os estilos musicais continuam semelhantes após a quarentena?A quarentena
alterou também o gosto particular das pessoas em relação aos estilos consumidos? A
preferência dos indivíduos por determinados ritmos e sonoridades sofreu alguma variação
anormal durante o período denominado “pós-quarentena”? As denominadas “fases
vermelhas”, “amarelas” ou “laranjas”, por significarem restrições na locomoção e até mesmo
no direito de ir e vir, mantendo lockdown, por exemplo, impactam na preferência por
determinados estilos de música, determinados padrões melódicos ou rítmicos, no número
de plays na plataforma de reprodução ou em nada alteram?
Perguntas como essas e muitas outras serão trazidas à tona nessa pesquisa que
pretende sondar o meio pelo qual cada pessoa tem consumido música no último ano (quais
plataformas de streaming, quais locais, lives, etc.) e a variação de gostos musicais havida
durante a pandemia, abarcando três períodos: “pré-quarentena”, “quarentena”, e
“pós-quarentena.
O primeiro período leva em consideração o gosto, o meio e a consumação de
música das pessoas entrevistadas em relação ao estilo antes de se delinear no cenário
internacional as complicações geradas pela contaminação de covid-19.
O segundo período abrange asfases de lockdown propriamente dito, com restrições
impostas a comerciantes, pedestres, veículos e demais áreas, impactando a esfera da
liberdade pessoal, da livre associação, do ir e vir e - talvez - alterando sensivelmente os
padrões de consumo de entretenimento das pessoas. É o que se pretende, dentre outras
questões, investigar.
Frisa-se que as especificidades de cada período, por representar alterações com
amplos e variados reflexos da vida particular de cada um e determinado por inúmeros
fatores exógenos a questão pandêmica mas possíveis de apresentar algum padrão de
variação de consumo de música ou entretenimento como por exemplo, ouvindo mais samba
antes da pandemia, mais jazz durante a quarentena e, atualmente mais reggae; por isso a
definição de “padrão anormal”.
Já o terceiro período abarca dentro de um espaço temporal as fases de relaxamento
da quarentena em que fica permitida a circulação de pessoas sob determinadas restrições
sanitárias e autorizadas a realização de eventos de pequeno porte, alimentação local em
restaurantes e afins.
Existe a demanda e a necessidade de se conhecer o mercado, de se conhecer que
tipo de entretenimento as pessoas mais consomem, em quais plataformas, e como esse
consumo tem se alterado em relação à pandemia.
Conhecer essa realidade é fundamental não só para empreendedores de eventos,
produtores musicais, donos de casas de shows, é fundamental para o próprio artista
conhecer qual é e como se comporta o seu mercado consumidor.
De maneira mais geral, a presente pesquisa encontra bastante relevância no atual
cenário econômico de crise pois é capaz de orientar a produção de todos os ramos dos
trabalhadores culturais possibilitando maximização de alcance na realização das metas ou
ainda possibilitando atuação/ militância ideológica/especulativa.

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