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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES GABRIEL LIMA BONUTTI R.A 1810210 Trabalho apresentado enquanto requisito obrigatório ao preenchimento da disciplina intitulada “Atividades Complementares”, integrante do currículo do curso de licenciatura em Sociologia pela Universidade Paulista - UNIP, totalizando 200 horas. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2022 ÍNDICE LEITURAS 1. “Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento; um processo sócio-histórico” , OLIVEIRA, Marta K. de. 2. “Metáforas novas para reencantar a educação - epistemologia e didática” , ASSMANN, Hugo. 3. “O construtivismo na sala de aula” , COL L., César e outros. 4. “Aprender conteúdos e desenvolver capacidades” , COL L, César; MARTÍN, Elena e outros. 5. “Avaliar para promover: as setas do caminho” HOFFMANN, Jussara. 50 horas FILMES 1. “JOBS” - Direção - Joshua Michael Stern 2. “O Contador” - Direção - Gavin O'Connor 3. “O Primeiro Aluno da Classe” - Direção - Peter Werner 30 horas CURSOS EXTRACURRICULARES 1. “Conceitos de Aprendizagem Criativa” - Fundação Bradesco 2. “Introdução ao Scratch” - Fundação Bradesco 3. “Introdução ao Modelo ADDIE - ENAP 4. “Intimidade na Internet” - FGV 5. "Microsoft PowerPoint 2016 Avançado - Fundação Bradesco 100 horas VISITA TÉCNICA 1. “Audiência de Instrução e Julgamento do Tribunal do Júri” 10 horas PRODUÇÃO ACADÊMICA 1. “XXII Encontro de Iniciação Científica” 10 horas ATIVIDADES CULTURAIS 1. “Pesquisa de Mercado da Música” - Prêmio Nelson Seixas 2021 10 horas LEITURA 1 Livro: “Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento; um processo sócio-histórico” , OLIVEIRA, Marta K. de. Este livro apresenta uma síntese das idéias de Vygotsky, enfatizando especialmente a importância dada à cultura e a linguagem na constituição do ser humano. Ao buscar fazer isso, a autora explora as relações entre desenvolvimento e aprendizado, pensamento e linguagem e aspectos biológicos culturais do funcionamento psicológico. Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando conforme o passar do tempo. O processo de apropriação do conhecimento se dá nas relações reais do sujeito com o mundo, na experiência, ao longo da vida. Vygotsky distingue dois tipos de conceitos: o primeiro é o cotidiano e prático, desenvolvido e com enfoque nas interações sociais; o segundo é o científico, adquirido por meio de ensino, pelos processos deliberados de instrução escolar. De acordo com Oliveira, “Vygotsky afirma que diferentes culturas produzem modos diversos de funcionamento psicológico. É necessário ter em mente que, a proposta de Vygotsky é que se intervenha de forma decidida significativa nos processos de desenvolvimento da criança no sentido de ajudá-la a superar eventuais dificuldades, recuperar possíveis defasagens cognitivas e auxiliá - la a ativar áreas potenciais imediatas de crescimento e desenvolvimento LEITURA 2 Livro: “Metáforas novas para reencantar a educação - epistemologia e didática” ASSMANN, Hugo. Apesar do panorama desolador no sistema educacional brasileiro, tanto em termos de técnicas, metodologias e experiências criativas, o autor defende uma persistência dos processos de aprendizagem, em que os processos vitais e os de conhecimento despertem novidades fascinantes e motivações positivas para reencantar a educação. As circunstâncias adversas produziram como que um negativismo do qual aqueles que dantes pareciam progressistas e inovadores desembocam, nas palavras do autor, num “apartheid neuronal”, onde as ecologias cognitivas praticamente inexistem. Isto é, através do conhecimento e conforme se aprende a interagir com os assuntos considerados obrigatórios, o mercado que promove as tendências de inclusão e exclusão deve dar lugar a uma relação dentro da qual os homens e as máquinas são parte do mesmo processo, todos agindo em prol da vida, do conhecimento fazendo com que a insensibilidade anterior abra caminho para a explosão dos espaços de conhecimento, levando o discurso da educação a sair do mero discurso sem ação e promover a revitalização do tecido social e do conhecimento, com todos os valores a si inerentes. Estes processos cognitivos permeiam a sistemática política, econômica e etc., mas até mesmo o processo de significação carece de uma visão antropológica séria, que mesmo complexa traga lucidez política e ética, onde a solidariedade produz consensos políticos e educacionais, onde a criatividade se revista de ternura e felicidade individual e coletiva. Como o prazer e a ternura na educação passa pela experiência sensorial do corpo, a morfogênese do conhecimento tem que ser dinâmica, prazerosa e curativa, com uma pluri -sensual idade que passe pelo cérebro, pelas emoções, se expressam no corpo. Assim, o monopólio da educação visual -auditiva dará lugar a uma educação construtiva e criativa, cheia de encantamentos e acessível, comprometida com o social e centrada no prazer de aprender e ensinar, e onde a educação se reveste novamente de encantos. LEITURA 3 Livro: “O construtivismo na sala de aula” , COL L., César e outros. A leitura, apesar da extensão, está mais para um artigo científico e, neste sentido, o artigo tem por base a fala de uma criança quando questionada sobre como conseguiu ser aprovada na 1ª série após ter revelado grandes dificuldades no processo de alfabetização. É um estudo que faz a relação entre essa fala da criança e o Construtivismo pedagógico. Ao abordar conscientemente conceitos de Piaget e de pesquisadores sobre o Construtivismo, fornecendo dados para se compreender o sujeito como um sujeito de aprendizagem, fornece também uma leitura quase lúdica. “Aprender é construir” é uma obra que tenta mostrar que a aprendizagem contribui para o desenvolvimento na medida em que aprender não é copiar ou reproduzir a realidade. Para a concepção construtivista, aprendemos quando somos capazes de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade ou conteúdo que pretendemos aprender; é quase como um empirismo epistemológico só que aplicado à prática pedagógica. Assim sendo, a obra busca encontrar nesses conceitos do Construtivismo dentro de cada parte dela para então assimilar, aplicar e exemplificar em contextos que envolvem situações reais ou meramente prováveis. O aluno, ao ser questionado sobre como conseguira se aprovado, dando uma definição bem abrangente, que envolve desde a elaboração do processo até como conseguiu chegar ao final, dentro de sua sabedoria ingênua e simples, respondeu: “É assim, Ó, eu fui fazendo, fazendo, Eu fui tentando e aí eu consegui. (...) Tem que ir ajeitando na minha cabeça, misturando com as outras coisas”, relata. Através dessa análise percebe-se que esta criança realmente conseguiu elaborar, de maneira ingênua e simples, uma frase onde é colocada toda uma sabedoria infantil e que consegue explicar toda uma concepção a partir de palavras aparentemente comuns. Certo é que não se utilizou de um discurso lingüístico com diversidades de palavras que até pudessem fazer parte do seu vocabulário no cotidiano, mas, numa frase curta, ela englobou, de certo modo, toda uma visão da concepção construtivista e o autor usa esses tipos de relatos para ilustrar a teoria construtivista e esmiuçar sua incidência e pertinência prática no dia-a-dia. LEITURA 4 Livro: “Aprender conteúdos e desenvolver capacidades” , COL L, César; MARTÍN, Elena e outros. O que queremos ensinar aos alunos na escola? Como se pode contribuir, a partir das distintas áreas, à aquisição das capacidades básicas? Realmente trabalhamos em aula com essas capacidades? É possível avaliá-la? São estas perguntas que continuamente muitos professores fazem diariamente e que mostram a relevância do desenvolvimento das capacidades pessoais e individuais no âmbito ensino. Este livro analisa o processo de tomada de decisões que determina o planejamento e a colocação em prática do currículo,a partir da perspectiva das capacidades individuais e coletivas e dos conteúdos. Após apresentar e revisar com clareza esse processo, os reconhecidos professores espanhóis César Coll, Elena Martin e seu colaboradores se dedicam a ilustrar sua aplicação em diversas áreas do currículo, como: língua e literatura, matemática, ciências sociais, ciências naturais e tecnologia LEITURA 5 Livro: “Avaliar para promover: as setas do caminho” HOFFMANN, Jussara. Estão reunidos nesta obra princípios essenciais da avaliação, no sentido da efetiva promoção da aprendizagem, de uma ação que se projeta no futuro, embasada em princípios éticos de respeito às diferenças. Estabelecendo relações entre uma concepção dialética de avaliação e os caminhos de aprendizagem, a autora desenvolve questões sempre polêmicas nas escolas: a análise de tarefas avaliativas, o papel dos professores como mediadores em vários momentos de sala de aula, estudos de recuperação, a elaboração de testes, os registros de avaliação e outras. “Avaliar para promover: as setas do caminho", Ao fazer o Caminho de Santiago de Compostella, na Espanha, “as setas do caminho” foi uma metáfora utilizada sobre as setas amarelas que guiam os peregrinos durante a sua caminhada, uma vez que o livro aborda com profundidade os princípios fundamentais que devem nortear os rumos dos educadores que pretendem desenvolver sua prática avaliativa no sentido de promover melhores oportunidades de aprendizagem aos alunos. O livro segue também algumas dessas setas. Tem seus pontos de ancoragem na convicção de que os pilares essenciais para uma boa educação, ensinar e de aprender, a construção de alternativas pedagógicas para se alcançar uma escola para todos e a valorização de princípios éticos e de cidadania. FILME 1 10 horas Filme: JOBS - Direção - Joshua Michael Stern Steve Jobs era um gênio brilhante, um líder inspirador e também um homem completamente desequilibrado, traumatizado, de humor insuportável, com uma grande tendência à desonestidade. É isso o que mostra o filme “JOBS”, dirigido por Joshua Michael Stern e estrelado por Ashton Kutcher, que pretende contar a história da juventude do co -fundador da Apple e, ao mesmo tempo, a história da própria empresa e da computação. A produção estreou por aqui no dia 6 de setembro nos cinemas. JOBS conta de forma fiel a história da Apple, desde a criação da empresa na garagem dos pais adotivos de Jobs, passando por seu período de crise nos anos 1990 até o momento em que o seu aparelho mais revolucionário, o iPod, é lançado. Os episódios mais conhecidos do empresário, como sua parceria c om Steve Wozniak, seus desentendimentos com a diretoria da própria empresa e a forma com que ele trabalhava com sua equipe criam uma trama interessante. O objetivo do filme é nos fazer conhecer a história de um dos maiores empreendedores dos últimos tempos. O filme mostra a vida de Steve Jobs, desde a saída da faculdade até se tornar um dos maiores empresários e revolucionários digital do mundo. A película nos faz entender um outro mundo, onde é conquistado, além do uso da tecnologia e negócios, com muito esforço e trabalho a qualidade nos produtos e o avanço tecnológico. O filme mostra o que podemos conquistar através de diversas ferramentas d e programação, hardware e outros, nos inspirando a fazer o que realmente gostamos, e que através da tecnologia, podemos buscar a intersecção de vários segmentos como uma nova forma de expansão. FILME 2 10 horas Filme: O Contador - Direção - Gavin O'Connor Chris, o personagem principal, é diagnosticado na infância como portador de autismo. Suas dificuldades são, principalmente , de interação social e de não conformismo quando, por fim, se tornou impossível finalizar qualquer tarefa sem auxílio. Apesar da oferta de ir para uma clínica voltada para crianças especiais, seu pai - que é do exército - insiste que ele permaneça morando em casa, de forma a se habituar ao mundo que o rodeia. Então Christian cresce aprendendo técnicas de pontaria, assim como diversos tipos de luta, conforme os costumes do exército. Já adulto, Christian se torna um contador extremamente dedicado graças à facilidade que tem com os números. A partir de um escritório de contabilidade, instalado em uma pequena cidade, ele passa a trabalhar para algumas das mais perigosas organizações criminosas do mundo. Ao ser contratado para vistoriar os livros contábeis da Living Robotics, criada e gerenciada por Lamar Blackburn, Wolff logo descobre uma fraude de dezenas de milhões de dólares, o que coloca em risco a sua vida e da colega de trabalho Dana Cummings. Mesmo diante de tantas ameaças e tentativa de homicídio, Christian sempre se dá bem, mostrando sua semelhança com os heróis da ficção. O filme “O contador” traz importantes lições sobre a área da sociologia e da licenciatura, como, por exemplo, a forma de se relacionar com o certo e o errado. A relação entre contadores e clientes depende da confiança. Conhecer bem as demandas de quem está contratando seus serviços é fundamental. Além de reforçar a importância de fazer análises meticulosas, seguindo métodos e procedimentos próprios da área, especialmente no filme “O Contador”, o foco está na capacidade de adaptação e resiliência revestida de valores éticos e morais, atributos cada vez mais requisitados pelas empresas ainda mais carentes e necessários aos profissionais do setor da educação. Por isso, vale a pena investir em qualificação, voltada sobretudo para o conhecimento técnico e didático. FILME 3 10 horas Filme: O Primeiro Aluno da Classe - Direção - Peter Werner O filme é estrelado pelo ator James Joseph Wolk que dá vida ao professor Brad Cohen, personagem com a Síndrome de Tourette. Trata-se de uma história verídica. O personagem Brad, no início do filme, não tem um bom relacionamento com o pai, mas conta com um irmão protetor e uma mãe que o apóia. Desde a infância, ele sofre preconceitos devido à Síndrome de Tourette. Cansado dos tratamentos sem solução, Brad resolve abandonar o acompanhamento médico.Já adulto e formado, Brad começa a correr atrás do seu sonho, ser professor, mas o preconceito com a Síndrome é a sua maior barreira. Apesar de ostentar um bom currículo, as manifestações da Síndrome o reprovam nas entrevistas. Depois de muita procura, uma escola o contrata e pela primeira vez Brad passa a ser observado como profissional e não por sua Síndrome. A princípio a aceitação de Brad parecia ser total até que o pai de uma aluna solicitou a mudança da sua filha para outra classe, devido ao preconceito contra a Síndrome do professor Brad. O pai da aluna achava que um professor com a Síndrome de Tourette não teria capacidade de ensinar sua filha. Por outro lado, a estudante não quereria perder o contato com o professor Brad. Esse fato não abalou a confiança da escola em Brad. Brad conheceu uma moça pelo portal de relacionamento, Nancy Lazarus e iniciou uma interação virtual. Mas ela ficou com medo de conhecê-la pessoalmente, pois receava ser rejeitada por causa da Síndrome Tourette. Esse receio não se confirmou, pois Nancy o aceita e apoia em tudo. Os alunos também aceitavam o professor Brad sem manifestar preconceitos e em sua turma havia dois alunos que apresentavam necessidades especiais. Brad aos pouco foi mostrando todo seu potencial chegando a ganhar o prêmio de Professor do Ano. Esse reconhecimento surpreendeu a ele e a todos que se mostraram preconceituosos. Durante a entrega do prêmio os alunos relataram que Brad não se deixou vencer pela Síndrome Tourette, sim vencendo-a. Quando criança, Brad sofreu humilhações em casa e na escola porque tinha falas e movimentos involuntários. Consequentemente, não conseguia se adaptar à comunidade. Foi a mãe dele quem pesquisou os sintomas e descobriu que ele tinha a Síndrome de Tourette, distúrbio neuropsicológico que pode estar associado ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e até a problemas neurológicosmais graves. O fato é que, quanto mais estressada está a criança ou o jovem, piores ficam os sintomas. Mas o protagonista de “O primeiro aluno da classe” provou que, com a devida acolhida, é possível superar a Síndrome. Atualmente, Brad Cohen é professor nos Estados Unidos. CURSO EXTRACURRICULAR 1 20 horas Curso Conceitos de Aprendizagem Criativa - Fundação Bradesco O curso oferecido online pela Fundação Bradesco tem como trilha a aprendizagem criativa e oferece vários módulos relacionando assuntos diversos para possibilitar ao estudante uma boa experiência, capaz de abranger várias temáticas diferentes mas que guardem coerência com o assunto tratado. Neste primeiro modo da trilha o curso aborda tópicos sobre a metodologia de ensino baseada nos 4P’s, apresentando o professor como um designer de atividades, parte de um processo indutivo que assimila o conhecimento quando contraposto com situações experienciadas, com a função de instruir e “abrir os caminhos” para que o processo de significação e aprendizagem tenha lugar em meio ao esforço pessoal e o esforço racional-dedutivo como instrumento de aprendizagem. Nesse aspecto, ressalto que o curso contribuiu para a minha formação pessoal enquanto licenciado em Sociologia pois apresentou aspectos de integração e desenvolvimento de atividades capazes de melhor ilustrar a prática docente, me tornando capaz de criar e desenvolver atividades interativas com lastro em arcabouço teórico direcionado e focado para maximização e efetividade dos processos de aprendizagem. CURSO EXTRACURRICULAR 2 20 horas Trilha Conceitos de Aprendizagem Criativa - INTRODUÇÃO AO SCRATCH: LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO NA COMPUTAÇÃO CRIATIVA - Fundação Bradesco Este curso é o terceiro módulo da trilha de conhecimentos oferecido pela Fundação Bradesco e visa dar continuidade ao desenvolvimento dos recursos tecnológicos aplicadas às técnicas pedagógicas enquanto metodologia de ensino e aprendizagem. Num primeiro momento foi abordado o significado do processo de aprendizagem em relação às tecnologias e a forma de abordagem que o professor deveria ter em relação aos recursos físicos, digitais e também quanto ao próprio conteúdo. Adentrando mais propriamente os aspectos práticos da linguagem de programação dentro do Scratch, o curso explicou o surgimento, a gênese, os recursos mais utilizados e a forma como se comporta a comunidade que faz uso da linguagem de programação acima mencionada. Trazendo à prática algumas execuções de movimento, de ações e outras animações, o curso ensina como utilizar o aplicativo Scratch para criar atividade educacionais para oferecer aos alunos a possibilidade de interação digital com o conteúdo e com os colegas de turma, criando projetos que continuem a existência física com o poderio cibernético. O curso extracurricular foi, de certo modo, bastante proveitoso em relação ao exercício da licenciatura em Sociologia pois na iminência de experimentarmos a vivência em um metaverso cada vez mais amplo, dotado de óculos 3D, realidade aumentada, monetização de cripto;-valores e uma experiência cada vez mais tecnológica da vida, o próprio saber sociológico se confunde com o saber tecnológico e a criação de ambientes virtuais tal como o trânsito e a vivência virtual dos indivíduos nesse ambiente tem especial relevância quando analisado do aspecto pedagógico. CURSO EXTRACURRICULAR 3 20 horas Curso Introdução ao Modelo ADDIE - Escola Nacional de Administração Pública O design instrucional é a prática de criar experiências de aprendizado que facilitem a retenção de conhecimento e torne o processo de treinamento mais eficiente e atraente do ponto de vista tanto dos professores quanto dos alunos. O designer responsável por construir esta experiência deve observar primordialmente quais são as necessidades dos alunos que precisam ser atendidas, casando estas demandas com o conteúdo e apresentação dos materiais que precisam ser trabalhados para atender os objetivos traçados pela empresa. Existem diversos modelos de design instrucional, mas um dos mais utilizados é conhecido como ADDIE (Analyze – Design – Develop – Implement – Evaluate). Este modelo estabelece cinco fases de estudo e as apresenta de forma simples e concisa: Análise: é o momento de conduzir um levantamento detalhado de todos os objetivos de aprendizagem, das características do público alvo, dos contextos de treinamento, plataformas que serão utilizadas, conteúdos e formas, etc.; Design: nesta etapa o designer seleciona quais serão os objetivos de aprendizado e desempenho que deverão ser trabalhados em prioridade e adota uma estratégia para apresentar cada um destes conteúdos; Desenvolvimento: Neste passo do modelo são desenvolvidos todos os conteúdos e materiais didáticos do treinamento, quando são criadas e estabelecidas as atividades de aprendizado e também os métodos e métricas de avaliação de desempenho bem como a metodologia de feedback. Implementação: neste momento são estabelecidas quais plataformas serão utilizadas para apresentação do conteúdo do treinamento. Em ambientes EAD, significa estabelecer o que formará o corpo principal do curso, a existência ou não de videoaulas, de conteúdos mobile, micro-learning, etc., além de estabelecer quais conteúdos serão divulgados através de quais plataformas, apresentando, da melhor maneira, forma e conteúdo; Avaliação: o profissional responsável pelo design instrucional também deve acompanhar a realização do treinamento, validando as métricas estabelecidas para mensuração dos resultados, acompanhando se a construção pensada para o treinamento realmente está atingindo os objetivos pretendidos e verificando se os materiais e conteúdos desenvolvidos estão realmente sendo utilizados pelos alunos, além de se eles estão cumprindo seus objetivos de forma eficaz. Esta não é uma etapa final, uma vez que as avaliações devem permear todo o processo. Como é possível observar, cada etapa do modelo ADDIE agrega informações importantes para a construção dos passos seguintes. Para que um projeto de treinamento tenha sucesso em construir conhecimento e engajar seus alunos, é fundamental que o designer instrucional conheça os indicadores de gestão e levantamentos de necessidades estabelecidos para cada projeto, garantindo assim que cada etapa do design instrucional conduza toda a equipe aos objetivos traçados para o treinamento. CURSO EXTRACURRICULAR 4 20 horas Intimidade na Internet Curso realizado por mim junto a Fundação Getúlio Vargas em junho de 2020 visando, em nível de atualização, oferecer um panorama sobre a legislação que rege as relações digitais e os conceitos de personalidade e intimidade. Recentemente as violações dos direitos, o racismo, as fraudes e diversas alterações e perturbações sociais vem ganhando lugar e repercussão nos veículos de difusão digitais mas o direito, a legislação e o próprio aparato estatal ideológico e repressivo não acompanharam o passo das revoluções. Cada vez mais diversas atividades da vida vem ganhando espaço online, quer sejam nos metaversos, nos ambientes de sociabilidade digital, nos games ou mesmo no internet banking, reuniões de trabalho, audiências, aulas via zoom. Com isso, uma esfera antes restrita da privacidade de cada um passa a habitar conjuntamente um espaço multiplice, ainda que virtual; novos cuidados são necessários para que seja preservada a intimidade dentro dos ambientes digitais. Negócios são fechados em vídeo chamadas do Whatsapp, sentenças judiciais e sessões solenes do Estado ocorrem pelo Microsoft Teams, aulas de Universidades são transmitidas pelo Google Classroom, as empresas estão se habituando a ficar com um percentual dos funcionários em teletrabalho. Tudo isso ocorre com muita velocidade e não existe ainda um movimento ideológico, jurídico, repressivo ou preventivo forte o suficiente capaz de assegurar a inviolabilidade dos dados pessoais e da intimidade de cada um que acessa a internet para quaisquer destas atividades tão cotidianas atualmente. De certa forma, a interessantetemática se viu convergir nos ambos aspectos do curso ora realizado tanto em relação à licenciatura quando traz à tona questões de aprendizagem e processos de significação e conhecimento propriamente ditos quanto em relação às questões de cunho sociológico como um todo. Em suma, é fundamental preservar e manter a intimidade dentro dos ambientes virtuais além de ser tarefa do professor corretamente orientar a criação deste ambiente de modo sério e consciente, possibilitando que seja este um espaço de diálogo e de atenção, um lugar para se estar presente e não um local que transita compartilhando a intimidade do lar de cada um. CURSO EXTRACURRICULAR 5 20 horas Microsoft Power Point 2016 Avançado - Fundação Bradesco Curso completo de aprofundamento na ferramenta do Office realizado por mim junto a Fundação Bradesco em junho de 2022. Ressalto que o curso foi fundamental para atualizar meus conhecimentos acerca da ferramenta e, conjuntamente às noções de ADDIE e Scratch anteriormente desenvolvidas em outros cursos extracurriculares, me formar enquanto profissional munido de diversos recursos tecnológicos para preparar o conteúdo a ser abordado em sala de aula. Neste curso aperfeiçoei a técnica para produzir gráficos, tabelas, animações, inserção de hiperlinks além de bem direcionar a apresentação de slides como um todo, capacitando a utilização do recurso como ferramenta didática. Na modernidade é fundamental que o professor domine alternativas metodológicas capazes de ilustrar o conteúdo que está sendo abordado não só enquanto utilidade lúdica ou prática mas também de fixação. Sendo assim, dominar o Powerpoint é algo de extrema importância e necessidade para que todo aquele que pretenda enveredar na seara do magistério possa produzir aulas interessantes e possibilitar uma formação sólida e diversificada aos alunos ao apresentar o conteúdo com dinamismo, qualidade gráfica e variedade informacional. VISITA TÉCNICA 10 horas Audiência de Instrução e Julgamento do Tribunal do Júri Na data de 21 de fevereiro de 2022 participei da audiência realizada em gabinete dentro do âmbito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Na oportunidade pude evidenciar bastante contextualização entre a vivência e a práxis jurídica com a epistemológica e até mesmo didática. Para que se possa “convencer” o outro, esse processo persuasivo não precisa necessariamente ser verdadeiro, mas precisa “ensinar”. Se torna uma verdade aquilo que é aprendido e poder verificar a estrutura e o funcionamento pelo qual se constroem os discursos dentro de um tribunal tem um aspecto bastante incisivo na relação pedagógica. Os atores tentam fundar vínculos emocionais, racionais, grupais, psicológicos, afetivos, estratégicos e afins para trilhar um caminho de conhecimento. A construção de um saber sólido - e quem sabe até mesmo da verdade que se busca construir - tem por caminho obrigatório a locução, a exposição, a verbalização, o processo de significação e aprendizagem como um todo; afinal, se está transmitindo o conhecimento. Ressalto que me foi muito salutar interseccionar as disciplinas para bem perceber que os processos de aprendizagem evidenciados na história da pedagogia também tem seu lugar em praticamente todos os ramos do conhecimento humano por um motivo lógico e óbvio que correlaciona o saber, o conhecimento, a técnica de qualquer coisa que seja, com o próprio processo de aprendizagem e, neste sentido, a edificação dos discursos e dos significados que um tribunal do júri dá ensejo contribuem sobremaneira para a formação sociológica como um todo. Ademais, eu, Gabriel Lima Bonutti, aluno do curso de Sociologia pela Universidade Paulista, regularmente matriculado sob o R.A de nº 1810210, declaro para os devidos fins que, no interesse da graduação ora cursada, realizei, por livre e espontânea vontade, obtendo aprovação satisfatória no presente curso, no intuito de unificar o bacharelado em direito com a presente faculdade, visando alcançar o título de mestre em Sociologia do Direito, logrando, num breve futuro, ocupar vaga na livre docência de curso de nível superior. Desta forma, o curso foi capaz de expandir meus horizontes acerca do tema quando adstrito ao Direito - é claro - mas também, motivado pelo aprendizado adquirido dentro da licenciatura em Sociologia, possuir mais recursos de aprendizagem/ensinamento, com isso, impactando minha capacidade de ministrar aulas que convergem ambas as disciplinas. Ressalto ad nauseam, que ingressei no curso de licenciatura de Sociologia já tendo cursado o bacharelado na disciplina pela Universidade Estadual de Londrina bem como o bacharelado em Direito pela Universidade Paulista, tendo realizado - dentro do período abrangido pela atual graduação - as diversas atividades complementares ora apresentadas, que contribuíram sobremaneira para que pudesse unir os conhecimentos adquiridos ao longo da minha vida acadêmica no intuito de ser um bom professor, quiçá pesquisador na área da Sociologia do Direito, frisando possuir vasta bibliografia na área, inclusive com pesquisas e artigos publicados; motivos pelos quais cursei a presente atividade complementar com direção preordenada e exclusivamente para - cumprindo a carga horária exigida para diplomação - aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo desta licenciatura à pesquisa e prática jurídica. PRODUÇÃO ACADÊMICA 10 horas Iniciação Científica O trabalho foi considerado durante o XXII encontro de iniciação científica realizado pela UNIP e posteriormente publicado. a Lei nº 13.709 altera o Marco Civil da Internet e, por dispor amplamente sobre o tratamento de dados pessoais, passou a ser chamada de Lei Geral de Proteção de Dados. No intuito de reduzir significativamente as deficiências existentes no armazenamento dessas informações, a referida lei deveria vigorar somente em agosto de 2020 reconfigurando alguns dos modelos de gestão empresarial e tecendo uma nova interpretação ideológica acerca da primazia da segurança e da privacidade. A presente etapa deste estudo teve por finalidade interpretar e contextualizar a nova legislação com a realidade empresarial brasileira além de coletar informações quantitativas e qualificativas capazes de elucidar o vulto dos esforços que estão sendo empregados no processo de adaptação das empresas às inovações legislativas além de tentar captar os movimentos gerados durante a pandemia. Após a discussão sobre os resultados obtidos, chegamos ao derradeiro capítulo deste trabalho, que pretende se apresentar singelo, resumido e enumerativo, até mesmo por conta de sua natureza conclusiva. Para bem servir aos propósitos desta seção, partamos, portanto, ao corolário da presente pesquisa no que tange aos resultados finais, já valorizados segundo nossas orientações. Um ponto de suma importância que foi até aqui apurado se deduz do fato de que mais de 30% (trinta por cento) das empresas entrevistadas disseram ter total desconhecimento da existência de marcos regulatórios na proteção de dados pessoais no Brasil. Frisamos ainda que dentre todos os nossos entrevistados nenhum deles era “profissional da área”, quer fossem advogados especializados em direito digital, técnicos da informática, consultores jurídicos ou de segurança e afins. Este aspecto revela que existe - por amostragem - a média de um terço de empresas brasileiras lotadas no interior paulista, quer sejam elas de pequeno, grande ou médio porte - que desconhecem absolutamente a existência da nova legislação que visa proteger os dados pessoais no Brasil. Restringindo ainda esse foco, dentre as empresas de pequeno porte o vulto do desconhecimento é ainda maior: beira 70% (setenta por cento). Partindo para a empresas de médio e grande porte as cifras já são menores mas bastante significativas. O fato de que tantas empresas - e pessoas - desconhecem absolutamente a existência da lei nada sabendo acerca de seus dispositivos é ilustrativo no sentido de que as inovações jurídicas ainda estão estilizadas noBrasil. ⅓ das empresas de pequeno porte do interior paulista sequer imaginam as revoluções legislativas ocorridas no âmbito da proteção de dados, enquanto isso, o conhecimento jurídico acerca da legislação em empresas de médio e grande porte (ou públicas) se mostra como uma razão diretamente proporcional ao capital social - e ao faturamento - destas empresas. Como fora devidamente suscitado em nossa discussão, existe intrínseca correlação entre a produção e aplicabilidade do direito quando correlacionados às expectativas sociais íntimas que se projetam, por fim, no coletivo, na sociedade e orientam a realidade. Desta forma, o fato de que mais de 30% (trinta por cento) das empresas desconhecem a lei não revela que, com isso, seja inexpressiva a demanda por proteção de dados pois o interesse que cada indivíduo guarda em ver sua intimidade, sua privacidade e sua personalidade protegidas, pouca ou nenhuma relação guardam com o conhecimento jurídico e midiático das atualidades. Em outras palavras, “desconhecer a lei” não significa que exista aí uma disparidade entre o anseio da população por uma proteção jurídica e a proteção jurídica em si, que, ao nascer e existir por si só nasce e existe como uma produção jurídica elitizada, que se não é contrária aos interesses sociais, surge sem que seja demandada pelo corpo social.Não é este o caso da Lei Geral de Proteção de Dados. Bem ilustra a informação conclusiva o Gráfico 11, que traz a tona a estatística correta para fundamentar a questão da “adequação” entre a produção legislativa e a demanda social. Muito embora o supracitado “desconhecimento da lei”, quando adentramos a temática da “relevância” ou da “importância” da lei para defender os interesses do consumidor - isto é, os interesses privados - 41,7% das empresas entrevistadas foram peremptórias ao reconhecer a importância e efetividade da LGPD em tutelar os interesses individuais. Não obstante, quase metade das empresas do interior paulista acreditam na importância da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil em salvaguardar os direitos de personalidade, individualidade, autonomia, liberdade e expressão, 16% (dezesseis por cento) das empresas ainda vêem a referida lei com desconfiança. Por acreditarem que a inovação legal será ineficaz ao salvaguardar os direitos pretendidos, essa parcela expressiva do empresariado paulista acredita que a lei terá pouco efeito prático, constituindo, na realidade, apenas mais um mecanismo integrante da máquina pública para arrecadar fundos e movimentar mercados dominados por elites que orientam a produção legislativa. De todo, é compreensível o certo descaso e despreparo no qual se encontram, de forma geral, o empresariado em relação às inovações legislativas. A recente pandemia ocasionada pelo coronavírus reconfigurou muitos dos cenários econômicos, culturais e sociais em um curto espaço de tempo. Se antes disso já seria uma desafio tecer políticas públicas capazes de estimular o empresariado a acompanhar as inovações ocorridas no campo do direito após esse período de recessão aguda generalizada fica pouco palpável - dada o costume presente na realidade do ideário brasileiro, que parece se acomodar mais facilmente nas margens de tolerabilidade dos delitos através do famoso "jeitinho brasileiro", ou como desenvolvida em tese primária de Sérgio Buarque de Holanda, o "homem cordial", um certo modo de flexibilização de valores para preservação de uma dada estrutura social. Acreditamos ser bem este o caso. Não há, em verdade, uma disparidade entre o anseio social pela legislação pertinente à proteção de dados e a própria edição, publicação e vigência do texto legal. O que há é apenas uma acomodação entre as margens de tolerabilidade do delito, que se dá de modo mais brando e cômodo nos costumes brasileiros até mesmo por questões de pertinências históricas, heranças culturais e até mesmo a estrutura social. Destarte, embora os anseios sociais íntimos correspondam perfeitamente com os termos da lei e isto fica auto evidente para qualquer pesquisador que se aventurar ao tema, as posturas dos indivíduos em seus cotidianos - principalmente enquanto empresários - se analisadas por si sós, não denotam haver todo esse "empenho", toda essa "empolgação". As atitudes individuais e empresariais num todo, quando tomadas de modo isolado, sequer denotam haver "aceitação" da produção legislativa em tela. Explica-se isto com o fato de estar o empresário paulista, principalmente o interiorano, mais "adaptável " {a capacidade de tolerar a infringência de certas leis por conta da acomodação que encontram em não ter de realizar quaisquer mudanças que demandem gastos, investimentos e esforços tidos como "desnecessários", improváveis de renderem resultados imediatos (preferencialmente em forma de ativos financeiros) ou em curto prazo. não é esta - o retorno financeiro - a mais forte caracteristica da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil. Neste sentido, o que foi até aqui apurado indica a irrefutável existência de um posicionamento majoritário no sentido de viger uma certa preferência social comum em armazenar as informações de modo rudimentar e barato, pouco se preocupando com a segurança das informações. E isto por dois pontos principais. O primeiro e maior motivo se dá porque poucas pessoas ainda têm a percepção de que as informações são, atualmente, ativos econômicos integrantes do próprio modo de produção moderno revestidos com a dupla característica de serem produtos e matérias primas, de serem meios mas também fins. De serem, por fim, o próprio trabalho já, de per si, transformado em mercadoria e fim útil. E acabam por tratar com certo desprezo ou descaso já que não são capazes de extrair deles toda a sua capacidade produtiva. Em segundo lugar se encontra a hierarquia entre os valores aqui conflitantes. Ora, não há que se esperar que a "média"dos empresários se comporte de maneira adversa a seus interesses financeiros imediatos já que é praticamente unânime o posicionamento de que não haverá reflexos econômicos positivos sensíveis no curto prazo desencadeados pela vigência da LGPD. ATIVIDADES CULTURAIS 10 horas Prêmio Nelson Seixas 2021 Partindo da análise estatística de dados coletados nas plataformas de streaming dos entrevistados, utilizando metodologia descritiva e qualitativa voltada para a pesquisa de mercado propriamente dita, serão analisadas as alterações nos hábitos e nos padrões de consumo de entretenimento contrapostos em relação às fases mais rígidas ou mais brandas da pandemia. Sob esse enfoque, os resultados serão publicados em relatório final teórico acompanhado de gráficos e imagens ilustrativas dos resultados obtidos. A pandemia alterou substancialmente o jeito de consumir música ou as plataformas de consumo e os estilos musicais continuam semelhantes após a quarentena?A quarentena alterou também o gosto particular das pessoas em relação aos estilos consumidos? A preferência dos indivíduos por determinados ritmos e sonoridades sofreu alguma variação anormal durante o período denominado “pós-quarentena”? As denominadas “fases vermelhas”, “amarelas” ou “laranjas”, por significarem restrições na locomoção e até mesmo no direito de ir e vir, mantendo lockdown, por exemplo, impactam na preferência por determinados estilos de música, determinados padrões melódicos ou rítmicos, no número de plays na plataforma de reprodução ou em nada alteram? Perguntas como essas e muitas outras serão trazidas à tona nessa pesquisa que pretende sondar o meio pelo qual cada pessoa tem consumido música no último ano (quais plataformas de streaming, quais locais, lives, etc.) e a variação de gostos musicais havida durante a pandemia, abarcando três períodos: “pré-quarentena”, “quarentena”, e “pós-quarentena. O primeiro período leva em consideração o gosto, o meio e a consumação de música das pessoas entrevistadas em relação ao estilo antes de se delinear no cenário internacional as complicações geradas pela contaminação de covid-19. O segundo período abrange asfases de lockdown propriamente dito, com restrições impostas a comerciantes, pedestres, veículos e demais áreas, impactando a esfera da liberdade pessoal, da livre associação, do ir e vir e - talvez - alterando sensivelmente os padrões de consumo de entretenimento das pessoas. É o que se pretende, dentre outras questões, investigar. Frisa-se que as especificidades de cada período, por representar alterações com amplos e variados reflexos da vida particular de cada um e determinado por inúmeros fatores exógenos a questão pandêmica mas possíveis de apresentar algum padrão de variação de consumo de música ou entretenimento como por exemplo, ouvindo mais samba antes da pandemia, mais jazz durante a quarentena e, atualmente mais reggae; por isso a definição de “padrão anormal”. Já o terceiro período abarca dentro de um espaço temporal as fases de relaxamento da quarentena em que fica permitida a circulação de pessoas sob determinadas restrições sanitárias e autorizadas a realização de eventos de pequeno porte, alimentação local em restaurantes e afins. Existe a demanda e a necessidade de se conhecer o mercado, de se conhecer que tipo de entretenimento as pessoas mais consomem, em quais plataformas, e como esse consumo tem se alterado em relação à pandemia. Conhecer essa realidade é fundamental não só para empreendedores de eventos, produtores musicais, donos de casas de shows, é fundamental para o próprio artista conhecer qual é e como se comporta o seu mercado consumidor. De maneira mais geral, a presente pesquisa encontra bastante relevância no atual cenário econômico de crise pois é capaz de orientar a produção de todos os ramos dos trabalhadores culturais possibilitando maximização de alcance na realização das metas ou ainda possibilitando atuação/ militância ideológica/especulativa.
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