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Somos iguais a vocês!!!!! um grito pela visibilidade dos usuários no CAPS do município de Soledade-PB (Salvo Automaticamente)

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Somos iguais a vocês!!!!! Um grito pela visibilidade dos usuários no CAPS do Município de Soledade-PB
... não há o que ser corrigido. Há o que ser escutado. Não há o que ser abolido. Há o que ser recuperado. Há o que ser construído”. Freud estimula a pensar que: “não somos iguais, há muitos diferentes. Há muitas diferenças. É preciso tratar do sofrimento decorrente da diferença, quando é o caso, sem, no entanto, aboli-la” (CARREIRO et al., 2005).
INTRODUÇÃO
Inicio este artigo com esta frase de Freud, o que me fez pensar sobre a fragilidade da mente humana, o que remete ao objetivo principal deste artigo o tratamento humanizado no CAPS do Município de Soledade-PB.
A OMS define saúde mental como um estado de bem estar em que o individuo reconhece suas próprias habilidades pode lidar com estresses normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de contribuir para sua comunidade.
Existem três partes do cérebro responsável por reagir ao estresse: amígdala, hipocampo e córtex frontal, que também afetam seu comportamento, se você dorme e se alimenta mau e esta emocionalmente estressado, vai acabar produzindo o chamados hormônios de estresse, especialmente o cordisol, podendo diminuir a atenção, percepção e memoria, além de aumentar o risco de sobrepeso.
Existem muitas maneiras de controlar os sintomas que são suficientes para impactar o seu bem-estar aliviar o estresse do dia a dia e melhorar seu humor, mas quando isso tudo não e possível?!!! 
Segundo a OMS, cerca de 20% das crianças e adolescentes ao redor do mundo sofrem de algum problema ou transtorno mental, e mais, cerca de 50% dos transtornos mentais tem inicio antes dos 14 anos.
Um dos grandes problemas e que muita gente não entende que um transtorno mental não significa louca ou incapaz pelo restos da vida, devido a este desconhecimento muitas pessoas negam que elas ou alguém próximo sobram transtornos mentais.
Os CAPS foram criados no sentido de substituir o modelo manicomial, inaugurando uma nova perspectiva para o tratamento de transtornos mentais. 
Os CAPS são instituições:
[...] a acolher os pacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Sua característica principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu “território”, o espaço da cidade onde se desenvolve a vida quotidiana de usuários e familiares. Os CAPS constituem a principal estratégia do processo de reforma psiquiátrica (BRASIL, 2004).
O objetivo principal deste trabalho e discorrer acerca do Centro de Atenção Psicossocial do Municipio-PB, e seu papel no processo de humanização dos usuarios portadores de transtorno mental.
O artigo esta dividido em quatro partes, a introdução onde podemos ter visão geral da problematica tratada. O capitulo seguindo traz o percurso historico da Loucura, passando pela reforma psiquiatrica ate o ápice da criação do Centros de Atenção PSicossoail.
No capitulo três a discursão gira em torno da humanização do atendimento aos usuarios da atenção mental e os refflexoes na inserção dos usuaruiso na sociedade. Por ultimo, a debate sobre o CAPS do Munciipio de Soledade, iniciando com um resgate historico para enfim chegar aos dias atuais.
Esperamos com este artigo instigar novas pesquisas acerca do assunto e que o debate tenha continuidade contribuindo para a criação de politicas publicas mais eficazes que visem uma maior visibilidade no atendimento humanizado aos usuários dos CAPs..
UM PERCURSO ENTRE A HISTORIA DA LOUCURA, A REFORMA PSIQUIÁTRICA E A SAÚDE MENTAL
A humanidade convive com a loucura a séculos, e muitos antes de ser tratado como algo médico, foi tratado de diversas formas, era um enigma para a sociedade, já foi motivo de chacota, marginalizados por não se enquadrava nos preceitos morais vigentes e ameaçava os saberes constituídos pelo homem.
Na Grecia Antiga a loucura era vista como uma manifestação divina, e as palavras do louco era dito como um “saber” e poderia interferir no destino das pessoas. Na Idade Média Média os loucos pertenciam a sociedade, a loucura possuía uma linguagem aceita na sociedade e possuíam um lugar especifico, na Renascença deu inicio a ruptura na forma como os loucos seriam tratados, e o período que marca a racionalidade médica, Foucault(2006) destaca;
Na Idade Média, e depois no Renascimento, a loucura está presente no horizonte social como um fato estético ou cotidiano; depois, no século XVII – a partir da internação – a loucura atravessa um período de silêncio, de exclusão. Ela perdeu essa função de manifestação, de revelação que ela tinha na época de Shakespeare e de Cervantes (Foucault, 2006, p.163).
Na Idade Clássica, surge a ideia de devassos, portadores de doenças venéreas, libertinos etc, a definição de loucura se mistura com diversas experiências. 
Ao longo dos anos é feita uma confusão sobre a loucura, o que realmente é a loucura, Michel Foucault (1978), explica que para se estudar a loucura se faz necessário fazer uma retrospectiva da historia e explicar a questão da exclusão social e os leprosários, destacando a figura do Nau dos Loucos que tinha a função de “sumir” com aqueles que não contribuíam para a sociedade, feiticeiros, portadores de doenças venéreas, leprosos, doentes mentais entre outros., ou seja eram centro de confinamento.
Com o desaparecimento da lepra, foram surgindo as doenças venéreas, mas logo foi substituída pois a ciência encontrou explicação para sua causa e tratamento, e o espaço deixado foi sendo substituído por um fenômeno bastante complexo, chamado a loucura, onde a ciência não tinha explicação para sua causa nem tão pouco tratamento, neste período os loucos começaram a ser associados a demônios e seres possuídos, passando a viverem acorrentado e todo tipo de maus-tratos e humilhações , sendo deixados expostos ao frio, fome, sede, e eram jogados a fogueira.
No Século XVII, com o aparecimento do Mercantilismo, todo aquele que não podia produzir para o crescimento da população era deixado a margem da sociedade, o louco era excluído novamente, sofrendo preconceito e banido da sociedade.
O Século XVIII, Philippe Pinel , considerado o pai da psiquiatria, propôs uma nova forma de tratamento aos louco, libertando das correntes e transferindo aos manicômios, onde vários procedimentos foram desenvolvidos, o tratamento era baseado principalmente na reeducação dos alienados, o respeito as normas e desencorajamento das condutas inconvenientes, e para ele a função disciplinadora deveria ser exercida com firmeza, porem com gentileza, indicando o caráter essencial moral. No entanto, com o tempo vai se modificando, esvaziasse a ideia original, permanecendo as ideias originais do método, permanecendo as ideias corretivas e de disciplinas, que incluía medidas físicas, chicotadas, sangrias e maquinas giratórias.
Com a evolução das teorias organicistas, já no Século XIX, o que era considerado doença mental passa a ser considerada também como doença orgânica, e as técnicas empregadas no tratamento eram semelhantes a empregadas anteriormente, alguns métodos experimentais, onde a medicina justificava que essa estratégia era necessário e importante para o processo terapêutico.
O Brasil, copiou o modelo hospitalocêntrico das experiências do Século XIX, onde os hospitais eram administrado pelas Santas Casas de Misericórdia e tinha como gestoras a igreja católica.
O primeiro hospício no Brasil foi inaugurado em 1852 no Rio de Janeiro, era chamado de Pedro II, foi criado devido ao crescente numero de pessoas livres, ociosas e alienadas que circulavam pelas grandes cidades e na capital, esse hospital tinha como objetivo limpar a cidade dessas pessoas que eram denominadas improdutivas.
A historia da loucura esta lado a lado com o capitalismo, quando foram criadas as primeiras industrias farmacêuticas, houve a transformação da loucura em mercadoria.
As primeiras instituições psiquiátricas se assemelhavamaos campos de concentração nazista, atrocidades eram cometidas, No Brasil mais de 60 mil pessoas perderam a vida, entre os anos de 1903 a 1980, cerca de 70% dos internos não tinham o diagnostico de doença mental, as instituições lucravam com os cursos vendidos as faculdades, muitas instituições pelo país serviam de cárcere para aqueles considerados indesejados pela sociedade.
No fim dos anos 70, com a Organização do Movimento dos Trabalhadores de Saude Mental, as denuncias colocaram em xeque a politica psiquiátrica brasileira. 
Em 18 de maio de 1987, se concretiza o Movimento da Luta Antimanicomial, com a elaboração da Carta de Bauru, como resultado tem inicio em 2000 um modelo de atenção á saúde mental mais aberto e apiado pela comunidade.
Os anos 90 a redemocratização do pais e a criação do SUS permitiram a reforma psiquiátrica desenvolver sua proposta de substituição do modelo hospitalocentrico por uma rede de atenção psicossocial.
O MInisterio criou então as primeiras regulamentações paraserviços comunitários, chamados de Centros de Atenção Psicossocial-CAPS ou Nucleosde Atenção Psicossocial-NAPS, a fase atual do processo politico da reforma iniciasse com a aprovação da Lei 10.216 em abril de 2001, e com a III Conferencia Nacional de Saude Mental, que foi um marco na consolidação do ideário da reforma, a partir desse momento foram definidas as modalidades de CAPS e seu papel na organização da atenção psicossocial.
A rede de atenção à saúde mental brasileira é parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), rede organizada de ações e serviços públicos de saúde, instituído no Brasil pelas Leis Federais 8080/1990 e 8142/90. Leis, Portarias e Resoluções do Ministério da Saúde priorizam o atendimento ao portador de transtorno mental em sistema comunitário.
... não há o que ser corrigido. Há o que ser escutado. Não há o que ser abolido. Há o que ser recuperado. Há o que ser construído”. Freud estimula a pensar que: “não somos iguais, há muitos diferentes. Há muitas diferenças. É preciso tratar do sofrimento decorrente da diferença, quando é o caso, sem, no entanto, aboli-la” (CARREIRO et al., 2005).
O primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Brasil foi implantado no ano de 1986, em São Paulo, com a denominação de Centro de Atenção Psicossocial Professor Luiz da Rocha Cerqueira, conhecido como CAPS da Rua Itapeva, este e outros fazem parte do movimento social, formado por trabalhadores de saúde mental que buscavam a melhoria da assistência no Brasil.
Quantidade de municípios que possuem CAPS no período de 2008 a 2017
Fonte: http://dados.gov.br/dataset/mspainelsage_27/resource/425533dd-d001-4344-9e71-c9f0efd71f24. Acesso em 03 ago 2020.
A partir do momento que foram criados os CAPS e a definição do seu papel na organização da atenção psicossocial, os Centros de Atenção Psicossocial passaram a expandir-se regularmente, com cerca de 159 serviços a cada ano, e em 10 anos foram incorporados aproximadamente 30.000 novos profissionais ao sistema municipal de saúde mental.
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE MENTAL
O CAPS tem como objetivo dar apoio as pessoas com transtorno mentais, busca prestar assistência social a partir da inserção social e não da exclusão, e atende pessoa sde todas as faixas etárias, diagnosticadas e acompanhadas com transtornos mentais graves e persistentes, incluindo quem faz usos de substancias psicoativas. 
È uma importante conquista e avanço nas politicas publicas voltadas a saúde publica brasileira, e a partir desta proposta que passou-se a oferecer acompanhamento integral a saúde e respeito a dignidade de pessoas que ao longo da historia tiveram os direitos humanos básicos negados.
A Rede de Atenção Psicossocial tenta manter a vida, a identidade dos usuários, através de atividades que possibilitem a socialização, e interação com a família e a comunidade, os CAPS é um serviço responsável pelas atividades voltadas as pessoas com transtorno mentais que necessitam de tratamento e acompanhamento medico,
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) faz parte de uma rede mais ampla, a Rede de Atenção à Saúde (RAS). A RAS são ações e serviços de saúde, integradas, por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, que buscam garantir a integralidade do cuidado (BRASIL,2010)
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são a porta de entrada para os serviços em saúde mental dos municípios, o atendimento deve estar direcionado a atenção ao ser humano, ao sujeito que e atendido, a valorização e essencial para reinserção na sociedade. 
Humanização é um substantivo abstrato, difícil de definir, esta ligado a ações, gestos, tratamento as pessoas, as relações sociais, a colaboração entre as pessoas, afinidades e empatia, são adjetivos essenciais no tratamento com pessoas acometidas com transtornos mentais. 
A Politica Nacional de Humanização(PNH) foi lançada em 2003 pelo Ministerio da Saúde, e tem como principal objetivo efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidária e humanização nas relações entre profissionais e pacientes. 
É neste sentido que a humanização não pode ser pensada a partir de uma concepção estatística ou de distribuição da população em torno de um ponto de concentração normal (moda). O que queremos defender é que o humano não pode ser buscado ali onde se define a maior incidência dos casos ou onde a curva normal atinge sua cúspide: o homem normal ou o homem-figura-ideal, metro-padrão que não coincide com nenhuma existência concreta. (Benevides, Passos, 2005, p.391)
A humanização, segundo Benevides(2005) esta relacionada ao homem, o ser, não existe normal ou ideal, é so o ser humano.
A PNH é norteada por três principios, a inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção de saúde; a transversalidade e autonomia e protagonismo dos sujeitos, tem como propósitos contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS co os principios e as diretrizes da humanização; fortalecer iniciativas de humanização existentes e Desenvolver tecnologias relacionadas ao compartilhamento das praticas de gestão e atenção, aprimorar e divulgar os modelos de gestão, e implementar processos de acompanhamento e avaliação e experiências coletivas bem sucedidas. (BRASIL, 2013).
Os pontos-chaves que gerenciam o trabalho humanização em saúde são: acolhimento, gestão participação e co-gestão, ambiência, clinica ampliada, valorização do trabalho e principalmente, a defesa dos direitos dos usuários. A Politica Nacional de Humanização existe para ampliar a relação do profissional de saúde com o cidadão, fazendo com que a atenção não seja apenas voltada para a doença, mas levando em conta tambem o emocional e o consciente. 
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO MUNICÍPIO DE SOLEDADE-PB
A Lei 10.216 de 06 de abril de 2001, aprovada pelo Congresso Nacional foi o marco para a determinação dos direitos e proteção das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, em 2002 as Portarias 336 e 189 do Ministério da Saúde regulamentaram e atualizaram as normas de funcionamento dos CAPS, além de destinar recursos financeiros para eles. 
Logo após a consolidação da Lei e das Portarias e como a servidora do município Valeria de Fatima Ouriques de Oliveira, assistente social, lotada na Secretaria de Assistência Social que também na época estava a disposição da Secretaria de Saúde, desenvolvia um trabalho de acompanhar e classificar o publico atendido, diante disto organizou e classificou em listas, dentre estas listas foi discriminados, deficientes físicos, metais, alcoólatras etc, para que fossem desenvolvidos trabalho específicos em cada grupo focal.
Em abril de 2005 começaram a acontecer as primeiras reuniões que dariam inicio ao primeiro CAPS do município, estas reuniões aconteciam uma vez por mês nas escolas municipais e no Clube Recreativo, nestas reuniões estavam presentes os selecionados e uma equipe de profissionais devarias áreas, dentistas, psicólogos, técnicos de enfermagem, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogo, onde na ocasião cada profissional tinha a função de ministrar pequenas oficinas.
Nas reuniões também ocorria momentos de descontração, sempre contava com a participação de grupos de dança do Pro-Jovem do Município, lanche e roda de conversa, destacamos a participação da Sra Tertulina Gomes de Melo, como uma das animadoras, Ana Maria(Ana de Olavo). A equipe de profissionais deste período era formada por Valeria e Márcia Régia de Lima Gouveia(Márcia de Seus Mario Ouriques) a assistente social, Jacinta de Fatima Mateus como oficineira, Tarciana Primo e Cecilia Dias Sampaio, técnicas de enfermagem.
Este período tão importante para a implantação do CAPS em Soledade de deu em grande parte devido ao árduo trabalho da assistente social Valeria Ouriques, que desenvolvia um trabalho de assistência e acompanhamento da população mais carente e na orientação e busca pelos direitos, partindo disto a mesma foi construindo o publico que seria em 2006 os primeiros usuários do Centro de Atenção Psicossocial do Municipio. Neste interim não posso deixar de destacar o papel essencial da Sra. Maria Lucia Dias Cardoso, responsável pelas orientações técnica relacionadas sobre cada publico, e que seria as diretrizes para implantação. 
Em 05 de dezembro de 2005 começam a ocorrer os primeiros atendimentos do CAPS de Soledade-PB, na casa localizada a Rua Carlos André de França, 60. O gestor do munícipio Jose Ivanildo Gouveia juntamente com o Secretario de Saúde, José Ivanilson Gouveia, após vivenciar juntamente com a equipe técnica do CAPS começa a estruturar a casa onde seria o CAPS de Soledade por vários anos.
Foto 01 – Reuniões para implantação do CAPS
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 02 – Reuniões para implantação do CAPS
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 03 – Reuniões para implantação do CAPS
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 04 – Reuniões para implantação do CAPS
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 05 – Reuniões para implantação do CAPS
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 06 – Reuniões para implantação do CAPS
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 07 – Reuniões para implantação do CAPS
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 08 – Reuniões para implantação do CAPS(Destaque para Maria Lucia Dias Cardoso)
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Em janeiro de 2006, ocorre a inauguração do CAPS de Soledade, em uma residência alugada com uma infraestrutura que abrangia uma area de convívio coletivo que servia de local para refeições, oficinas e reuniões, banheiros, cozinha, sala de coordenação, consultório da psiquiatra e da psicóloga, a coordenadora designada foi Ione de Assis Gouveia, Niedja a psicóloga, Zelia Coelho(psiquiatra), Valéria Ouriques(assistente social), e a equipe de apoio.
Foto 09 – Inauguração do 1o CAPS localizado a Rua Carlos André de França, 60, Centro Soledade-PB.
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 10 – Inauguração do 1o CAPS localizado a Rua Carlos André de França, 60, Centro Soledade-PB.(Usuário faz voz e violão na festa de inauguração)
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Não podemos deixar de destacar que todo o período de funcionamento do Centro de Atenção Psicossocial ofereceu atendimento psicológico, psiquiátrico, almoço, café da manha, almoço e lanche da tarde, banho, oficinas, aulas de escrita e leitura, pintura, higiene pessoal, corte de cabelo, manicure e algo considerado imprescindível para o sentido humanizador, regularmente ocorre atividades de descontração, dança, sessão de cinema, roda de conversas.
Foto 11 – Higiene Pessoal com os usuários.
 
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Os eventos e festas tradicionais não não são esquecidas, os funcionários, usuários e familiares confraternizam em períodos pontuais, São Joao, Pascoal, Natal, Dia das Mães, são acontecimentos onde todos estão presentes juntamente com a família, essencial no tratamento dos portadores de transtornos mentais, passeios turísticos também ocorrem com todos os usuários.
Foto 12 – Evento realizado com participação de usuários, familiares dos usuários e funcionários CAPS de Soledade-PB
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 13 – Evento realizado com participação de usuários, familiares dos usuários e funcionários CAPS de Soledade-PB
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 14 – Evento realizado com participação de usuários, familiares dos usuários e funcionários CAPS de Soledade-PB
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 15 – Evento realizado com participação de usuários, familiares dos usuários e funcionários CAPS de Soledade-PB
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
Foto 16 – Evento realizado com participação de usuários, familiares dos usuários e funcionários CAPS de Soledade-PB
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
No dia 16 de janeiro de 2016 é inaugurado as novas instalações do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I localizado a Rua José Rufino de Carvalho, na gestão do prefeito Jose Ivanildo Barros Gouveia, a coordenadora nomeada no período e que esta até hoje Tarciana Primo de Araujo, define o trabalho do CAPS “ é árduo. Precisamos de muita dedicação, atenção, agilidade e parcerias entre os serviços e a família. É troca de sentimentos, precisamos está abertos para quebrar tabus e preconceito”. Profissional extremamente competente e empenhada na causa de atenção a saúde mental.
Foto 17 – Inauguração do 1o CAPS localizado a Rua José Rufino de Carvalho, 60, Centro Soledade-PB.
Fonte: CAPS do Município de Soledade-PB.
O publico do Centro de Atenção Psicossocial de Soledade e dividido entre por intensivos, semi intensivos e não intensivos e ambulatorial, em 2006 os internos: eram de 30 a 35, hoje o numero vem caindo, atualmente gira em torno de 18 a 20 usuários por dia frequentes que participam de todas as atividades.
O horário de funcionamento é de 07:00hs as 17:00hs, com uma uma rotina já programada segue um cronograma de atividades semanais, banho, café da manha, aulas de pintura ou oficinas de artesanato, atividade física, repouso, atividade lúdica, lanche, a maioria dos usuários tem a disposição transporte, os medicamentos são administrados, sob a orientação da médica psiquiátrica no horários prescritos.
O CAPS também oferece atendimento psicológico que são agendados duas vezes na semana para aqueles de tratamento semi-intensivo, um total de 130 por mês.
Nos 14 anos desde seus primeiros atendimentos, alguns usuários permanecem com acompanhamento diários, alguns faleceram, outros mudaram de residência, outros foram reinseridos e apresentarem melhoria significativa no seu cotidiano, e importante destacar os usuários do CAPS de Soledade, antes do funcionamento viviam a margem da sociedade, trancafiados em suas residências, ate mesmo devido a falta de conhecimento da família no tratamento.
Desde a abertura em 2006 são oferecidos atendimento psiquiátrico um dia na semana para pacientes advindos de Soledade e outros municípios como São Vicente, Olivedos , Cubati, longo dos anos contamos a colaboração das médicas Tatiana Almeida, Zelia Coelho, Maria Lucia Dias, Carmem Rejane Monteiro.
Não posso deixar de citar os profissionais da área da psicologia que trabalharam de forma carismática e humana no CAPS, Ana Clara Alamac, psicóloga que esteve no CAPS por quase 10 anos e desenvolveu um trabalho carismática no atendimento aos usuários.
Com relação a medicação dispensada, desde a inauguração que é dispensado aos usuários e internos e externos psicotrópicos, Antipsicóticos e adjuvantes, Ansiolíticos e hipnossedativos, todos seguindo orientações da da Portaria Nº 336 do Ministério da Saúde, 
Todo o funcionamento do CAPS I, profissionais, infraestrutura seguem orientações da Portaria nº 336/GM e possue 1 médico psiquiatra, 1 enfermeiro, profissionais de nível superior de outras categorias profissionais:psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, pedagogo, técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão. O acolhimento é universal e diário independente de idade, raça, religião, oferece atendimento individual, em grupos, e apoio psicológico a família.
Todo esse aparato necessita de assistência financeira, o órgão gestor é municipal, esta vinculada a Prefeitura e é mantida por verbas federais, regulamentada pelas Portaria nº 1.455/GM, em 31 de julho de 2003 e a Portaria Nº 3.089, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011, mensalmente o Governo Federal direciona 40.000,00 para o custeio e manutenção das atividades, algo que chega a ser insuficiente devido a grande demanda, despesas com alimentação, pagamento de pessoal, agua, luz, medicamentos, uma boa parte é custeada por recursos próprios, também podemos salientar que a população faz doações que auxiliam nas atividades.
Algo positivo na comunidade, que vai além da área financeira, é o trabalho voluntario, pessoas da sociedade em geral regularmente se voluntariam para prestarem serviços no CAPS, pessoas como a Sra Ivaneide Gonçalves Ouriques lecionou para os usuários, Tertulina Gomes ministrava oficinas de teatro, Ana De Olavo lecionava e ministrava oficinas, é algo recorrente o auxilio da população.
Lamentavelmente ainda vemos estereótipos, ,usuários sendo ditos como “loucos”, tratados a margem da sociedade, algumas pessoas demostram medo, são discriminados, uma parcela da comunidade em geral de dispõem a trabalhar voluntariamente, afinal Somos Todos Iguais!!! 
O maior desafio da Saúde Mental são politicas publicas adequadas, embora ao longo dos anos tenha havido progresso s na reforma psiquiátrica que norteia os princípios do sistema de saúde mental muito ainda tem a ser feito, falta recurso suficiente para adequar as infraestrutura dos Centros, para suprir e manter as atividades diárias. 
Devido ao aumento da demanda foi solicitado pelo Deputado Veneziano Vital do Rego, a instalação de mais um Centro de Atendimento Psicossocial para os Usuários de Álcool e outras Drogas - CAPS AD, no município de Soledade, em 20/12/2017, mas foi indeferido em 31/01/2019 e arquivado. Na esfera municipal o vereador Júlio Cezar de Vasconcelos Garcia, protocolou o Requerimento 041/2017 - 14/09/2017, solicitando a implantação de um CAPS infantil em nosso Município, algo que também foi indeferido.
Ainda temos muito o que peregrinar, para que se compreenda que por trás de um rotulo, de um estereotipo há uma pessoa muito maior do que seu problema, há uma pessoa por inteira.
REFERENCIAS 
BRASIL. Lei 10.216 de 06 de abril de 2001: Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10216.htm#:~:text=LEI%20No%2010.216%2C%20DE,Art.. Acesso em: 31 jul. 2020. 
______. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 336, de 19 de Fevereiro de 2002. Estabelece que os Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas seguintes modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 9 fev. 2002b. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html. Acesso em: 31 jul. 2020.
______. Ministério da Saúde. Resolução – RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico destinado ao planejamento, programação, elaboração, avaliação e aprovação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, em anexo a esta Resolução a ser observado em todo território nacional, na área pública e privada compreendendo. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 21 fev. 2002c. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0050_21_02_2002.pdf/ca7535b3-818b-4e9d-9074-37c830fd9284. Acesso em: 31 jul. 2020. 
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/vacine-se/693-acoes-e-programas/40038-humanizasus. Acesso em: 31 jul. 2020. 
AMARANTE P. O homem e a serpente: outras histórias para loucura e a psiquiatria. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 1996.
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