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FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA 
PSICOLOGIA
KARLAINE PATROCINIO 
LAYNE PECINALLI CORRENTE 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
CACHOEIRA-BA 
2018
KARLAINE PATROCINIO 
LAYNE PECINALLI CORRENTE
RELATÓRIO DE ESTAGIO 
RELATÓRIO DE SUPERVISIONADO DE PSICOLOGIA NA FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA. PROFESSOR ORIENTADOR: ANTONIO JOSÉ PIMENTEL 
CACHOEIRA – BAHIA
2018
INTRODUÇÃO
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) surgiu após a reforma psiquiátrica, que teve como objetivo a erradicação dos maus tratos em hospitais psiquiátricos e manicômios. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) conta com uma equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, profissionais de serviços gerais, psicólogo, assistente social, técnico de enfermagem, dentre outros a depender da classificação e demanda. As atividades desenvolvidas neste ambiente são individuais e em grupo, bem como comunitárias e familiares. 
O estágio supervisionado de Psicologia e Processos de prevenção e promoção da saúde (Psicologia Sócio-Histórica) foi realizado no Caps I  na cidade de Amélia Rodrigues, sendo um município brasileiro do estado da Bahia criado em 1961 e desmembrado de Santo Amaro, localizado na Região Metropolitana de Feira de Santana. 
A constituição da Psicologia como profissão é considerada, historicamente, um fato recente no Brasil e se formalizou com a Lei 4.119 de 1962 que dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão do Psicólogo. Na concepção da função e dos locais de atuação desse profissional a Lei transparece, a meu ver, o momento sócio-histórico da construção indenitária dessa profissão no país: a utilização de instrumentos quantitativos de mensuração relacionados aos campos clássicos de atuação do profissional de Psicologia.
O trabalho na elaboração de Políticas Públicas e a atuação nos diferentes equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, são campos de inserção que, como tantos outros, não são contemplados quando se caracteriza a Psicologia apenas pela instituição onde ela se insere (Psicologia Escolar para o trabalho desse profissional em escolas, por exemplo).
O movimento da luta antimanicomial compõe o cenário nacional de luta em prol dos direitos dos usuários e familiares a uma atenção digna dos serviços de saúde, através de ações que se multiplicam e pautam pela criatividade dos protagonistas, que buscam mudar o imaginário social sobre a loucura. É considerado um movimento social.
O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da eclosão do “movimento sanitário”, nos anos 70, em favor da mudança dos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, equidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e produção de tecnologias de cuidado. 
Embora contemporâneo da Reforma Sanitária, o processo de Reforma Psiquiátrica brasileira tem uma história própria, inscrita num contexto internacional de mudanças pela superação da violência asilar. O processo da Reforma Psiquiátrica brasileira é maior do que a sanção de novas leis e normas e maior do que o conjunto de mudanças nas políticas governamentais e nos serviços de saúde.
O processo de redução de leitos em hospitais psiquiátricos e de desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internação passa a tornar-se política pública no Brasil a partir dos anos 90, e ganha grande impulso em 2002 com uma série de normatizações do Ministério da Saúde, que instituem mecanismos claros, eficazes e seguros para a redução de leitos psiquiátricos a partir dos macro-hospitais.
 
OBJETIVO
Dia 10 de setembro aconteceu o primeira contato no CAPS I de Amélia Rodrigues e no espaço local e muito bem iluminado, contém janelas em todos os cômodos. Logo na entrada se encontra um jardim, logo a seguir a sala de recepção, duas salas onde ocorrem os atendimentos com os psicólogos, e uma sala destinada ao atendimento do psiquiatra, a sala de jogos, dois banheiros para os usuários e um banheiro para os funcionários, uma sala de equipamentos de serviços gerais (contem pás, vassouras, rodos, panos e entre outros), uma copa que fica em frente a cozinha, a sala da farmácia. No CAPS não existia a placa e o local ficava em frente ao Fórum e ao lado do posto de saúde. 
Dia 17 de setembro ao chegamos no local a psicóloga estava de férias e não houve atendimento, porém ficamos observamos os usuário intensivos que ficam o dia todo na sala de jogos, onde eles ficam conversando, vendo televisão e alguns até cuidam do jardim. 
Dia 24 de setembro fomos conhecendo a equipe no CAPS que é formado por um vigia, um médico psiquiátrico, uma secretária, duas técnicas de enfermeira, a responsável pela limpeza (serviços gerais), uma coordenadora, duas enfermeira e duas psicólogas. Fomos muito bem recebidas pela equipe e também pelos pacientes e a psicóloga nos mostrou como funcionava a avaliação psicológica, a triagem e o processo de como os funcionários chegavam até o CAPS. 
Dia 08 de outubro ocorreu o atendimento com vários pacientes, com o qual eles se apresentam no posto de saúde, e se os casos de sofrimento psíquico são muito graves (que trazem uma alteração na vida cotidiana) eles são encaminhados para o CAPS, e dai eles marcam consultam com a psicóloga e se for muito grave são encaminhados para o psiquiatra e em um desses processos um caso que nos chamou bastante atenção, que foi de um paciente apresentando sintomas de esquizofrenia. Ele relatava através da fala que ouvia vozes, e essas vozes diziam para que ele pulasse o muro, porém ele não via ninguém (delírios). E através da avaliação foi observado pelo processo da triagem que aquele paciente deveria continuar sendo atendido no CAPS ou se ele seria liberado para ser atendido no posto de saúde. E no caso, ele deveria ser atendido no local, pois o CAPS atende e acolhe esses acontecimentos, porém devidos aos ferimentos que ocorreram quando ele estava pulando o muro foi levado ao hospital psiquiátrico. 
Dia 15 de outubro acompanhamos e observamos a psicóloga na avaliação, como era o atendimento e a triagem. Ela fazia perguntas referentes a vida do paciente tais como a qualidade de sono, se ele usa algum tipo drogas psicoativas ou álcool, se na família ocorriam casos de transtorno mental ou de comportamento, se toma alguma medicação forte, e entre outros. E essas perguntas são baseadas na ficha de atendimento onde contém todas as informações referentes a vida do paciente. E em uma dessas entrevistas foi observada uma paciente que diziam que estava ficando muito irritada com seu filho e por motivos banais, ela dizia que o relacionamento com seu marido trazia medo e irritação, e de acordo com seu relato de vida ela acabou “soltado” que já foi usuária de drogas psicoativas porem hoje era uma pessoa religiosa e que não se envolvia mais. E então a psicóloga a encaminhou para ser atendida no CAPS.
Dia 22 de outubro assim que chegamos no local a psicóloga já estava em atendimento e fazendo terapia com um usuário, e por isso não pudemos participar e nem observar pois  seria anti-ético com o pacientes. No decorrer do estágio o guarda chefe de segurança da cidade procurou saber se sua equipe de segurança poderia ser atendida ou receber acolhimento, pois ele percebeu que dozes pessoas de sua equipe apresentaram vários sintomas de traumas, estresse pós- traumático alguns diziam que estavam sendo perseguidos (mania de perseguição) e apresentavam comportamentos agressivos. Porém a psicóloga informou para o chefe que ele deveria procurar a secretaria para não ocorrer problemas, mas ela afirmou que o CAPS serve para atender a população. 
Dia 29 de outubro não ocorreu atendimento pois ficamos sabendo que a cidade estava muito violenta, e foram mortos 4 pessoas, uma dessas pessoas fazia atendimento no CAPS porém mesmo com o ocorrido ela estava aberta para receber os usuários de quadros intensivos. 
Dia 05 de novembro no CAPShavia poucas pessoas, logo só existirão 3 atendimentos, duas eram para a terapia e uma avaliação psicológica que era um jovem de 19 anos com quadros de estresse e nervosismo. Porém como não era muito grave, ela o encaminhou para o posto de saúde mais perto de sua casa, pois naquele centro de atendimento são acolhidas pessoas com quadros graves tais como esquizofrenia, transtorno de humor (bipolaridade, depressão), entre outros.
Dia 12 de novembro chegamos no horário combinado que acontece sempre nas segundas pela manhã e ficamos observando os usuários e como funciona sua rotina. Eles chegam às 8 horas da manhã para pegar seu medicamento. Os pacientes de quadro intensivo tomam os remédios e fica o dia todo e no local eles recebem lanches e almoço. Porém nem todos os pacientes ficam o dia todo, tem pacientes que apenas comparecem ao CAPS para tomar o medicamento e voltam para casa, outros levam o medicamento para casa e só voltam quando precisam tomar os remédios. 
Dia 19 de novembro ao chegamos no CAPS podemos perceber a importância de cada funcionário e que seu papel é fundamental  para atendimento a população. Percebe-se que quando um funcionário falto ocorre um atraso ou podemos até dizer uma deficiência e que o CAPS só funciona por que é um trabalho multidisciplinar. Porém naquela unidade, mesmo se ocorrer a falta de um funcionário, eles dão uma improvisada e um funcionário que esteja mais livre pode substituir para que o centro não pare.
Dia 26 de novembro fomos convocados para um simpósio de desinstitucionalização do Hospital Psiquiátrico Lopes Rodrigues. Esse simpósio foi realizado em Feira de Santana e foi realizado por alunos do decimo período de enfermagem e através das palestras ouvimos os planos, os processos da desinstitucionalização e os relatos de como é realizado as praticas de profissionais do hospital especificamente psicólogos, enfermeiros, psiquiatras e como era de suma relevância o trabalho do CAPS em atender os usuários, pois ele tem um papel muito importante no processo da reforma psiquiátrica. 
Dia 03 de dezembro foi realizado o ultimo encontro e já estava no clima de despedida. Foi de extrema importância todo o aprendizado adquirido, pois vemos na pratica como era o trabalho de psicólogos e podemos fazer o elo da teoria com a pratica. Percebemos também como o psicólogo tem que estar aberto a novas possibilidades e deve haver o manejo para que seu trabalho possa trazer frutos e fazer com que os usuários se sintam a vontade e que tenham autonomia sobre sua vida. Ouvimos através de experiências adquiridas ao longo dos anos o trabalho da psicóloga Joana e como era importante ter paciência, habilidades e um olhar clinico. 
MÉTODO
O estagio foi realizado no período de 10 de setembro á 04 de Dezembro de 2018, somando a totalidade de 40 horas, sendo observado e registrado a realidade do CAPS I de Amélia Rodrigues – BA, sob a orientação da psicóloga funcionaria da instituição Joana Carvalho e do Professor Antonio José Pimentel. 
A realização da prática em saúde mental nos proporcionou uma experiência única, possibilitando obter informações e experiências de vivenciar a realidade dos Centros de Atenção Psicossocial e desmistificar alguns paradigmas. Esse estagio foi de suma importância para nosso futuro como futuras profissionais de psicologia. Experiências para nosso crescimento e visão do campo na área de saúde mental.
Fundamentação Teórica 
Nosso estagio teve como pressuposto teórico a psicologia histórico cultural tendo como grande expositor Vygotsky, envolvendo os textos do CREPOP e a intervenção do psicólogo no CAPS sendo individual ou grupal. 
Afirma Leontiev (1978a, p.267) que o homem aprende a ser homem, porque “[...] o que a natureza lhe oferece quando nasce não lhe é suficiente para que possa viver em sociedade”. O autor ainda enfatiza que, para que o homem tenha condições de humanizar-se, é preciso que sejam criadas condições concretas de apropriação dos bens materiais e simbólicos produzidos pela humanidade. 
Identifica-se que os teóricos da Psicologia Histórico-cultural fundamentaram seus pressupostos numa ampla compreensão de cultura, valorizando o homem como sujeito do processo de construção da realidade objetiva e subjetiva e, nesse processo, privilegiaram a linguagem socialmente construída, como um sistema de signos e mediador por excelência, da construção das funções psicológicas eminentemente humanas, as funções psicológicas superiores.
Vygotsky diz em que poderíamos dizer que a constituição do sujeito passa pelo significado que o outro dá ás ações que esse sujeito estabelece, mas, além disso, o próprio significado que o outro dá a essas ações é produto de todo um processo histórico e cultural. Assim, mais uma vez se comprova que a subjetividade do individuo se dá ao nível das relações deste com o outro pois o sujeito não se dilui no outro e nem se perde no social, mas adquire singularidade justamente na relação com o outro, em relação ao outro, sendo esse outro uma complexidade que se apresenta e se representa de diferentes modos. 
No CREPOP diz que as práticas psicológicas não devem categorizar, patologizar e objetificar as pessoas atendidas, mas buscar compreender e intervir sobre os processos e recursos psicossociais, estudando as particularidades e circunstâncias em que ocorrem. Tais processos e recursos devem ser compreendidos de forma indissociada aos aspectos histórico-culturais da sociedade em que se verificam, posto que se constituem mutuamente. O indivíduo, em interação constante com seu contexto social (familiar, comunitário), é o eixo da produção e utilização do conhecimento psicológico numa prática comprometida com o desenvolvimento, a justiça e a eqüidade social (MARTINEZ, 2003). A capacidade de enfrentamento das situações da vida é afetada pelas experiências, condições de vida e significados construídos ao longo do processo de desenvolvimento. Alterar o lugar do sujeito nas políticas de Assistência Social, potencializando a sua capacidade de transformação, envolve a construção de novos significados. Para romper com os processos de exclusão, é importante que o sujeito veja-se num lugar de poder, de construtor do seu próprio direito e da satisfação de suas necessidades. No entanto, essa mudança de significados envolve também o contexto social que deve re-significar a compreensão sobre como a vulnerabilidade social é produzida.
Diz ainda que é preciso, portanto, olhar o sujeito no contexto social e político no qual está inserido e humanizar as políticas públicas. Os cidadãos devem ser pensados como sujeitos que têm sentimentos, ideologias, valores e modos próprios de interagir com o mundo, constituindo uma subjetividade que se constrói na interação contínua dos indivíduos com os aspectos histórico-culturais e afetivo-relacionais que os cercam. Essa dimensão subjetiva deve ser levada em consideração quando se organizam e executam as políticas públicas.
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) Referência técnica para atuação do(a) psicólogo(a) no CRAS/SUAS / Conselho Federal de Psicologia (CFP). -- Brasília, CFP, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental no Brasil. Brasília, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília, 2004.

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