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IMUNIDADE NO FETO E NO RECÉM-NASCIDO E COMPOSIÇÃO DO COLOSTRO E LEITE

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Nome: Beatriz Martins Moraes
Disciplina: Imunologia
Curso: Medicina Veterinária
IMUNIDADE NO FETO E NO RECÉM- NASCIDO E
COMPOSIÇÃO DO COLOSTRO E DO LEITE
Como foi dito anteriormente na aula de Imunoprofilaxia, o filhote nasce sem sistema
imunológico eficaz, precisando do suporte materno nas primeiras semanas para se fortalecer.
O sistema imune então serve para permitir que a mãe dê esse suporte para o feto através do
anticorpos, enquanto ele ainda não é capaz de combater ameaças com seu próprio sistema
imunológico desenvolvido, já que o filhote no útero da mãe está em um ambiente estéril e
assim que sai, vai para um ambiente contaminado em que ele não está preparado 100%, pois
o sistema imunológico está em maturação. A mãe então vai promover uma defesa
imunológica para o filhote, visto que o neonato está “exposto” à infecções, então há trocas
imunológicas entre a mãe e o feto.
O primeiro tecido linfoide a ser desenvolvido é o timo, que nos cavalos são cerca de 60 dias,
bovinos cerca de 40 dias, cão e gato cerca de 25 dias, produzindo então inicialmente
linfócitos T. O segundo tecido linfoide a ser desenvolvido é a medula óssea, seguida do baço,
que vai poder ter a produção de linfócitos B, porém que ainda não possuem função eficaz,
pois ainda não foram ativados em plasmócitos, sendo então inativos e não produzindo
anticorpos. Logo após a formação desses tecidos, vem a formação das Tonsilas e Placa de
Peyer. Depois tem a formação de células pluripotentes, que possuem capacidade de se
modificar em qualquer célula do sistema imune. A resposta fagocitica no feto não é
totalmente efetiva. O sistema imune também tem dificuldade de fazer o reconhecimento, e o
feto não tem imunidade adaptativa e não gera no momento células de memória, e não tem
produção efetiva de anticorpos.
se vacinar um animal que está prenha, pode não dar efeito na mãe mas pode dar graves
efeitos no filhote.
Imunoglobulinas placentárias: os fetos recebem variando de acordo com a espécie, porque
algumas espécies têm placentas diferentes, e então a transferência é diferente de uma espécie
para outra. Na placenta hemocorial (humanos, roedores, primatas e coelhos) o sangue da mãe
entra em contato direto com o trofoblasto, então a transferência é fácil, transmitindo uma alta
quantidade de IgG. Nos cães e gatos, que tem a placenta endoteliocorial, as células
sanguíneas não possuem contato direto, embora fiquem próximos do trofoblasto, tem até
transferência, mas muita pouca, sendo a maior parte pelo colostro. Nos ruminantes existe uma
placenta chamada de sindesmocorial, entre o trofoblasto e a parede uterina tem uma camada
de tecido que dificulta a passagem das células, sendo então 100% da imunidade dos
ruminantes através do colostro. Nos cavalos e suínos a placenta é epiteliocorial, acontecendo
a mesma situação dos ruminantes.
Como resposta às imunoglobulinas recebidas, inicia-se o desenvolvimento da microbiota
intestinal (começando a produzir algumas substâncias na microbiota intestinal que vai agir no
sistema imune), acontece também o desenvolvimento de imunidade inata.
COLOSTRO
Vai fazer imunização sistêmica, tendo anticorpo distribuido em todo o organismo do animal,
e quando o neonato ingere colostro, ele ingere uma ALTA quantidade de anticorpos. O filhote
que quando nasce mama primeiro, costuma ser mais saudável. As imunoglobulinas deixam a
coloração do colostro amarelada, e com o tempo vai mudando a cor.
Quanto mais cedo o indivíduo conseguir mamar, mais imunoglobulinas ele vai ingerir. O
neném tem uma alta capacidade de absorver os solutos nas primeiras 24 horas de vida.
O sistema imune da mãe deve estar preparado para o filhote, ou seja, vacinada e bem nutrida,
até porque a concentração de Ig no colostro está relacionada com a concentração de Ig no
soro da mãe antes do parto.
Se tiver nascimento prematura pode ter riscos pois o colostro pode ainda não estar pronto.
Nascimentos múltiplos podem atrapalhar a ingestão do colostro para todos os filhotes;
Algumas mães podem não instintos maternos e podem rejeitar. E alguns filhotes podem ter
dificuldade na sucção do leite.

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