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O USO DE ANABOLIZANTES E SEUS RISCOS NAS ACADEMIAS
Discente: Agne Roberto Oliveira Martins (Universidade da Amazônia - UNAMA)
Docente: Suênia Marcele Vitor de Lima (Universidade da Amazônia - UNAMA)
E-mail: agnemartins77@gmail.com
RESUMO
O objetivo do estudo foi listar novos meios de obter o corpo almejado, efeitos colaterais dos anabolizantes, analisar qual sexo utiliza mais anabolizantes e comentar sobre os perigos das vendas sem receituário médico. Foi possível observar que os usuários de anabolizantes utilizam do mesmo por razões estéticas, deixando claro que os padrões da sociedade são a principal causa das pessoas se submetem ao uso dessas drogas, colocando assim sua saúde mental e física em risco.
Abstract
The objective of the study was to list new ways to obtain the desired body, side effects of anabolic steroids, analyze which gender uses more anabolic steroids, and comment on the dangers of selling them without a medical prescription. It was possible to observe that users of anabolic steroids use them for aesthetic reasons, making it clear that society's standards are the main cause of people submitting themselves to the use of these drugs, thus putting their mental and physical health at risk.
Palavras-chave: “Anabolizantes”, “efeitos colaterais dos anabolizantes”, “o uso de anabolizante nas academias”.
Abstract: "Anabolics", "anabolic side effects", "anabolic use in gyms".
1. INTRODUÇÃO
Atualmente vivemos em uma sociedade em que o corpo é supervalorizado e alvo principal de preocupação e investimentos físicos e financeiros. O indivíduo acredita que para encontrar a felicidade deve se adequar aos valores projetados ligados a estética. Quando tais padrões são quase irreais e inatingíveis, é recorrido para aparatos medicamentosos, que geralmente são os anabolizantes (DANTAS, 2010).¹
Com essa ânsia de obter o “corpo perfeito” pode-se observar um grande número crescente de indivíduos que não estão satisfeitos com seu corpo, alguns desenvolvem anorexia, bulimia nervosa, ortorexia, vigorexia ou até tiram sua própria vida por não se encaixar no padrão da sociedade atual (ANDRADE, 2019).²
 Mesmo pessoas que já praticam academia sentem que não estão com o corpo ideal, por se comparar com astros de cinema, atletas ou fisiculturistas. Essa insatisfação faz com que estas pessoas usem produtos, tais como anabolizantes, apenas para se encaixar aos padrões estéticos da sociedade atual (KREIDER et. al, 2010).³
O uso dos anabolizantes surge com o desejo de aumentar a força e a massa muscular, assim, melhorando o desempenho físico do indivíduo, mas o uso abusivo do mesmo vem colocando em jogo o bem-estar dos usuários (VALLEJO, 2020).4
O uso de anabolizantes se tornou um problema mundial nesta última década. Tudo começou quando a testosterona foi isolada em 1935 pelo Dr. David Laqueur e sua equipe e vários andrógenos sintéticos foram rapidamente desenvolvidos (D. SCOTT, et al, 1996).5
 Com a fama se espalhando, os atletas descobriram os efeitos dos anabolizantes e o mesmo se espalhou pelo atletismo de elite nos anos de 1950 e 1970, mas em 1980 o uso foi generalizado e surgiu do mundo dos atletas para a população em geral e hoje a grande maioria de usuários de anabolizantes não são atletas competitivos e usam para melhorar sua aparência física (KANAYAMA; POPE, 2017).6
Os problemas para a saúde com os efeitos colaterais dessa prática de uso excessivo e indiscriminado de anabolizantes são diversos e podem afetar a vida do indivíduo de forma irreversível como: problemas renais, infertilidade (El Osta et al, 2016),7 afeta o sistema hepático e o sistema renal, facilitando o aparecimento de tumores (BRAGANÇA E SILVA, 2016),8 problemas no fígado, coração dilatado, acne severa, tremores entre outros. (ABRAHIN; SOUSA, 2013).9
Mulheres usuárias de anabolizantes os problemas são ainda piores como crescimento de pelos com distribuição masculina (peito e maxilar), perda de cabelo, atrofia mamária, ciclos menstruais irregulares, hipertrofia do clitóris, aumento e diminuição da libido e voz mais grave (PEREIRA, 2011).10
Para comprar anabolizantes, precisa de receita médica, que deve seguir vários parâmetros para ser aceita nas farmácias, deve obter o nome da patologia para comprovar que está sendo comprado para fins terapêuticos. Se não for comprado desse jeito pode gerar consequências no âmbito civil, sendo considerado crime (CECCHETTO et al, 2012).11
Entretanto, com o aumento desse mercado, veio também a falsificação, produção e contrabando de forma clandestina de anabolizantes da Argentina, Paraguai e até da Europa para o Brasil, sem nenhum tipo de fiscalização. Geralmente essas drogas são feitas em laboratórios clandestinos, acondicionado em ampolas não devidamente esterilizadas ou misturadas com outras drogas, fazendo com que o que já era perigoso ficasse pior (OVIEDO, 2013).¹²
Haja vista, o fácil acesso por meio de farmácias que vendem sem prescrição médica e até mesmo pelas academias é um problema grave, pois mesmo com as contraindicações e sabendo dos riscos, os indivíduos praticantes de musculação continuam usando (DARTORA et. al, 2014).¹³
O que pouca gente sabe é que os anabolizantes não afetam o usuário apenas fisicamente mais também mentalmente como mudanças de humor, que vão de manias até depressão. Os estados de manias ocorrem geralmente quando o indivíduo ainda está usando os anabolizantes, já a depressão vem quando o mesmo para de usar, ou entre os ciclos. O mais preocupante é que esses estados mentais podem deixar o indivíduo violento e cometer atrocidades a ele ou em outros (FREITAS, et al, 2017).14 
Isso ocorre por conta do aumento ou da diminuição da libido, deixando o indivíduo dependente, com alterações no humor, que está relacionado com o nível plasmático da testosterona. O uso indevido do anabolizante produz alterações do eletroencefalograma semelhantes a drogas psicoestimulantes (GANESAN et al, 2020).15
Segundo (DARTORA, 2014),16 a educação em saúde pode minimizar os danos ocasionados por estas substâncias e, talvez diminuir o crescente número de adeptos aos anabolizantes.
2 MÉTODOS
A metodologia que se adotou para a realização deste trabalho foi uma revisão bibliográfica, método este que permite que se faça uma síntese dos resultados obtidos em pesquisas sobre o tema de maneira sistemática, ordenada e abrangente, fornecendo assim informações mais esclarecedoras sobre o determinado assunto e problema (ERCOLE, et al, 2014) 17. 
2.1 Fontes
Foi feito pesquisa bibliográfica integrativa, sendo utilizado procedimentos técnicos para realizar a coleta e revisão da literatura, baseado em materiais já feitos, principalmente artigos científicos sobre o uso abusivo de anabolizantes. Para as ferramentas de busca, as plataformas de dados que foram utilizadas são as seguintes: “PubMed “, “Google Scholar" e “Scielo”. Com o intuito de facilitar a filtragem de assuntos mais relevantes à pesquisa, a estratégia de buscas compreende os seguintes termos: “Anabolizantes”, “Efeitos colaterais dos anabolizantes”, “O uso de anabolizantes nas academias”.
2.2 Período do estudo
Os estudos foram iniciados no dia 03/02/2022 e o término dia 10/08/2022.
2.3 Coleta de dados
A coleta de dados seguiu os seguintes princípios: 
1. Foram utilizados filtros avançados nos sites de busca relacionados aos anabolizantes.
2. Os dados colhidos foram utilizados para filtrar o que está relacionado ao uso e abuso dos anabolizantes nas academias e seus efeitos colaterais no corpo humano.
3. Foi utilizado trabalhos acadêmicos de caráter cientifico sobre os anabolizantes, além disso, foi analisado trabalhos publicados nos períodos de 1979 até 2021 nos seguintes idiomas: inglês, espanhol e português (brasil).
4. Foram excluídos artigos que não mencionaram os seguintes termos foram excluídos: “Anabolizantes”, “Efeitos dos anabolizantes”, “O uso de anabolizantes nas academias”.
3 RESULTADOS
Foi observado por meio de levantamento de artigos sobre o assunto, um maior número de publicações a partir do ano de 2016, tendo em vista que essarevisão bibliográfica buscou por artigos a partir de 1979. Foi notado que somente no meio da década passada que começou a ser discutido com precisão sobre o assunto abordado nesta revisão bibliográfica. Quanto a natureza da pesquisa, notou-se que todos os estudos trazem uma abordagem quantitativa.
3.1 Quadro 1: Identificação da amostra do estudo segundo autor, ano, título, objetivo, resultados e conclusões.
	AUTOR/ANO
	TITULO
	OBJETIVO
	RESULTADOS
	CONCLUSÕES
	SOUZA et, al (2016) 18
	Perfil de usuários de anabolizantes no município de Presidente Prudente-SP.
	Verificar o perfil de usuários de esteróides anabolizantes nas academias de musculação do município de Presidente Prudente-SP.
	Foram 357 voluntários de ambos os sexos (123 mulheres de 234 homens) com idade média de 26,57 participaram, sendo que 65,9% dos participantes afirmaram não usar anabolizantes, porém 96% dos entrevistados confirmaram que conhecem pessoas que usam substâncias como Deca-durabolin, Winstrol e Sustanon.
	Pode-se concluir que tanto usuários como não usuários de anabolizantes dizem conhecer outras pessoas que fizeram utilização ou utilizam anabolizantes.
	BEZERRA E SILVA (2019) 19
	O uso de esteroides anabólicos por praticantes de musculação da cidade de Patos-PR.
	Verificar o consumo de esteroides anabólicos entre praticantes de musculação da cidade de Patos-PR.
	Foram 114 voluntários, sendo mais de 50% do sexo masculino com a média de idade de 26 anos. 16,7% dos indivíduos faz uso de anabolizantes. 63,2% fez alegando que foi para melhorar sua estética, 42,1% afirmaram que foram orientados pelos médicos, e 57,9% afirmaram que compraram nas farmácias.
	Existe um número considerável de usuários de anabolizantes na cidade de Patos-PR e que os usuários compram geralmente em farmácias.
	ROSSO el, al (2020)20
	Uso de esteroides anabólicos androgênicos em praticantes de exercício de resistência em academias da cidade de Palotina-PR.
	Caracterizar os praticantes de exercícios de resistência que fazem uso de anabolizantes.
	Neste caso, a maioria dos que fazem uso de anabolizantes são homens, o motivo principal do uso é pela estética e hipertrofia e a maioria usa anabolizantes não indicados clinicamente.
	Os dados confirmam que em Palotina-PR, os praticantes de musculação que usam anabolizantes fazem uso do mesmo para fins estéticos e sem prescrição médica.
O que foi possível afirmar, após a compilação de artigos foi que a maioria dos usuários de anabolizantes são do sexo masculino, com idade média de vinte e seis anos, fazem musculação cerca de dois anos e que a maioria usa anabolizantes para melhorar esteticamente. Também foi possível analisar que uma grande parte dos usuários compram de forma ilícita, isto é, sem prescrição médica. Mostrando também que muitas farmácias vendem ilegalmente substâncias que precisam de receita médica para ser adquirido, mas também existe casos que os usuários adquirem receitas médicas falsas e apresentam nas farmácias para comprar os anabolizantes. 
A maioria das pesquisas foram feitas nas regiões sul e sudeste do brasil, mostrando a carência de pesquisas sobre esse assunto, principalmente na região norte do país.
4 DISCUSSÃO
4.1 Outros meios de possuir o corpo almejado 
Existem meios saudáveis e comprovados para possuir o corpo almejado. Para o pós-treino é indicado leite e clara de ovos. O leite apresenta alto PDCAA, alto valor biológico, bom nível de minerais e vitaminas e também auxilia na hidratação do corpo. Outra opção é a clara de ovo, que possui facilidade na ingestão. Uma outra categoria de suplementos muito importantes e que inclusive está na lista dos mais eficazes pela “International Society of Sport Nutrition” são os substitutos de refeição, os quais auxiliam em momentos em que a alimentação não é viável ou pela praticidade. Geralmente são alimentos ricos em proteínas e carboidratos. Pode ser usado aveia como fonte de carboidrato e claras de ovos pasteurizadas como fonte de proteína e tudo isso com um ótimo custo benefício. Existe também substitutos da creatina como a sardinha norueguesa, que oferece creatina e ômega 3. A cada 1 kg desse alimento fornece até 10g de creatina. O filé mignon e o lombo limpo do porco também oferecem uma boa quantidade de creatina, pois 1kg desse alimento pode oferecer até 5g de creatina. Suplementos que estão sendo muito valorizados nos dias de hoje são os ácidos graxos essenciais e auxiliares, como óleos de peixe, óleos de coco, óleos de linhaça e assim por diante. Podemos citar alguns auxiliares como óleos de alho, óleos de semente de uva, esses poucos menos utilizados, sendo tratados como “exóticos”. Também pode ser utilizado os peixes de águas frias, ricos em ômega-3 (sardinha, salmão, bacalhau, cavala), as oleaginosas, ricas em ômega-6 e algumas ricas em ômega-7, 3, 9, como a macadâmia e ainda outras ricas no próprio ômega-3, como as nozes. Além desses alimentos, outros tantos como o abacate são fundamentais em uma boa dieta. A polpa do coco é outro exemplo de bom alimento e barato, fornecendo uma boa quantidade dos chamados MCTs que auxiliarão não só no fornecimento de energia, mas na própria metabolização da gordura corpórea (SCHARF, 2014).21
4.2 O uso de anabolizantes por jovens do sexo masculino 
Segundo as pesquisas feitas, os usuários são jovens que possuem em média 26 anos, como demostrado nos estudos de Bezerra e Silva (2019)19 e Rosso et al (2020) 20. Segundo Andrade (2019), os jovens buscam caminhos mais fáceis de encontrar o “corpo perfeito” por medo de ser diferente e rejeitado, isso os leva para o uso de anabolizantes. Segundo Brito e Faro (2017) 22 Foi analisado também que muitos deles não acham que estão usando drogas e sim apenas algo que vai lhe dá força e resultados mais rápidos, mas aos poucos vão ficando cada vez mais raivosos, estressados e viciados, por conta dos efeitos colaterais.
4.3 Venda de anabolizantes sem receituário médico em farmácias
É de conhecimento geral que anabolizantes só podem ser vendidos com receituário médico, segundo a legislação (BRASIL, 2018). 23 
Segundo bezerra e Silva (2019),19 a prática ilícita da venda de esteroides anabolizantes andrógenos sem prescrição médica ainda é feita com muita frequência, principalmente em farmácias de bairro, onde a fiscalização é pouca.
Tais fatos de irregularidade ressaltam a extrema importância de farmacêuticos que possuem ética e respeito ao ser humano e a sua profissão, bem como fiscalizações mais rigorosas também em bairros afastados, pois a venda desses produtos de forma clandestina e irregular pode causar complicações ao usuário e até a morte.
Visto o número de vendas ilegais de anabolizantes, foi criado em 2009 um projeto de lei para incluir os anabolizantes na lei nº 11.343/2006, lei que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e prescreve medidas para prevenção do uso indevido de drogas e estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas (ASSUMÇÃO, 2009). 24
4.4 Principais efeitos colaterais dos anabolizantes
4.4.1 Sistema digestivo (fígado)
Um estudo calculou que embora o surgimento de tumores no fígado dos usuários de esteróides anabolizantes seja possível, tal fato pode ocorrer numa porcentagem de 1-3%, sendo que isso pode demorar de 2-30 anos. (WRIGHT et, al 1996). 25 Estes tumores hepáticos são caracterizados pela formação de cistos repletos de sangue dentro do fígado, chamado de “peliose do fígado”. A possível relação causa-efeito entre a peliose hepática e o uso dos esteróides anabolizantes é reforçada pela observação da sua melhora com a interrupção do uso dessas drogas em alguns casos. (ARNOLD et, al 1979). 26 Estes tumores são geralmente benignos, mas tem sido observado lesões malignas associadas com o uso de anabolizantes.
4.4.2 Sistema excretor (rins)
A função dos rins é filtrar qualquer produto tóxico do corpo e excretá-lo. Quando o usuário começa a tomar anabolizantes, faz com que os rins se sobrecarreguem na filtração, já que anabolizantes são tóxicos para o corpo. As desordensdos rins refletem-se frequentemente em edema, dor na parte baixa das costas, cólica renal, febre, aumento dos rins e inchaço na região costovertebral. (SANTOS, 2007). 27
4.4.3 Sistema reprodutor (próstata e testículos) 
A administração de esteróides anabólico androgênicos em homens pode resultar em redução no tamanho dos testículos e em diminuição na produção de espermatozóides. Apesar desses efeitos parecerem ser reversíveis quando se utilizam pequenas doses de esteróides por curtos períodos de tempo, a reversibilidade dos efeitos das altas doses tomadas por longos períodos de tempo é incerta. (NIEMAN, 2011).28
Segundo a Sociedade Americana do Câncer (2005)29 as pesquisas sugerem que níveis mais elevados do hormônio masculino testosterona podem contribuir para a ocorrência desse câncer.
4.4.4 Sistema cardiovascular 
O risco de doenças cardíacas aumenta com o uso de anabolizantes, pois eleva o nível do colesterol no sistema, causando engrossamento das paredes das artérias, ameaçando assim a vida dos usuários (SANTOS, 2007). 29
Os esteróides causam também alterações funcionais na função cardiovascular e nas culturas das células miocárdicas, menor relaxamento diastólico e exacerbação da hipertrofia cardíaca normal com treinamento de resistência e maior agregação plaquetária. O último efeito poderia comprometer a saúde e a função do sistema cardiovascular e aumentar o risco de acidente vascular cerebral e de infarto do miocárdio. (McARDLE el, al, 2008).30
4.4.5 Sistema ósseo
os esteróides anabolizantes podem causar danos à estrutura óssea, sendo observadas alterações no tecido cartilaginoso e efeitos deletérios sobre tendões, resultando em diminuição da força tensional. Em crianças e jovens podem levar ao fechamento prematuro das epífises, antecipando a fase final de crescimento (CALFEE et, al, 2006).31
4.4.6 Efeito nas mulheres
De acordo com Maher et al (1983)32 os efeitos dos anabolizantes sobre o aparelho reprodutor feminino incluem a redução dos níveis circulantes do hormônio luteinizante, do hormônio folículo-estimulante, dos estrogênios e da progesterona, inibição da foliculogênese e da ovulação, alterações do ciclo menstrual que incluem o prolongamento da fase folicular, encurtamento da fase lútea e amenorreia.
Além dos efeitos já mencionados, outros efeitos adversos graves podem ocorrer: mudanças na pele, masculinização, dores de cabeça, dores de estômago, retenção de água e sai,; psicoses, atos agressivos, dores articulares, risco aumentado de rompimento muscular, risco aumentado de rompimento de tendão (já que os tendões não acompanham o crescimento dos músculos), sangramento no nariz, insônia, risco aumentado de osteoporose, rouquidão e engrossamento irreversível da voz, atrofia uterina, entre outros efeitos.
4.4.7 Efeitos comportamentais 
Os anabolizantes atuam no sistema nervoso central, fazendo com que aumente o metabolismo, o que resulta em um gasto exagerado de energia. Existe diversos quadros psiquiátricos associados ao uso de anabolizantes. Na vigência do uso ocorre psicoses ou psicóticos, mania ou hipomania, ansiedade, pânico e comportamento violento. Alguns adolescentes ficam extremamente violentos e atribuem essas alterações drásticas do humor ao uso de anabolizantes. Na retirada da droga, geralmente ocorre quadros depressivos (Wilmore et, al, 2001).33
 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Os resultados mostraram que a principal razão para o uso de anabolizantes nas academias é motivado pela estética e para se encaixar nos padrões da sociedade, mostrando o quão essa visão é ruim e prejudicial para a a saúde física e mental da população. O usuário pensa que por “estar em forma” sua saúde está boa, sendo que não é assim (SILVA et, al, 2007).25
	Foi concluído também, segundo a Dr Larissa Scharf, que existe várias maneiras de conseguir o corpo almejado de forma saudável, sem precisar do uso de anabolizantes como ovo, leite, sardinha entre outras coisas com um preço acessível (SCHARF, 2014). 21
	Também foi possível listar inúmeras desvantagens do uso de anabolizantes e seus riscos para saúde mental e física dos usuários.
	A pesquisa constatou um problema que já existe a muito tempo que é a venda de anabolizantes sem prescrição médica, ou prescrição fraudulenta, fazendo com que o consumo errado de anabolizantes aumente cada vez mais, prejudicando a saúde mental e física do usuário. Foi destacado também a importância de fiscalizações mais severas em farmácias de bairro, que são as que mais vendem sem prescrição médica (ASSUMÇÃO, 2009). 24 
REFERÊNCIAS
1. DANTAS, Jurema Barros. Um ensaio sobre o culto ao corpo na contemporaneidade. Estudos & Pesquisas em Psicologias, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, p. 1-6, jun. 2010. > acesso em 01 de março de 2022
2. ANDRADE, Joice Cristina da Silva. Prevalencia de vigorexia e percepção corporal em praticantes de musculação na cidade de Caiocó – RN. 2019. 63 fl. (Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia), Curso de Bacharel em Nutrição, Centro de Educação e Saúde, Universidade Federal de Campina Grande, Cuité – Paraíba – Brasil, 2019. > acesso em 01 de março de 2022
3. Kreider RB, Wilborn CD, Taylor L, Campbell B, Almada AL, Collins R, et al. Exercise e sport nutrition review: research e recommendations. Journal of the International Society of Sports Nutrition> acesso em 01 de março de 2022
4. Reyes-Vallejo L. Uso atual e abuso de esteroides anabólicos. Actas Urol Esp (Engl Ed). 2020 Jun;44(5):309-313. Inglês, espanhol. doi: 10.1016/j.acuro.2019.10.011. Epub 2020 Fev 26. 32113828. > acesso em 02 de março de 2022
5. SCOTT, D. M.; WAGNER, C. J. & BARLOW, T. W., 1996. Anabolic steroid use among adolescents in Nebraska schools. American Journal of Health-System Pharmacy, 53:2068-207> acesso em 02 de março de 2022
6. Gen Kanayama, and Harrison G. Pope. "History and epidemiology of anabolic androgens in athletes and non-athletes" Molecular and Cellular Endocrinology (2017): -. doi: 10.1016/j.mce.2017.02.039> acesso em 03 de março de 2022
7. El Osta, R.; Almont, T.; Diligent, C.; Hubert, N.; Eschwège, P.; Hubert, J. Anabolic steroids abuse and male infertility. Basic and Clinical Andrology. 26:2. 2016. > acesso em 06 de março de 2022
8. Bragança, V. Silva, R. Vigorexia: a patologia do culto ao corpo. Revista eletrônica de educação da Faculdade Araguaia, v.9, n.9, p. 319-330, 2016. > acesso em 06 de março de 2022
9. ABRAHIN, Odilon Salim Costa; SOUSA, Evitom Corrêa de. Esteroides anabolizantes androgênicos e seus efeitos colaterais: uma revisão crítico-científica. Revista Educação Física/UEM, Maringá> acesso em 07 de março de 2022
10. Clemente, Vanessa Pereira. Uso De Esteróides Anabolizantes E Seus Efeitos Em Mulheres Praticantes De Musculação. 2011. > acesso em 07 de março de 2022
11. CECCHETTO, F.; MORAES, D. R.; FARIAS, P. S. da. Distintos enfoques sobre esteroides anabolizantes: riscos à saúde e hipermasculinidade. Interface comunicação saúde educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 41, p. 369-382, abr./jun. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/icse/v16n41/aop0612.>. acesso em 08 de março de 2022
12. OVIEDO, Eddie Alfonso Almario. As Consequências do uso indevido dos esteroides anabolizantes androgênicos nas esferas civil, penal e administrativa: conhecer, prevenir, fiscalizar e punir. > acesso em 09 de março de 2022
13. DARTORA, William Jones; WARTCHOW, Krista Minéia; RODRIGUEZ ACELAS, Alba Luz. O USO ABUSIVO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES COMO UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA. Rev Cuid, Bucaramanga , v. 5, n. 1, p. 689-693, junho de 2014 . Disponível em <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2216-09732014000100013&lng=en&nrm=iso>. acesso em 07 de março de 2022
14. FREITAS, Aline Cristine de; DAMIÃO, Buno; ALVES, Debora Mantoan; RIBEIRO, Melissa; FRNANDES, Eraldo José Medeiros; JUNIOR, Wagner Costa Rossi; ESTEVES Alessandra. Efeitos dos anabolizantes sobre a densidade de neurônios dos núcleos da base. Rev Bras Med Esporte – Vol. 23, No 3 – Mai/Jun, 2017.
15. Ganesan K, Rahman S, Zito PM. Esteroides Anabólicos. 29de novembro de 2021. In: StatPearls [Internet]. Ilha do Tesouro (FL): StatPearls Publishing> acesso em 22 de março de 2022
16. DARTORA, W. J.; WARTCHOW, K. M.; ACELAS, A. R. L. O uso de esteroides anabolizantes como um problema de saúde pública. Revista Cuidarte - Programa de Enfermería UDES, 2014. > acesso em 22 de março de 2022
17. ERCOLE, Flávia; MELO, Laís; ALCOFORADO,Carla; Revisão Integrativa versus Revisão Sistemática. Revisão integrativa versus revisão sistemática | REME rev. min. enferm;18(1): 09-11, jan.-mar. 2014. | LILACS | BDENF (bvsalud.org). > acesso em 10 de maio de 2022
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19. BEZERRA, Alana Simões; SILVA, Juliete dos Santos. O uso de esteroides anabolicos por praticantes de musculação da cidade de Patos-PB. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 13, n. 82, p. 896-901, nov. 2019. > acesso em 17 de junho de 2022
20. ROSSO, Dariel Fernando Maia et al. USE OF ANDROGENIC ANABOLIC STEROIDS IN RESISTANCE EXERCISE PRACTITIONERS IN THE GYMS OF THE CITY OF PALOTINA-PR, BRAZIL. International Journal Of Development Research, São Paulo, v. 10, n. 7, p. 38137-38141, jun. 2020. Disponível em: https://www.journalijdr.com/sites/default/files/issue-pdf/19491.pdf. > acesso em 03 de agosto de 2022
21. SCHARF, Larissa. Os alimentos que podem substituir os suplementos. 2014 > Os alimentos podem substituir os suplementos - Dicas de Musculação (dicasdemusculacao.org) > acesso em 05 de agosto de 2022
22. BRITO, Ariane de; FARO, André. MEANINGS OF ANABOLIC-ANDROGENIC STEROIDS: a shock between desire and risk. Psicologia, Saúde & Doença, [S.L.], v. 18, n. 1, p. 102-114, 14 mar. 2017. Sociedad Portuguesa de Psicologia da Saúde. http://dx.doi.org/10.15309/17psd180109. > acesso em 05 de agosto de 2022
23. BRASIL, Biblioteca Virtual em Saúde: Anabolizantes. 2018. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2619-anabolizantes. Acesso em: 28 out. 2020. > acesso em 05 de agosto de 2022
24. ASSUMÇÃO, Capitão. Projeto de Lei. 2009. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=8D9A48EFE2D0 4FD2AB067333AA03E043.proposicoesWebExterno1?codteor=727938&filename=PL+6696/ 2009.> acesso em 05 de agosto de 2022
25. BAHRKE, M. S., YASELIS, C. E., WRIGHT, J. E. Psychological and behavioral effects of endogenous testosterone and anabolic-androgenic steroids . An update. Sports Medicine, v. 22, n. 6, p.367-390, 1996 > acesso em 05 de agosto de 2022
26. Silva PRP, Machado LC, Figueiredo VC, Cioffi AP, Prestes MC, Czepielewski MA. Prevalência do uso de agentes anabólicos em praticantes de musculação de Porto Alegre. Arq Bras Endocrinol Metab 2007; 51:104-10 > acesso em 06 de agosto de 2022
27. BAHRKE, M. S., YASELIS, C. E., WRIGHT, J. E. Psychological and behavioral effects of endogenous testosterone and anabolic-androgenic steroids . An update. Sports Medicine, v. 22, n. 6, p.367-390, 1996> acesso em 06 de agosto de 2022
28. ARNOLD, G. L., KAPLAN, M. M.: Peliosis hepatis due to oxymetholone - a clinically benign disorder. American Journal of Gastroenterology, v.71, p.213-216, 1979. > acesso em 06 de agosto de 2022
29. SANTOS, A. M. O mundo anabólico: análise do uso de esteróides anabólicos nos esportes. ed.2. São Paulo: Manole, 2007. > acesso em 06 de agosto de 2022
30. McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Essentials of exercise Physiology. ed.2. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2008. > acesso em 06 de agosto de 2022
31. CALFEE, R.; FADALE, P. Popular ergogenic drugs and supplements in young athletes. Pediatrics, Springfield, v.177, n.3, p.577-589, 2006. > acesso em 06 de agosto de 2022
32. MAHER, J. M., SQUIRES, E. L., VOSS, J. L., SHIDELER, R. K. Effect of anabolic steroids on reproductive function of young males. Journal of the American Veterinary Medical Association, 183:519-524, 1983. > acesso em 06 de agosto de 2022
33. WILMORE, J. H. & COSTILL, D. L. 2001. Fisiologia do Esporte do Exrcício. 2º ed.,. Editora Manole Ltda, Bela Vista – São Paulo, p.427 – 430. > acesso em 08 de agosto de 2022
1
ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTÍFICO
	Revisão de literatura
	Pesquisa de campo
	Título;
Resumo;
Palavras-chave;
Introdução;
Materiais e métodos;
Resultados;
Discussão;
Considerações finais;
Referências;
Apêndices (se houver);
Anexos (se houver).
	Título;
Resumo;
Palavras-chave;
Introdução;
Materiais e métodos;
Resultados;
Discussão; 
Conclusão;
Referências;
Apêndices (se houver);
Anexos (se houver).
O TCC II deverá ser elaborado com a seguinte formatação:
1. Tipo de fonte ARIAL.
2. Papel formato A4: 210mm X 297mm.
3. Margens
3.1 Superior 2,5 cm
1.2 Inferior 2,5 cm
1.3 Esquerda 2,5 cm
1.4 Direita 2,5 cm
4. Espaçamento: entre linhas e entre parágrafos (corpo do texto) 1,5. Para o resumo, citações diretas, notas de rodapé, legendas (gráficos, tabelas, figuras e quadros) e referências o espaçamento é simples entre linhas.
5. Parágrafos: justificados.
6. Numeração de páginas: no canto superior direito iniciando na introdução do trabalho.
7. Estruturas de parágrafos: iniciar sempre o parágrafo com uma tabulação para indicar o início (após um recuo de 1,25 no começo do parágrafo).
8. Tamanho da fonte
8.1 No título do artigo (centralizado e em letras maiúsculas) = 12
8.2 No nome do(s) autor(es) (centralizado com as iniciais em maiúsculo) = 10;
8.3 Na titulação (centralizado) = 08;
8.4 No e-mail para correspondência (centralizado) = 10;
8.5 No resumo = 10;
8.6 Nas palavras-chave = 10;
8.7 Na redação do texto (introdução, materiais e métodos, resultados e discussão e conclusão) = 12;
8.8 Nas citações longas = 12
8.9 Nas referências = 12
9. Tabelas e quadros: São limitados a 5, no conjunto. Não devem repetir os dados já descritos no texto.
10. Figuras (desenhos, fotografias e gráficos produzidos pelos autores): São limitadas a 5, no conjunto.
Se faz necessário a elaboração do TCC II com, no máximo, 15 páginas. É bom lembrar que o artigo científico não tem capa, ou seja, os elementos pré-textuais.

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