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Anabolizantesanabólicosandrogênicosusoindiscriminado_Araújo_2020

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANABOLIZANTES ANABÓLICOS ANDROGÊNICOS, USO 
INDISCRIMINADO E EFEITOS COLATERAIS: UMA BREVE 
REVISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
LAIANNE SHIRLEY DE AZEVEDO ARAUJO 
 
 
 
 
 Natal – RN 
2020 
 
 
 
LAIANNE SHIRLEY DE AZEVEDO ARAUJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANABOLIZANTES ANABÓLICOS ANDROGÊNICOS, USO 
INDISCRIMINADO E EFEITOS COLATERAIS: UMA BREVE 
REVISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal – RN 
 2020 
 
 
Artigo de revisão apresentado ao 
Departamento de Farmácia do centro de 
Ciências da Saúde da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte como requisito parcial 
para a obtenção do grau de bacharel em 
farmácia. 
Orientador: Prof. Me. Júlio César Mendes e 
Silva 
 
 
LAIANNE SHIRLEY DE AZEVEDO ARAUJO 
 
 
 
ANABOLIZANTES ANABÓLICOS ANDROGÊNICOS, USO 
INDISCRIMINADO E EFEITOS COLATERAIS: UMA BREVE 
REVISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: __/__/____ 
 
 
 
 BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof. Me. Júlio César Mendes e Silva 
 
 
Farma.Aline de Brito Dantas 
 
Farma.Lorena Maria Lima Araújo 
 
Natal, 03 de Dezembro de 2020 
 
 
 
Artigo de revisão apresentado ao 
Departamento de Farmácia do centro de 
Ciências da Saúde da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte como requisito 
parcial para a obtenção do grau de bacharel 
em farmácia. 
Orientador: Prof. Me. Júlio César Mendes e 
Silva 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7 
MATERIAS E MÉTODO ................................................................................................ 8 
ESTEROIDES ANABOLIZANTES ................................................................................ 9 
USO CLINICO DOS ESTEROIDE ANABOLIZANTES ANDROGÊNICOS ............ 10 
EFEITOS COLATERAIS .............................................................................................. 11 
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO USO RACIONAL DE ESTEROIDES 
ANABÓLICO ANDROGÊNICOS (EAA) .................................................................... 15 
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 18 
REFERÊNCIA................................................................................................................ 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Atualmente é observado uma procura por corpos dentro dos padrões estéticos onde 
pessoas são influenciadas pela mídia, cultura e meios sociais. Para isso, se submetem a 
diversos recursos colocando a saúde em risco. Um desses recursos é a utilização de 
esteroides anabolizantes por praticantes de musculação em academias que não visam o 
esporte de alto rendimento. O primeiro relato da utilização dos EAA com o objetivo de 
melhorar o desempenho atlético, e, desde então, esta prática tornou-se amplamente 
difundida. Obviamente, o uso de EAA está fora dos limites competitivos e foi declarado 
ilegal pelos setores governamentais desportivos nacionais e internacionais. Entretanto, os 
EAA são o grupo de substâncias ergogênicas mais comumente utilizadas no processo de 
doping. Estudos mostram que altas doses de EAA podem acarretar vários efeitos adversos 
como atrofia do tecido testicular, tumores hepáticos e de próstata, alterações 
hepatocelulares, no metabolismo lipídico, de humor e de comportamento. O objetivo do 
presente trabalho será compilar os dados a respeito dos EAA, envolvendo as perspectivas 
históricas acerca do tema, a fisiologia e os tipos de EAA atualmente existentes, suas 
indicações terapêuticas e efeitos adversos resultantes do uso indiscriminado. 
 
Palavras-chave: Esteroides, Anabolizantes, Efeitos colaterais, Interações 
medicamentosas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 Currently, there is a demand for bodies within the aesthetic standards where people are 
influenced by the media, culture and social media. For that, they submit to various 
resources putting health at risk. One of these resources is the use of anabolic steroids by 
bodybuilders in gyms that are not aimed at high performance sports. The first report on 
the use of AAS with the aim of improving athletic performance, and since then, this 
practice has become widespread. Obviously, the use of EAA is outside the competitive 
limits and has been declared illegal by the national and international government sports 
sectors. However, AAS are the group of ergogenic substances most commonly used in 
the doping process. Studies show that high doses of EAA can cause several adverse 
effects such as atrophy of the testicular tissue, liver and prostate tumors, hepatocellular 
changes, in lipid metabolism, mood and behavior. The aim of the present work will be to 
compile data about AAS, involving historical perspectives on the theme, the physiology 
and types of AAS currently existing, their therapeutic indications and adverse effects 
resulting from indiscriminate use. 
Keyword: Steroids, Anabolics, Side effects, Drug interactions 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Na década de 1930 foi iniciado o desenvolvimento dos esteroides anabólicos 
androgênicos com o Dr. Charles Kochakian, já por volta de 1935, Dr. David Laqueur e 
sua equipe isolaram a testosterona na forma cristalina que logo depois foi sintetizada 
pelos cientistas alemães Ruzka e Wettstein, que mesmo com as dificuldades 
conseguiram reduzir seu efeito androgênico e por volta de 1939 foi sugerido que o 
desempenho de atletas poderia ser aperfeiçoado com a administração dos esteroides 
anabólicos androgênicos (PEREIRA e colab. 2020). 
Os efeitos androgênicos são responsáveis pelo desenvolvimento do trato reprodutivo 
masculino e das características sexuais secundárias, assim como pela manutenção da 
função reprodutiva. Os efeitos anabólicos se referem ao estímulo da fixação do 
nitrogênio, causando um balanço nitrogenado positivo, por aumentar a síntese proteica 
em diversos tecidos. Vários compostos derivados da testosterona têm sido elaborados 
para o prolongamento da atividade biológica da molécula, diminuição do potencial 
androgênico e aumento dos efeitos anabólicos. Embora a dissociação completa dos efeitos 
androgênicos e anabólicos não tenha sido conseguida, alguns esteroides anabólicos 
mostraram significativo aumento da atividade anabólica, com redução da 
androgenicidade. Devido a isso, alguns autores denominam esteroides anabolizantes os 
derivados sintéticos da testosterona que possuem atividade anabólica superior à atividade 
androgênica. Além da atividade anabólica, essas drogas também exercem efeitos anti-
catabólicos, principalmente através da diminuição da degradação proteica e inibição da 
reabsorção óssea (FORTUNATO; ROSENTHAL; CARVALHO, 2007). 
Os esteroides anabólicos androgênicos inicialmente tinha uso terapêutico restringindo-se 
basicamente ao tratamento de pacientes queimados, deprimidos, em recuperação de 
grandes cirurgias e também para restaurar ou restabelecer o peso corporal dos 
sobreviventes dos campos de concentração durante a 2ª guerra mundial. Atualmente, os 
EAA estão sendo empregados terapeuticamente no tratamento de diversas doenças, como 
AIDS, alguns tipos de anemia, cirrose hepática, alguns tipos de câncer, osteoporose, entre 
outras. Os pacientes com deficiências hormonais, queimaduras severas e disfunções que 
8 
 
estão associadas, principalmente, ao catabolismo do tecido muscular esquelético também 
têm apresentado boas respostas com o uso dos EAA. (ABRAHIN; SOUZA, 2013). 
Entretanto com a crescente valorização do corpo nas sociedades de consumo pós-
industriais - refletida nos meios de comunicação de massa, queexpõem como modelo de 
corpo ideal e de masculinidade um corpo inflado de músculos - pode estar contribuindo 
para que um número crescente de jovens envolva-se com o uso de esteroides 
anabolizantes, na intenção de rapidamente desenvolver massa muscular. O consumo 
dessas substâncias, especialmente entre jovens fisiculturistas e atletas, tem sido registrado 
com frequência ascendente em vários países e diversos estudos têm documentado os 
danos à saúde causados pelo seu uso (IRIART; ANDRADE, 2002). 
 O objetivo de alcançar o chamado “corpo perfeito” ou melhorar o desempenho em 
condições esportivas, os usuários fazem uso de doses supra fisiológicas, 
chegando a valores de 10 a 100 vezes maiores que os indicados para fins terapêuticos, o 
que pode ter como consequência o aparecimento de sérios efeitos colaterais, entre 
eles, prejuízos cardiovasculares, o que faz do uso indiscriminado e abusivo de tais 
fármacos um grave problema de saúde pública, outro problema é que raramente 
apresentam complicações médicas óbvias durante o uso(CARMO; FERNANDES; 
OLIVEIRA, 2012) 
Diante disso, a presente revisão tem como objetivo despertar o interesse dos leitores 
e profissionais da saúde os perigos, muitas vezes ocultos, associados ao uso 
indiscriminado dessas drogas. O farmacêutico, enquanto profissional devidamente 
habilitado em medicamentos, insere-se neste contexto de forma decisiva, assumindo o 
papel de “educador em saúde”, e esclarecendo aos usuários (ou futuros usuários) sobre os 
riscos inerentes a tal prática, já que muitas vezes os estabelecimentos ( farmácias ou 
drogarias) são um dos pontos de vendas , mostrando assim a importância e necessidade 
da assistência farmacêutica . 
 
MATERIAS E MÉTODO 
 Artigo de reflexão baseado em revisão narrativa de literatura. As informações foram 
consultados nas bases de dados Scielo, PubMed, Bireme e Google Acadêmico, além da 
percepção dos autores a respeito do assunto abordado, a obtenção dos dados realizou-se 
por meio da pesquisa de artigos e tendo como critério de inclusão aqueles que 
contemplassem o tema de Esteroides Anabolizantes. Foram utilizados os descritores: 
Esteroides, Anabolizantes, Efeitos colaterais, Interações medicamentosas. 
9 
 
ESTEROIDES ANABOLIZANTES 
Os esteroides anabolizantes são derivados da testosterona (hormônio masculino). A 
testosterona possui dois efeitos atribuídos a ela: anabólico e androgênico. Os efeitos 
anabólicos possuem características de fixação do nitrogênio com balanço nitrogenado 
positivo, isto pela capacidade de aumento de síntese proteica. Já os efeitos androgênicos 
são os responsáveis pelas características masculinas, sendo elas do trato reprodutivo e 
características sexuais secundárias (DARTORA; WARTCHOW; RODRUGUES 
ACELAS, 2014). 
São substâncias usadas na produção animal, podendo serem descritos como 
biologicamente endógenos, compostos hormonais esteróides naturalmente presentes no 
organismo animal (testosterona, progesterona e estradiol 17-b) ou como biologicamente 
exógenos, dividindo-se em xenobióticos (acetato de trembolona -TBA, acetato de 
malengestrol -MGA e zeranol), esteróides sintéticos (etinilestradiol e metiltestosterona) 
e os estilbenos (dietilestilbestrol - DES e hexoestrol). O mecanismo de ação dos 
anabolizantes se dá pela deposição de proteínas, que é resultado da diferença entre a 
síntese e a degradação protéica. Embora os anabolizantes não tenham um efeito direto 
sobre o hormônio de crescimento, eles potencializam a sua ação através de um aumento 
no número de receptores para hormônio de crescimento no fígado, podendo resultar em 
um aumento na concentração do fator de crescimento de fibroblastos (IGF-I).Os 
anabolizantes usados são aplicados como implantes, injeções oleosas ou como aditivos 
alimentares, sendo comum o emprego de "misturas" de anabolizantes, com dois ou mais 
agentes anabolizantes, com os quais se obtém um efeito sinergístico ou aditivo sobre o 
ganho de peso, permitindo-se a aplicação de doses menores de cada anabolizante, quando 
comparadas com os anabolizantes injetados isoladamente. Essa prática apresenta a 
vantagem de dificultar a detecção de resíduos nos tecidos, burlando com isso a 
fiscalização ( DUARTE e col. , 2002 ). 
O metabolismo dos Anabolizantes Androgênico geralmente segue o mesmo tipo de vias 
associadas ao metabolismo in vivo observado com a Testosterona. No entanto, em 
comparação a biotransformação dos Anabolizantes Androgênico é um pouco mais 
complexa, envolvendo mais reações enzimáticas e não enzimáticas. As enzimas 
envolvidas na conversão da testoterona em metabolitos distintos também se encontram 
em operação no metabolismo dos Anabolizantes Androgênico. As reações metabólicas 
encontram-se divididas em: reações de fase 1, onde se encontram envolvidas alterações 
como oxidações e reduções catalisadas essencialmente por enzimas que convertem o 
10 
 
esteróide em moléculas mais polares, no sentido de o inativar e de facilitar a sua 
eliminação do organismo; reações de conjugação de fase 2, que permitem a conjugação 
dos esteróides ou dos seus metabolitos principalmente com ácido glucorónico 
(glucoronidação) ou com grupos sulfato (sulfoconjugação), no sentido de facilitar a 
eliminação, essencialmente renal . No entanto, nem todos os esteróides sofrem reações de 
fase 2 (e.g. oxandrolona e alguns dos seus metabolitos, fluoximesterona, 4-cloro- 1,2-
desidro-17-metiltestosterona, formebolona, alguns metabolitos da metandienona e 
alguns metabolitos do stanozolol) ( GONZAGA, 2016 ) 
 
 
USO CLINICO DOS ESTEROIDE ANABOLIZANTES ANDROGÊNICOS 
Os EAA são clinicamente úteis em algumas patologias, nomeadamente: queimaduras 
severas, anemia aplástica, catabolismo crónico nos doentes com HIV, tratamento de 
osteoporose (p. ex.: raloxifeno) e de algumas neoplasias (p. ex. mama) e insuficiência 
renal crónica (ROCHA; AGUIAR; RAMOS. 2014) 
De acordo com a FDA (Food and Drug Administration), há indicação da administração 
dos EAA no tratamento de hipogonadismo nos homens para aumentar a concentração de 
testosterona e derivados essenciais ao desenvolvimento e manutenção de características 
sexuais masculinas. O tratamento com tais substâncias também é recomendado nos casos 
de puberdade e crescimento retardados, micropênis neonatal, deficiência androgênica 
parcial em homens idosos e no tratamento da deficiência androgênica secundária a 
doenças crônicas.Devido aos seus efeitos anabólicos, os EAA são utilizados em alguns 
quadros agudos tais como politraumatismos, queimaduras e períodos pós-operatórios, em 
que os pacientes podem apresentar deficiência no metabolismo protéico. 
No tratamento da anemia, por falência da medula óssea, mielofibrose ou doença renal 
crônica, também há indicação de utilização dos EAA, por estimularem a síntese de 
epoetina e a eritropoiese e no tratamento da insuficiência renal aguda, por causarem 
diminuição na produção de uréia, com conseqüente redução do número de diálises 
necessárias. Além destas aplicações, há associação dos EAA ao tratamento da 
osteoporose por estimularem os osteoblastos, células responsáveis pela deposição de 
tecido ósseo e por diminuírem a dor óssea. A sua administração em pacientes com 
síndrome da imunodeficiência adquirida também tem mostrado efeitos satisfatórios assim 
11 
 
como no tratamento de certos tipos de neoplasias, pois auxiliam no restabelecimento do 
peso corporal (CUNHA e col., 2004). 
 
EFEITOS COLATERAIS 
Em relação ao uso abusivo de anabolizantes, ele está associado a vários efeitos colaterais 
nocivos à saúde. No sistema reprodutor masculino, o consumo de anabolizantes leva ao 
desequilíbrio hormonal com redução dos níveis de testosterona endógena, podendo 
provocar ginecomastia, atrofia testicular, alterações na morfologia do esperma e 
infertilidade. Dentre os efeitos dermatológicos observados, encontra-sea acne que, ocorre 
em 50% dos usuários de anabolizantes, e é um forte indicador clínico do abuso dessas 
substâncias (LIMA; CARDOSO, 2011) 
O principal culpado pelos efeitos colaterais provocados pelo uso de esteroides anabólicos 
é um hormônio denominado dihidrotestosterona (DHL). Este hormônio é produzido no 
corpo a partir da conversão da testosterona por uma enzima denominada de 5- redutase. 
Dentre os efeitos colaterais de curto e longo prazo, destacam-se a acne, dor de cabeça, 
queda de cabelo, oleosidade cutânea, importência e insônia, que não são consideradas 
ameaças a vida, mas podem ser psicologicamente preocupantes. Por outro lado, efeitos 
colaterais de longo prazo como a hipertrofia prostática, hepatotoxidade, hipertensão, 
lesões (já que os tendões e os ligamentos não acompanham o crescimento dos músculos), 
doenças infecciosas, como HIV e hepatite (adquiridas pelo compartilhamento eventual de 
seringas) não devem ser ignorados. O desenvolvimento dessas enfermidades dependem 
da quantidade de esteroide utilizado e da predisposição de cada um em desenvolver tais 
efeitos colaterais (OVIEDO, 2013). 
O decanoato de nandrolona pode ser utilizado como adjuvante de processos catabólicos 
ou depletores teciduais, como infecções crônicas, grande cirurgia ou trauma grave, ou, 
tratamento de anemia associado com insuficiência renal, como também no tratamento 
para mitigação de câncer de mama metastico em mulheres após a menopausa, quando 
pacientes não respondem a fármacos menos tóxicos, como tamoxifeno, no tratamento de 
câncer de mama em mulheres na fase da menopausa que sofreram ooforectomia e 
apresentam tumor hormônio-responsivo e adjuvante no tratamento de insuficiência de 
crescimento em crianças causada por deficiência da somatropina..Os esteróides 
anabolizantes possuem algumas interações medicamentosas como o uso simultâneo de 
medicamentos hepatotóxicos com esteróides anabolizantes podem aumentar a incidência 
12 
 
de hepatotoxicidade; aumento do efeito anticoagulante de anticoagulantes cumarínicos 
ou indandiônicos, analgésicos antiinflamatórios não-esteróides ou salicilatos em doses 
terapêuticas; em conjunto com adrenocorticóides pode aumentar a possibilidade de edema 
e já com glicocorticóides podem promover o desenvolvimento de acne grave, além 
diminuir a concentração de glicose sanguínea quando tomados concomitantemente com 
agentes antidiabéticos orais ou insulina e podem acelerar a maturação das epífises quando 
usados junto com somatropina.(DUTRA, 20212 ). 
Os efeitos colaterais dos EAA estão relacionados, principalmente, às suas propriedades 
androgênicas e tóxicas. Tais efeitos podem afetar vários órgãos e sistemas (Tabela 1). A 
utilização de diversos EAA, inclusive outras drogas, como GH, insulina, efedrina, óleos 
localizados, entre outras, podem aumentar os riscos, em função da interação de diversas 
substâncias que podem potencializar os efeitos colaterais. Esses efeitos ainda podem ser 
somados a outros fatores, tais como: o tipo de EAA (via oral, injetável e adesivo 
transdérmico); a dosagem, que normalmente é dose-dependente; a idade, como no caso 
de adolescentes em que pode ocorrer fechamento prematuro das epífises; o sexo dos 
usuários; predisposição genética; e o uso prolongado (ABRAHIN; SOUZA, 2013). 
 
 
 
Tabela 1: Possíveis Efeitos Adversos do Esteroides Anabolizantes 
 Endócrinos/ Reprodutivo Endócrinos/ 
Reprodutivo 
 Homens (LISE e. col., 1999) Mulheres (LISE e. col., 1999) 
*Menor produção de hormônios *Masculinização 
*Atrofia testicular *Hirsutismo 
*Oligo/Asoospermia *Voz mais grave 
*Ginecomastia *Atrofia mamária 
*Hipertrofia prostática *Irregularidades 
menstruais 
*Carcinoma prostática *Aumento da libido 
*Priapismo *Diminuição das 
gorduras 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-30832013000400014&lang=pt#t1
13 
 
*Impotência corporais 
*Acne 
*Alterações do metabolismo glicídico 
(Resistência à insulina, intolerância à glicose) 
*Alteração do perfil tireoide 
(Diminuição de T3, T4, TSH E TBG) 
 
 Hepático (LIMA, 2016) Renal 
 (BRANI; CARNEIRO JUNIOR, 2010) 
*Lesão hepática *Elevação da creatinina 
*Testes de função hepática alterados *Tumor de Wilms 
*Icterícia colestática 
*Carcinoma hepato celular (mais de 24 meses de uso) 
*Hepatite 
*Hepatoma, adenoma hepático 
 
 
 Psicológico Dermatológico 
(DORNAS; NARGEM; OLIVEIRA, 2006) (NOGUEIRA; SOUZA; BRITO, 2013) 
*Comportamento agressivo 
*Aumento/Diminuição da libido *ACNE 
*Psicose *Alopecia 
*Dependência 
*Ansiedade 
*Euforia 
*Irritabilidade 
*Depressão quando retirada 
*Flutuações repentinas de humor 
 
 
 
 
 
Os hormônios são substâncias químicas secretadas em pequenas quantidades na 
circulação sanguínea, e ao serem transportados para as células alvo produzem diversas 
respostas fisiológicas. A testosterona é o principal andrógeno secretado nos homens, 
14 
 
capaz de induzir características androgênicas e anabólicas (AMORIM; SILVA, 
2014).Complicações decorrentes da aplicação de anabolizantes por via parenteral também 
podem causar sérios problemas de saúde, como inflamações, fibroses musculares, 
infecções e abscessos. Somam-se a esses efeitos adversos o risco de contrair HIV ou os 
vírus das hepatites B e C pelo uso de equipamentos não estéreis de injeção (LIMA; 
CARDOSO, 2011). 
 
No que se refere aos padrões conhecidos de abuso, o mais comum é o uso em “ciclos”, 
ou seja, múltiplas doses durante um período de tempo, compausa por algum tempo, e, 
então, o reinício do ciclo com superdoses. No modelo de uso em“pirâmide”, o indivíduo 
começa com pequenas dosagens, aumentando de forma progressiva até o máximo e, após 
esse pico, ocorre uma redução gradual da dose até o final do período, o qual pode ser 
extremamente variável. E por fim, o modelo de uso “stacking” (empilhar) refere-se ao 
uso de diferentes tipos de esteroides combinados ao mesmo tempo (uso alternado de 
esteroides de acordo com a toxicidade) (SIMÕES; FAVERO, 2016). 
Apesar de estarem associados a uma série de efeitos nocivos, principalmente sobre os 
sistemas cardiovascular, hepático e neuro-endócrino, percebemos por essa revisão que o 
abuso do uso de EAA tem aumentado nos últimos anos. Destacamos abaixo na tabela 2 
os mais utilizados. 
Tabela 2: 
 Lista dos EAA mais consumidos (SILVA et.al. 2002) 
Esteroide Orais Esteroides Injetáveis 
 
Anadrol (oximetalona) Deca-Durabolin (deacanoato de nandrolona) 
 
Oxandrim (oxandrolona) Durabolin (fenilpropionato de nandrolona) 
Dianabol (metandrostenolona) Deposteron (cipionato de testosterona) 
Wintrol (estanazolol) Equipoise (unidecilenatode boldenona) 
 
 
 
Um estudo realizado por Bhasin e colaboradores (1996), em homens que semanalmente 
receberam injeções de 600 mg de enantato de testosterona ou placebo, durante 10 
semanas, verificou-se que o treinamento físico sem EAA gerou aumento de força e massa 
15 
 
muscular acima do grupo placebo, mas similar ao grupo que só recebeu EAA e não 
treinou. O mais surpreendente foi que o grupo que apenas recebeu EAA, e não treinou 
fisicamente, teve grande aumento de massa muscular (média de 6kg). A avaliação da 
massa muscular foi por ressonância magnética. A associação EAA+exercício foi o que 
mais promoveu ganho de massa muscular e força. Portanto, doses suprafisiológicas de 
testosterona, seja isoladamente ou principalmente quando combinada com treinamento 
de força (exercícios resistidos), promove significativo aumento de massa muscular e 
força. 
De fato, alguns autores destacam que tanto o número de fibras musculares quanto o 
tamanho individual de cada fibra aumentam em resposta à administração de EAA, mas 
essas respostas são potencializadas pela associação ao treinamento físico resistido, 
visando hipertrofia muscular. Também, consideram que a hipertrofia resultante do uso de 
EAA, associado à prática de exercícios resistidos, é decorrente do aumento no número de 
núcleos musculares (mionúcleos), mantendo constante a relação mionúcleos/volume 
citoplasmático. A principal fonte de mionúcleos é proveniente da ativação, proliferação 
e incorporação de células-satélite ao músculo correspondente. Estas, por sua vez, também 
possuem receptores androgênicos (AMORIM; SILVA, 2014). 
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO USO RACIONAL DE ESTEROIDES 
ANABÓLICO ANDROGÊNICOS (EAA) 
Como fármacos, os anabolizantes devem, por lei, ser vendidos e utilizados apenas com 
prescrição médica, o que vale também para o Brasil (Lei nº 9.965/00). O mesmo acontece 
com os medicamentos de uso veterinário que acabam sendo utilizados para esse fim (Art. 
61º do Decreto-Lei n.º 184/97). Todavia, na prática sabe-se da existência da ilegalidade 
presente no comércio que gira em torno dos anabolizantes, que faz com que essas 
substâncias sejam facilmente adquiridas, sem muitas dificuldades. 
 As academias e farmácias se configuram em potenciais locais de compra e venda de 
anabolizantes, uma realidade presente também a nível internacional. Não é estranho ouvir 
alguns usuários dizer que compram anabolizantes ilegalmente via colegas de academias, 
instrutores e pela internet, tendo como clientes predominantes, jovens desportistas. Além 
disso, o comércio ilícito quando associado com outras atividades criminosas ainda 
costumam vender substâncias de qualidade inferior. Nesse sentido, percebe-se, a presença 
de uma contingência que ajuda não só a manter o uso recreativo e ilícito de anabolizantes, 
como também potencializa o tráfico, a ilegalidade e os danos causados com o uso 
indiscriminado dessas substâncias. O uso ilícito de anabolizantes mostra-se, assim, cada 
16 
 
vez mais preocupante, na medida em que passa a ser inserido no cenário e contexto social 
e normativo das drogas ilícitas (BRITO; FARO, 2017) 
O farmacêutico é capaz de orientar o paciente e atuar como agente sanitário, de acesso 
fácil para a população. Por isso, é o profissional que dispensa as prescrições, fornece 
informações e assessora a respeito do uso correto de medicamentos, como também orienta 
sobre hábitos alimentares, para garantir a eficácia do tratamento. As funções do mesmo, 
portanto, não se limitam à dispensação, devendo abranger um ato profissional muito mais 
amplo, em que deve expor todo seu conhecimento especializado. 
Na condição de estabelecimento que integra os sistema de saúde, a farmácia e drogaria 
apresenta inúmeras vantagens: fácil acesso a um profissional de saúde, condições 
adequadas para participação em campanhas sanitárias, redução de gastos com 
tratamentos, por possibilitar intervenção primária e encaminhamento a assistência médica 
, aumento na adesão á terapêutica farmacológica prescrita, com consequente melhoria de 
vida do usuário (NASCIMENTO, 2007) 
O farmacêutico, embasado em seus conhecimentos farmacológicos sobre os EAA, 
principalmente no que diz respeito às suas indicações médicas de uso, deve estar apto a 
reconhecer os diversos casos em que há uma tentativa de uso ilícito desses fármacos, 
mesmo quando o paciente estiver em poder de uma receita médica ao solicitar a sua 
administração, a fim de prestar uma orientação farmacêutica voltada ao desencorajamento 
do abuso de tais fármacos. A orientação farmacêutica aos potenciais usuários de EAA 
permite a estes conhecer os riscos relacionados ao uso abusivo destas substâncias e, assim, 
decidirem conscientemente pela exposição ou não a tais riscos. Os usuários e os 
potenciais usuários de EAA devem ser informados que forçar a natureza além do que é 
saudável e razoável pode ter um impacto devastador sobre o desenvolvimento emocional 
e físico. A figura do farmacêutico emergiu no campo dos esportes. Com a proliferação do 
uso e abuso de fármacos e de suplementos alimentares em esportes, o profissional 
farmacêutico passou a desenvolver papel-chave no combate ao uso ilícito de fármacos e 
na prevenção do uso inadvertido de substâncias banidas para atletas. O farmacêutico deve 
considerar as necessidades especiais dos atletas ao dispensar medicamentos e ao 
recomendar produtos não prescritos e dieta suplementar (SOUZA; NASCIMENTO; 
COLE, 2013). 
O uso de anabolizantes pode ser entendido, ainda, como um “remédio” para problemas 
diversos: sendo utilizado para suprir carências, remediando o que o próprio sujeito 
17 
 
percebe como ‘doença’ estética, caracterizada por uma aparente imperfeição a ser 
transformada para que a sua imagem corporal se torne satisfatória subjetiva e socialmente 
Os usuários de anabolizantes, geralmente, passam a não se interessar com igual 
intensidade pela vida profissional, amorosa e social como antigamente. Toda a atenção e 
energia estão voltadas para a necessidade de alcance de seu objetivo: o ideal de corpo, 
mesmo que este seja irreal. Esse comportamento pode gerar sérios conflitos e sensação 
de inadequação ao meio ambiente. 
Por outro lado, entende-se que o uso de anabolizantes pode refletir, além da possibilidade 
de modelagem do corpo, a melhora da autoestima, a possibilidade de uma sensação de 
segurança/proteção, autoconfiança e como facilitador para conquistas profissionais e 
amorosas. Tais questões entendidas de modo errôneo pelos usuários dificultam, de forma 
significativa, a compreensão do comportamento desviante e, em consequência, o pedido 
de ajuda, principalmente por profissionais de saúde (SANTOS et al. , 2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
CONCLUSÃO 
Os utilizadores de EAAs estão e irão continuar a estar envolvidos em diferentes desportos 
e a frequentar diferentes ginásios. Os atletas e os não-atletas, em qualquer idade, os 
adolescentes, os abusadores de drogas ilícitas terão de ser, no futuro, considerados grupos 
de alto risco para o consumo de EAAs. Deste modo, as autoridades e os profissionais de 
saúde, que contactam diariamente com estes indivíduos, não poderão continuar a manter-
se à margem desta realidade. O abuso de EAAs deve ser combatido, uma vez que se trata 
de um problema de saúde pública. Os atletas deverão ser lembrados e aconselhados, 
preferencialmente em idades jovens, que a saúde, a capacidade física e os benefícios 
sociais do desporto podem ser atingidos com fair play sem se recorrer a este tipo de 
substâncias, sendo útil apontar alguns modelos na comunidade desportiva que 
conseguiram os seus resultados sem depender de drogas. Infelizmente, muitas vezes os 
utilizadores e abusadores dos EAAs não confiam nos seus médicos e/ou farmacêuticos, 
preferindo consultar a internet. Deste modo, os profissionais de saúde, como os 
farmacêuticos, deverão estarmelhor informados sobre o uso EAAs e as suas 
consequências. Os programas educacionais constituem, indiretamente, uma prevenção 
não só do consumo de EAAs mas também de outras drogas ilícitas, pelo que cabe ao 
farmacêutico intervir nos mesmos. No futuro, os farmacêuticos devem estar alertas para 
as situações de abuso e de risco, estando atentos às alterações corporais e aos 
comportamentais dos seus doentes. (GONZAGA, 2016). 
É importante ressaltar que ainda faltam estudos em que a administração dos EAA é feita 
com um dos padrões habitualmente utilizados pelos usuários, o que poderia comprovar 
ou aumentar as discussões quanto à eficácia destes hormônios em aumentar a força física 
(GOMES FERREIRA e col., 2007). 
O aumento da concentração e a mistura de vários EAA na tentativa de um melhor 
resultado expõem-nos aos efeitos colaterais destas drogas. A desinformação, a imagem 
corporal inatingível, a baixa auto-estima, a busca da admiração do seu corpo fazem destes 
jovens usuários crônicos de EAA. A ilegalidade na compra e os efeitos adversos não os 
impedem de usar EAA, revelando que informações mais precisas sobre estas drogas 
deveriam ser acessíveis, assim como o estereótipo de homem musculoso não deveria ser 
incentivado pela mídia (LOBO e col. ,2003) 
 
19 
 
 
 
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 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS 
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 Anabolizantes anabólicos androgênicos, uso indiscriminado e 
efeitos colaterais: uma breve revisão / Laianne Shirley de Azevedo 
Araújo. - 2020. 
 22f.: il. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Farmácia) - 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências 
da Saúde, Departamento de Farmácia. Natal, RN, 2020. 
 Orientador: Prof. Me. Júlio César Mendes e Silva. 
 
 
 1. Esteroides - TCC. 2. Anabolizantes - TCC. 3. Efeitos 
colaterais - TCC. 4. Interações medicamentosas - TCC. 5. Musculação 
- TCC. I. Silva, Júlio César Mendes e. II. Título. 
 
RN/UF/BS-CCS CDU 547.92 
 
 
 
 
 
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263 
 
 
24 
 
 
	RESUMO
	ABSTRACT
	INTRODUÇÃO
	MATERIAS E MÉTODO
	ESTEROIDES ANABOLIZANTES
	USO CLINICO DOS ESTEROIDE ANABOLIZANTES ANDROGÊNICOS
	EFEITOS COLATERAIS
	O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO USO RACIONAL DE ESTEROIDES ANABÓLICO ANDROGÊNICOS (EAA)
	CONCLUSÃO
	REFERÊNCIA

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