TCC-PROJETO e ARTIGO capa dura (1)

Prévia do material em texto

1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE/LAUREATE 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTÔNIO ABREU SOUSA 
HILTON RODRIGUES CHAVES FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPINIÃO DOS ADOLESCÊNTES EM RELAÇÃO AO USO DE 
ANABOLIZANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2013 
 
 
 
2 
 
 
ANTÔNIO ABREU SOUSA 
HILTON RODRIGUES CHAVES FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPINIÃO DOS ADOLESCÊNTES EM RELAÇÃO AO USO DE 
ANABOLIZANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2013 
Trabalho de conclusão de curso, 
apresentado ao Curso de Graduação em 
Educação Física do Centro Universitário 
do Norte, como requisito para obtenção de 
graduação. 
 
Orientador (a): Profa. MSc. Lionela 
Corrêa 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 6 
1. TEMA ........................................................................................................................ 7 
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA ........................................................................................ 7 
3. PROBLEMA DA PESQUISA ..................................................................................... 8 
4. HIPÓTESE................................................................................................................. 9 
5. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 10 
6. OBJETIVOS ............................................................................................................ 11 
6.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 11 
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 11 
7. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................... 12 
7.1 ESTEROIDES ANABOLIZANTES ........................................................................ 12 
7.2 ADOLESCENTES E ANABOLIZANTES .............................................................. 13 
8. METODOLOGIA ...................................................................................................... 16 
8.1 MODELO DE ESTUDO ........................................................................................ 16 
8.2 UNIVERSO DE ESTUDO ..................................................................................... 16 
8.2.1 População de estudo ...................................................................................... 16 
8.2.2 Amostra da pesquisa ...................................................................................... 16 
8.2.3 Critérios de Elegibilidade (Inclusão e Exclusão) .......................................... 16 
8.3 DETALHES DOS PROCEDIMENTOS ..................................................................... 16 
8.3.1 Instrumentos da pesquisa ............................................................................... 16 
8.3.2 Coleta de dados ............................................................................................... 17 
8.3. 3 análise dos dados ........................................................................................... 17 
8.4 RISCOS E BENEFÍCIOS .......................................................................................... 17 
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 19 
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 27 
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 28 
APÊNDICES .................................................................................................................. 30 
ARTIGO ......................................................................................................................... 37 
 
 
 
 
 
4 
 
RESUMO 
 
 
 Esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos utilizados para aumentar a 
massa muscular, melhorar o desempenho, queimar gordura e melhorar a aparência. Os 
hormônios esteroides são produzidos pelo córtex da supra-renal gônadas (ovários e 
testículo). Este estudo teve como objetivo avaliar a opinião dos adolescentes em 
relação ao uso de anabolizantes. O modelo de estudo aplicado foi à pesquisa descritiva 
com abordagem qualitativa e quantitativa. Para coleta de dados foi utilizado como 
instrumento um questionário com perguntas abertas e fechadas. Os resultados indicam 
que os adolescentes conhecem os esteroides anabolizantes e na opinião da maioria os 
EAA fazem mal á saúde e o bem estar e são desfavoráveis para o ser humano, uma 
minoria dos adolescentes já utilizaram e são a favor do uso sob a descrição médica. 
Com isso acreditamos ser importante que as escolas possam trabalhar mais em relação 
ao tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
ABSTRACT 
 
Anabolic steroids are synthetic hormones used to increase muscle mass, improve 
performance, burn fat and improve appearance. The steroid hormones are produced by 
the adrenal cortex of the gonads (ovaries and testicles). The aim of this study was to 
evaluate the adolescents opinions about the use of anabolic steroids. The study model 
was applied to the descriptive research with qualitative and quantitative approach. A 
questionnaire with open and closed questions was used as instrument for data 
collection. Results indicate that adolescents know about anabolic steroids and, 
according with the most group opinion, EAA do harm to health and wellness and are 
unfavorable for humans, a minority of teenagers have used and agree using under 
medical description. With that, we believe it is important that schools talk more about the 
subject. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
INTRODUÇÃO 
 
Esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos utilizados para aumentar a 
massa muscular, melhorar o desempenho, queimar gordura e melhorar a aparência. Os 
hormônios esteroides são produzidos pelo córtex da supra-renal gônadas (ovários e 
testículo).Os esteroides anabolizantes ou esteroides anabólico-androgênicos(EAA) 
referem-se a classe dos hormônios masculinos, mantendo a aparência da sexualidade 
masculina (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002). 
Muitos desses esteroides anabolizantes são utilizados como hormônios de 
crescimentos para animais, como cavalo e boi. No ser humano ele é utilizado em 
pessoas que tem deficiência na produção de hormônios, também utilizado nas pessoas 
que sofrem de osteoporose, câncer de mama entre outros. 
No ano de 1935 a testosterona (hormônio masculino produzido pelo testículo) foi 
sintetizada pela primeira vez por Ruzica e weltstein e em 1939, Boje sugeriu que os 
hormônios sexuais poderiam aumentar o desempenho atlético. Dessa forma o uso do 
esteroide anabolizante nos esportes é utilizado para o aumento da força física e da 
massa muscular, entretanto, os efeitos sobre o desempenho atlético permanecem ainda 
controversos (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002, p. 235). 
Os adolescentes visam o aumento no desempenho em um determinado esporte, 
por isso muitas vezes são induzidos a utilizar os esteroides anabolizantes. Existem 
grandes influências nas escolas ou academias por parte de pessoas mais velhas, onde 
visam um corpo belo em forma, em pouco tempo e utilizam e aconselham aos outros 
adolescentes este recurso de anabolizantes. 
O Papel do profissional de Educação Física tem importância fundamental para 
ajudar a esclarecer o risco que essa droga pode fazer a saúde, uma vez que o 
professor de Educação Física pode salientar em suas aulas como temas transversais, 
podendo assim explanar sobre o esteroide anabolizante, o risco do mesmoe o 
desempenho do adolescente na atividade física após o uso da droga. 
 
 
 
 
7 
 
1. TEMA 
Esteroide anabolizante. 
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA 
 A opinião dos adolescentes em relação ao uso de anabolizantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
3. PROBLEMA DA PESQUISA 
 
Qual a opinião dos adolescentes em relação ao uso de anabolizantes? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
4. HIPÓTESE 
 
 
Com o uso do anabolizante esteroide na adolescência, faz com que o individuo 
sofra uma serie de modificações, uma dessas atitudes é a irritabilidade e a 
agressividade. Também ocorre a baixa estatura e faz com que o adolescente fique com 
a puberdade acelerada, podendo adquirir também ginecomastia, onde muitas vezes é 
irreversível. Alguns adolescentes sabem o malefício e o beneficio proporcionado pelo 
anabolizante, mas mesmo assim alguns ainda utilizam estes meios para se chegar ao 
belo. 
Por isso a importância de orientação nas escolas com relação a este tema, que 
pode ser inserido nas aulas de Educação física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
5. JUSTIFICATIVA 
 
Este trabalho pode contribuir no embasamento teórico para outros discentes 
acadêmicos do curso de Educação Física, uma vez que o mesmo contribui com 
informações para futuros pesquisadores que vem se interessar pelo o tema. 
Ressaltando para a sociedade a relevância em mostrar o uso dos esteroides 
anabolizantes e os seus malefícios, destacando com o tema contemporâneo e de suma 
relevância, não só para os adolescentes e suas famílias, mas como para toda 
sociedade. Para os adolescentes é importante informar um assunto que poucos têm 
conhecimento. É de grande valor que um professor de Educação Física saiba sobre o 
tema para chegar a uma sala de aula e explanar sobre o uso do anabolizante para a 
prática da educação física na adolescência. 
A atividade física quando realizada de forma correta e de forma coerente, vem a 
prevenir uma serie de doenças que o ser humano pode vim a contrair pela falta de 
atividade física. O trabalho busca trazer para a realidade dos adolescentes que 
atividade física tem que ser praticada sem o uso do anabolizante, colhendo informações 
dos adolescentes sobre o que eles pensam dessa droga e informa-los do perigo que 
pode causar, explanando sobre seus efeitos colaterais pra quem usa o mesmo. 
Há a necessidade de mostrar de forma educacional os problemas que os 
esteroides anabolizantes podem causar quando usado na adolescência. Por isso, a 
importância deste tema ser debatido nas aulas de Educação Física, uma vez que os 
PCN’s contribuem em temas transversais para as aulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
6. OBJETIVOS 
6.1 OBJETIVO GERAL 
Conhecer a opiniao do adolescente praticante de educação física ao uso do 
anabolizante. 
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
6.1.1 Levantar informações sobre os esteroides anabolizantes nas escolas. 
6.1.2 Investigar a importância do tema e o conhecido do professor sobre o assunto. 
6.1.3 Verificar se o uso do anabolizante é presente nas escolas. 
6.1.4 Levantar informações em relação a opinião de adolescentes sobre o uso do 
anabolizante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
7. REVISÃO DA LITERATURA 
 
7.1 ESTEROIDES ANABOLIZANTES 
 
Os esteroides usados para tratamento de problemas inflamatórios são esteroides 
corticoides (prednisolona, cortisona, beclometasona, budesonide, dexametasona e 
vários outros) e não têm efeitos anabólicos. Os esteroides androgênicos, secretados 
pelos testículos, são hormônios sexuais masculinos que incluem a testosterona, a 
diidrotestosterona e a androstenediona. (RIBEIRO 2001, p. 98). 
Segundo Silva et al (2002) apud Lima e Santos (2009, p. 2) 
 
“Os Esteroides Anabolizantes Androgênicos (EAA ou AAS – do inglês 
Anabolic Androgenic Steroids), também conhecidos simplesmente como 
anabolizantes, são uma classe de hormônios esteroides naturais e 
sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, 
resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, 
especialmente o muscular e ósseo. São substâncias geralmente 
derivadas do hormônio sexual masculino, a testosterona, e podem ser 
administradas principalmente por via oral ou injetável.” 
 
De acordo com Ribeiro (2001) o principal órgão que produz a testosterona no 
homem, são os testículos, e as glândulas adrenais produzem uma pequena quantidade 
apenas. E o mesmo provém do colesterol. A testosterona e seus derivados, como a 
diidrotestosterona, têm como principal função produzir as características secundárias 
masculinas, e isso ocorrem em várias partes do corpo, assim como: a pele mais grossa, 
pelos no corpo e rosto, a voz fica mais grossa, aumento de massa muscular, calvície e 
amadurecimento dos genitais. Durante a puberdade, esse hormônio (testosterona) 
produz acne, aumento do comprimento e diâmetro do pênis e dos testículos, fusão da 
epífise óssea, ocorrendo à paralisação do crescimento em altura. 
Nos últimos anos o uso abusivo dos esteroides anabolizantes vem crescendo de 
forma preocupante. É importante salientar que a maioria dos usuários dos esteroides 
anabolizantes sofrem uma série de alterações, sejam elas fisiológicas, psicológicas ou 
social. 
De acordo com Pope e Katz (1994) apud Martins et al (2005, p. 86) 
 
“O uso incorreto dos anabolizantes também implica em múltiplos efeitos 
psicológicos. Nos Estados Unidos, foi feito um amplo estudo com 
13 
 
usuários de EAA, obtendo como resultado que 25% dos indivíduos 
sofriam de algum tipo de transtorno de humor, desde mania e transtorno 
bipolar até depressão profunda.” 
 
 
Logo Silva e colaboradores (2002) apud Martins et al (2005, p. 86) apontam 
uma relação entre usar indiscriminadamente os EAA e agir de maneira agressiva no 
modo geral, chamando atenção para mudanças súbitas de temperamento, síndromes 
comportamentais e, inclusive crimes contra a propriedade. 
No entanto Daigle (1990) apud Martins et al (2005, p. 86) encontrou correlação 
entre uso de EAA e um decréscimo na tolerância à frustração ou desempenho pobre, 
especialmente em situações que envolvem provocação. 
Na literatura existem relatos de casos de morte súbita resultante da utilização de 
anabolizantes, o que, para Santarém (2001b) apud Santos et al (2006, p. 372) Sugerem 
que estas mortes possam ter sido decorrentes do uso contínuo ou doses abusivas 
dessa droga. 
E também Petersson, Garle, Granath e Thiblin (2005) apud Santos et al (2006, p. 
372) 
 
“Encontraram que os anabolizantes aparecem como indicadores do 
aumento do risco para morte prematura em diversos tipos de pacientes 
(drogaditos, transtornos psiquiátricos, dor torácica e com convulsões por 
motivo inespecífico), quando comparados aos que não fazem uso destas 
substâncias.” 
 
E com isso é importante frisar que os efeitos colaterais dos esteroides 
anabolizantes variam de acordo com cada biotipo do individuo, uma vez que de forma 
anatomicamente a forma do corpo do ser humano é o mesmo (exceto os deficientes). O 
organismo de um adolescente pode agir diferente comparado a um organismo de uma 
pessoa que já se encontra na fase adulta. 
 
7.2 ADOLESCENTES E ANABOLIZANTES 
 
A adolescência é uma fase de grandes acontecimentos fisiológicos, sociais e 
cognitivos acontece com o individuo. O adolescente começa a encarar a vida de outra 
visão. O adolescente também encara o amadurecimento, ou seja, uma passagem da 
14 
 
criança para a vida adulta. O corpo das meninas e meninos cria forma diferente que 
pode ser percebido pela sociedade. 
 A adolescência é, portanto, um fato psicossociológico, marcada por mudanças 
afetivo-sexuais, sociais, cognitivas, que não são universais, uma vez que as 
características atribuídas a esta fase se diferenciam nas diversas culturas, sociedades,e entre os indivíduos. (BEE, 1997; PAPALIA, 2000; PALÁCIOS e OLIVA, 2004 apud 
TRABBOLD, 2010, p.90) 
Dentre os fenômenos oriundos de tais transformações, o culto á 
juventude e beleza se faz marcante no presente. A valorização 
exacerbada da imagem corporal tem elevando a frequência ás 
academias de ginástica por adolescentes, jovens e adultos, com o intuito 
de mode lar seus corpos segundo o novo ideal de beleza. Tal 
estética disseminada pela mídia, produzida, artificialmente, tonar-se uma 
poderosa imagem, com a qual os indivíduos vão comparar seu corpo 
real, gerando tal grau de insatisfação que os leva a ‘corrigi-lo’, mesmo 
gozando de saúde perfeita (MALYSSE, 2006 apud TRABBOLD, 2010 
p.91). 
No entanto Moreira at al (2004) apud Lima e Santos (2009) defende que durante 
a vida, desde o nascimento, o indivíduo passa por períodos de mudança, sendo a 
puberdade um período de transição entre a infância e a fase adulta. Caracterizada por 
vários processos metabólicos que tornam o jovem apto biologicamente para a fase 
adulta. 
Segundo Gallahue e Ozmun (2005), a adolescência costumava incluir pessoas 
entre 13 e 18 anos, mas agora começa mais cedo, ás vezes já aos 8 anos,e não 
termina até aproximadamente a idade de 20 anos ou mais. 
Acontecem varias alterações no corpo do adolescente, os fatores genéticos 
também contribuem para essa alteração, de acordo com Gallahue e Ozmun (2005, p. 
356): 
 
 
O inicio da puberdade é geralmente denominada pubescência. Trata-se 
do período mais inicial da adolescência, cerca de dois anos antes da 
maturidade sexual. Na pubescência, características sexuais secundárias 
começam a aparecer, os órgãos sexuais amadurecem, acontecem 
alterações no sistema endócrino e o susto de crescimento adolescente 
15 
 
inicia-se. 
 
Os músculos sofrem alterações e os ossos também aumentando assim a massa 
muscular e óssea também. 
Muitas vezes os adolescentes sofrem bullying por não ter o corpo “belo” que se 
exige perante a sociedade. Por conta disso se sentem inferiores aqueles que têm um 
corpo “melhor”. Por conta de tal situação o adolescente muitos das vezes é induzido a 
usar meios impróprios e rápidos para chegar ao corpo belo, muitas das vezes fugindo 
até mesmo dos padrões normais para a sua faixa etária. 
Inferimos que o principal motivo que leva um adolescente a fazer o uso dos 
esteroides anabolizantes é a falta de conhecimento e falta de informação, na maioria 
das vezes sendo induzido por terceiros a fazer o uso dos esteroides anabolizantes. 
O baixo estima do adolescente também contribui para que ele venha a fazer tal 
ato, uma vez que o mesmo se sente inferior aos garotos “fortões” de sua idade e se 
sentido inferior comparado aos outros garotos acaba optando a procurar uma academia 
e muitas das vezes sem paciência pra esperar tal prazo para a hipertrofia muscular o 
mesmo acaba seguindo meios mais “fáceis” para o aumento de massa muscular. 
Muitas das vezes os adolescentes são induzidos pelo próprio profissional de educação 
física. 
Inferimos ainda que a relação entre anabolizante e adolescente quando 
relacionada a atividade física envolve uma serie de mudanças no adolescente, quando 
o adolescente procura o uso dessa droga a maioria não tem informações suficiente que 
possa mudar a forma de pensar sobre a boa forma do corpo e a busca de um corpo 
saudável,uma vez que,o adolescente ainda esta sofrendo alterações no corpo de forma 
que a sociedade perceba com facilidade essas alterações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
8. METODOLOGIA 
8.1 MODELO DE ESTUDO 
 A pesquisa caracteriza-se como descritiva. Nesse tipo de pesquisa, são 
observados, registrados, analisados, versificados e interpretados, sem que o 
pesquisador interfira neles. Isso significa que os fenômenos do mundo físico e humano 
são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador (ANDRADE, 2009, p.114). 
Utilizando-se da abordagem qualitativa. 
 
8.2 UNIVERSO DE ESTUDO 
8.2.1 População de estudo 
 Alunos de ambos os sexo de 14 a 17 anos da Escola Estadual Francisco 
Albuquerque 
 
8.2.2 Amostra da pesquisa 
 A amostra foi do tipo probabilístico aleatório simples composta por 40 alunos. 
 
8.2.3 Critérios de Elegibilidade (Inclusão e Exclusão) 
Inclusão: 
 Alunos da Escola Estadual Solon de Lucena 
 Adolescente de 14 a 17 anos 
 Adolescente do sexo masculino e feminino 
 Alunos no qual o responsável autorize a participação 
Exclusão: 
 Alunos que faltarem à coleta de dados 
 Alunos no qual o responsável não autorizar a participação 
8.3 DETALHES DOS PROCEDIMENTOS 
8.3.1 Instrumentos da pesquisa 
 O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário, elaborado pelos 
pesquisadores. O questionário terá perguntas abertas e fechadas, que segundo 
Marconi e Lakatos (2010, p.184) é um instrumento de coleta de dados, constituído por 
um série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem 
17 
 
presença do entrevistador. 
 
8.3.2 Coleta de dados 
 Primeiramente foi solicitada uma autorização na escola com a diretora. Em 
seguida pegaremos uma autorização com os pais dos adolescentes entrevistados. Foi 
elaborado um questionário e daremos aos adolescentes selecionados para responder a 
perguntas relacionadas ao conhecimento de esteroides e anabolizantes. 
8.3. 3 análise dos dados 
Os dados quantitativos foram analisados por meio da estatística descritiva 
(frequência). Para as perguntas abertas utilizamos a analise de conteúdo segundo 
Moreira (2005). Para o autor técnica assume três significativos conceitos provenientes 
da proposta de pesquisa fenomenológica. Inicia com o conceito de abordagem, que se 
configura como o ponto de vista fundamental em relação ao ser humano e ao mundo 
que o pesquisador adota, com relação ao seu trabalho como cientista. Desta forma, 
cada pesquisador afirma a verdade tal como a vê, afastando assim a idéia de 
neutralidade, e em pesquisas nas ciências sociais é importante que o pesquisador esteja 
presente de uma forma humana e não neutra. 
A técnica é dividida nos seguintes momentos: 
1. Relato ingênuo – Aplicação de uma entrevista sobre o tema buscando-se o 
entendimento do discurso dos sujeitos, que foi obtido através da aplicação de questões 
geradoras a respeito da opinião de adolescentes em relação ao uso de anabolizante. 
2. Identificação das atitudes – de posse do relato, foi realizada uma leitura 
exaustiva das entrevistas visando não perder de vista o sentido geral do discurso do 
pesquisado. Selecionar as unidades mais significativas dos discursos dos sujeitos, 
procurando criar indicadores e, posteriormente, categorias que possam servir de 
referencial para a interpretação. 
3. Interpretação – a partir do quadro geral das ideias de cada sujeito montado e 
caracterizado pela identificação das unidades de significados, foi feita a análise 
interpretativa do fenômeno buscando compreendê-lo em sua essência. 
 
8.4 RISCOS E BENEFÍCIOS 
18 
 
 Riscos da pesquisa: Possíveis constrangimentos ao responder o questionário, 
não utilizar a verdade ao responder as questões e alterar resultados. 
 Benefícios da pesquisa: A partir dos resultados poderemos vislumbrar 
estratégias de intervenção que estejam de acordo com a realidade encontrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Foram entrevistados 70 alunos de ensino médio, em que xx eram do gênero 
feminino e xx do gênero masculino, com idade entre 14 a 17 anos. Por meio de um 
questionário com perguntas abertas e fechadas foi possível verificar a opinião dos 
adolescentes em relação ao uso do anabolizante. 
Em relação ao conhecimento sobre esteroides e anabolizantes 91,55% (64) dos 
alunos afirmaram que conheciam a respeito do assunto; e 8,45% (6) não conheciam, 
como mostra o gráfico 1. 
 
Gráfico 1: Conhecimento sobre esteroide/anabolizante 
 
Percebe-se a partir dosresultados que a maioria dos adolescentes tem 
conhecimento a respeito de esteroides e anabolizantes. Apesar da investigaçao não 
abordar qual o tipo de conhecimento, inferimos que eles sabem de aspecto geral o que 
são essas substancias; para que são utilizadas e os possíveis riscos. Inferimos ainda 
que esse conhecimento é oriundo do senso comum, e ainda devido a facilidade do 
acesso a tecnologias de comunicação e informação. 
De acordo com Eisenstein e Estefenon (2011, p. 43): 
A internet atravessou fronteiras, dissolveu barreiras culturais, penetrou 
bloqueios políticos, vaporizou diferenças sociais e cresceu mais rápido e 
em todas as direções, superando as expectativas do futuro planejado 
nos séculos passados. Qualquer conhecimento ou informação está 
disponível com o apertar de um botão e que todos podem ter acesso 
com liberdade. 
 
No entanto pode também se tornar uma ameaça e oferecer riscos à saúde, por 
exemplo, esse tema (uso de anabolizantes) ainda continua gerando muita polêmica, 
grande parte dela começa no período escolar durante a fase da adolescência. Com isso 
acaba dando inicio a curiosidade dos mesmos em relação ao uso, uma vez que uns dos 
20 
 
motivos seja a insatisfação com a imagem corporal tanto do gênero masculino quanto 
feminino. 
O culto á juventude e beleza se faz marcante no presente. A valorização 
exacerbada da imagem corporal tem elevando a frequência ás 
academias de ginástica por adolescentes, jovens e adultos, com o intuito 
de modelar seus corpos segundo o novo ideal de beleza. Tal estética 
disseminada pela mídia, produzida, artificialmente, tonar-se uma 
poderosa imagem, com a qual os indivíduos vão comparar seu corpo 
real, gerando tal grau de insatisfação que os leva a ‘corrigi-lo’, mesmo 
gozando de saúde perfeita (MALYSSE, 2006 apud TRABBOLD, 2010 p. 
91). 
 
Segundo Eisenstein e Estefenon (2011, p. 43) os adolescentes de hoje em dia 
são ágeis, curiosos, informados e dominam a tecnologia. Mesmo assim, ainda existe a 
queda do rendimento escolar, as dificuldades do diálogo, e a falta de comunicação do 
afeto nas famílias onde todos ficam “perdidos” 
Conforme Leshner (2000), apud Lima e Santos (2009, p. 5): 
“Percebe-se uma carência de informações a nível pedagógico a respeito 
do uso e abuso de Esteroides Anabolizantes na adolescência, pois 
existem muitas pesquisas que estão relacionadas às implicações do 
abuso de anabolizantes na adolescência, há pesquisas relacionadas ao 
abuso de “drogas” (álcool, fumo), porém campanhas educativas, 
informativos, mecanismos de alerta ao uso de Esteroides e 
Anabolizantes na adolescência são poucos.” 
 
Com isso, Lima e Santos (2009) sugerem que utilizem uma ação interventiva 
educativa em relação aos efeitos colaterais do uso do anabolizante, proporcionando 
aos adolescentes, informações em destaque sobre o desenvolvimento natural do seu 
organismo, estimular e libertar a autoestima a fim de evitar os mesmos a buscarem o 
uso de anabolizante. 
Em relaçao ao uso do anabolizante 95,77% afirmaram que nunca utilizaram e 
4,23% já utilizaram, como mostra o gráfico 2. Dos adolescentes que afirmaram que já 
fizeram uso de anabolizantes (três adolescentes), informaram que não foram induzidos 
por ninguém e que tomaram sem orientação. 
Embora a quantidade em relação ao uso seja mínima, ainda sim existe o uso, 
tanto em adolescentes do gênero masculino quanto feminino como aponta Johnston e 
Cols (2002) apud Araújo (2003, p. 2) 
 Diversos estudos têm sido conduzidos no sentido de determinar os 
padrões atuais de uso de EAA em todo o mundo, principalmente nos 
21 
 
Estados Unidos. Naquele país, encontram-se taxas de prevalência de 
uso entre adolescentes variando de 2,0% a 12% para o sexo masculino 
e de 0,5% a 2,5% para o sexo feminino. 
 
Gráfico 2: Uso de esteroides anabolizantes 
 
 
Apesar do presente estudo ter apontado para um pequeno quantitativo de 
usuários, para Lima e Santos (2009, p. 4), o uso de Esteroides Anabolizantes vem 
crescendo bastante nos últimos anos, e não apenas por atletas na busca de um bom 
desempenho, mas particularmente por adolescente que procuram boa aparência física, 
muitas vezes influenciados pela mídia e por não estarem satisfeitos com o seu biotipo.” 
Nos Estados Unidos, estudo populacional realizado em 1993 estimou em mais 
de um milhão o número de usuários de anabolizantes (YESALIS et al., 1993 apud 
IRIART e ANDRADE, 2002, p. 1380). De acordo com Iriart e Andrade, (2002) isso se 
deve a crescente valorização do corpo nas sociedades de consumo pós-industriais – 
refletida nos meios de comunicação de massa, que expõem como modelo de corpo 
ideal e de masculinidade um corpo inflado de músculos – pode estar contribuindo para 
que um número crescente de jovens envolva-se com o uso de esteroides 
anabolizantes, na intenção de rapidamente desenvolver massa muscular. 
Para Lemos et al (2012, p. 4) o indivíduo que começa a usar anabolizantes sem 
indicação clínica tem um de dois intuitos: sendo atleta, busca melhorar seu 
desempenho; e não sendo atleta, busca o aperfeiçoamento estético da sua imagem 
corporal, ou seja, uma aparência magra, sem gordura, com massa muscular 
hipertrofiada. 
Muitas vezes os adolescentes sofrem bullying por não ter o corpo “belo” que se 
exige perante a sociedade. Por conta disso se sentem inferiores aqueles que têm um 
corpo “melhor”. Por conta de tal situação o adolescente muitos das vezes é induzido a 
22 
 
usar meios impróprios e rápidos para chegar ao corpo belo, muitas das vezes fugindo 
até mesmo dos padrões normais para a sua faixa etária. 
A baixa autoestima do adolescente também contribui para que ele venha a fazer 
tal ato, uma vez que o mesmo se sente inferior aos garotos “fortões” de sua idade e se 
sentido inferior comparado aos outros garotos acaba optando a procurar uma academia 
e muitas das vezes sem paciência pra esperar tal prazo para a hipertrofia muscular o 
mesmo acaba seguindo meios mais “fáceis” para o aumento de massa muscular. 
Muitas das vezes os adolescentes são induzidos pelo próprio profissional de educação 
física, embora o presente estudo mostrou que fizeram uso não foram induzidos por 
ninguém. 
Inferimos ainda que quando o adolescente procura o uso dessa droga a maioria 
não tem informações suficiente que possa mudar a forma de pensar sobre a boa forma 
do corpo e a busca de um corpo saudável, uma vez que, o adolescente ainda esta 
sofrendo alterações no corpo de forma que a sociedade perceba com facilidade essas 
alterações. 
No entanto Bacurau et al. (2001) apud Lima e Santos (2009, p. 4) afirma que o 
principal motivo para fazer com que o indivíduo desista de usar anabolizante, são as 
reações adversas ocasionados principalmente quando ingeridos via oral. 
A partir da analise de conteúdo pudemos desvelar a opinião de adolescentes em 
relação ao uso do anabolizante. Foram encontradas dez categorias conforme a tabela 
1: 
Em relação a opinião dos adolescentes quanto ao uso de anabolizantes para 
58,57% o uso pode comprometer a saúde ou até levar a morte. Para 12,86% 
anabolizantes não são recomendáveis para o uso e é considerado algo desnecessário. 
Para 7,14% anabolizante é considerado algo errado, algo que não é bom. E para 2,86% 
as pessoas que fazem uso de anabolizante é considerada estúpida, desprovida de 
inteligência. 
 Nos últimos anos o uso abusivo dos esteroides anabolizantes vem crescendo de 
forma preocupante. É importante salientar que a maioria dos usuários dos esteroides 
anabolizantes sofrem uma série de alterações, sejam elas fisiológicas, psicológicas ou 
social. 
23 
 
De acordo com Pope e Katz (1994) apud Martins et al (2005, p. 86) 
“O uso incorreto dos anabolizantes também implica em múltiplos efeitos 
psicológicos. Nos Estados Unidos, foi feito um amplo estudo com 
usuários de EAA, obtendo como resultado que 25% dos indivíduos 
sofriam de algum tipo de transtorno de humor, desde mania e transtornobipolar até depressão profunda.” 
Logo Silva e colaboradores (2002) apud Martins et al (2005, p. 86) apontam 
uma relação entre usar indiscriminadamente os EAA e agir de maneira agressiva no 
modo geral, chamando atenção para mudanças súbitas de temperamento, síndromes 
comportamentais e, inclusive crimes contra a propriedade. 
No entanto Daigle (1990) apud Martins et al (2005, p. 86) encontrou correlação 
entre uso de EAA e um decréscimo na tolerância à frustração ou desempenho pobre, 
especialmente em situações que envolvem provocação. 
Na literatura existem relatos de casos de morte súbita resultante da utilização de 
anabolizantes, o que, Santarém (2001b) apud Santos et al (2006, p. 372) sugerem que 
estas mortes possam ter sido decorrentes do uso contínuo ou doses abusivas dessa 
droga. 
E também Petersson, Garle, Granath e Thiblin (2005) apud Santos et al (2006, p. 
372) 
 
“Encontraram que os anabolizantes aparecem como indicadores do 
aumento do risco para morte prematura em diversos tipos de pacientes 
(drogaditos, transtornos psiquiátricos, dor torácica e com convulsões por 
motivo inespecífico), quando comparados aos que não fazem uso destas 
substâncias.” 
 
Estudos apontam os esteroide e anabolizantes como importantes agentes 
causadores de síndromes comportamentais de risco, atos agressivos (brigas, 
agressões), irritabilidade, raiva, hostilidade, ataques de fúria e sintomas cognitivos 
como distração, esquecimento e confusão, ocasionando também eventos 
cardiovasculares adversos. A administração em mulheres atletas pode resultar em 
amenorreia, aparecimento de acne, pele oleosa, crescimento de pelos na face, 
modificação na voz, posterior desenvolvimento da musculatura e do padrão de calvície 
masculino, além de hipertrofia do clitóris e voz grave. Com a administração contínua e 
prolongada, muitos desses efeitos são irreversíveis (ALMEIDA et al, 2012). 
É importante frisar que os efeitos colaterais dos esteroides anabolizantes variam 
de acordo com cada biotipo do individuo, uma vez que de forma anatomicamente a 
24 
 
forma do corpo do ser humano é o mesmo (exceto os deficientes). O organismo de um 
adolescente pode agir diferente comparado a um organismo de uma pessoa que já se 
encontra na fase adulta. 
 
 Apesar da maioria dos adolescentes apresentarem opiniões desfavoráveis em 
relação ao uso do anabolizante, 10% consideraram que anabolizantes utilizados 
adequadamente, sem exagero, não tem problema. 7,14% consideraram que desde que 
seja utilizado sob orientação médica, não tem problema, caso contrário pode tornar-se 
algo perigoso. 1,43% apoiou o uso de anabolizantes se for voltada para atletas de 
fisiculturismo. E 4,29% São a favor do uso de anabolizante e da sua legalização, tanto 
que deveria ser distribuído a todos. 
Podemos inferir que essa atitude frente ao uso de anabolizante se deve a 
supervalorização da beleza estética como afirma Chaves e Ferreira (2007, p 1): 
As práticas sociais, notadas pelas formas de ver, compreender e agir 
com o corpo na contemporaneidade, entre elas a utilização de 
esteróides anabolizantes, têm se apresentado como sintoma de uma 
 Qual a sua opinião em relação ao uso do anabolizante? 
1 Categorias Sujeitos (n) % 
2 Anabolizantes não são recomendáveis para o uso e é 
considerado algo desnecessário 
1, 6, 10, 37,50, 33, 63, 
66, 67 
(9) 
12,86% 
3 Resposta sem significado 4, 7, 11, 17, 19, 22, 26, 
35, 38, 42, 45, 48, 49, 
50, 51, 56, 57, 60 
(18) 
25,71% 
4 Anabolizante pode comprometer a saúde ou até levar a 
morte 
1, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 
13, 14, 15, 16, 17, 20, 
19, 22, 25, 29, 31, 32, 
36, 37, 38, 41, 43, 45, 
46, 50, 51, 55, 56, 59, 
60, 61, 62, 65, 67, 68, 
69, 70 
(41) 
58,57% 
5 Anabolizante é considerado algo errado, algo que não é 
bom 
7, 8, 24, 35, 66 (5) 
7,14% 
6 Anabolizantes utilizados adequadamente, sem exagero, 
não tem problema. 
2, 9, 14, 18, 32, 47, 49 (7) 
10% 
7 Desde que seja utilizado sob orientação médica, não tem 
problema, caso contrário pode tornar-se algo perigoso 
12, 26, 52, 55, 62 (5) 
7,14% 
8 Apoio o uso de anabolizantes se for voltada a atletas de 
fisiculturismo 
52 (1) 
1,43% 
9 As pessoas que fazem uso de anabolizante são 
consideradas estúpidas, desprovida de inteligências 
27, 42 (2) 
2,86% 
10 Sou favor do uso do anabolizante e da sua legalização, 
deveria ser distribuídos a todos. 
14, 28, 58 (3) 
4,29% 
25 
 
cultura de supervalorização da imagem, de transformação, intervenção 
corporal e da gestão de si através de substâncias que possam controla,r 
potencializar e extrair do corpo o máximo de eficácia 
 
No entanto os esteroides/anabolizantes foram desenvolvidos inicialmente para 
outros fins, de maneira terapêutica em algumas doenças, em que o uso sob a 
orientação vem trazer beneficio ao tratamento de certas patologias, como por exemplo, 
na recuperação de cirurgias e atrofias musculares, por melhorarem o balanço 
nitrogenado em estados catabólicos, prevenindo a perda de massa magra e reduzindo 
o aumento de tecido adiposo; para o tratamento de pacientes com deficiência natural de 
andrógenos; e no tratamento da osteoporose, do câncer de mama e anemias, uma vez 
que estimulam a eritropoiese. (CELOTTI 1992; CREUTZBERG et al 2003; HEBERT et 
al 1984 apud ROCHA et al 2007). 
Lemos et al (2012) corroboram com a afirmativa acima, segundo o autor o uso 
terapêutico do anabolizante está relacionado ao tratamento do hipogonadismo 
masculino. Existem também indicações de aplicabilidade no tratamento da osteoporose, 
das sarcopenias, do câncer de mama (entre outros) e dos estados catabólicos. 
Em anemias graves, seu uso diminui a necessidade de transfusões sanguíneas. 
Em casos de insuficiências pulmonares e cardíacas, os EAA aliviam os sintomas de 
cansaço desses pacientes. São indicados, ainda, em pacientes com AIDS ou 
insuficiência renal crônica, para compensar a perda de massa muscular como afirma 
Handelsman (2006). Isso se dar devido a pessoa que sofre com a doença perder 
massa muscular muito rápido, assim seria uma forma de compensar de forma sintética 
a massa muscular, uma vez que, o individuo ganhando massa muscular ele vai está 
mais disposto e mais estável a grandes movimento necessário no nosso dia a dia afinal 
os músculos são responsáveis pelos movimentos e estabilidade dos ossos por isso 
necessidade de fortalecimento dos mesmos e assim manter um bom volume de massa 
corporal. 
Mais recentemente, os EAA têm sido cogitados na terapia antienvelhecimento 
em homens, porque parecem atuar na melhora da disposição física e emocional dos 
indivíduos, apresentando um efeito denominado regenerador (BHASIN et al., 2006). 
Esse mesmo mecanismo embasa o uso terapêutico em casos de politraumatismos e 
queimaduras, por acelerarem o processo de cicatrização (DEMLING, 2009). 
26 
 
No entanto, de acordo com Lemos et al (2012) o uso não terapêutico, 
especialmente entre atletas e jovens não atletas vem despertando a preocupação dos 
especialistas. Os adolescentes, que ainda estão em fase de desenvolvimento, 
objetivam o ganho de massa muscular de forma rápida, consequentemente os 
anabolizantes são um meio procurado para esse fim. 
 De acordo com Cecchetto, Moraes e Farias (2012) embora as pesquisas sobre o 
perfil dos usuários de anabolizantes ainda sejam mínimas no Brasil, existe uma 
percepção de que um quantitativo cada vez maior de jovens do sexo masculino esteja 
afetado por este comportamento de risco. 
Tal prática é fruto de um comércio ilegal, sem controle dos setores da vigilância 
sanitária, funcionando no próprio ambiente de prática de exercícios e contando com a 
participação, direta ou indireta, de profissionais responsáveis pelas sessões de 
exercícios físicos (LEMOS et al, 2012, p. 5) 
Em relação às representações e práticas dos usuários há um paradoxo, de um 
lado, condena-se o uso não médico de anabolizantes, tendo por base um conjunto de 
informações sobreos perigos dos mesmos para a saúde. De outro, os ganhos 
anabólicos que as chamadas “bombas” proporcionam como aumento de massa e da 
força muscular, tem sido motivo para a grande difusão do seu uso entre praticantes de 
malhação pesada e lutadores de artes marciais (CECCHETTO, MORAES e FARIAS. 
2012). 
Segundo Iriart e Andade (2002) para muitos jovens o desejo de desenvolver 
massa muscular e alcançar um suposto corpo ideal se sobrepõe ao risco de efeitos 
colaterais do uso de anabolizantes, sendo reflexo da falta de informação dos jovens 
sobre a extensão dos danos à saúde decorrentes do uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
CONCLUSÃO 
 
Com isso, através deste artigo com intuito de explorar e absorver o máximo de 
informações a respeito do pensamento dos adolescentes em relação ao uso de 
esteroides anabolizantes, sendo que não existe resposta certa e errada, e sim levando 
em consideração apenas a opinião deles. Concluímos que para os adolescentes, 
esteroides não são favoráveis, muito pelo contrário, são completamente desnecessários 
quando utilizado para o uso, pois os mesmos não contribuem para a saúde e bem-estar 
do indivíduo, segundo a maioria deles. No entanto encontramos uma quantidade 
mínima de adolescentes que utilizaram e que são a favor do uso, mesmo sendo 
moderado ou sob prescrição de um médico. 
No entanto acreditamos ser importante que as escolas possam trabalhar mais 
em relação ao tema. E que campanhas de conscientização sejam realizadas para evitar 
que adolescentes, que muitas vezes não estão satisfeitos com o próprio corpo, 
busquem os anabolizantes com o objetivo de ganho de massa muscular, 
comprometendo muitas vezes sua saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALMEIDA, Camila et al. Riscos a saúde devido ao uso de substâncias para 
melhorar a performance física. Xvii Seminário Interinstitucional de ensino pesquisa 
e extensão, 2012. 
ANDRADE, Maria Margarida. Introdução á metodologia do trabalho cientifico: 
elaboração de trabalhos na graduação. Paulo: Atlas, 2010. 
ARAÚJO, Jordano Pereira. O uso de esteroides androgênicos anabolizantes 
entre estudantes do ensino médio no distrito federal. Universidade Católica de 
Brasília, p. 1 – 83, 2003. 
CECCHETTO, Fátima; MORAES, Danielle Ribeiro de; FARIAS, Patrícia Silveira 
de. Enfoque sobre esteroides anabolizantes: Risco a saúde e hipermasculinidade. 
Interface - Comunic., Saude, Educ, v. 16, n. 41, p. 369 – 82, São Paulo, 2012. 
CHAVES, Simone Freitas; FERREIRA, Nilda Teves. Educação física e esteróides 
anabolizantes: riscos e desejos. Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, v. 15, 
p. 1 – 9, Recife, 2007. 
No labirinto dos espelhos. 
EISENSTEIN, Evelyn; ESTEFENON, Susana B. Geração Digital: Riscos das 
novas tecnologias para crianças e adolescentes. Revista Hospital Universitário Pedro 
Ernesto, ano 10, p. 42-52, 2011. 
IRIART, Jorge Alberto Bernstein; ANDRADE, Tarcísio Matos de. Musculação, 
uso de esteroides anabolizantes e percepção de risco entre jovens fisiculturistas de um 
bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 18, n. 5, p. 1379-
1387, 2002. 
LEMOS, T. et al. Abuso e dependência de anabolizantes. Associação Médica 
Brasileira e Conselho Federal de Medicina, p. 1-13, 2012. 
LIMA, Ozenilda Dulce Marinho de; SANTOS, Azenildo Moura. Importância da 
informação sobre o abuso do uso de esteroides anabolizantes andrógenos na 
adolescência. Revista Digital - Buenos Aires, v. 14, n. 134, p. 1-8, 2009. 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de 
metodologia científica. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
29 
 
MARTINS, Cristiane Mega et al. Efeitos psicológicos do abuso de anabolizantes. 
Ciências & Cognição, v. 05, n. 1, p. 84-91, 2005. 
MOREIRA, W. Análise de conteúdo: técnica de elaboração e análise de unidades 
de significado. R. brás. Ci. e Mov, .v.13, n.4, p. 107-114, 2005. 
RIBEIRO, Paulo César Pinho. O uso indevido de substâncias: esteroides 
anabolizantes e energéticos. Adolescência Latinoamericana, v. 01, n. 2, p. 97-101. 
ROCHA, Fernando Lima; ROQUE, Fernanda Roberta; OLIVEIRA, Edilamar 
Menezes de. Esteroides anabolizantes: mecanismos de ação e efeitos sobre o sistema 
cardiovascular. O mundo da saúde, p. 470 – 477, São Paulo, 2007. 
SILVA, Paulo Rodrigo Pedroso da; DANIELSKI, Ricardo; CZEPIELEWSKI, 
Mauro Antônio. Esteroides anabolizantes no esporte. Revista Brasil Medicina 
Esporte. v.8, n.6, p. 235 – 243, 2002. 
SANTOS, André Faro et al. Anabolizantes: Conceitos segundo praticantes de 
musculação em Aracaju (SE). Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 2, p. 371-380, 
2006. 
TRABBOLD, Vera Lúcia Mendes. Os significados do corpo para os adolescentes 
masculino que frequentam academias de ginástica. Polêm!ca, v. 9, n. 3, p. 89-97, 
2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
APÊNDICES 
 
APÊNDICE 1 - Cronograma de Atividades 
 
 
Etapas Ago. Set. Out. Nov. Dez. 
Delimitação do tema e do objeto 
de estudo 
x 
Levantamento bibliográfico x x x 
Definição da metodologia e 
técnicas de pesquisa 
 x x 
Entrega do projeto de pesquisa x 
Execução da pesquisa (coleta de 
dados) 
 x x 
Organização e Análise dos dados 
da pesquisa 
 x x 
Elaboração do relatório final x x x 
Defesa do TCC X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
APÊNDICE 2 - Orçamento Detalhado 
 
Material Quantidad
e 
Valor Unitário(R$) Sub-Total(R$) 
Papel Oficio 1 Resma 14,00 14,00 
Cartucho para impressora 1 unidade 60,00 60,00 
Caneta 
Cartucho 
Pen drive 
gravador 
 
 
Custo total R$ 74,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
APÊNDICE 3 - Equipe Científica 
 
Nome Formação Titulação Atividade no Projeto 
Antônio Abreu Sousa Educação Física Graduando Pesquisador 
Hilton Rodrigues 
Chaves Filho 
Educação Física 
Graduando Pesquisador 
Lionela da Silva 
Corrêa 
Educação Física 
Mestre Orientadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
APÊNDICE 4 – Questionário 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE/LAUREATE 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
Questionário: 
1. Você conhece esteroides/anabolizantes? 
SIM ( ) NÃO ( ) 
2. Qual a sua opinião em relação ao uso de anabolizante? 
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
_________________________________________________ 
3. Você já usou esteroides/anabolizantes? 
 SIM ( ) NÃO ( ) 
4. Se sim foi induzido por alguém a tomar? 
SIM ( ) NÃO ( ) 
5. Tomou sob orientação de um médico? 
SIM ( ) NÃO ( ) 
6. Qual o motivo (finalidade) do uso? 
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
_____________________ 
 
 
 
 
 
 
34 
 
APÊNDICE 5 – TECLE 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE/LAUREATE 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
Convidamos o (a) senhor (a) ä permitir a participação do seu (a) filha (a) a participar 
do Projeto de Pesquisa “O uso do anabolizante na prática de atividade física na 
adolescência”, que será realizado por meio do Centro Universitário do Norte – Curso 
de Educação Física, endereço: Rua Tapajós, 350, centro, pela pesquisadora: Profa. 
Lionela da Silva Corrêa e os acadêmicos Antônio Abreu Sousa e Hilton Rodrigues 
Chaves Filho do Curso de Educação Física. O objetivo deste estudo é conhecer a 
opiniãodo adolescente de educação física em relação ao uso do anabolizante. A partir 
desse resultado podemos fazer referência a possíveis propostas de intervenção nos 
programas que condizem à percepção apresentada pelos dados, estabelecendo 
estratégias que favoreçam a manutenção ou melhoria da qualidade de vida dos 
deficientes visuais. 
 Será aplicado um formulário com perguntas abertas e fechadas aos alunos. 
Critérios de inclusão: 
 Alunos da Escola Francisco Das Chagas de Albuquerque 
 Adolescente de 14 a 17 anos 
 Adolescente do sexo masculino e feminino 
 Alunos no qual o responsável autorize a participação 
Critérios de exclusão: 
 Alunos que faltarem à coleta de dados 
 Alunos no qual o responsável não autorizar a participação 
 
Riscos da pesquisa: Possíveis constrangimentos ao responder o questionário, 
não utilizar a verdade ao responder as questões e alterar resultados. 
 Benefícios da pesquisa: A partir dos resultados poderemos vislumbrar 
estratégias de intervenção que estejam de acordo com a realidade encontrada. 
É garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e 
deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo, punição ou atitude 
preconceituosa. Também não há compensação financeira (dinheiro) relacionada à sua 
participação. Garanto que as informações obtidas serão analisadas em conjunto com 
outros, não sendo divulgada a identificação de nenhum dos participantes. Para 
qualquer outra informação o (a) Senhor (a) poderá entrar em contato com o (a) 
pesquisador (a) Lionela da Silva Corrêa, pelos telefones (092) 91835734 (celular do 
pesquisador responsável) (92)32492942 (telefone convencional do pesquisador 
responsável) ou pelo e-mail: liofef@hotmail.com (e-mail do pesquisador responsável). 
 
______________________________________________________________________ 
 Fui informado sobre o que o pesquisador quer fazer e porque precisa da minha 
colaboração, e entendi a explicação. Por isso, eu concordo em participar do projeto, 
mailto:liofef@hotmail.com
35 
 
sabendo que não vou ganhar nenhum dinheiro e posso sair quando eu quiser. Estou 
recebendo uma cópia deste documento, assinada que vou guardar. 
___________________________________ ou Data ___/___/___ 
Assinatura do entrevistado (a) 
 
 
 
 
 
 
________________________________ Data ___/___/___ 
Assinatura do (a) pesquisador (a) 
 
Impressão do dedo polegar 
Caso não saiba assinar 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
ARTIGO 
OPINIÃO DOS ADOLESCENTES EM RELAÇÃO AO USO ANABOLIZANTES 
OPINION ADOLESCENTS COMPARED TO USING ANABOLIC 
 
SOUSA, Antônio Abreu1; FILHO, Hilton Rodrigues Chaves1; CORRÊA, Lionela 
da Silva2 
 
1
Acadêmico do curso de educação física, Centro Universitário do Norte. 
1
Acadêmico do curso de educação física, Centro Universitário do Norte. 
2
Professora Mestre da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do 
Amazonas 
 
RESUMO 
Esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos utilizados para aumentar a massa 
muscular, melhorar o desempenho, queimar gordura e melhorar a aparência. Os 
hormônios esteroides são produzidos pelo córtex da supra-renal gônadas (ovários e 
testículo). Este estudo teve como objetivo avaliar a opinião dos adolescentes em 
relação ao uso de anabolizantes. O modelo de estudo aplicado foi à pesquisa descritiva 
com abordagem qualitativa e quantitativa. Para coleta de dados foi utilizado como 
instrumento um questionário com perguntas abertas e fechadas. Os resultados indicam 
que os adolescentes conhecem os esteroides anabolizantes e na opinião da maioria os 
EAA fazem mal á saúde e o bem estar e são desfavoráveis para o ser humano, uma 
minoria dos adolescentes já utilizaram e são a favor do uso sob a descrição médica. 
Com isso acreditamos ser importante que as escolas possam trabalhar mais em relação 
ao tema. 
 
Palavras Chaves: Adolescentes, Anabolizantes, percepção. 
 
ABSTRACT 
Anabolic steroids are synthetic hormones used to increase muscle mass, improve 
performance, burn fat and improve appearance. The steroid hormones are produced by 
the adrenal cortex of the gonads (ovaries and testicles). The aim of this study was to 
evaluate the adolescents opinions about the use of anabolic steroids. The study model 
was applied to the descriptive research with qualitative and quantitative approach. A 
questionnaire with open and closed questions was used as instrument for data 
collection. Results indicate that adolescents know about anabolic steroids and, 
according with the most group opinion, EAA do harm to health and wellness and are 
unfavorable for humans, a minority of teenagers have used and agree using under 
medical description. With that, we believe it is important that schools talk more about the 
subject. 
 
INTRODUÇÃO 
Esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos utilizados para aumentar a 
massa muscular, melhorar o desempenho, queimar gordura e melhorar a aparência. Os 
hormônios esteroides são produzidos pelo córtex da supra-renal gônadas (ovários e 
38 
 
testículo). Os esteroides anabolizantes ou esteroides anabólico-androgênicos (EAA) 
referem-se a classe dos hormônios masculinos, mantendo a aparência da sexualidade 
masculina (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002). 
Muitos desses esteroides anabolizantes são utilizados como hormônios de 
crescimentos para animais, como cavalo e boi. No ser humano ele é utilizado em 
pessoas que tem deficiência na produção de hormônios, também utilizado nas pessoas 
que sofrem de osteoporose, câncer de mama entre outros. 
No ano de 1935 a testosterona (hormônio masculino produzido pelo testículo) foi 
sintetizada pela primeira vez por Ruzica e weltstein e em 1939, Boje sugeriu que os 
hormônios sexuais poderiam aumentar o desempenho atlético. Dessa forma o uso do 
esteroide anabolizante nos esportes é utilizado para o aumento da força física e da 
massa muscular, entretanto, os efeitos sobre o desempenho atlético permanecem ainda 
controversos (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002). 
Os adolescentes visam o aumento no desempenho em um determinado esporte, 
por isso muitas vezes são induzidos a utilizar os esteroides anabolizantes. Existem 
grandes influências nas escolas ou academias por parte de pessoas mais velhas, onde 
visam um corpo belo em forma, em pouco tempo e utilizam e aconselham aos outros 
adolescentes este recurso de anabolizantes. 
O Papel do profissional de Educação Física tem importância fundamental para 
ajudar a esclarecer o risco que essa droga pode fazer a saúde, uma vez que o 
professor de Educação Física pode salientar em suas aulas como temas transversais, 
podendo assim explanar sobre o esteroide anabolizante, o risco do mesmo e o 
desempenho do adolescente na atividade física após o uso da droga. Portando, o 
objetivo do estudo foi conhecer opinião de adolescentes em relação ao uso do 
anabolizante. 
 
MÉTODOS 
A pesquisa caracteriza-se como descritiva. Nesse tipo de pesquisa, são 
observados, registrados, analisados, versificados e interpretados, sem que o 
pesquisador interfira neles. Isso significa que os fenômenos do mundo físico e humano 
são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador (ANDRADE, 2009, p.114). 
39 
 
Utilizando-se da abordagem qualitativa. 
Sujeitos da Pesquisa 
Os sujeitos da pesquisa foram 70 alunos de ambos os sexo de 14 a 17 anos da 
Escola Estadual Francisco Albuquerque. 
Critérios de Elegibilidade (Inclusão e Exclusão) 
Inclusão: 
 Alunos da Escola Estadual Francisco Albuquerque. 
 Adolescente de 14 a 17 anos 
 Adolescente do sexo masculino e feminino 
 Alunos no qual o responsável autorize a participação 
Exclusão: 
 Alunos que faltarem à coleta de dados 
 Alunos no qual o responsável não autorizar a participação 
Instrumentos da pesquisa 
O instrumento de pesquisa utilizadofoi um questionário, elaborado pelos 
pesquisadores. O questionário foi constituído de perguntas abertas e fechadas, que 
segundo Marconi e Lakatos (2010, p.184) é um instrumento de coleta de dados, 
constituído por um série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito 
e sem presença do entrevistador. 
Coleta de dados 
 Primeiramente foi solicitado uma autorização na escola com a diretora. Em 
seguida pegamos uma autorização com os pais dos adolescentes entrevistados. Foi 
elaborado um questionário e foi entregue aos adolescentes selecionados para 
responder a perguntas relacionadas ao conhecimento de esteroides e anabolizantes. 
Análise dos dados 
Os dados quantitativos foram analisados por meio da estatística descritiva 
(frequência). Para as perguntas abertas utilizamos a analise de conteúdo segundo 
Moreira (2005). Para o autor técnica assume três significativos conceitos provenientes 
da proposta de pesquisa fenomenológica. Inicia com o conceito de abordagem, que se 
configura como o ponto de vista fundamental em relação ao ser humano e ao mundo 
que o pesquisador adota, com relação ao seu trabalho como cientista. Desta forma, 
40 
 
cada pesquisador afirma a verdade tal como a vê, afastando assim a ideia de 
neutralidade, e em pesquisas nas ciências sociais é importante que o pesquisador esteja 
presente de uma forma humana e não neutra. 
A técnica é dividida nos seguintes momentos: 
1. Relato ingênuo – Aplicação de uma entrevista sobre o tema buscando-se o 
entendimento do discurso dos sujeitos, que foi obtido através da aplicação de questões 
geradoras a respeito da opinião de adolescentes em relação ao uso de anabolizante. 
2. Identificação das atitudes – de posse do relato, foi realizada uma leitura 
exaustiva das entrevistas visando não perder de vista o sentido geral do discurso do 
pesquisado. Selecionar as unidades mais significativas dos discursos dos sujeitos, 
procurando criar indicadores e, posteriormente, categorias que possam servir de 
referencial para a interpretação. 
3. Interpretação – a partir do quadro geral das ideias de cada sujeito montado e 
caracterizado pela identificação das unidades de significados, foi feita a análise 
interpretativa do fenômeno buscando compreendê-lo em sua essência. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Foram entrevistados 70 alunos de ensino médio, com idade entre 14 a 17 anos. 
Por meio de um questionário com perguntas abertas e fechadas foi possível verificar a 
opinião dos adolescentes em relação ao uso do anabolizante. 
Em relação ao conhecimento sobre esteroides e anabolizantes 91,55% (64) dos 
alunos afirmaram que conheciam a respeito do assunto; e 8,45% (6) não conheciam, 
como mostra o gráfico 1. 
Gráfico 1: Conhecimento sobre esteroide/anabolizante 
 
Percebe-se a partir dos resultados que a maioria dos adolescentes tem 
41 
 
conhecimento a respeito de esteroides e anabolizantes. Apesar da investigaçao não 
abordar qual o tipo de conhecimento, inferimos que eles sabem de aspecto geral o que 
são essas substancias; para que são utilizadas e os possíveis riscos. Inferimos ainda 
que esse conhecimento é oriundo do senso comum, e ainda devido a facilidade do 
acesso a tecnologias de comunicação e informação. 
De acordo com Eisenstein e Estefenon (2011, p. 43): 
A internet atravessou fronteiras, dissolveu barreiras culturais, 
penetrou bloqueios políticos, vaporizou diferenças sociais e cresceu 
mais rápido e em todas as direções, superando as expectativas do 
futuro planejado nos séculos passados. Qualquer conhecimento ou 
informação está disponível com o apertar de um botão e que todos 
podem ter acesso com liberdade. 
 
No entanto pode também se tornar uma ameaça e oferecer riscos à saúde, por 
exemplo, esse tema (uso de anabolizantes) ainda continua gerando muita polêmica, 
grande parte dela começa no período escolar durante a fase da adolescência. Com isso 
acaba dando inicio a curiosidade dos mesmos em relação ao uso, uma vez que uns dos 
motivos seja a insatisfação com a imagem corporal tanto do gênero masculino quanto 
feminino. 
O culto á juventude e beleza se faz marcante no presente. A 
valorização exacerbada da imagem corporal tem elevando a frequência 
ás academias de ginástica por adolescentes, jovens e adultos, com o 
intuito de modelar seus corpos segundo o novo ideal de beleza. Tal 
estética disseminada pela mídia, produzida, artificialmente, tonar-se uma 
poderosa imagem, com a qual os indivíduos vão comparar seu corpo 
real, gerando tal grau de insatisfação que os leva a ‘corrigi-lo’, mesmo 
gozando de saúde perfeita (MALYSSE, 2006 apud TRABBOLD, 2010 p. 
91). 
 
Segundo Eisenstein e Estefenon (2011, p. 43) os adolescentes de hoje em dia 
são ágeis, curiosos, informados e dominam a tecnologia. Mesmo assim, ainda existe a 
queda do rendimento escolar, as dificuldades do diálogo, e a falta de comunicação do 
afeto nas famílias onde todos ficam “perdidos” 
Conforme Leshner (2000), apud Lima e Santos (2009, p. 5): 
Percebe-se uma carência de informações a nível pedagógico a 
respeito do uso e abuso de Esteroides Anabolizantes na adolescência, 
pois existem muitas pesquisas que estão relacionadas às implicações do 
abuso de anabolizantes na adolescência, há pesquisas relacionadas ao 
abuso de “drogas” (álcool, fumo), porém campanhas educativas, 
informativos, mecanismos de alerta ao uso de Esteroides e 
42 
 
Anabolizantes na adolescência são poucos. 
 
Com isso, Lima e Santos (2009) sugerem que utilizem uma ação interventiva 
educativa em relação aos efeitos colaterais do uso do anabolizante, proporcionando 
aos adolescentes, informações em destaque sobre o desenvolvimento natural do seu 
organismo, estimular e libertar a autoestima a fim de evitar os mesmos a buscarem o 
uso de anabolizante. 
Em relaçao ao uso do anabolizante 95,77% afirmaram que nunca utilizaram e 
4,23% já utilizaram, como mostra o gráfico 2. Dos adolescentes que afirmaram que já 
fizeram uso de anabolizantes (três adolescentes), informaram que não foram induzidos 
por ninguém e que tomaram sem orientação. 
Gráfico 2: Uso de esteroides anabolizantes 
 
Embora a quantidade em relação ao uso seja mínima, ainda sim existe o uso, 
tanto em adolescentes do gênero masculino quanto feminino como aponta Johnston e 
Cols (2002) apud Araújo (2003, p. 2): 
Diversos estudos têm sido conduzidos no sentido de determinar 
os padrões atuais de uso de EAA em todo o mundo, principalmente nos 
Estados Unidos. Naquele país, encontram-se taxas de prevalência de 
uso entre adolescentes variando de 2,0% a 12% para o sexo masculino 
e de 0,5% a 2,5% para o sexo feminino. 
 
Apesar de o presente estudo ter apontado para um pequeno quantitativo de 
usuários, para Lima e Santos (2009, p. 4), o uso de Esteroides Anabolizantes vem 
crescendo bastante nos últimos anos, e não apenas por atletas na busca de um bom 
desempenho, mas particularmente por adolescente que procuram boa aparência física, 
muitas vezes influenciados pela mídia e por não estarem satisfeitos com o seu biotipo.” 
Nos Estados Unidos, estudo populacional realizado em 1993 estimou em mais 
de um milhão o número de usuários de anabolizantes (YESALIS et al., 1993 apud 
IRIART e ANDRADE, 2002, p. 1380). De acordo com Iriart e Andrade (2002), isso se 
43 
 
deve a crescente valorização do corpo nas sociedades de consumo pós-industriais – 
refletida nos meios de comunicação de massa, que expõem como modelo de corpo 
ideal e de masculinidade um corpo inflado de músculos – pode estar contribuindo para 
que um número crescente de jovens envolva-se com o uso de esteroides 
anabolizantes, na intenção de rapidamente desenvolver massa muscular. 
Para Lemos et al (2012, p. 4) o indivíduo que começa a usar anabolizantes sem 
indicação clínica tem um de dois intuitos: sendo atleta, busca melhorar seu 
desempenho; e não sendo atleta, busca o aperfeiçoamento estético da sua imagem 
corporal, ou seja, uma aparênciamagra, sem gordura, com massa muscular 
hipertrofiada. 
Muitas vezes os adolescentes sofrem bullying por não ter o corpo “belo” que se 
exige perante a sociedade. Por conta disso se sentem inferiores aqueles que têm um 
corpo “melhor”. Por conta de tal situação o adolescente muitos das vezes é induzido a 
usar meios impróprios e rápidos para chegar ao corpo belo, muitas das vezes fugindo 
até mesmo dos padrões normais para a sua faixa etária. 
A baixa autoestima do adolescente também contribui para que ele venha a fazer 
tal ato, uma vez que o mesmo se sente inferior aos garotos “fortões” de sua idade e se 
sentido inferior comparado aos outros garotos acaba optando a procurar uma academia 
e muitas das vezes sem paciência pra esperar tal prazo para a hipertrofia muscular o 
mesmo acaba seguindo meios mais “fáceis” para o aumento de massa muscular. 
Muitas das vezes os adolescentes são induzidos pelo próprio profissional de educação 
física, embora o presente estudo mostrou que fizeram uso não foram induzidos por 
ninguém. 
Inferimos ainda que quando o adolescente procura o uso dessa droga a maioria 
não tem informações suficiente que possa mudar a forma de pensar sobre a boa forma 
do corpo e a busca de um corpo saudável, uma vez que, o adolescente ainda esta 
sofrendo alterações no corpo de forma que a sociedade perceba com facilidade essas 
alterações. 
No entanto Bacurau et al. (2001) apud Lima e Santos (2009, p. 4) afirma que o 
principal motivo para fazer com que o indivíduo desista de usar anabolizante, são as 
reações adversas ocasionados principalmente quando ingeridos via oral, sendo 
44 
 
fundamental o conhecimento sobre isso. 
A partir da analise de conteúdo pudemos desvelar a opinião de adolescentes em 
relação ao uso do anabolizante. Foram encontradas dez categorias conforme a tabela 
1: 
Em relação a opinião dos adolescentes quanto ao uso de anabolizantes para 
58,57% o uso pode comprometer a saúde ou até levar a morte. Para 12,86% 
anabolizantes não são recomendáveis para o uso e é considerado algo desnecessário. 
Para 7,14% anabolizante é considerado algo errado, algo que não é bom. E para 2,86% 
as pessoas que fazem uso de anabolizante é considerada estúpida, desprovida de 
inteligência. 
 Tabela 1: Opinião dos adolescentes em relação ao uso de anabolizantes 
 
 
Nos últimos anos o uso abusivo dos esteroides anabolizantes vem crescendo de 
forma preocupante. É importante salientar que a maioria dos usuários dos esteroides 
anabolizantes sofra uma série de alterações, sejam elas fisiológicas, psicológicas ou 
social. 
De acordo com Pope e Katz (1994) apud Martins et al (2005, p. 86) 
O uso incorreto dos anabolizantes também implica em múltiplos 
efeitos psicológicos. Nos Estados Unidos, foi feito um amplo estudo com 
usuários de EAA, obtendo como resultado que 25% dos indivíduos 
sofriam de algum tipo de transtorno de humor, desde mania e transtorno 
bipolar até depressão profunda. 
Qual a sua opinião em relação ao uso do anabolizante? 
Categorias % 
1 Anabolizantes não são recomendáveis para o uso e é 
considerado algo desnecessário 
12,86% 
2 Resposta sem significado 25,71% 
3 Anabolizante pode comprometer a saúde ou até levar a 
morte 
58,57% 
4 Anabolizante é considerado algo errado, algo que não é 
bom 
7,14% 
5 Anabolizantes utilizados adequadamente, sem exagero, 
não tem problema. 
10% 
6 Desde que seja utilizado sob orientação médica, não tem 
problema, caso contrário pode tornar-se algo perigoso 
7,14% 
7 Apoio o uso de anabolizantes se for voltada a atletas de 
fisiculturismo 
1,43% 
8 A pessoas que fazem uso de anabolizante é considerada 
estúpida, desprovida de inteligências 
2,86% 
9 Sou favor do uso do anabolizante e da sua legalização, 
deveria ser distribuídos a todos. 
4,29% 
45 
 
Logo Silva e colaboradores (2002) apud Martins et al (2005, p. 86) apontam uma 
relação entre usar indiscriminadamente os EAA e agir de maneira agressiva no modo 
geral, chamando atenção para mudanças súbitas de temperamento, síndromes 
comportamentais e, inclusive crimes contra a propriedade. 
No entanto Daigle (1990) apud Martins et al (2005, p. 86) encontrou correlação 
entre uso de EAA e um decréscimo na tolerância à frustração ou desempenho pobre, 
especialmente em situações que envolvem provocação. 
Na literatura existem relatos de casos de morte súbita resultante da utilização de 
anabolizantes, o que, Santarém (2001b) apud Santos et al (2006, p. 372) sugerem que 
estas mortes possam ter sido decorrentes do uso contínuo ou doses abusivas dessa 
droga. 
E também Petersson, Garle, Granath e Thiblin (2005) apud Santos et al (2006, p. 
372): 
“Encontraram que os anabolizantes aparecem como indicadores do 
aumento do risco para morte prematura em diversos tipos de pacientes 
(drogaditos, transtornos psiquiátricos, dor torácica e com convulsões por 
motivo inespecífico), quando comparados aos que não fazem uso destas 
substâncias.” 
 
Estudos apontam os esteroides e anabolizantes como importantes agentes 
causadores de síndromes comportamentais de risco, atos agressivos (brigas, 
agressões), irritabilidade, raiva, hostilidade, ataques de fúria e sintomas cognitivos 
como distração, esquecimento e confusão, ocasionando também eventos 
cardiovasculares adversos. A administração em mulheres atletas pode resultar em 
amenorreia, aparecimento de acne, pele oleosa, crescimento de pelos na face, 
modificação na voz, posterior desenvolvimento da musculatura e do padrão de calvície 
masculino, além de hipertrofia do clitóris e voz grave. Com a administração contínua e 
prolongada, muitos desses efeitos são irreversíveis (SILVA; DANIELSKI; 
CZEPIELEWSKI, 2002; HANDELSMAN, 2006 apud ALMEIDA et al 2012). 
É importante frisar que os efeitos colaterais dos esteroides anabolizantes variam 
de acordo com cada biotipo do individuo, uma vez que de forma anatomicamente a 
forma do corpo do ser humano é o mesmo (exceto os deficientes). O organismo de um 
adolescente pode agir diferente comparado a um organismo de uma pessoa que já se 
encontra na fase adulta. 
46 
 
 Apesar da maioria dos adolescentes apresentarem opiniões desfavoráveis em 
relação ao uso do anabolizante, 10% consideraram que anabolizantes utilizados 
adequadamente, sem exagero, não tem problema. 7,14% consideraram que desde que 
seja utilizado sob orientação médica, não tem problema, caso contrário pode tornar-se 
algo perigoso. 1,43% apoiou o uso de anabolizantes se for voltada para atletas de 
fisiculturismo. E 4,29% São a favor do uso de anabolizante e da sua legalização, tanto 
que deveria ser distribuído a todos. 
Podemos inferir que essa atitude frente ao uso de anabolizante se deve a 
supervalorização da beleza estética como afirma Chaves e Ferreira (2007, p 1): 
As práticas sociais, notadas pelas formas de ver, compreender 
e agir com o corpo na contemporaneidade, entre elas a utilização de 
esteróides anabolizantes, têm se apresentado como sintoma de uma 
cultura de supervalorização da imagem, de transformação, intervenção 
corporal e da gestão de si através de substâncias que possam controlar, 
potencializar e extrair do corpo o máximo de eficácia 
 
No entanto os esteroides/anabolizantes foram desenvolvidos inicialmente para 
outros fins, de maneira terapêutica em algumas doenças, em que o uso sob a 
orientação vem trazer beneficio ao tratamento de certas patologias, como por exemplo, 
na recuperação de cirurgias e atrofias musculares, por melhorarem o balanço 
nitrogenado em estados catabólicos, prevenindo a perda de massa magra e reduzindo 
o aumento de tecido adiposo; para o tratamento de pacientes com deficiência natural de 
andrógenos; e no tratamento da osteoporose, do câncer de mama e anemias, uma vez 
que estimulam a eritropoiese. (CELOTTI 1992; CREUTZBERG et al 2003; HEBERT et 
al 1984 apud ROCHA et al 2007, p. 471). 
Lemos et al (2012) corroboram com a afirmativa acima, segundoo autor o uso 
terapêutico do anabolizante está relacionado ao tratamento do hipogonadismo 
masculino. Existem também indicações de aplicabilidade no tratamento da osteoporose, 
das sarcopenias, do câncer de mama (entre outros) e dos estados catabólicos. 
Em anemias graves, seu uso diminui a necessidade de transfusões sanguíneas. 
Em casos de insuficiências pulmonares e cardíacas, os EAA aliviam os sintomas de 
cansaço desses pacientes. São indicados, ainda, em pacientes com AIDS ou 
insuficiência renal crônica, para compensar a perda de massa muscular como afirma 
Handelsman (2006) apud Cecchetto et al (2012, p. 372). Isso se dar devido a pessoa 
47 
 
que sofre com a doença perder massa muscular muito rápido, assim seria uma forma 
de compensar de forma sintética a massa muscular, uma vez que, o individuo 
ganhando massa muscular ele vai está mais disposto e mais estável a grandes 
movimento necessário no nosso dia a dia afinal os músculos são responsáveis pelos 
movimentos e estabilidade dos ossos por isso necessidade de fortalecimento dos 
mesmos e assim manter um bom volume de massa corporal. 
Mais recentemente, os EAA têm sido cogitados na terapia antienvelhecimento 
em homens, porque parecem atuar na melhora da disposição física e emocional dos 
indivíduos, apresentando um efeito denominado regenerador (BHASIN et al., 2006 apud 
CECCHETTO et al 2012). Esse mesmo mecanismo embasa o uso terapêutico em 
casos de politraumatismos e queimaduras, por acelerarem o processo de cicatrização 
(DEMLING, 2009 apud CECCHETTO et al, 2012, p. 372). 
No entanto, de acordo com Lemos et al (2012) o uso não terapêutico, 
especialmente entre atletas e jovens não atletas vem despertando a preocupação dos 
especialistas. Os adolescentes, que ainda estão em fase de desenvolvimento, 
objetivam o ganho de massa muscular de forma rápida, consequentemente os 
anabolizantes são um meio procurado para esse fim. 
 De acordo com Cecchetto, Moraes e Farias (2012) embora as pesquisas sobre o 
perfil dos usuários de anabolizantes ainda sejam mínimas no Brasil, existe uma 
percepção de que um quantitativo cada vez maior de jovens do sexo masculino esteja 
afetado por este comportamento de risco. 
Tal prática é fruto de um comércio ilegal, sem controle dos setores da vigilância 
sanitária, funcionando no próprio ambiente de prática de exercícios e contando com a 
participação, direta ou indireta, de profissionais responsáveis pelas sessões de 
exercícios físicos (LEMOS et al, 2012, p. 5) 
Em relação às representações e práticas dos usuários há um paradoxo, de um 
lado, condena-se o uso não médico de anabolizantes, tendo por base um conjunto de 
informações sobre os perigos dos mesmos para a saúde. De outro, os ganhos 
anabólicos que as chamadas “bombas” proporcionam como aumento de massa e da 
força muscular, tem sido motivo para a grande difusão do seu uso entre praticantes de 
musculação e lutadores de artes marciais (CECCHETTO, MORAES e FARIAS. 2012). 
48 
 
Segundo Iriart e Andade (2002) para muitos jovens o desejo de desenvolver 
massa muscular e alcançar um suposto corpo ideal se sobrepõe ao risco de efeitos 
colaterais do uso de anabolizantes, sendo reflexo da falta de informação dos jovens 
sobre a extensão dos danos à saúde decorrentes do uso. 
 
CONCLUSÃO 
Através deste artigo com intuito de explorar e absorver o máximo de informações 
a respeito do pensamento dos adolescentes em relação ao uso de esteroides 
anabolizantes, sendo que não existe resposta certa e errada, e sim levando em 
consideração apenas a opinião deles. Concluímos que para os adolescentes, 
esteroides não são favoráveis, muito pelo contrário, são completamente desnecessários 
quando utilizado para o uso, pois os mesmos não contribuem para a saúde e bem-estar 
do indivíduo, segundo a maioria deles. No entanto encontramos uma quantidade 
mínima de adolescentes que utilizaram e que são a favor do uso, mesmo sendo 
moderado ou sob prescrição de um médico. 
No entanto acreditamos ser importante que as escolas possam trabalhar mais 
em relação ao tema. E que campanhas de conscientização sejam realizadas para evitar 
que adolescentes, que muitas vezes não estão satisfeitos com o próprio corpo, 
busquem os anabolizantes com o objetivo de ganho de massa muscular, 
comprometendo muitas vezes sua saúde. 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Camila et al. Riscos a saúde devido ao uso de substâncias para 
melhorar a performance física. Xvii Seminário Interinstitucional de ensino pesquisa 
e extensão, 2012. 
ANDRADE, Maria Margarida. Introdução á metodologia do trabalho cientifico: 
elaboração de trabalhos na graduação. Paulo: Atlas, 2010. 
ARAÚJO, Jordano Pereira. O uso de esteroides androgênicos anabolizantes 
entre estudantes do ensino médio no distrito federal. Universidade Católica de 
Brasília, p. 1 – 83, 2003. 
CECCHETTO, Fátima; MORAES, Danielle Ribeiro de; FARIAS, Patrícia Silveira 
49 
 
de. Enfoque sobre esteroides anabolizantes: Risco a saúde e hipermasculinidade. 
Interface - Comunic., Saude, Educ, v. 16, n. 41, p. 369 – 82, São Paulo, 2012. 
CHAVES, Simone Freitas; FERREIRA, Nilda Teves. Educação física e esteróides 
anabolizantes: riscos e desejos. Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, v. 15, 
p. 1 – 9, Recife, 2007. 
No labirinto dos espelhos. 
EISENSTEIN, Evelyn; ESTEFENON, Susana B. Geração Digital: Riscos das 
novas tecnologias para crianças e adolescentes. Revista Hospital Universitário Pedro 
Ernesto, ano 10, p. 42-52, 2011. 
IRIART, Jorge Alberto Bernstein; ANDRADE, Tarcísio Matos de. Musculação, 
uso de esteroides anabolizantes e percepção de risco entre jovens fisiculturistas de um 
bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 18, n. 5, p. 1379-
1387, 2002. 
LEMOS, T. et al. Abuso e dependência de anabolizantes. Associação Médica 
Brasileira e Conselho Federal de Medicina, p. 1-13, 2012. 
LIMA, Ozenilda Dulce Marinho de; SANTOS, Azenildo Moura. Importância da 
informação sobre o abuso do uso de esteroides anabolizantes andrógenos na 
adolescência. Revista Digital - Buenos Aires, v. 14, n. 134, p. 1-8, 2009. 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de 
metodologia científica. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
MARTINS, Cristiane Mega et al. Efeitos psicológicos do abuso de anabolizantes. 
Ciências & Cognição, v. 05, n. 1, p. 84-91, 2005. 
MOREIRA, W. Análise de conteúdo: técnica de elaboração e análise de unidades 
de significado. R. brás. Ci. e Mov, .v.13, n.4, p. 107-114, 2005. 
RIBEIRO, Paulo César Pinho. O uso indevido de substâncias: esteroides 
anabolizantes e energéticos. Adolescência Latinoamericana, v. 01, n. 2, p. 97-101. 
ROCHA, Fernando Lima; ROQUE, Fernanda Roberta; OLIVEIRA, Edilamar 
Menezes de. Esteroides anabolizantes: mecanismos de ação e efeitos sobre o sistema 
cardiovascular. O mundo da saúde, p. 470 – 477, São Paulo, 2007. 
SILVA, Paulo Rodrigo Pedroso da; DANIELSKI, Ricardo; CZEPIELEWSKI, 
Mauro Antônio. Esteroides anabolizantes no esporte. Revista Brasil Medicina 
50 
 
Esporte. v.8, n.6, p. 235 – 243, 2002. 
SANTOS, André Faro et al. Anabolizantes: Conceitos segundo praticantes de 
musculação em Aracaju (SE). Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 2, p. 371-380, 
2006. 
TRABBOLD, Vera Lúcia Mendes. Os significados do corpo para os adolescentes 
masculino que frequentam academias de ginástica. Polêm!ca, v. 9, n. 3, p. 89-97, 
2010.