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Retinopatia Diabética

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Retinopatia Diabética 
Principal causa de cegueira não reversível 
Estágio inicial é assintomático, mas com a 
progressão da doença, percebe-se manchas 
no campo visual, distorção da imagem e 
redução da acuidade visual 
Fisiopatologia 
Mecanismo ainda não é totalmente 
compreendido 
Baseada na microangiopatia com danos 
relacionados, diretamente ou não, à 
hiperglicemia 
Microangiopatia (espessamento da 
membrana basal do capilar) e oclusão 
capilar causam: 
• hipóxia retiniana 
• quebra da barreira 
hematorretiniana 
• Aumento da permeabilidade 
vascular 
Resultam em exsudatos, hemorragias e 
edema retinianos, além de edema macular 
GH contribui para crescimento e progressão 
da retinopatia 
Isquemia retiniana causada por alterações 
hematológicas da DM (agregação 
plaquetária, deformidade eritrocitária etc) 
Aumento da glicemia faz com que a glicose 
seja transformada em álcool em alguns 
tecidos pela via aldose redutase, o que 
prejudica autorregulação dos capilars 
retinianos, enfraquecendo endotélio 
vascular e resultando em microaneurismas 
Fatores de risco 
• Duração do DM (no mínimo 5 anos 
se DM1 e 11 anos se DM2) 
• Controle do DM (HbA1c aumentada 
eleva o risco) 
• HAS e nefropatia 
• Gestação 
• Dislipidemia 
• Anemia 
Exame físico 
• Exame físico oftalmológico 
completo 
• Tabagismo 
• Cirurgia intraocular (catarata) 
• Obesidade 
 
Microaneurismas 
• Primeiro sinal aparente (após perda 
dos pericitos) 
• Herniações saculares nas paredes 
dos vasos retinianos 
• Localizados predominantemente na 
camada plexiforme interna 
• Pontos avermelhados nas camadas 
superficiais retinianas 
• Ruptura provoca hemorragia 
intrarretiniana 
 
Figura 1 Angiofluoresceinografia em paciente com 
retinopatia diabética não proliferativa leve com 
pontos de hiperfluorescência referente a 
microaneurismas 
Hemorragias retinianas 
• Ruptura dos microaneurismas na 
retina 
• Quando são mais internas (nuclear 
interna ou plexiforme externa) tem 
aspecto puntiforme 
• Hemorragias em chama de vela são 
mais extensas e superficiais 
(localizada na camada de fibras 
nervosas) 
Edema retiniano e exsudatos duros 
• Surgem quando a barreira 
hematorretiniana é quebrada, o 
que permite vazamento de lipidos, 
proteínas e plasma 
• Mais comum em pacientes com 
dislipidemia 
Manchas algodonosas 
• Infartos da camada de fibras 
nervosas devido à oclusão das 
arteríolas pré-capilares 
• Ocorrem próximos a áreas de 
microaneurismas e de 
hipermeabilidade vascular 
Loops venosos e ensalsichamento venoso 
• Variações do calibre e trajeto dos 
vasos 
• Adjacente a área de não perfusão 
capilar 
• Reflexo do aumento da isquemia 
Anormalidades microvasculares 
intrarretinianas 
• Leitos capilares remodelados 
• Localização intrarretiniana 
• Acentua a má perfusão local 
Edema macular 
• Principal causa de baixa visual 
• Danos capilares retinianos e 
consequente quebra da barreira 
hematorretiniana 
• Em retinopatia proliferativa, pode 
ser causada pela tração vítrea 
 
Figura 2 Retinografia em paciente com retinopatia 
diabética proliferativa inicial. A. Neovasos periféricos. 
B. Hemorragia em chama de vela. C. Exsudatos duros. 
D. Manchas algodonosas. E.Loop venoso 
 Neovasos retinianos 
• O que define a RDP 
• Ocorrem mais frequentemente 
próximo ao disco óptico (NVD) ou 
dentro de 3 diametros de papila 
(NVE) 
Classificação 
Retinopatia diabética não proliferativa 
• Microaneurismas retinianos é 
mandatório e primeira 
manifestação clínica 
• Pode haver: 
• micro-hemorragias 
• exsudatos duros (por conta do 
aumento da permeabilidade 
vascular) 
• manchas algodonosas (isquemia 
retiniana) 
• loops com ensalsichamento venoso 
e/ou anormalidades 
microvasculares intrarretinianas 
(veias em rosário/fragilidade 
capilar) 
• Regra 4:2:1: hemorragias e 
microaneurismas difusos nos 4 
quadrantes OU loops ou 
ensalsichamento em 2 quadrantes 
OU anormalidades vasculares 
intrarretinianas em 1 quadrante 
RD não proliferativa grave (pré-
proliferativa) 
Marcada por múltiplas lesões isquêmicas na 
retina 
Alterações venosas marcantes (dilatação 
intensa, tortuosidade excessiva, aparência 
em contas de rosário, reduplicação etc) 
Retinopatia diabética proliferativa 
Classificada em inicial (presença de 
neovasos) ou alto risco (NVD≥1/3 da área do 
disco optico ou qualquer NVD associada a 
hemorragia vítrea ou sub-hialóidea ou 
presença de NVE≥ ½ diâmetro da pupila, 
associada à hemorragia vítrea ou sub-
hialóidea 
A isquemia produz fatores de crescimento 
vascular, tais como: 
• VEGF 
• IGF-1 
• Fator de crescimento de fibroblasto 
básico 
Neovasos podem se estender para corpo 
vítreo e fibrosar. Como a retina é adjacente 
ao humor vítreo, há deslocamento da retina 
do tipo tração 
Rompimento dos vasos podem causar 
hemorragia vítrea 
Formação e fibrose de neovasos promove 
glaucoma agudo 
Resumindo: formas de amaurose 
1. Deslocamento retiniano 
2. Hemorragia vítrea 
3. Glaucoma agudo 
Triagem e tratamento 
Fundoscopia em todo DM1 após 5 anos de 
doença 
Fundoscopia em DM2 a partir do 
diagnóstico 
Triagem anual para paciente sem 
retinopatia e semestral (mínimo) para 
portadores de retinopatia 
RD não proliferativa sem 
comprometimento macular não requer 
tratamento especifico 
Para edema de macula utiliza-se anti-VEGF 
intraocular 
Fotocoagulação a laser localizada fica como 
opção em pacientes refratários ou não 
aderentes à terapia 
RD proliferativa é tratado com 
fotocoagulação com laser panretiniana 
(pode ocorrer perda de visão periférica) 
Vitrectomia para pacientes com hemorragia 
vítrea e/ou deslocamento da retina ou na 
presença de neovascularização muito 
intensa, mesmo sem hemorragia vítrea 
Catarata 
Glicosilação das proteínas do cristalino e 
excesso de sorbitol 
Alterações osmóticas do cristalino, 
resultando em opacificação e formação da 
catarata 
Glaucoma 
De ângulo aberto (indolor) é a forma mais 
comum de glaucoma em diabéticos

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