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NORMA BRC

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NORMA BRC – SEGURANÇA DE ALIMENTOS
Sabe-se que o Brasil tem um potencial enorme no cenário internacional de comércio de alimentos. No entanto, para conseguirmos maior penetração em mercados cada vez mais rigorosos, ainda temos muito o que evoluir. A vocação natural do país para agricultura e produção de alimentos não é suficiente, e é aí que entram as certificações de segurança de alimentos, como a norma BRC. Elas são de suma importância pois estão entre as exigências de muitos clientes em todo o mundo.
A norma BRC é uma das ferramentas operacionais mais exigidas quando se trata da segurança de alimentos. Tanto para os processos internos quanto para o trato com fornecedores e clientes, obtê-la é uma prioridade na indústria de alimentos. Nesse âmbito, ela foi criada com o objetivo de estabelecer alta padronização para empresas e redes de comércio, bem como outros envolvidos na indústria alimentar. Desse modo, é possível reduzir os riscos e aumentar a segurança nos processos.
Siga a leitura e entenda um pouco mais sobre o que é e o que se diz sobre essa norma internacional que é importantíssima em segurança de alimentos!
O que é a norma BRC na segurança de alimentos
Antes de mais nada, a BRC (British Retail Consortium) é uma norma global para segurança de alimentos. Tem o intuito de garantir a segurança alimentar de produtos e embalagens, desde fornecedores até às redes varejistas. A norma foi criada em 1998 e hoje está em sua oitava versão.
Além disso, a regulamentação tem aprovação da GFSI (Global Food Safety Initiative), companhia privada que cria padronizações de segurança do ramo alimentar. Desse modo, é importante salientar que seus pontos são criados e mantidos por um grupo internacional, que reúne auditores especializados, fabricantes de alimentos, varejistas e food services.
As principais referências da norma BRC são as diretrizes do Codex Alimentarius. Trata-se de conjunto de regras voltado ao setor alimentício para suas diversas frentes de atuação, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em 1963.
Vale pontuar que a BRC é aceita e reconhecida pela grande parte dos fabricantes, distribuidores e processadores, além das demais áreas da indústria. Desse modo, é estabelecido um padrão seguro para o operacional de inúmeras empresas do ramo, garantindo assim uma maior segurança aos alimentos entre toda a cadeia industrial.
Dessa forma, a empresa certificada pela BRC tem uma autorização similar a outras certificações internacionais, como: Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP) — no português, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), International Food Standard (IFS) e Safe Quality Food (SQF). É uma certificação voluntária, ou seja, possuir a certificação BRC não é uma obrigação que deve ser cumprida por imposição da legislação. Além disso, sua durabilidade é de um ano (uma vez dentro desse período a empresa passará por novas auditorias para receber novamente a certificação).
Requisitos para implantar a norma BRC
Acima de tudo, empresas com bom planejamento são as que, no geral, têm uma vantagem e, consequentemente, ficam mais preparadas para a certificação. É importante que a tanto a empresa quanto o funcionário se mantenham positivos, empenhados e com um cronograma claro para implantação e avaliação.   
Isso inclui: 
1. Comprometimento da administração
É importante que toda a administração da empresa esteja comprometida com a implantação do BRC. Isso engloba fornecer recursos adequados para as melhorias que se sejam fundamentais e manter uma comunicação eficaz entre os departamentos da empresa. 
2. Plano de segurança alimentar
A empresa necessita de um plano de segurança alimentar, que normalmente se baseia no sistema APPCC, e deve ser documentado, abrangente, totalmente implementado e mantido.
3. Sistema de gestão de segurança e qualidade
Da mesma forma, a gestão da qualidade da instituição necessita estabelecer as exigências para a gestão de segurança e qualidade do produto. É necessário também que sejam incluídos requisitos para controle de documentos, gestão de produtos que não estão em conformidade, auditorias internas e controladoria em cima dos incidentes e recalls.
4.  Padronização da operação
O BRC define algumas condições para a estrutura física da instituição, seu design, layout e manutenção. A empresa precisa também ter meios para assegurar a entrega de produtos e serviços seguros.
5. Controle de produtos
Nesse ponto, destacamos que o gerenciamento de produtos dentro do ambiente de varejo necessita de supervisão e controle para assegurar a qualidade e, consequentemente, a entrega de produtos que atendam às expectativas dos clientes e entidades reguladoras.
6. Controle do processo
Ter uma metodologia bem estruturada e sistemática é imprescindível, pois ela ajuda na organização da empresa. Além disso, também é necessário conhecer e ter controle todo o processo. Dessa forma, caso ocorra um problema, ele pode ser identificado rapidamente e solucionado.
7. Pessoal
A equipe inclusa em uma organização é a face visível ao cliente e representa a marca. Logo, treinamento e supervisão dos colaboradores são fundamentais para manter o perfil da marca e se tornar uma oportunidade central para se destacar no mercado.
Os objetivos da BRC na segurança de alimentos
É necessário destacar que a norma BRC precisa fornecer uma estrutura completa de maquinário e trabalhadores na gestão segurança industrial. Além disso, é fundamental garantir a integridade, a qualidade e, principalmente, a legalidade de todos os processos.
Assim sendo, veja abaixo alguns dos principais objetivos da norma BRC:
· fazer a auditoria de boas práticas de fabricação;
· assegurar programas de segurança de alimentos com base na APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle);
· manter os melhores sistemas de gestão da qualidade;
· garantir que o percentual de áreas em que o recall é elevado, como embalagem, seja reduzido a níveis mínimos e até mesmo extinto;
· desenvolver sistemas integrados que minimizem o risco de fraude em todos os processos, alimentos e embalagens;
· assegurar a consistência e a conformidade do processo completo de auditoria;
· oferecer uma auditoria flexível, na qual seja permitido que outros módulos adicionais sejam integrados à BRC, para reduzir a carga;
· ter maior transparência a todas as operações com fornecedores, clientes e afins;
· ampliar o alcance no rastreio em toda a cadeia de suprimentos;
· fortalecer a resiliência da indústria em relação às exigências e mudanças do mercado internacional;
· reforçar a importância do comprometimento da gestão.
Vantagens da certificação
À primeira vista, a certificação BRC pode ajudar na satisfação das expectativas dos clientes por meio da demonstração dos programas, planos e sistemas exigidos pela norma. Veja alguns exemplos:
· um plano de segurança de alimentos conhecido como Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) para a gestão de riscos, por meio do monitoramento de uma abordagem passo a passo, de acordo com as normas do CODEX Alimentarius;
· o comprometimento da alta gestão para disponibilizar recursos que sejam suficientes para atingir a norma;
· um sistema de gestão da qualidade que desmembra e detalha as políticas organizacionais e gerenciais fundamentais para o fornecimento de uma estrutura no intuito de alcançar a norma;
· uma série de programas de exigências que lidam com as condições ambientais e operacionais básicas importantes para a produção de alimentos seguros e que controlam os riscos gerais abrangidos pelas boas práticas de fabricação e higiene.
Por que escolher a certificação da norma global para segurança de alimentos da BRC
Primeiramente, a norma BRC é reconhecida pela Global Food Safety Initiative (GFSI), um programa que tem o intuito de equilibrar as normas internacionais de segurança de alimentos com o auxílio das maiores redes de varejo e fabricação de alimentos domundo. Dessa forma, o reconhecimento dado pela GFSI significa que você pode usar a norma global BRC para atender às exigências dessas principais figuras em um único sistema de gestão da segurança de alimentos reconhecido internacionalmente.
Em segundo plano, a certificação de segurança alimentar é uma ferramenta importantíssima para a empresa que precisa posicionar seus produtos em mercados extremamente exigentes e com alto poder aquisitivo. O certificado representa o produtor, que não precisa ir pessoalmente até seu comprador final para garantir que as normas de segurança alimentar estão sendo cumpridas em seu processo de produção e que seu produto final é inofensivo à saúde do consumidor final.
Assim, o estabelecimento de um vínculo de confiança entre produtor rural e comprador torna-se mais natural, e a possibilidade de contratos a longo prazo para os produtores rurais é maior. Esse fator facilita o seu planejamento e organização administrativa e de produção.
Referências 
AMARAL, R.; OLIVEIRA, B. Perigos Físicos: importância da sua identificação para o sistema de segurança alimentar. Revista Nutrícias, Porto, v. 19, p. 10-12, 2013.

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