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Norma Jurídica

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Norma Jurídica
Norma Jurídica
Norma e regra jurídicas são palavras sinônimas;
Alguns autores acham a primeira para aquela é que fruto da técnica e a outra para o que é expressão do direito natural.
No entanto, há distinção entre norma jurídica e lei.
Norma jurídica
Ciência do Direito
Estudo do Direito Positivo;
Das normas;
Dos princípios;
Dos valores;
Norma Jurídica 
O Direito é feito de palavras;
Teoria do Ato de Fala;
Nós usamos as palavras para induzir ou influir no comportamento dos outros;
Para o jurista interessa o uso diretivo da linguagem;
Esse uso pode indica um ato: suplicar, sugerir, pedir, indicar, ordenar, impor etc.
Norma jurídica
As sentenças diretivas encarnam o que chamamos de modais deônticos.
OU SEJA, SE REFEREM AO DEVER SER;
QUEREM PRODUZIR UMA CONDUTA;
PROMETE UMA RECOMPENSA OU PUNIÇÃO;
SÃO SENTENÇAS QUE EVIDENCIAM ALTERIDADE;
Norma Jurídica
“As orações diretivas que expressam mandados, ordens, são frequentemente e generalizadamente, chamadas de prescrições e se caracterizam pela superioridade do emissor em relação ao destinatário: superioridade moral, bélica, física ou jurídica” (COELHO, s/d, p. 181).
Norma Jurídica
O não cumprimento de uma oração diretiva é vista como uma infração.
A oração diretiva não é uma norma em si, ela explica como a linguagem e a língua operam para modelar nos comportamentos.
A norma, por sua vez, é um “modo institucionalizado de dirigir comportamento” (COELHO, s/d). 
O não cumprimento delas, não lhe revogam a força.
Norma jurídica
Também é importante ressaltar que a norma é construída por um grupo que tem autoridade, conferida por certo institutos de soberania;
A lei é uma expressão da norma, que é mais ampla do que ela. As normas se manifestam também no Direito Costumeiro, na jurisprudência;
A interpretação da lei traz à luz a norma jurídica.
Norma Jurídica
Para Hans Kelsen, a norma jurídica tem duas fórmulas básicas:
Norma secundária;
Norma primária;
Norma categórica (norma jurídica);
Norma hipotética (proposição normativa).
“[...] em determinadas circunstâncias, um sujeito deve observar tal ou qual conduta; se não observa, outro sujeito, órgão do Estado, deve aplicar ao infrator uma sanção” (KELSEN apud NADER, 2014, p. 84).
Norma jurídica
Norma secundária: é uma derivação lógica da norma primária.
Norma primária são mais importantes e fundamentais, preveem o emprego da força.
“matar: pena x” (primária)
 é proibido matar (secundária) 
Norma jurídica
Sentenças (são proposições normativas);
Leis (são norma jurídica).
A primeira é particularizada e a outra é genérica. A primeira é hipotética, a segunda tem o caráter de dever-ser, cuja a oposição implica na aplicação de norma primária.
A lei é endereçada aos juízes, funcionários estatais e todos os órgãos e pessoas que devem aplicá-las. 
Norma jurídica
“[...] uma norma cujo conteúdo não fosse uma sanção só seria possível se derivasse de uma norma primária, esta portadora de sanção” (COELHO, s/d, p. 185).
Norma jurídica, e como ficam os princípios?
Na CF e em alguns códigos existem normas que não prescrevem sanções, elas instituem: poderes, competências, princípios e garantias, procedimentos etc.
“A resposta de Kelsen às objeções desse tipo consistiu em dizer que tais “normas” não seriam “normas genuínas”, mas enunciações do legislador e “partes” das normas genuínas. E, assim, pela técnica ou argumento da subsunção, a maioria das regras que comumente encontrados formando o sistema jurídico constituiriam “fragmentos” de normas autênticas, instituidoras de sanção” (COELHO, s/d, p. 186).
Norma jurídica - características
Bilateralidade;
Generalidade;
Abstratividade;
Imperatividade;
Coercibilidade.
Generalidade
Vinculo entre duas pessoas ou entre o poder do Estado e um indivíduo. É a relação entre o direito subjetivo e o dever jurídico. 
Bilateralidade
Ela é uma ordem geral, obrigatória para todos e para qual todos são iguais.
Imperatividade
Ela é regra abstrata, ela tem captar um padrão de comportamento e ordená-lo. Seria impossível criar normas jurídicas para cada ocorrência.
Abstratividade
“Para garantir efetivamente a ordem social, o Direito se manifesta através de normas que possuam caráter imperativo. Não fosse assim, o Direito não lograria estabelecer segurança, nem justiça” (NADER, 2014, p. 87).
Coercibilidade
Uso do aparato estatal para se fazer cumprir uma determinada norma. 
Aqui temos duas forças:
A coerção que leva ao cumprimento da norma; (coerção psicológica)
A coerção que leva ao cumprimento da sanção; (coerção material)
Classificação da normas
1) quanto ao sistema a que pertencem;
2) quanto à fonte;
3) quanto aos diversos âmbitos de validez (classificação);
4) quanto à hierarquia;
5) quanto à sanção;
6) quanto à qualidade;
7) quanto às relações de complementação;
8) quanto às relações com a vontade dos particulares;
9) Quanto à Flexibilidade ou Arbítrio do Juiz;
10) Quanto ao modo de presença no ordenamento;
11) Quanto à Inteligibilidade.
Quanto aos sistema a que pertencem
Nacionais, estrangeiras ou de Direito uniforme (Tratados).
Quanto à Fonte
Legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais. 
Quanto à Classificação
Nacionais, estrangeiras ou de Direito uniforme (Tratados).
Quanto à Hierarquia
Legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais. 
Quanto à Sanção as normas podem ser
1) perfeita; 2) Mais do que perfeita; 3) Menos que perfeita; 4) Imperfeita.
Perfeita: ato nulo, caso haja violação;
Mais do que perfeita: ato nulo e pena, caso haja violação;
Menos que perfeita: pena, caso haja violação;
Imperfeita: o ato não é anulável e nem há castigo à infração. 
LC nº 95/1998 Art. 18 Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular não constitui escusa válida para o seu descumprimento.
Curiosidade
A elaboração de Leis segue o art. 59 da CF e a Lei complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998.
Quanto à Qualidade
As normas podem ser positivas; (permitem)
As normas podem ser negativas. (proibem)
Quanto às relações complementares
Primárias e Secundárias. A segunda complementa o sentido da primeira e podem incluir: a) início, duração, vigência; b) um conteúdo declarativo ou explicativo; c) indicar uma permissão; d) ajudar na interpretação; e) ter caráter sancionador.
Quanto à Vontade das Partes
Taxativas ou cogentes: resguardam os interesses da sociedade e Estados e, independentemente da vontade das partes, são obrigatórias.
Dispositivas: dizem respeito aos interesses de particulares, só são admissíveis com a vontade expressa das partes interessadas. Pacta sunt servanda.
Tipo aberto: são normas de conceito vago e cabe ao juiz decidir com equidade a aplicação em caso concreto. Exemplo: Boa-fé, justa causa etc.
Tipo fechado: Essas normas não são discricionárias. Exemplo: maioridade penal – 18 anos.
Quanto à Flexibilidade ou Arbítrio do Juiz
Quanto ao modo da presença no ordenamento
Normas explícitas: Definem condutas, procedimentos ou modelo de organização;
Normas implícitas: são as que complementar as ideias do legislador. (doutrina e jurisprudência).
Quanto à inteligibilidade
É o processo de compreensão da norma.
Normas de percepção imediata; (percepção intuitiva)
Normas de percepção reflexiva ou mediata; (método indutivo ou dedutivo)
Normas de percepção complexa. (juristas – espírito da lei).
Atributos da norma jurídica
Vigência;
Efetividade;
Eficácia;
Legitimidade da norma;
Vigência
A norma formal só vale se tiver vigência. 
Para isso é preciso que ela cumpra um processo formal de construção e realização.
Deve respeitar o processo legislativo.
Em alguns casos, pode ter vigência a partir da publicação, caso não tenha, institui-se o que se chama de 
Efetividade
“É intuitivo que as normas são feitas para serem cumpridas, pois desempenham o papel de meio para a consecução de fins que a sociedade colima” (NADER, 2014, p. 94).
Muitos autores falam de níveis de efetividade.
Eficácia
É a produção
dos efeitos planejados dentro do seio da sociedade e no comportamento individual de cada um.
Legitimidade
A norma é legítima quando emana de fonte legítima.

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