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Manejo de capineiras e conservação de forragens

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Manejo de capineiras e 
conservação de forragens 
 
Aspectos gerais de capineiras 
↪Entende-se por capineira uma área plantada com 
qualquer tipo de forrageira que possa ser cortada e 
fornecida aos animais, diretamente ou sob forma 
de silagem ou feno. 
↪Qualquer planta forrageira pode ser destinada a 
capineira. Contudo, forragens de crescimento 
cespitoso são melhores. 
↪As questões relativas à implantação ou 
recuperação de uma capineira são os mesmos de 
manejo geral de formação: 
↳Fatores ligados aos animais (espécie, raça e 
categoria); 
↳Planta; 
↳Solo; 
↳Clima; 
↳Nível tecnológico. 
↪Considera-se que a capineira é o tipo de manejo 
de pastagem que permite o melhor controle do uso 
de forragens. 
↪Animais não são colocados na área. 
↪Não existe necessidade obrigatória de 
delimitação de piquetes. 
↪O corte da planta forrageira é realizado de forma 
fracionada, permitindo ajuste diário de quantidade 
retirada. 
↪Considera-se capineira irrigada e de Siqueira. 
↪Adubação orgânica é realizada de forma mais 
controlada. 
↪Fertilização é outra opção para adubação. 
 
 
Capim elefante cv. Napier 
↪Produtividade 25 a 50t de MS/ano e 80 a 160t 
de MV/ano. 
↪PLANTIO + MANUTENÇÃO. 
Capim elefante cv. Cameron 
↪Produtividade 18 a 40t de MS/ano e 60 a 130t 
de MV/ano. 
↪PLANTIO + MANUNTENÇÃO. 
Sorgo forrageiro 
↪PLANTIO + CORTE + REPLANTIO. 
↪Produtividade de 15 a 20t de MS/ano e 50 a 60t 
de MV/ano. Rebrota de 10 a 12t de MS/ano e 30 a 
40t de MV/ano. 
Cana-de-açúcar 
↪PLANTIO + MANUTENÇÃO + 
RENOVAÇÃO A CADA 5 ANOS. 
↪Produtividade de 30 a 40t de MS/ano e 100 a 
120t de MV/ano. 
Milho 
↪PLANTIO + CORTE + REPLANTIO. 
↪Produtividade de 8 a 16t de MS/ano e 30 a 50t 
de MV/ano. 
↪Muito exigente. 
Aspectos práticos de implantação de 
capineiras 
↪Preparo da área. 
↪Seleção das estacas ou manivas. 
↪Colocação das estacas nos sulcos. 
↪Corte ( não alto e não rente ao solo – 15 a 20 
cm). 
 
 
 
Definição das demandas de capineira 
 CMS garrote e reprodutor : 2% PC 
 CMS vaca no terço final da gestação e em 
lactação: 3% PC 
 PC garrote: 200 kg 
 PC reprodutivo: 600 kg 
 PC vaca: 400 kg 
Como determinar a quantidade de capineira que 
cada categoria vai necessitar? 
CMS kg garrote: 200 x 2% = 4 kg/MS/dia 
CMS kg reprodutor: 600 x 2% = 12 kg/MS/dia 
CMS kg vacas: 400 x 3% = 12 kg/MS/dia 
Consumo de capim fresco/categoria/dia 
Capim elefante cv. Napier com 20% de MS 
1kg capim fresco 0,2kg MS 
 X 4 kg MS 
X= 20kg/dia/garrote 
 
1kg 0,2 MS 
X 12 kg MS 
X= 60/dia/reprodutor/vacas 
 
Exemplo 01 - Rebanho bovino 
 10 garrotes leiteiras 
 PC: 200 kg 
 CMS/dia: 2 % PC 
 Período de alimentação: 60 dias 
 
 
 
Demanda capim/ciclo= 60 dias x [ 10x(200x2%)] 
= 2.400kg 
 
Cana-de-açúcar com 30% MS 
1kg de cana-de-açúcar 0,3kg MS 
 X 2.400kg MS 
X = 8000kg MV ou 8t 
 
Exemplo 02 – Rebanho bovino 
 Produtividade cana-de-açúcar 30t MS/ano 
 Intervalo de cortes 120 dias (365 dias 
precisarão de 3 cortes) 
 Período de alimentação: 60 dias 
120 dias é superior aos 60 dias de alimentação, 
sendo necessário ajustar: 365/60 = 6 partes 
Fração em 60 dias de alimentação = 30t MS/ano/ 
6 partes = 5t 
Área demandada = 2.400MS (necessidade de 
forragem) / 5t MS ( produção de capineira em 60 
dias) 
Área demandada = 0,48 hectares de cana-de-
açúcar 
Exemplo 03 – Rebanho de búfalos 
 25 em lactação 
 PC: 500 kg 
 CMS/dia: 3% 
 Período de alimentação: 365 dias 
Demanda capim = 365 x [ 25x(500x0,03)] 
Demanda capim= 136.800kg MS/ano 
 Capim elefante Napier: 25% 
1kg 0,25kg 
 X 136.800kg 
X= 5.475t MV/ano 
 Produtividade do capim elefante: 50t 
MS/ano 
Área demandada = 136.800/50 = 2,7 ha 
 
Demanda capim/ciclo = nº dias x [ nº animais x (PC 
x CMS)] 
Importância da conservação de 
forragens 
↪Alternativa para conservar com a escassez de 
forragens; 
↪Suporte forrageiro para os rebanhos; 
↪Manter a qualidade nutritiva das forragens; 
↪Manter a produção nas duas estações; 
↪Redução de perdas. 
Fenação 
↪Conservação através do processo de 
desidratação; 
↪Prática apropriada. 
Ensilagem 
↪Método de conservação; 
↪Fermentação anaeróbica, que depende da MS, 
O
2
, pH e temperatura; 
↪Reserva do valor nutritivo da forragem. 
Silagem de milho 
↪Tradicionalmente utilizado; 
↪Alta digestibilidade e alta proteína; 
↪Idade correta: pela linha de leite e dureza de 
grão (desintegrar facilmente e não sair muito 
líquido); 
↪Desvantagem do corte antecipado e tardio: 
menor rendimento da lavoura e silagem de baixa 
qualidade respectivamente. 
↪Tamanho da partícula: 0,8 a 1,5 cm (ideal): 
↳Menores que 0,8 cm (muito chorume) e maiores 
que 1,5 cm (não consegue compactar). 
Silagem de sorgo, capim elefante, cana-de-
açúcar 
↪A cana-de-açúcar não pode ser ensilada sozinha; 
↪Vedação: um furo compromete tudo; 
↪Solução: lona velha cobrindo lona nova em 
cima e retalhos cobrindo. Lona tem que ser 
branca, porque preta retém calor. 
Tipos de silo 
↪Trincheira; 
↪Lona; 
↪Saco (permite controle maior no fornecimento e 
menor perda). 
Aditivos 
↪Polpa cítrica; 
↪Farelo de cereais; 
↪Melaço; 
↪Agentes microbianos; 
↪Uréia.

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