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Prática de Ensino de Literaturas em Língua Inglesa Slides de Aula I

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Unidade I
PRÁTICA DE ENSINO DE
LITERATURAS EM LÍNGUA INGLESA
Profa. Cielo Festino
O processo de ensino e aprendizado das literaturas de língua 
inglesa:
 o conceito de narrativa, 
 a pluralidade estética, 
 a leitura de narrativas literárias como processos de construção 
de significados, 
 a leitura de narrativas literárias canônicas e não canônicas nas 
diferentes culturas onde a língua inglesa é falada, 
 as narrativas literárias e as narrativas em outras linguagens.
Apresentacao da Disciplina: Objetivos
 Como ler Shakespeare hoje?
 Momento de grandes mudanças:
 Estudos Culturais
 Pós-colonialismo
 Multiletramentos
 As novas tecnologias, 
 O conceito de literatura, o que é considerado como 
literariedade e, como consequência, o ensino de 
literatura precisa ser reconsiderado. 
Os Estudos Literários em ruínas? 
 Como era lido Shakespeare na sua época?
 Como era lido no século XIX?
 Como é lido hoje na Inglaterra? No Brasil?
 Shakespeare no cinema: tirar sua obra do pedestal ou tirar ele 
do afastamento?
Franco Zefirelli:
I have always felt sure I could break the myth that Shakespeare on 
stage and screen is only an exercise for the intellectual. I want 
his plays to be enjoyed by ordinary people. (Boose & Burt, 1995 
apud Hammond, 1993, p. 2). 
Os Estudos Literários em ruínas? 
Fonte: www.google.com.br/search?q=imagens+william+shakespeare
http://obviousmag.org/archives/2005/06/william_shakesp_1.html
https://pedrotavars.wordpress.com/category/teatro/page/2/
 William Shakespeare no cinema: encurtar a distância entre uma 
obra canônica de língua inglesa e do Renascimento com os 
leitores de hoje, do momento do pós-modernismo e da 
globalização. 
 Isso não significa não ler Shakespeare, mas aproximar ele de 
todos nós
Como ler Shakespeare hoje?
 Múltiplas tradições nacionais em língua inglesa que surgiram 
após o momento de descolonização na segunda metade do 
século vinte, como na Índia em Ásia, na Nigéria na África, na 
Jamaica no Caribe, na Austrália e na Nova Zelândia em 
Oceania.
 Versões vernáculas da língua relacionadas com as experiências 
culturais dos lócus de enunciação de cada uma delas.
A língua inglesa no “resto” do mundo
 Narrativas em contraponto
 Qual é o modelo de profissional que requer a disciplina quando 
vista dessa perspectiva plural? 
 Que conhecimento de mundo e de estética precisa ter? 
 Como introduzir aos alunos narrativas de outras partes do 
mundo que em alguns momentos falam de costumes diferentes 
aos nossos, em uma língua que nem sempre dominamos e em 
estilos literários que, as vezes, nos custa reconhecer como 
literários?
Ensino de Literatura: a proposta
 Reconsiderar o programa de estudos das literaturas de língua 
inglesa, para nível de graduação.
“Línguas nacionais europeias” (inglês, francês, espanhol, alemão, 
português): inscritas pela metáfora racial da diferença
(GATES,1992, p. 89): 
 Tradições literárias que tentam mostrar que as narrativas 
literárias que as compõem são “absolutas e essenciais” e, por 
isso, não abertas a qualquer tipo de discussão ou crítica. 
 Problematização das Literaturas Inglesa e Norte-americana
As literaturas de língua inglesa hoje
 As novas literaturas em Inglês
 Como elas entram nos programas de estudos?
 Como ensinar as literaturas canônicas e não canônicas?
 Qual a perspectiva crítica a partir da qual essas literaturas 
serão estudadas?
 As narrativas literárias podem encurtar a distância entre 
culturas ou reproduzir as diferenças sociais?
As novas literaturas em inglês
 Guillory (1993, p. 54): “A seleção de textos incluídos nos 
programas de estudo implicam uma seleção de valores e é 
uma maneira de reafirmar determinadas ideologias”. 
 Mudar os programas de estudo e a maneira como são 
abordados significa nos tornar cientes de como o 
conhecimento é construído e como influi no nosso contexto 
social e cultural.
As novas literaturas em inglês
Programas escolares:
 “modos de produção semiótica” porque implicam um 
processo continuo de criação de significados 
(Simon,1992, p. 37).
 inclusão de algumas narrativas e tradições e a exclusão 
de outras que vai além de questões estéticas.
 ferramentas institucionalizadas de categorização e exclusão 
devido a motivos culturais, de classe, raciais, étnicos ou de 
gênero.
Gee (2004, p. 117): “o conteúdo fetiche”
 Exemplo clássico: estudar literaturas em inglês significa 
estudar William Shakespeare, Jane Austen ou Charles Dickens, 
entre outros nomes significativos da tradição.
Programas escolares
 Algumas narrativas são continuamente lidas e ensinadas em 
vez de outras
 Escolhas de narrativas são feitas pelos que elaboram os 
programas e não são arbitrárias mas dependem do tipo de 
ideologias que o sistema de ensino e aprendizado quer 
repassar.
 Entender as motivações que deram origem ao programa de 
estudos e analisar em detalhe de que maneira essas escolhas e 
motivações se traduzem em processos de ensino e aprendizado
Quais narrativas literárias entram nos programas de 
estudos?
 A prova do tempo
 Escritores homens, brancos e mortos
 Hoje: obras de escritores contemporâneos, homens e mulheres, 
que são parte da nossa comunidade
 Exemplo: J. M. Coetzee, Escritor sul-africano; recebeu o Prêmio 
Nobel em 2003; um dos temas centrais de sua literatura é a luta 
contra o apartheid. 
 Olhar além da prática para entender a epistemologia que 
informa o conteúdo e a pedagogia aplicada para o desenvolver
Critérios de inclusão
 O programa de literatura: legitima algumas produções literárias 
como canônicas, e os modos de vida articulados por meio 
deles como os que devem ser seguidos e respeitados, 
enquanto os que ficam de fora são reduzidos à condição de 
marginalizados e não canônicos. 
 Verdades incontestáveis
 O valor pedagógico e ideológico dos programas de literatura
Critérios de inclusão
Considere as alternativas abaixo a respeito da inclusão de temas e 
narrativas nos programas de estudos.
I. Implica uma seleção de valores.
II. Afirma determinadas ideologias.
III. As escolhas são feitas pelos que elaboram os programas.
IV. É importante entender as motivações detrás das escolhas.
Escolha a alternativa certa:
a) I, II.
b) III, IV.
c) II, IV.
d) I, II, III.
e) I, II, III, IV.
Interatividade
Resposta: e
 As escolhas de narrativas são feitas pelos que elaboram os 
programas e não são arbitrárias mas dependem do tipo de 
ideologias que o sistema de ensino e aprendizado quer 
repassar. Entender as motivações que deram origem ao 
programa de estudos e analisar em detalhe de que maneira 
essas escolhas e motivações se traduzem em processos de 
ensino e aprendizado.
Resposta
 Ahmad (2007, p. 19) 
 Colônias de assentamento: Estados Unidos, Canadá ou África 
do Sul e Austrália; a linguagem assumiu novas formas quando 
os colonos começaram a desenvolver sua vida nas novas 
circunstâncias. 
 Postos comerciais: em Índia ou Nigéria surgiram línguas pidgin, 
da relação entre o inglês e as línguas locais. 
 Caribe e no sul dos Estados Unidos: uma nova forma da língua 
West African English quando os escravos chegaram nas 
plantações dos estados sulistas e suas línguas foram banidas.
A língua inglesa no mundo
 Grã Bretanha levou a língua inglesa ao redor do mundo, como 
se essa tivesse tido somente uma única forma na Grã Bretanha.
 Eles impuseram um dialeto da língua inglesa como se essa 
fosse a única forma possível da linguagem. 
 Ahmad (2007 p. 18): dialeto pertencia a uma elite intelectual que 
era responsável pela edição de gramáticas e dicionários.
Um dialeto da língua inglesa
 Século XVII e XVIII: forças opostas afetaram a língua inglesa
 Inglaterra: Samuel Johnson (1709-1784) e nos Estados Unidos 
Noah Webster (1758-1843) tentavam padronizar a língua por 
meio das gramáticas e os dicionários
 Grande variedade da língua inglesaescapava ao seu controle e 
florescia tanto na Grã Bretanha, como no resto do mundo, 
dando origem a novas formas da língua inglesa e tradições 
literárias.
A língua inglesa no mundo
 O inglês, como o francês, o português, o espanhol, não está 
limitado a uma cultura em particular, mas que pertence a todos 
os que são usuários da linguagem. 
 Processo de renacionalização da língua inglesa, em vez de 
desnacionalização.
 Novas formas da língua inglesa foram transformadas em 
línguas oficiais nas ex-colônias  desafiaram a divisão entre 
“língua padrão e não padrão” e “língua e dialeto”; 
 Hierarquia linguística e cultural:
 A forma da língua dos falantes nativos 
 As novas formas da língua nas colônias 
A língua inglesa no mundo
The man with fine shirt stood up. And begin to talk in 
English. Fine fine English. Big big words. Grammar. ‘Fantastic. 
Overwhelming. Generally. In particular and in general’. Haba, 
God no go vex. But he did not stop there. The big grammar 
continued. “Odious. Destruction. Fighting”. I understand that one. 
“Henceforth. General Mobilisation. All citizens. Ablebodied. Join 
the military. His Excellency. Powers conferred on us. Volunteers. 
Conscription”. Big big words. Long long grammar. “Ten Heads. 
Vandals. Enemy”. Everybody was silent. Everywhere was silent 
like burial ground. Then they begin to interpret all that long 
grammar plus big words in Kana. In short, what the man is saying 
is that all those who can fight will join the army.
A Novel in Rotten English (1985) de Ken Saro-Wiwa. 
 Processo de vernacularização trouxe mudanças a nível 
gramatical, lexical, fonológico e discursivo, como também pode 
ser notado no trecho acima. 
 Contestar a hierarquia linguística significava também contestar 
a hierarquia cultural e social porque estar exposto 
a essas novas formas da língua inglesa significava estar 
exposto a diferenças culturais e linguísticas.
 McKay (2002, p. 81): a nova relação entre língua e cultura 
significou também uma reconsideração do ensino e 
aprendizado da língua inglesa desde que considera não 
somente a perspectiva linguística, mas também a cultural.
A língua inglesa no mundo
 Programa de literaturas estrangeiras em inglês: variado para 
incluir as diferentes metáforas produzidas em culturas e 
tradições literárias diferentes e articuladas em diferentes 
versões da língua inglesa.
 Como o literário é entendido nos diferentes contextos 
culturais?
 Eagleton (1983, p. 9): “literature is not some inherent quality or 
set of qualities displayed by certain kinds of writing[…] but the 
way in which people relate themselves to writing”. 
 O que entendemos por literatura não é algum valor eterno e 
universal, que qualquer leitor em qualquer comunidade 
reconhece dessa maneira, mas o resultado das convenções de 
uma comunidade interpretativa a nível literário e social.
O literário e as novas literaturas em inglês
 Experiência de ler uma narrativa que todo mundo acha
maravilhosa mas, pelo fato de ter sido escrita em outra época
ou em outra cultura, a achamos estranha e não conseguimos
gostar dela porque não a entendemos
 Peça de teatro de William Shakespeare.
 Geoffrey Chaucer, The Canterbury Tales.
 A poesia metafísica de John Donne.
 Romances indianos em língua inglesa.
Por que, as vezes, não gostamos das narrativas 
literárias?
 Epistemologias estéticas, grupos mainstream ou minorias, 
hegemônicos ou periféricos articuladas em uma língua comum, 
neste caso a inglesa, o que leva a agrupá-las dentro da mesma 
tradição e epistemologia estética. 
 Epistemologias e culturas que as articulam: marcadas pela 
diferença, cultural e literária;
 Relação de contraponto umas com as outras, por meio de uma 
relação hierárquica de poder.
 Literatura da Inglaterra ou dos Estados Unidos: canônicas, 
enquanto: conceito de cultura universal.
 Literaturas da Nigéria ou de Jamaica em língua inglesa seria 
consideradas como uma literaturas menores: conceito 
de cultura étnico.
Os programas literários de línguas multiculturais
 Narrativas literárias adquirem novos significados
 cruzam as fronteiras culturais e nacionais
 dependendo da relação entre os diferentes contextos 
culturais de origem e destino.
 Relação de conflito entre todas elas
 Estranhamento por parte dos alunos
Os programas literários de línguas multiculturais
 Desconhecimento dessas epistemologias:
 a apagar seu diferencial quando passadas pelo cerne das 
nossas epistemologias 
 desqualificar as metáforas dessas narrativas como sendo 
inferiores pelo fato de não se assemelharem às próprias 
 Reduzir as narrativas literárias do outro diferente a narrativas 
biográficas, sociais ou antropológicas, como se elas não 
tivessem valor estético ou literário, simplesmente porque não o 
sabemos reconhecer. 
Os programas literários de línguas multiculturais
 A estética coloniza a nossa imaginação e, muitas vezes, nos 
impossibilita enxergar outras maneiras artísticas de narrar e 
compreender o mundo. 
 Porém, a estética pode desafiar essas maneiras canônicas de 
ler o mundo.
Os programas literários de línguas multiculturais
 O texto literário pode ser considerado como um local que 
articula diferentes maneiras de entender o mundo; o texto 
literário torna-se em “janelas para novos mundos”. 
 A qualidade estética da metáfora literária: bem mais efetiva do 
que narrativas em outros gêneros para introduzir temas de 
relevância como identidade, gênero, raça, do que narrativas 
abstratas que fazem bem mais difícil entender essas 
problemáticas.
 Narrativa literária: nos sensibiliza frente as diferenças culturais. 
 As narrativas literárias são bem mais efetivas para cruzar 
barreiras não somente linguísticas, mas também culturais, 
no sentido que ajudam a problematizar estereótipos culturais.
As narrativas literárias e a ação social
 Chamberlin (2004, p. 218) as nossas histórias: 
 dão significado às nossas vidas porque articulam os nossos 
valores e crenças, nos mantendo juntos.
 nos separam das histórias deles, dos outros diferentes.
 Quando confrontados com as histórias de outras culturas, 
nos tornamos cientes das diferenças culturais e 
imediatamente instala-se um contraponto entre 
as histórias deles e as nossas. 
Nossas histórias e as histórias dos outros
 O texto literário torna-se uma “zona de contato”. 
 Pratt (1992, p. 43): “an area where culturally and geographically 
distant people get in contact in a relationship of difference and 
conflict”. 
 Relação não é harmoniosa, no sentido que elimina as 
diferenças culturais, mas dialógica, no sentido que considera o 
conflito entre culturas como uma maneira de repensar e 
revalorizar a diferença a nível linguístico, literário e cultural.
Nossas histórias e as histórias dos outros
 As muitas versões da língua inglesa (englishes) por meio das 
quais as narrativas literárias são articuladas tornam-se em 
“linguagens de contato”.
 As narrativas literárias tornam-se “narrativas de contato” 
porque ajudam a desconstruir os clichês e os estereótipos 
culturais e promove a agência linguística e social.
 Processo de familiarização e desfamiliarização reconsidera a 
relação entre narrador, texto e leitor.
 Leitor torna-se em um novo narrador permeado pela agência 
social, levando o aluno à criação de novos significados 
expressados na língua de chegada.
Nossas histórias e as histórias dos outros
 A narrativa literária, nas palavras de Freire (2005), nos ajuda a 
conectar a palavra (word) com o mundo (world). 
 Essa abordagem das narrativas literárias ajuda o aluno a:
 desenvolver suas habilidades linguísticas, 
 contribuir para a comunicação, 
 promover mudanças sociais e culturais.
Literatura e ação social
Analise o trecho abaixo do poema “Inglan is a bitch” de 
Linton Kwesi Johnson:
Inglan is a bitch
Deres no escapin it
Inglan is a bitchYu haffi know how fi survive in it
Interatividade
Poder-se-ia dizer que:
a) O poema ilustra uma estética alternativa.
b) O poema apresenta a relação entre colonizador e colonizado
como sendo pacífica.
c) O poema é um exemplo de narrativa canônica.
d) O poema usa o registro formal da língua inglesa.
e) O poema segue o estilo da poesia clássica inglesa.
Interatividade
Resposta: a
Por que poder-se-ia dizer que o poema ilustra a estética da 
Jamaica?
Utiliza o registro oral da língua inglesa da Jamaica.
O tema é a relação conflituosa com Inglaterra, o ex-colonizador.
O poema tem a cadência das narrativas orais e populares.
Resposta
 Dificuldade do professor das literaturas de língua inglesa: a 
impossibilidade de ensinar todas as narrativas de todas essas 
culturas onde a língua inglesa é falada.
 Qual o critério de seleção das narrativas a serem ensinadas?
 O paradigma nacional.
 Novas nações: adotaram o mesmo paradigma.
 Uma das maneiras de mostrar que sua cultura estava apta para 
se tornar independente era por meio da organização de suas 
narrativas literárias em uma literatura nacional que mostrava, 
por meio dessas narrativas, a historiografia da nação. 
 Modelo tem sido criticado porque replica o modelo colonialista
e essencialista. 
O currículo escolar
 Ensinar as narrativas literárias em contraponto.
 A ideia não é cobrir a tradição na sua completude; mas 
descobrir as narrativas mais relevantes para o programa de 
estudos, por meio de combinações e justaposições criativas 
diretamente relacionadas com o fio condutor escolhido para o 
curso.
 Quebrar a hierarquia imposta pela Literatura Comparada a partir 
de uma comparação entre as narrativas das chamadas 
literaturas maiores e menores. 
 O que falar nas aulas de literatura: o contraponto é uma 
maneira de criar um espaço para o aluno criar novos 
significados.
O currículo escolar
 Novas metáforas a partir das quais organizar o currículo 
ajudam a renovar o cânone literário  introduzem novas 
narrativas e novas pesquisas desenvolvidas na área de 
estudos, fazendo que os programas de estudo não se 
fossilizem, mas seja sempre dinâmicos. 
 Perspectiva crítica.
O currículo escolar
 Chambers & Gregory (2006, p. 63): 
 No one believes in innocent readings any more, or theory-free 
readings either. And no one thinks any longer that just the 
words on the page are transparent with regard to anything, 
whether semantics, gender, politics, ethnicity or any other issue 
that might (or might not) be explicitly referred to in a particular 
work of literature.
O ensino de teoria
 Graduação e pós-graduação:
 Pesquisa por parte dos alunos.
 Relação entre narrativas literárias e abordagens críticas
 Reading Guides
 Conscientizar os alunos da perspectiva crítica do professor
 Ensino Fundamental e Médio: narrativas literárias de língua 
inglesa são lecionadas nas disciplinas de língua inglesa.
 Teoria e crítica literária: 
 Os movimentos literários (Romantismo, Realismo, 
Modernismo, Pós-Modernismo) 
 As estratégias retóricas empregadas pelos autores (metáfora, 
metonímia; tipo de verso, ponto de vista etc.).
O ensino de teoria
 Terry Eagleton reconhece como “as três revoluções na teoria 
literária” (1983, p. 74) que tem enfatizado: 
 o papel do autor, como no caso do Romantismo, 
 o papel do texto, central para a Nova Crítica, 
 o papel do leitor, na estética da recepção.
Historiografia da disciplina Literatura Inglesa
 Alvores do século vinte em “Oxbridge” (Oxford e Cambridge): a 
literatura de língua inglesa era vista como o novo interesse 
acadêmico de diletantes e cavalheiros.
 Década de 1930: F. R. Leavis definiu a literatura como uma 
poderosa arma contra a vulgaridade e a corrupção da 
sociedade urbana industrial. Impulso Civilizatório
 Décadas de 1940 e 1950: os Novos Críticos nos Estados Unidos 
separaram o texto literário da análise social e da protesta e 
criaram uma metodologia quase científica para abordar a 
literatura como se fosse uma ciência. O poema.
 Décadas de 1960 e 1970: o ensino de literatura tornou-se um ato 
político para as minorias radicais nas universidades: Literatura 
Afro-Americana, Feminista etc.
Historiografia da disciplina Literatura Inglesa
 Mudança significativa na formação do cânone e nos estudos de 
teoria literária:
 uma rejeição da abordagem da literatura a partir de uma 
perspectiva formal 
 leitura mais engajada politicamente que entendia o objetivo 
dos estudos literários como a formação da identidade e a luta 
política.
Historiografia da disciplina Literatura Inglesa
 Década de 1980: a partir das teorias de Jacques Derrida e 
Michel Foucault, à desconstrução da literatura como uma 
essência e a sua re-interpretação como um construto 
culturalmente situado. 
 Década de 1990 até o presente: estudos pós-coloniais, o ensino 
de literatura tem adquirido uma perspectiva crítica e 
transcultural, considerando o texto literário (neste caso de 
língua inglesa) escrito em culturas etnocêntricas, como 
Inglaterra e os Estados Unidos, em contraponto com os textos 
produzidos nas ex-colônias. 
Historiografia da disciplina Literatura Inglesa
 Letramento Crítico e Transcultural: a teoria literária e o ensino 
de literatura é entendido como uma prática cultural e social no 
sentido que permite nos familiarizar com outras línguas e 
culturas.
 O professor de literatura não é simplesmente uma pessoa com 
um vasto conhecimento da cultura de elite, mas um sujeito que 
fala de uma certa perspectiva e pode ser entendido como um 
trabalhador social.
 O ensino de literatura não é uma prática estética elitista, mas 
contribui para o desenvolvimento do conceito de cidadania, 
dependendo das diferentes ideologias e dos diferentes loci de 
enunciação onde tem sido formulada em diferentes momentos 
históricos sempre sujeitos aos jogos de poder.
Historiografia da disciplina Literatura Inglesa
 Quais são os pressupostos por trás do programa de ensino?
 Quais são as implicâncias desses pressupostos para a escola e 
os alunos? 
 Como o elaborador do programa entende a realidade e a 
literatura? 
 Quem decide o que incluir ou excluir? 
 No nome de quem? 
 No benefício de quem? 
 Os interesses de quem estão representados no programa de 
estudos? 
 Qual a lógica que relaciona as narrativas literárias dos 
programa de estudos? 
Letramento crítico
 Prática de letramento: “social, situada e múltipla” (De Souza, 
2007, p. 1)
 Gates (1992, p. 15): a educação como uma prática cultural que 
pode:
 encurtar distâncias entre comunidades, 
 desconstruir estereótipos, 
 prevenir que diferenças étnicas, raciais, de classe e de 
gênero se tornem em discriminação. 
 Programa de estudos amplo que faz espaço para todas as 
tradições literárias e as entende como práticas sociais literárias 
e abertas que ganham diferentes significados ao cruzar 
fronteiras culturais.
Prática de letramento: social
 Quais conhecimentos são necessários para quem e onde?
 De que maneira os programas de literaturas estrangeiras, neste 
caso de língua inglesa, irão variar de um contexto para outro?
 O mesmo texto literário é ensinado em contextos diferentes 
sem levar em conta a relação dessas comunidades com essas 
narrativas. 
 De que maneira o conhecimento repassado por meio desses 
textos influencia os contextos onde são ensinados?
 Quais novos significados essas narrativas adquirem ao serem 
ensinadas em diferentes contextos.
Prática de letramento: situada
Exemplo
 Mark Twain: The Adventures of Huckleburry Finn (1884) 
Acesso em 29/04/2015 - Fonte: 
https://www.google.com.br/search?q=the+adventures+of+huckleberry+finn&espv=
https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.gutenberg.org/files/76/76-h/images/c14-112.jpg&imgrefurl=http://www.gutenberg.org/files/76/76-h/76-h.htm&docid=JcXVD8N8UcBjdM&tbnid=ftDAiZVWm6CxrM:&w=605&h=459&ei=XLZAVcWUBIeVNpv2gCA&ved=0CAIQxiAwAA&iact=c Aceitar diferentes tipos de metáforas produzidas por diferentes 
culturas e tradições literárias, articulados em todas as formas 
da língua inglesa e em diferentes estilos literários.
Prática de letramento múltipla
A respeito do Letramento Crítico pode se afirmar que:
I. Social: uma prática cultural que pode encurtar distâncias entre 
comunidades.
II. Situado: deve ser considerado de maneira que o 
conhecimento repassado por meio desses textos influencia os 
contextos onde são ensinados e, ainda mais importante, quais 
novos significados essas narrativas adquirem ao serem 
ensinadas em diferentes contextos.
III. Múltiplo: aceitar diferentes tipos de metáforas produzidas por 
diferentes culturas e tradições literárias, articulados em todas 
as formas da língua inglesa e em diferentes estilos literários.
Interatividade
Escolha a alternativa correta:
a) I, II, III.
b) I.
c) II.
d) III.
e) II, III.
Interatividade
Resposta a
Social: uma prática cultural que pode encurtar distâncias entre 
comunidades.
Situado: deve ser considerado de maneira que o conhecimento 
repassado por meio desses textos influencia os contextos onde 
são ensinados e, ainda mais importante, quais novos significados 
essas narrativas adquirem ao serem ensinadas em diferentes 
contextos.
Múltiplo: aceitar diferentes tipos de metáforas produzidas por 
diferentes culturas e tradições literárias, articulados em todas as 
formas da língua inglesa e em diferentes estilos literários.
Resposta
 Relação entre a obra literária apresentada e seu contexto 
literário e cultural  evitar reduzir a obra literária aos princípios 
estéticos do leitor.
 Narrativas em contraponto ao redor de um tema em comum.
 As obras literárias são intertextuais: elas se reescrevem as 
umas com as outras.
It is equally valuable to show how writers have always reached 
across borders to find resources for their own work and open up 
new avenues not available in their own traditions (Damrsoch, 2009, 
p. 197). 
Conexão cultural
 Rabindranath Tagore: The Home and the World (1916) 
 Charlotte Bronte: Jane Eyre (1847) 
 Nathaniel Hawthorne: The Scarlet Letter (1850) 
 Hawthorne e Tagore: reescrita da tradição inglesa
 Personagem principal: feminina
 Tagore os interesses da comunidade sempre se impõem ao do 
indivíduo.
 Austen e Hawthorne: embora uma forte pressão social, é o 
indivíduo quem decide seu destino. 
 Por meio de cada uma dessas narrativas podemos ler muitas 
outras narrativas de seus contextos culturais; logo, todas elas 
se relacionam pelo diálogo e o conflito, propondo novos 
significados.
Exemplo
 A relação entre narrativas pelo conflito:
“Texts [are brought] together not to initiate preconceived
resolution of differences but instead to put those differences
into play” (Harrison, 2009, p. 208).
 A relação pelo diálogo e a conversa:
Extrapolating from Mikhail Bakhtin’s recognition that texts are 
permeated with heterogeneity and that they anticipate responses 
from other texts, [the ideia is] to realize, as well as to orchestrate, 
cross-cultural conversations in order to promote a dialogic and 
reflexive understanding of the works under discussion (Harrison, 
2009, p. 208).
Conexão cultural
 O Ato de Narrar:
Tsíts´tsi´nako” ou “Thought-woman” (Ceremony de Marmon Silko)
She thought of her sisters, Nau’ts’ity’i and I’tcts’ity’i,
and together they created the Universe this world and
the four worlds below.
Thought-Woman, the spider, named things and as
she named them they appeared.
 O ato de narrar torna-se uma cerimônia, pela qual são 
repassadas as verdades e sofrimentos da comunidade.
Exemplo
 “Happy Endings” (Margaret Atwood)
John and Mary meet.
What happens next?
If you want a happy ending, try A.
 há uma resistência a nos deixar levar pelo poder da narrativa; 
nós queremos ser os narradores e não o objeto da narração;
 seguindo uma lógica diferentes a dos Índios Pueblo, conforme 
a qual a comunidade está sobre o indivíduo, nós sempre 
queremos estar em controle das nossas narrativas, 
especialmente da maneira como elas acabam. 
Exemplo
 Dificuldade na leitura de obras literárias de outros momentos 
históricos: formas linguísticas diferentes, gêneros literários que 
já não tem circulação e temas, com os que não temos 
familiaridade.
 Exemplo Beowulf
 Triple processo de tradução: 
 linguística, inglês arcaico ou medieval para o inglês moderno; 
 cultural: da cultura de partida para a de chegada, ou seja, da 
cultura escandinava dinamarquesa, adaptada pela cultura 
anglo-saxã, para a nossa cultura brasileira; 
 discurso ou gênero literário: oral para escrito
A relação através do tempo e do espaço
Obras clássicas em contraponto com obras mais modernas por 
meio de um tema comum, por exemplo, a guerra.
 Beowulf: épico da tradição inglesa: o guerreiro era a figura 
central da sua cultura e ele era o padrão das virtudes, valor e 
coragem. 
 “Half of a Yellow Sun” de Chimananda Ngozi Adichie (Guerra 
em Biafra):o guerreiro é um romântico moderno, um moço belo 
e inteligente, um estudante que sonha ver sua gente, a 
comunidade Igbo, ter sua própria nação, Biafra.
 “Road Work” (2015) de James Lewis (Guerra em Afeganistão): 
não há heróis; todos são vitimas da violência e incompreensão 
entre culturas. 
A figura do guerreiro
 Vera Wielewicki (2014, p. 86) 
 relação muito interessante entre as narrativas multimodais e 
a educação pluralista. 
 diferentes formas de contar histórias e também diferentes 
formas de pensar; 
 privilegiar apenas o livro escrito, leva a excluir outras 
possibilidades. 
 questionar a relação hoje entre o aluno e as narrativas 
escritas. 
 usar as novas ferramentas digitais para aproximar as 
narrativas do dia a dia dos alunos.
A relação através de diferentes suportes
“[…] what we mean by the term ‘literature’ in the twenty-first 
century, as we see a reduction in use of printed, published books 
through the rise of visual and multi-media texts, e-books, and self-
publishing. For today’s literature classroom to mirror what and 
how students are reading outside the academy, instructors need 
to include film; graphic novels; online multimedia; and social 
media such as blogs, wikis, and social networking sites in the 
study of literary texts. New technology-mediated reading and 
writing practices are transforming how we write, read, interpret, 
understand, and relate to ‘literature’”. (Bernstein, 2013, p. 55)
A relação através de diferentes suportes
 Romeo and Juliet
 Franco Zeffirelli (1968) 
 Baz Luhrmann (1996) 
 Zeffirelli: jovens sintem-se refletidos no conflito de Romeu e 
Julieta: “a generation of young people, like Romeo and Juliet, 
estranged from their parents, torn by the conflict between their 
youthful cult of passion and the military traditions of their 
elders” (Hammond,2013, p. 4). 
 Luhrmann: a miséria e o sofrimento que traz o envolvimento 
com as drogas. 
Exemplo: Romeo and Juliet no cinema
Qual é a proposta deste livro texto para o ensino das literaturas de 
língua inglesa?
a) Apresentar as narrativas em ordem cronológica.
b) Considerar os aspectos formais das narrativas unicamente.
c) Considerar somente narrativas escritas.
d) Apresentar as narrativas em uma ordem de hierarquia.
e) Apresentar as narrativas a partir de uma metáfora comum.
Interatividade
Resposta: e
A proposta não é apresentar as narrativas em ordem cronológica, 
mas a partir de metáforas e temas em comum, 
que viabilizem a leituras das narrativas em contraponto, 
quebrando qualquer ordem hierárquica entre elas. Para 
essa abordagem foram sugeridos três eixos: a conexão 
cultural, a conexão através do tempo e do espaço e a 
conexão através da tradução para outros suportes.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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