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SANDERS-Oswaldo-Liderança-E (1)

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Tituio do original em inglés
SPIRITUAL LEADERSHIP
Copyright © 1967, 1980 por
The Moody Bible Institute of Chicago
Tradugfi‘o de Oswaldo Ramos
I? edigaTo brasfleira em maio de 1985
2‘? ediga'o brasileira em janeiro 1987 - _,
Impresso pela Imprensa da Fé, Sé'o Paulo, SP‘ 13‘
Publicado no Brasil com a devida autorizagé'o
e com todos os direitos reservados pela 7 ‘ '
ASSOCIACAO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTAO
Caixa Postal 21257 04698— Sao Paulo, SP
Titulo do original em inglés
SPIRITUAL LEADERSHIP
Copyright © 1967, 1980 por
The Moody Bible Institute of Chicago
Tradugé’o de Oswaldo Ramos
Hedigio brasileira em maio de 1985
2‘? edigfio brasileira em janeiro 1987 ‘ ,
Impresso pela Imprensa da Fé, SEO Paulo, SP‘ 13'
Publicado no Brasil com a devida autorizagao
e com todos os direitos reservados pela 7 ‘ '
ASSOCIACAO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTAO
Caixa Postal 21.257, 04698— Sao Paulo, SP '
9
Qualidades Essenciais 3 Lideranga —. 2 .
Semelhantemenre. quanta a didconos, é necessa‘rio que sejam
respeitdveis, de mm 36 palavra, na‘o inclimdos a muito vinho,
nio cobz'gosos de sérdida ganéncia, conservando o misre'rz'o da
fe’ com a‘consciéncfa limpa. Tambe‘m sejam estes primeira-
menre experimentados: e, se se mosmzrem z‘rrepreensz'vez’s,
exergam o dz’acomzta.
ITIMOTEO 3:8-10 '
HUMOR
~ Visto que o homem foi feito a imagem de Deus seu senso de humor é
uma dédiva dc Deus, a qu3l encontga su3 5;gnt_raparte n3 natureza divina.
Cb‘flffiflfif‘é 111113“ 3&"v3 qye prec1sa t311to s_er controlad3 quanto c111tiv3da
30 humor fimpo s3dio” relax3 3 tens_a_o 3_ 3livia as Situagoes difl‘ceis, mais
do que 'qualquer Outra' c01sayPode ser ’
pelo q11__e Rode £323: 301 eie, como:3313 ut ‘
0 humor 30:13 desarmax um3 Situagao
3d quue 13133111 sen 1131m.
s3, 6 1estaurar uma 531133930
'de normahdadeW___._,__ ‘ WW
Samuel Johnson escreveu que os homens deveri3m passar parte de seu
tempo com es que riem. O arcebispo Whately, o grande apologista disse:
“N30 deveri’amoscultivar apenas os campos da mente, mas os dos prazeres,
também.” Agnes St1ick13n'd achava que “depois da virtude, o‘que mais
devemos procurar neste mundo 3’ 3 djversio.” Um missionério aposentado
senfla verdadeiro pavor de fer de morar num Lar de Missionaries A'posen-
tados. Contudo, ao escrever a alguém, meses depois, ele afirmou que
. nunca estivera 1mm lugar onde hofivesse tanto divertimento santificado.
Qualidades Essencz'az’s a‘ Lidemnga —- 2 ' ‘ 59
Charles H. Spurgeon certa vez foi criticado por introduzir humor em
sua pregagfio. Corn urn brilho especial nos olhos ele replicou: “Se vocé
soubesse quanto humor eu restrinjo, vocé me elogiaria!” Justificando os
toques de humor no pdlpito, ele escreveu: “Ha algumas coisinhas hestes
sermoes que poderé‘o produzir sorn'soe mas que 11131 hé nisso? Como
pregador nao estou' muito certo de que sorrir seja pecado; todavia, acho
que é crime menor causar urn riso momentaneo do que meia hora de
sono profundo.”
Helmut Thielicke escreveu o seguinte:
N50 deven’amos, porventura, ver que as rugas do riso a0 redor dos
olhos sa"o marcas genufnas de fé, tanto quanto o 350 as rugas da
preoCupano' e da seriedade? Seré que so a seriedade é batizada‘?
0 rise seria pagfio? Jé permitimos que muitas coisas boas fossem
perdidas na‘igreja, e temos atirado muitas péroias aos porcos. A
igreja esté em mau caminho quhndo elimina 0 rise do santuério,
deixando-O' para o 'cabaré, para 0 clubs noturno, para es que gostam
de brindar com bebida.
X0 humor é de grande importancia na Vida missionar1a_.Eir11gualive1
como lubrific'ante N51 verdade se um m1ssmnar1o r1ao tem senso de humor,
ist-o seTo'rnz'i 1111121 defic1éncia séria.U111 sueco fo1 aconse111ado pelos amigos
a desistir da idéia dc 1'01t a__ India-001110 missionario,Mporgueefazia
aw em MM~W11111116 'cafor 1’21.”“Homem ”,grgeeram-lhe ‘szio_3_ gratis a_sombral”
...._ “Bern "‘ d1s§é o sueco, 0611f nob‘re desprezo,‘ na'o precisamos estar
sempre 11a sombra, precisamos?” ‘
A. E. Norrish, missionériona India, testifica':
Nunca eneontreillideranga destitufda de senso de humor, esta habi-
lidade de ver-se e és circumstéricias, de fora de 31 mesmo, ver as cOisas
ern perspectiva e rir. E 111113 grande vzilvula de seguranga! Vocé nunca
condirziré os- outros muito longe, 53111 a alegria do Senhor, e aquilo
'que a écompanha, o senso de humor.”
Douglas Thornton freqfientemente era mais divertido do que' pre-
tendia. Ele tinha urn jeito engragado de misturar provérbios e expressoes.
Uma vez ele disse a seus companheiros que “é de grfio em grio que a
galinha enche o papo”. Entfio lhe perguntaram se “era jéfl de pequenino
que ele enchia o papo de grio em grfio”. Tais coisas dio Vida és pesadas
reunjoes de diretoria criando riso sadio
Depois de meio século de experiéncia corno ministro do evangelho,
F. J. Hallett dizia que, no seu entender, no trabalho de igreja, o pastor
mais hem sucedido é aquele que possui senso de humor agudo combinado
60 Lideranga Espirz'tual
,
com a graga de Deus. 0 humor empresta sabor, originalidade e eloquéncia
aos sermoes.
Dizia--se de um grande pregador que ele usava 0 humor como condi-
mento, 13 come estimulante As vezes ondas de n'so sacudiam o auditério,
mas eIe jamais permitia que coisas sagradas fossern envolvidas. Ele volta-
va:se imediatamente para o sublime, 1150 permitindo que seu humor se
degenerasse em frivolidade.
Um bom teste da propriedade de nosso humoreese ele nos controla
ou se 1168 o controlamos. Dizia—se de Kenneth Strachan, diretor gera1 d2
Missé'o para 2 América Latina, o seguinte: “Ele tinha um agudo senso
de humor, contudo, tinha, também, um senso da propriedade das coisas.
Ele sabia o Iugar de uma‘anedota, e seu’humor era controlado.” ‘
IRA
Parece one a 112 é uma qualificagao estranha para a lideranga Em
outro contexto podenrsemonsidmfi'o‘mo 1111‘s: desqualificante.
Contudo,‘ nao estava est'a qtialidade presente na”Vida do Supreme Lider‘?
Jesus olhou para e1eS“indignadO” (Mar. 3 :5‘)‘:A‘ i'ra santa nao é menos '
nobre do que o amor, visto que ambos coexistem em Deus. Um precisado
outro. Foi o amor de Jesus pelo homem da mr’io mirrada que suscitou sua
ira contra aqueles que queriam impedir a aura. Foi Seu amor pelo P21, e
o 2810 pela Sua glr‘m‘a, que inflamou Sua ira contra os mercena’rios trafi-
cantes que transformaram Sua- casa de oragfio para todas as nagoes em
covil de salteadores (Mat. 21: 13; Jo. 2: 15-17)
Os grandes l1’deres que mudararn a diregao dos eventos em épocas
de decadéncia espiritu21, e nacional, tern sido pessoas capazesWde indignar-
se contra a's Tnju‘sngaseeabusos _que_ desonrarn 2 Deus e eserafizam os
homens. Foi a 1:21 sant'a contra os traficantes desumanos de escravos que
motivou Wilberforce a mover oéus e term a favor da emancipagao dos
escravos.
F. W. Robertson foi, também, eletrizado de modo semelhante, pela
ira santa, em uma ocasiz‘io. Descrevendo sua reagé'o, disse ele: “Meu sangue
fervia; lembro-me de que uma vez na vida senti uIna forga terrivel}; eu
sabia, e alegrava--me em sabé—Io que eu estava infligindo a sentenga infernal
de um covarde e mentirosof,’ Martinho Lutero disse que n20 sabia fazer
nada bem até que sua ira se acendesse; a1, entao, ele poderia fazer barn
qualquer coisa.’
Contudo, tal tipo de ira fica aberta ao abuso e poucos podem usa—la
sem permitir que degenere e se tome pecado. Paulo admite a possibilidade
da ira santa em sua exortagfio “irai—vos e n50 .pequeis”. A ira santa esté
isenta de egofsmo. A ira que se centraliza no egofsmo é sempre pecami—
nosaFYParaWW3livre de pecado, ela _c_leve ser zelosmlflos direitos
da verdade e da pureza, tendo a g16r1a de De Qmo objetwo
—_‘;,_A._,r-- W—‘-—" “" ' ’—
Qualidades Essencz'ais d Lideranga — 2 . 61
Tu, que te tornas feroz ‘
Na obra do Senhor!
Tu, escravo do pecado,
Quem te mandou sentir
Ira e 2e10,
E essa alegria dos bravos?
AUTOR DESCONHECIDO
O bispo Butler analisou as condigoes sob as quais a ira santa se dege—
nera em ira pecaminosa:
o Quando, por parcialidade para conosao mesmos, imaginamos que
uma injfirla foi feita contra nos,quando na verdade na'o existe
injl’m'a -
0 Quando, através dessa parcialidade, uma injfiria contra nos se
‘ torna maior do que realmente é
o Quando sentimos ressentimento, por causa de dor, ou de descon-
forto, sem que haja injfiria
o Quando a indignaga‘o é grande demais
,0 Quando se inflige dor, ou dano, a firn de gratificar um ressenti-
memo, embora su1ja naturalmente
Quando nos iramos contra o pécado em nossa propria Vida certa-
mente estaremos experimentando ira santa contra o pecado nos outros
também.
PACIENCIA
. Uma dotagao generosa de paciéncia é essencial a boa lideranoa. Crisés—
tomo ohamava a pacien‘ci‘a' d'é Rainha das V1rtudes 0 use popular dessa
Wivo demais para comumcar, de rfiydradqagghmsgrficado
Total—do térmo, no“original William "Barclay diz o seguinte, quanto ao
‘seu sigrfificado em 2 Pd 1: 6.
Esta palavra na‘o significa de modo nenhum, sentar—se de InacpsAcruza:~
das para simplesmente aguentar coisas mas. Significa resisténcia
vitoriosa oonstancia mascula sob provagao. E constancia crist'a’ a
aceitaga‘o brava e corajosa de tudo quanto a vida nos apresenta
mudando ate‘ mesmo as coisas piOres em degraus que nos levem para
cima. E a habilidade corajosa e triunfante para suportar males, a qual
capacita a pessoa a ultrapassar o ponto de quebra, sem quebrar, a
' saudar sempre o imprevisto com alegria.
62 ‘ . . Lidemnga Espiritual
Paeiéncia n50 significa aquiescéncia passiva nem submissao a den-eta.
Significa iste sim set magnanime para com 6 pfendiz 161116
7‘E nas reIagGes pe§s0a1s que _a V'Eiéncia é téStada mais fortementese
Paule perdéu a paciéncia a0 lidar 00111 16210 Marcos Hudson 1—134d}?
fesseu, certa vezr: “Minha major tentagao é perder a paciéncia diante da
negligéncia e’ ineficiéncia; tie desapontaderas; nas pessoas de quem'a
genie dependei Centude nae adianta perder a paciéncia — é precise usaf
de bondade. Mas é uma verdadeira prevagao.’ Muitos eutres lideres
expeximentam a £01221 dessa tentagae centudo a maravilhesa paciéhcia
'do Senher Jesus,’ em relagao a0 duvidese Temé, ao instavel Pedro a0
traigoeiro Judas, fica exposta em agude relevo em contraste com nessa
tentaefio.
3 Uma das marufestagees de paciéncia num lfder consiste em ele nae
corre'r achanteTseus 1‘6"66057113 111666 a Esenfdraja‘les Enquant6 ele
Winfieea fiéfifekwlgg contudo, perte e suficiente para que seus ségfli—
66res e mantenhamwa vist,‘ e eugam seu chamado sua v_e_z de c61nando.
Ele 11a6 ӎ tao f6rte que hfexpossa demonstrar simpatia fertalecedera pele
elemento mais frégfl do grupo. “Ora, 1165 que somes fortes, devemos
suportar-as debilidades dos fracos, e 11:10 agradar-nos a n65 mesmes.
06m 1556 prejuchcarmos a lideranga. Se ceriermos Ionge demais, a frente
perdemos nosse poder de influenciar.
0 Dr; A. J. Gordon fei retratade per seu filhe Emest Gordon com as
seguintes palavras:
Ele enfrentou a critica é a eposigao sém recriminagfie‘s. “Tede grista‘e
deve 531 um perta-bandeira‘ de criste, paciente, destituido de mede,
sempre animado. Se uma onda de' abuses sebrevier, ele deve resistir
firme e indiferent'e, come uma estétua, manejande a palavra da Vida.
Se 03 golpes do escémie lhe atingirem e resto, deve resistir silenciosa
e imperfurbavelmente, come a estétua de bronze reéebe a tempe’stade‘.
0 hemem que resiste é ‘0 homem que move 0 munde.”
Requer—se paciéncia quande precurames conduzir através da persuasfio,
ae invés de pelo comande. Persuasa‘e é a habilidade de fazer com que es
eutres vejam nosso ponto de vista, e ajam de acerde. Devemos cultivar a
arte da persuasae, que permite ao individuo tomarsua prépria decisfie.
Um lider poderé precisar de muita paciéncia na-implementaefie 6e
planes tragados com grande carinho, es quais ele acredita satisfazerem es
melhores interesses da ebra pela qual ele é'responsa’wel. Disse D. E. Hoste:
Qualidades Essenciais d Lideranga — 2 63
Nunca esquecerei 2 impressio que Hudson Taylor produziu em
1111111, em 11312920 2 estes assuntos. Vezes sem conta ele foi obrigarlo a
introduzir grandes modificagoes ou mesmo p61 de lado projetos exce-
lentes, que enfrentavam oposigao ferrenha. T21 oposigao tendia 2 01121
maiores males do que aqueles que seriam removidos, ou aliviados, através
das mudangas referidas. M215 tattle, em 1esposta 2 paciente perseveranga
em 012920, muitos de 1213 projetos se converteram em realidade.”
AMIZADE
Vocé pode medir 2 estatura de um lider pelo nfimero mymdade
de 5611931311308“ S'é JulgafifiosflPa‘u'TmfiégImTe’é'tVfa’ 120, 211105 (1112 ele
e'ra' génio pammwifile era éssenci21mente, um homein
gregario. Seii rélac1onamento com Timéteo é exemplo de amizade ideal
entre um homem de meia idade e um jovem. come 0 relacionamento com
Lucas é exemplo de amizade entre contemporfineos.
AWA coroa de gléna de sua 11112121192 era 0 1219 _de ele ser u111 anugo das
pessoas ”1316"“amava 2 p235 m5 ‘ "‘ 2n1dade ’érEste
{Yeo Dr- A. B. Simpson iIustra o fato dé que o 11de1 espiritual é
alguém que 2m2 as pessoas e tem grande capacid2de para a arnizade.
O extraordinério comando que Davi exercia sobre os homens derivava de
seu génio, capaz de reunir 20 seu redor homens de renome, prontos para
morrer p01 e1e.Davi conseguiu capturar de 121 forma 2 afeigfio e a lealdade
desses homens, que 11m simples desejo, apenas murmurado era para eles
como uma ordem (2 Sam. 23: 15-16). E1es morreriam p01 ele porque
sabiam que ele morreria por eles.
. “Nenhum outro homem no Novo Testamento 21121111111 inimigos mais
ferrenhos “db”;"Paulo poréfn p_o'u“‘os homens no 11111112111111.1110
Wes 21111 do que ele 511112;”: igps agrupavam s_e .20 seu gedogmtgo
densamente k que 1111:1111 péidemos 3:121 _vi_st2_ 2&rsonal1dade deles _e111
sua~devogaot” " " " 4
H2 homens como 0 general Charles De Gaulle cuja grandeza é a
grandeza do isolamento. A g12ndez2 e a lideranga bem suced1d2 de Paulo,
ao contrario, explicam—se,' em grande parte, pela sua habilidade em captar
e manter o intense 211101 e 2 lealdade dos amigos com quem ele se rela~
cionava com toda liberdade. E verdade {que Paulo envolvia seus amigos em
toda sorte de riscos p01 211101 2 Cristo, e 20 evangelho porém, eles o
seguiam 21egremente,porque tinham certeza de seu amor por eles. Suas
cartas brilham 00m calorosa apreciag‘a‘o e 2feigao pessoal pelos seus
compa'nheiros. 5 - , _
Outro ingrediente irnportante d2 lideranga é a faculdade de saber
tirar o melhor que ha em cada pessoa. Para consegu'ir-se isto, a amizade
pessoal £212 mujto mais do que uma discussao prolongada e até mesmo
64 Lideranga Espir
imal
bem suoedida. O conéelho de John R. Mott era 0 de “guiar—se pelo coragfio.
Quando a 16gica e a discussa'o e as demais formas de persuasa
o falham,
volte—se paraa amizade sincera, do coragao.”
‘
Em sua biografia de Robert A. Jaffray, que desempenhou papal
importante na abertura do Vietna ao evangelho, A. W. Tozer salient
ou que
em um aspecto todos os lfderes espirituais se igualam. Todos tém grands
coragio. “Nada pode tirar o lugar da afeigza‘o. Aqueles que a tém em
grande medida detém um poder mégico sobre as pessoas. O intelgcto n5
0
conseguira isto. 0 conhecimento da blia na'o é suficien-te. Robert Jaffray
.
amava as pessoas por si mesmas. Ele se sentia feliz 11a presenga de
seres
humanos. qualquer que fosse sua raga ou cor.”‘
Poucos tém exercido, em sua prépria gerag‘a‘o, uma lideranga espiritual
igual a de Charles Haddon Spurgeon. Sen biégrafo estava oonvicto de qu
e
“ele exercia uma autoridade absoluta, nfio por puraiteimosia, embora
fosse um homem Ivoluntarioso, mas devido ao seu reconhecido valor. As
pessoas curvavam-se perante sua autoridade porque era autoridade apoiada
em sabedoria aliada a afeiga‘o.”
Alguém, major do que Davi e Paulo, também comandava Sens s
egui-
dores pela amizade, e pelo afeto. 80e E16 esta escrito: “Tendo amado
os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo. 13:1). 0 conhe-
cimento desse afeto pessoal fmalmente quebrou o coragao de Pedro, e
forgou-o a oonfessar: “Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que en
te amo” (Jo. 21_:17). '
TATO E DIPLOMACIA
0Sigufisarle ,grigirrairlsmrq.§,_9..s_e2:i_<19Agata,oaks-cansibilidaslg..‘do
toqtfe‘j ‘Veio a significar, posteriormente, a habilidade em relacio
nar-se
c'o'rnwpéssoas em situagées delicadas. Tato pode ser definido como “uma
percepga'o intuitiva, especialmente uma percepgfio rapida e fina daqui
lo
que é proprio, adequado e correto; um discernimento rapido da coisa
apropriada a ser feita ou dita; especialmente', urn fino jeito de e
vitar que
haja ofensa.” ‘
flay)“; diplomaci‘aresta‘o intimamente relacionados. Diplomacia é
destreza e Fafifliaaflé’hozfiéiri’fiih'ain'entofde-assrmtos"de‘ qfialquer tipo;
oofimdo,"em1'a 'dé 'abusos praticados .poil'liesj'soas "que ‘se ocupam desta
ar’t‘e, a palavra tomoulse unjl tanto degradada. A0 coinbinarmos estas
duas palavras, emerge a idéia de pericia na cofidliaga‘o de pontos de vista
divergentes; sem ofender,,¢,s sem comprometimento de principios.
§§ofl
qualidades hygoaluaygjghrrpwmlidgrp‘spviritualkl'éle precisa da projegao imagi}
n‘a'fiva’fié‘$15 ._ Pffihiifl. ,P¢§¢9129§§ .ij i "r“ri1h‘.,..pa.ri?§9'ffif "Tdi‘é’ffiéffisfiia daoutta péséoa, {HI} 49.99‘15L33391-QQJ‘E qualidadé Qii‘e'fiodé‘s’éifid‘quirida
e Hés’éfiiiolfidi.
Qualz'dades Essencfaz's d Lideranga — 2 . , 65
A habfljdade‘ para conduzir negociag'oes delicadas, e assuntos que
envolvem pessoas, de maneira a reconhecer—se os direitos mfituos, e assim
mesmo conduzir-se'a uma solugao harmoniosa-é dom que deverla ser
bastante cobigado E dom que envolve a habilidade de colocar-se na
posigao das pessoas envolvldas, e calcular acertadamente cofno se se—ntiriam
e como reagiriam.
Determinada coisa pode ser dita de maneira diplomatica, ou de
maneira desastrosa. Um vendedor de sapatos disse a sua cliente: “Lamento
muito, minha senhora, mas o seu pé é grands demais para este sapato.
—Outro vendedor disse a sua clients, em situaga‘o idéntica: “Lamento
muito, minha senhora, mas este sapato é pequeno demais para o seu pé. ’
Ambos usaram as mesmas palavras, contudo, um deles, pelo tato e diplo—
macia, mudou a énfase em algumas palavras, mudou o fraseadoe, assim,
assegurou uma cliente leal e satisfeita.
A divisao da terra prometida, promovida por Josué entre os israelitas,
fomece um extraordinario exemplo bfblico do emprego do tato e- da
diplomacia. Visto que a nagio descendia do enganador Jaco, esta delicada
tarefa (na qual estavam presentes a cobiga e a avidez humanas) oontinha
as sementes das grandes dissensoes e porfias que poderiam retalhar a
magic. A maneira diplomatica como Josué fol capaz de encaminhar a tran-
sagaTo foi evidéncia n'a'o apenas de sagacidade humana, mas também de sua
intima comunhio com Deus. A diplomacia que ele exibiu ao resolver o
problema do ma] entendido potencialniente explosive e amargo, criado
pelas tribes de Ruben e Gade, ao erigirem outro altar, foi um tribute
adicional pago né‘o apenas ao seu dom nato, mas também 2‘1 sabedon‘a que
ele havia obtido na escola de Deus.
William Carey era, inconscientemente, um' diplomata. Um de seus
companheiros disse o seguinte a seu respeito: “Ele ‘aprendeu a feliz arte
de mandar e comandar os outros sem fazer sentir sua autoridade, e sem
que os outrOs tenham sentimento de sujeigfio. Tudo isto é conseguido sem
que parega have: um objetivo da parte deles.” Tato e diplomacia sac
hem mais eficientes quando inconscientes e naturals, em sua aplicapao.
PODER INSPIRATIVO
O poder de inspirar os outros para o servigo, 3 para o sacrificio é
a Illa—$336133?1'13}‘Déilé'"‘Sti'amiiféz‘ifi'dé‘sééfféia'Eféi‘a‘foEd'é‘ifi“traumas séu
fledor-“Ghar‘les Cowman n50 apenas desenvol'via ele‘ pfépno: um'a prodi-
' " gmsa quantidade de servioo, como tambe’m possuia a habilidade de injetar
o espirito de trabalho naqueles que trabalhavam consigo. Eles se sentiam
contagiados pelo sen zelo e dinamjsmo.
O pastor Hsi foi um dos grandes e verdadeiros lfderes cristfios de sua
época na China. Ele também possur’a esta capacidade, num gran extraordi-
66 Lideranga Espin‘nwl
nario. Alguém perguntou a uma pessoa que estava intimamente relacio-nado com o pastor Hsi, em seu _trabalho para o Senhor: “Vooé notounele alguma aptidao especial para liderar e influenciar as pessoas?” Aresposta foi: “0 poder do pastor Hsi nesse sentido era extraordinario;sem esforgo, aparentemente, ele "parecia conduzir todas as pessoas. Instin-tivamente, as pessoas o seguiam e confiavam nele. Ele também possui’agrands poder de iniciativa, e uma energia e capacidade empreendedoranotaveis. ‘Ninguém podia conhecé-lo sem obter urn ideal inteiramentenovo do significado da Vida e do servigo cristfios.”
Neemias fambém disPunha amplamente deste poder. Quando elechegou a Jerusalem, o povo estava totalmente desanimado e desmotivado.Em pouqufssimo tempo ele conseguiu transforma-Io numa forga agressiva "e eficiente. Seu poder inspirativo era tal que logo lemos o seguinte: “Efortaleceram as macs para a boa obra.” (Ne 2:18). N50 6 exagero afirmar-se que aquela muralha n50 ten'a sido iru'ciada, e mends ainda completada,sem a inspiraga'o proveniente de Neemias. .0 general Mark Clark, dirigindo—se a uma classe de treinandos, disseo seguinte a respeito de Winston Churchill: ‘fDuvido que haja alguém nahistéria que fenha feito discursos ta‘o horrorosos, mas que deram ao seupovo, entretanto, 11m sentimento de forga, exuberéncia, 6 ate’ mesmo deradiante alegn'a.” -
Quando a Franga caiu diante dos exércitos alema'es, e a Inglaterrafoi deixada 36, na guerra, o Gabinete Britanico reuniu-se num espl‘n'tode profunda depress'a'o —— para a qual havia razfies ,d'e sobra. QuandoWinston Churchill entrou, olhou a0 redo: para 'seus desconsolados colegase disse: “Cavalheiros, acho isto bastante inspirativo.” N50? de admirar-se,pois, que ele fosse capaz de reanimar a naga‘o num contra-ataque eficiente.
HABILIDADE EXECUTIVA
Wanao tiver ahabih‘dade execugxa". num certo gran, mesmoque seja capaz dc yer clarament锑a§"€o'i‘s'a§ esfiifilfu‘aig“seranica'I‘ja'fdetraduzir"‘s'fiaTi§§3“ém agao: Ejerdade que ha fié~fi§05"suti§‘ na’sizperor‘ga 'nizagao,”que’ pode vir a ser‘um’snti'stituto muito insatisfatério da presengae da operagao do E3pfn'to Santo. Contudo, as coisas na'o precisam serassim, necessariamente. ' A falta de me'todo e de organizagao tambémapresema seus pen‘gos, e tem’ representado o fracasso de muitos empreen-dimentos promissores no reino de Deus.
Em seu livro sobre o profeta Isafas, Sir George Adam Smith chama aatengao para uma palavra que foi traduzida um tanto ambiguamente como‘julgamento”, na versao do Rei Tiago, e que, na verdade, significa “mé-todo, ordern, sistema, lei”. Entao, quando Isafas djz: “0 Senhor é Deusde justiga” 30:18, (Ed. Rev.e At), ele quer dizer, entre outras coisas,
Qualidades Essenciais d Lideranga — 2 67
que Deus é um Deus de método. A criagao de Deus apresenta ordem
impressionante. Visto que Ele é um Deus de ordem, Ele eXige daqueles
a quem confia lideranga que “tudo, porém, seja feito com decéncia e
ordem” (I Cor. 14:40). “Uma grande verdade,” escreve Smith, “é q11e o
Todo-poderoso e Todo-misericordiosb é, também, o Todo-metodico;
Nenhuma religiz‘i'o é completa em seu; credb, ou sadia em sua influéncia,
se n50 insistir igualmente nestes pontoé.”
Devemos imitar a ordem e o me’todo de Deus em nosso préprio
trabalho para Ele.'Embora seja verdade que os homens na‘o sac capazes
de organizar-se no Reino, isto n'a'o justifica a auséncia de planejamento
cuidadoso, na dependéncia da direga‘o do Espfrito, e eficiente execuga'o
daquilo que foi planejado, para sua salvagfio.
Lord Macaulay disse que Wesley tinha um gém'o para a organizaga'o,
n50 inferior ao de Richelieu. Esse génio da organizagfio ainda é visto na
igreja que ele fundou. Devido a sua soberba capacidade executiva, e _
habilidade organizacional, seu movimento permaneceu firme, mesmo
depois de privado da presenga e orientaga’o de seu fundador.
Sua capacidade de avaliar os homens, sua pericia em usa-los, sua forga
em conseguir empregé-los da meihor forma. e uni-103 a si mesmo em
submiss'é’o leal, foi obra de génio, e salvou o movimento deperigos muito
sérios.
TERAPIA DA AUDIQAO
Um ouvido simpatico é tribute de grande valor A arte de ouvir .deve.
ser dfi‘fififiadama fim de 6 11'6er poder Egnetrarmmi 11112 dos_p10b1emas a
s‘érem resolv1dos Mmtos 536 faladores comBulswos “EIe r1a_o me ,o_ e‘”
'"v WWW 6116 “E16wcomega a dar a resposta ante; que
tenh‘a"a oportumdade de'mostrar ioblemao ”
"“"Pa'ra“W”e ,‘f’éqfientemente uma espera impaciente até que
.se dé um parecer. Contudo ouvir é um esforgo genuinowp‘ara enterrgler o
que o outro tem a mmfififfififfa:causa Muitas vezes u11‘1
problema ja esta'mercr‘solficwnaflb quando "é:enunc1ado ;Urn 111iss1onario
-desrs$ent6. queIXava-se‘”"‘Se 6T9. apenas ffie 6uvisse. :..: eu prec1sava de
’Elguém c 111 quem‘iififlésse compartflhar meu problema” “L” 1»
LSEJK sens1b111cfade para com as necessidades de alguérndé 6xpressamais
113610 ouvir:a'6 que pelo £aI211 O’Tfleres frequentemente 1130 a impressao,
Wmconscrerfiemente queu eSta6 ocup_ados_dema1$ para 61_1_vir. Eeiiz 0
11121”'0 t6mp6 ga§t6 em 6u_v_ir é tempo bern investid6.
Q11and6 11m candidat6 a cargci p6l1tico aproximou-se do juiz Oliver
Wendell -,Hoh11es perguntanQome como ser eleito para um cargo _p1’1blico,
68 - Lideranga Espz‘r
itl
\ o juiz replicou: “Set capaz dc ouvir Os outros, de maneira simpética,
compreengiggg é talvergfifgagugm9_'§j§i'§‘eficienté’db‘munfi”5'fiafé dar—se,
T: bEffiiTEdfii asfl'pcfsééé'é: e solidificar suariéfili'zjéflé'. P6ufifii’sfi?fiiés~lpessoas
‘~\praticam’a"mzigfé branca’ déééféfii bfifisfiuvintegj ' ' ' " ‘
A ARTE DE ESCREVER CARTAS
Qualquer-pogilgagikde liderrapgg envglve grrandehquantidgd‘e defogpfi
pondéfifié.’ E as cartas revelam—se p0}: §1_‘Ig§§gn§k$abemds“mm§sj§§jto
‘d‘S‘Wé’i‘fiflEfibPfiffifiifis’”fié’“ €11“: V' ca‘rffi'STfl‘éfiue qii'élfifiéf éfitfo'mfggial
histoficfi‘fmafi‘fiflsao fifiijfifiggaajgijgfiagf’éipifitfi'arfggsj‘é‘afifiigafl t
pfé'fitiEdédé de ‘65:". f6$$§6 V‘Bfig'igalfiafime dé ‘pwéfilsfifigrfifinfii'teglidade moral?“ ,j
ia—Ifé'fiéfi a igllgglggtual 11m um (:31 a 1ciT"p’rEEi'sav2i‘“se’r'escrita;
Maw 21 péna em légrimas, n50 em écido. ‘Torque no meio de
muitos sofrimentos e angfistias de coragfio vos escrevi, com muitas lé-
grimas” (2 Cor. 2:4).
Apés ter escrito uma carta severa aos corintios, dados a0 err
o, o
coragfio temo do apéstolo fé~lo-pensar se sua barta n50 conteria severidade
demais. “Porquanto, ainda que.vos tenha contristado com a
carta, n'a'o
me ranependo; embora jé me tenha arrependido (vejo que aquela car
ta
vos contristou por breve tempo), agora me alegro, n50 porque fostes_
contristados, mas porqug: fostes contristados para' arrependimento; pois,
fostes contristados segundo Deus, para que de nossa parte nenhum dan
o
sofrésseis.” (2 Cor.7:8-9). A0 escrever tal caxta, seu objetivo n50 era
ganhar uma discussfio, mas resolver um problema espiritual e produzir
uma crescente maturidade cristzT. ‘ .
As cartas de Paulo s‘a‘o plenas de encorajamento, sé'o graciosas a0
cumprimentar e ricas em simpatia. As pessoas que as recebiam semp
re
ficavam enriquecidas (por exemplo Fil.1:27-30). Contudo, isto 1150
o
impedia de ser fiel na corregfio de faltas. ”Tomei—me, porventura, vosso
inimigo, por vos dizer a verdade? . . . pudera cu estar presente ago
ra, e
falar—vos em outro tom de voz; porque me vejo perplexo a vosso tespeito”
(Gail. 4:16, 20). 7 ' 7
E importante que a carta mlggjgggggn“t§;mgs hem clarqristglae mode
que o c99i§11do.se.ia:bjcnl.§glt§§_1diglo. ntwpgpflé miiimjpifiégqwla/
cartié‘fiibnpm‘mem,i‘nsatisfatbfio dc_comu-
. ‘ . “‘afimégflcligam #1335 difiisfl- Portantoa deli-$2
tbifiar um cuidadio'esgegira’ligara gue sejam qalfi’é’éi‘gfino’t‘a'fi'""" " “ " 'M
° As"'caff§§"f6‘r§h§§§m inn elemento importante do trabélho de acompa-
nhamento de Paulo. Dizia—se de George Whitefield que, apés pregar a ,
grandes multidfies,, és vezes permanecia acordado até .as trés da madrugada‘w
escrevendo cartas de encorajamento aos neoconvertidos.
Wrap-
nEFgao;-_»=Ela§‘qio.§ab£m§2.

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