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ENVELHECIMENTO CELULAR Ciclo de vida da célula: Concepção → Diferenciação → Maturação → Senescência → Morte. O ciclo é controlado pelos fatores: - Genética - Dieta - Condição social - Doenças relacionadas à idade Envelhecimento celular: resultado de um declínio progressivo na capacidade proliferativa, e no tempo de vida das células - Fenômeno Biológico presente em todos os seres vivos - Características desfavoráveis da fase final da vida - Processo contínuo e inevitável - Mudanças nas características biológicas em determinados períodos do ciclo vital dos indivíduos de uma mesma espécie - Sequências programadas + interação com ambiente – Interação Genotípica + Fenotípica - Desencadeado por diferentes mecanismos - Culmina na morte celular por diferentes processos - Morte acidental - injúria com falha severa do metabolismo celular= NECROSE - Morte celular programada - programação genética (embriogênese ou metamorfose) ou Morte induzida por estímulos brandos (oxidantes, radiação, choque térmico, metais pesados) = APOPTOSE ** Apoptose e necrose podem coexistir Características de células senescentes (envelhecendo): → Aumenta - Anormalidades cromossômicas - Núcleos anormais - Número e tamanho de lisossomas - Taxa de degradação de proteínas - Proteínas estruturalmente alteradas - Lipofucsina → Diminui - Número de receptores - Especializações de membrana - Taxa de transcrição e tradução - Sensitividade a fatores de crescimento e hormônios → Alterações gerais: - Volume celular - Mitocôndrias Diminuição da replicação celular - Diminuição dos telômeros **Telômeros: Sequências repetidas curtas de DNA (TTAGGG). Importantes para garantir a replicação das extremidades cromossômicas e protegê-las de fusão e degradação. Acúmulo de lesões genéticas e metabólicas MORTE CELULAR PROGRAMADA Formas típicas: - Apoptose - Necrose - Autofágica Formas atípicas: - Mitose catastrófica - Paraptose FORMAS ATÍPICAS: → Paraptose - Ativa e regulada; - Inchaço mitocondrial; - Vacúolos citoplasmáticos; - Ocorrência: desenvolvimento neuronal; - Neurodegeneração; → Mitose catastrófica - Processo de transformação celular, - Parada em G2 do ciclo celular, - Fragmentação nuclear-desintegração celular, FORMAS TÍPICAS: → Autofágica: - Morte ativa, - Regulada - Lenta degradação pela via lisossomal, - Pode contribuir para inibir apoptose ou necrose, - Resposta adaptativa a situações estressoras; → Necrose: - Acidental, - Não controlada, - Ativa reação inflamatória, - Injúria severa, - Falha de respostas adaptativas, → Apoptose: - Papel antagônico a Mitose; - Clivagem do DNA nuclear por endonucleases, - Resposta fisiológica-remoção-manutenção, - Conservação evolutiva, genes caspases, APOPTOSE OU NECROSE? - Apoptose: estímulos fisiológicos ou patológicos brandos, - Necrose: Estímulos patológicos severos. → Apoptose: - Morfologia: - Retração celular, - Condensação da cromatina (núcleo Picnótico); - Fragmentação por endonucleases, - Formação de bolhas celulares, - Fragmentação em corpos apoptóticos, - Fagocitose por células sadias ou macrófagos adjacentes, - Ausência de Inflamação, → Necrose: - Descontinuidades na membrana citoplasmática e na das organelas, - Acentuada dilatação das mitocôndrias, com surgimento de grandes densidades amorfas, EVENTOS RELACIONADOS: APOPTOSE: Fisiológica: Embriogênese: - Involução de membranas interdigitais, - Fusão do palato, - Recanalização sistema digestório, Involução normal de tecidos hormônio-dependentes: - Atresia (fechamento de alguma víscera tubular) folicular ovariana, endométrio, próstata (mensalmente) Eliminação celular em populações celulares em proliferação - Cripta de Lieberkün (glândula do intestino delgado) Morte de cél. de resposta inflamatória e imunológica após cumprirem sua função Morte induzida por células T citotóxicas Maturação linfóide e prevenção de autoimunidade; APOPTOSE: Patológica: Morte celular em tumores - Durante regressão e crescimento tumoral; Lesão e morte celular em certas doenças virais - Hepatite; Morte celular induzida por diversos estímulos lesivos, em doses insuficientes para produzir necrose - Radiação, lesão térmica, drogas citotóxicas Apoptose: Morte celular programada: - Tipo de autodestruição celular, - Requer energia e síntese proteica para a sua execução - Executada por enzimas CASPASES Homeostase - regulação fisiológica do tamanho dos tecidos: - eliminação seletiva de células indesejáveis, com perturbação mínima às adjacentes e ao hospedeiro, Papel antagônico ao da mitose; - Mecanismos básicos conservados evolutivamente, Processo rápido; Não é sincronizado por todo o órgão: diferentes estágios de apoptose coexistem em diversas secções dos tecidos; Taxa rápida de destruição celular-apenas 2 a 3 % das células estejam em apoptose em determinado momento para a regressão substancial de tecido- 25% por dia. REGULAÇÃO DA MORTE CELULAR PROGRAMADA: - Estudos C. elegans: genes que desempenham papel na regulação e execução da apoptose; Depende de 3 classes de proteínas: - Reguladoras (bcl-2), adaptadoras (apaf-1) e efetoras (casp9 e casp3) As proteínas reguladoras da apoptose estão extraordinariamente conservadas evolutivamente; VIAS DA APOPTOSE: - Duas vias distintas mas convergentes e sobrepostas; → Via extrínseca: - Por receptor de morte: iniciada por sinalização externa - Linfócito se liga ao receptor de morte e sinaliza a apoptose da célula; - Família de R de fator de necrose tumoral (TNF) com domínio de morte citoplasmático - TNRF1 e Fas/FasL CD95-proteínas receptoras de morte. - Após a ligação do linfócito ao receptor-efeito cascata de uma série de proteínas sinalizadoras de morte celular, chamadas de caspases, - Clivagem de diferentes caspases, - Caspases efetoras são responsáveis pelas mudanças morfológicas dessas células, - Processo depende de ATP-morte ativa - Sistema imune → Via intrínseca ou mitocondrial: - Pela mitocôndria: sem participação de receptor por morte - Citocromo C: extravasão por estresse na mitocôndria - Cascata de clivagem de caspases - vias celulares - mitocôndrias e RE; - perturbações-estímulos hormonais ou fator de crescimento, mutações no DNA, estresse oxidativo, - caspases clivadas-mudanças morfológicas para a apoptose - Caspase inicialmente-pró-caspase (inativa)-ativa caspase - Pela mitocôndria: - Sem participação de R de morte; - Aumento da permeabilidade mitocondrial-perda de Bcl-2 e Bcl-x; citocromo C - Liberação de moléc. pró-apoptóticas-Bak, Bax e Bim - Início da clivagem de caspases. FASES DA APOPTOSE: → 1ª Etapa: - A cromatina, inicialmente esparsa e em transcrição, começa um processo rápido de condensação e inativação. Formam-se grumos grosseiros de heterocromatina, no interior do núcleo, com alguma alteração do limite nuclear. - A inativação do material genético leva ao desmonte do citoesqueleto e sua desorganização, fazendo com que a célula deforme seus contornos e desfaça suas junções, protegendo as células vizinhas da transferência involuntária de resíduos tóxicos que poderiam causar lesão ou morte. - No citoplasma, progride o empacotamento de organelas pelo retículo endoplasmático e podem surgir vaculizações. → 2ª Etapa: - O transporte celular cessa, a célula retrai, seu citoplasma torna-se cada vez mais denso e mais corado. Seus limites celulares e nucleares mostram-se irregulares. - Há intensa condensação da cromatina. Pode mostrar-se em corpúsculo único e densamente heterocromático, ou assumir posição marginal, em anel ou em forma de capuz. Diz-se que o núcleo está picnótico ou em picnose. → 3ª Etapa: - O núcleo colapsa e enruga profundamente, segmentando-se em pequenas esferas, ou corpúsculos heterocromáticos, para o interior do citoplasma, processo este denominado cariorréxis. → 4ª Etapa: - O citoplasma da célula inicia uma fragmentação derradeira e progressiva. Engloba os fragmentos nucleares em porções de seu citoplasma que se desprendem da superfície celular, formando os chamados corpos apoptóticos. Essa fragmentaçãofinal do material genético no interior de corpos apoptóticos libertos no meio extracelular, é denominada cariólise. Também podem desprender-se porções citoplasmáticas sem fragmentos nucleares, as denominadas bolhas citoplasmáticas. → 5ª Etapa: - Segue-se uma remoção dos restos celulares da célula que sofreu apoptose, por fagocitose das células vizinhas, por macrófagos teciduais ou macrófagos das cavidades associadas aos epitélios. MORFOLOGIA: Retração celular: - Perda de contato com as células vizinhas - Células ficam menores - Citoplasma mais denso - Organelas mais empacotadas Núcleo Picnótico: - Condensação da cromatina, agregam na periferia, aderindo a membrana nuclear, mais fácil visualização; Formação de bolhas na membrana: - Posteriormente se desprendem e formam pequenos corpos celulares, chamados de corpos apoptóticos não há ruptura da membrana e nem das organelas; Cariorexe - Fragmentação do núcleo; - Formação de fragmentos celulares-corpos apoptóticos: manutenção da integridade das organelas e membranas; - Corpos apoptóticos fagocitados: macrófagos: corporais sensíveis - São rapidamente fagocitadas, prevenindo uma necrose secundária, - Não ocorre resposta inflamatória - Fosfatidilserina-bicamada lipídica, causa um flip-translocação da fosfatidilserina para camada externa-sinaliza a fagocitose destas células-macrófago digiere essa célula. - Morte ativa com gasto de energia; ASPECTOS BIOQUÍMICOS: - Clivagem de proteínas por cisteína-proteases (caspases); - Liação cruzada de proteínas pela transglutaminase (rede interligada de proteínas citoplasmáticas; - clivagem internucleossômica de DNA - Alterações da MP (deslocamento da fosfatidilser para a camada externa). SINALIZAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA: Dependência de fatores de crescimento extracelulares ou interações célula-célula, SNC vertebrados: - 50% neurônios morrem por apoptose; - Os restantes sobrevivem por quantidade suficiente de sinais (peptídeos relacionados ao Fator de Crescimento de Nervo (NGF) ENGOLFAMENTO DOS CORPOS APOPTÓTICOS: - Células apoptóticas são engolfadas e removidas por fagocitose; - Mecanismos de reconhecimento podem variar com: - O tipo de célula apoptótica; - O tipo de célula envolvida no engolfamento; - A idade do corpo apoptótico; SINALIZAÇÃO DO ENGOLFAMENTO: → FOSFATIDILSERINA; - Translocação de fosfatidilserina: uma das maiores modificações das células apoptóticas; - Mecanismo de flipping ou virada; - Um receptor de fosfatidilserina recentemente descrito; - Sinalização envolvida participa tanto do engolfamento apoptótico como inibição ativa da inflamação, - Morte celular por NECROSE induz inflamação: morte por apoptose é anti-inflamatória. → APOPTOSE: - Importância da apoptose para a homeostasia de órgãos e tecidos, balanço entre apoptose e mitose, - Apoptose patológica: em excesso insuficiente: - Aumento da celularidade em um órgão ou tecido, - neoplasias (tumores); - doenças autoimunes;-vitiligo - infecções virais; AULA PRÁTICA: - Características morfológicas de apoptose; - Apoptose vs Necrose; - Alterações morfológicas distintas; - Quadro evolutivo por apoptose: condensação da cromatina associadas as laminas nucleares, - endonucleases, - A célula retrai e as junções de adesão são desfeitas. - núcleo começa a entrar em ruptura, que permanecem envoltos por membrana celular, - Segundo caso: formação dos corpos apoptóticos-sem extravasamento de conteúdo celular-desencadeia resposta inflamatória. Necrose X Apoptose: → Necrose: não ocorre manutenção da integridade de membrana, - aumenta de volume, - fragmentação da cromatina, - núcleo vacuolizado - membranas nucleares-modificando o ph-resposta inflamatória; - ativa reação inflamatória, - célula aumenta de tamanho, → Apoptose - fisiológica - Morte celular programada para garantir a integridade do tecido e do órgão; - Folículo ovariano atrésico: - Núcleos em picnose, com cromatina periférica em anel (A1), placa ou capuz periférico (A2); (B) - Núcleo em cariorréxis, fragmentado em corpúsculos heterocromáticos, ainda contidos no interior da célula; © - Núcleos em início de cariólise. - Células formando corpos apoptóticos na margem celular, contendo fragmentos nucleares (seta). - folículos já mais avançados em reabsorção; - hormônio liberado pelo folículo ovariano dominante, - inibina-inibe o desenvolvimento dos demais; - Células da granulosa mortas-células em apoptose; - Núcleo picnótico, - Cromatina aderida ao envoltório nuclear na face externa; - Pedaços de corpos apoptóticos; - Imagem ampliada: - Núcleo com características apoptóticas; - Heterocromatina formando placas nessa célula em apoptose; - Fragmentação desses núcleos em quase corpos apoptóticos, - Fragmentação em corpos apoptóticos; GLÂNDULA SEBÁCEA: - Nessa glândula o processo de apoptose faz parte da sua secreção; - Ao ascender do estrato germinativo basal (EG), a célula secretora sofre modificações. - No início, o núcleo é volumoso, eucromático, o citoplasma acumula vesículas de secreção e gotículas lipídicas precursoras da síntese, conferindo-lhe aspecto vacuolizado (V). - À medida que seu ciclo de vida avança, ela ascende aos estratos superiores, em direção ao ducto glandular e entra em apoptose. - O núcleo torna-se condensado e retraído, típico de picnose (NP). - A célula mostra forma irregular, as vesículas secretórias coalescem em grandes vacúolos (VS), o núcleo desaparece (NA). - Por fim, as células se rompem na luz do ducto glandular. - Neste caso não há formação de corpos apoptóticos ou bolhas citoplasmáticas porque os restos celulares se integram à secreção do tipo holócrina (S). (HE,humano). - Associada ao folículo piloso, - Músculo dos pelos, - Produz sebo, - Células basais ao redor, - Na periferia-núcleos mais alongados quase pavimentosas-margem externa, - Processos de mitose onde geram as células que irão compor e garantir o funcionamento das glândulas sebáceas, - Trajetória ao centro da glândula e ao ducto, - Características morfológicas de apoptose-acúmulo de gordura, sebo; - Degradação dos núcleos das células que compõem, - Glândula de secreção monóclina, - Toda a célula é o produto da secreção da glândula, as células se desprendem conforme chegam mais próximas da saída do ducto do folículo-morte celular programada-degradação dos núcleos. - Junções celulares se desfazem;
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