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Noções Básicas de Psicologia
Instituição: Instituto Federal de Minas Gerais
Disciplina: Psicologia Organizacional e do Trabalho
Docente responsável: Mariana Sarro Pereira de Oliveira
Áreas da Psicologia
Psicologia hospitalar
Psicologia escolar
Psicologia jurídica
Psicologia social
Psicologia clínica
Psicologia do esporte
Psicologia organizacional e do trabalho
Linhas teóricas da Psicologia
Psicanálise
Gestalt
Psicodrama
Fenomenológica-existencial
Comportamental
Psicologia comportamental
Ciência que tem como objeto de estudo as relações entre as representações mentais e os mecanismos fisiológicos.
O comportamento tem consequências, e uma propriedade importante do comportamento é que ele pode ser afetado por suas consequências.
Estudos com animas privados de água ou alimento: aprendizagem em labirintos ou caixas, quando apresentada consequência positiva (água ou alimento).
Psicologia comportamental
As pressões à barra por um rato privado de água tornam-se mais prováveis quando produzem água do que quando não produzem. Assim como o choro de uma criança torna-se mais provável quando chama a atenção dos pais do que quando não provoca essa atenção. Esses casos ilustram o princípio do reforço: o responder aumenta quando produz reforçadores.
Reforço
O reforço nomeia uma relação entre o comportamento e o ambiente. A relação inclui três componentes: (1) as respostas devem ter consequência; (2) sua probabilidade deve aumentar (isto é, as respostas devem tornar-se mais prováveis do que quando não tinham essas consequências); e (3) o aumento da probabilidade deve ocorrer porque a resposta tem essa consequência, e não por outra razão qualquer.
Extinção
As consequências de muitas respostas permanecem razoavelmente constantes durante a vida toda. Por exemplo, geralmente tocamos os objetos para os quais estendemos a mão, e conseguimos mudar de um andar para o outro, quando subimos um lance de escadas. Mas para outras respostas, as consequências mudam. As respostas reforçadas durante a infância podem não ser mais reforçadas na idade adulta.
Extinção
Os sistemas educacionais, frequentemente, programam consequências como elogio ou notas para resolver problemas aritméticos ou responder questões factuais, mas, cedo ou tarde, essas consequências artificiais são descontinuadas (com a esperança de que outras consequências mais naturais mantenham as respostas quando o estudante passa para outras situações). Quando uma resposta é reforçada, sua probabilidade aumenta. Mas esse aumento não é permanente: o responder volta aos níveis anteriores, tão logo o reforço seja suspenso.
Extinção
A operação de suspender o reforço é chamada de extinção; quando o responder retorna a seus níveis prévios como resultado dessa operação, diz-se que foi extinto. Esse retorno do comportamento aos seus níveis anteriores ao reforço demonstra que os efeitos do reforço são temporários.
Controle Aversivo: Punição
As consequências do responder tornam o responder menos provável. Por exemplo: se o comportamento de pressão à barra de um rato produz choque elétrico, o pressionar a barra é considerado punido e o choque é considerado o punidor, porque essa operação reduz o pressionar a barra.
O reforço e a punição são opostos: o primeiro aumenta o responder, enquanto a última diminui, mas seus efeitos continuam enquanto os procedimentos são mantidos e desaparecem depois que eles são interrompidos (o responder retorna aos níveis prévios à introdução da operação de reforço ou de punição).
A ética do controle aversivo
As propriedades comportamentais do controle aversivo têm implicações que são consistentes com os argumentos éticos contra o controle aversivo. Por exemplo, um pai que programa consequências aversivas para o comportamento de uma criança pode adquirir propriedades aversivas. Na medida em que a criança aprender a fugir da companhia do pai ou a evitá-la, contingências outras que não aquelas disponíveis ao pai começarão a influenciar o comportamento da criança.
A ética do controle aversivo
Os efeitos do reforço com frequência, aparecem bastante tempo após a apresentação do reforçador (o efeitos de reforçar diariamente a dedicação da criança às tarefas de casa pode não ficar evidente, até que vários dias tenham-se passado), enquanto que os efeitos da punição geralmente aparecem imediatamente (um efeito de dar uma palmada ou xingar uma criança que esteja provocando alguém de sua família é o que fará com que o provocar pare imediatamente). Dessa forma, é muito mais provável que se obtenha consequências imediatas apresentando uma punição do que um reforço. Isso significa que uma pessoa, provavelmente, acha mais fácil aprender técnicas de controle aversivo do que técnicas de reforço. No entanto isso não significa que as técnicas aversivas sejam melhores.
A ética do controle aversivo
As pessoas que usam punição tornam-se elas mesmas punidores. Outros a temerão, odiarão e se esquivarão delas. Se punirmos outras pessoas, nós também nos tornaremos punidores. Nossa própria presença será punitiva. Se simplesmente nos aproximamos daqueles a quem costumeiramente punimos, colocamos um fim ao que quer que seja que estejam fazendo. Todos os efeitos colaterais que os choques geram, nós também geraremos. “Qualquer um que use choque torna-se um choque”.
Aplicação da teoria
Reflexão: como um profissional deve proceder para promover orientação/educação/aprendizagem em seu ambiente de trabalho?
Referências bibliográficas
CATANIA, A. Charles. As consequências do responder: reforço. In:_____. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artmed, 1999. p.81-107.
CATANIA, A. Charles. As consequências do responder: controle aversivo. In:_____. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artmed, 1999. p.108-128.
SIDMAN, Murray. Tornando-se um choque. In: _____. Coerção e suas implicações. Campinas – SP: Editorial Psy. p. 92-103.

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