Buscar

Modelos Assistenciais em Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO DO 
SUS 
Modelos Assistenciais em Saúde
Livro Eletrônico
2 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
Modelos Assistenciais em Saúde ....................................................................................3
1. Organização da Assistência à Saúde ............................................................................3
2. Os Modelos Historicamente Construídos no Brasil ......................................................3
2.1. Crise e Críticas ao Modelo Hegemônico .................................................................. 10
2.2. Propostas Alternativas .......................................................................................... 11
3. Modelos Assistenciais e o Contexto Atual ................................................................ 14
4. A Vigilância da Saúde no Contexto da Municipalização .............................................. 15
5. Considerações Finais .................................................................................................17
Questões de Concurso .................................................................................................. 19
Gabarito ....................................................................................................................... 21
Gabarito Comentado .....................................................................................................22
Referências bibliográficas ............................................................................................25
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
3 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
MODELOS ASSISTENCIAIS EM SAÚDE
1. OrganizaçãO da assistência à saúde
Modelo de atenção à Saúde ou modelo assistencial é a forma como são organizadas as 
ações e serviços de saúde ofertados à população. Essa organização irá variar de acordo com 
o espaço-tempo, ou seja, deverá acompanhar as mudanças que ocorrem na sociedade.
De acordo com Júnior6, modelo assistencial diz respeito ao modo como são organizadas, 
em uma dada sociedade, as ações de atenção à saúde, envolvendo os aspectos tecnológicos 
e assistenciais. Ou seja, é uma forma de organização e articulação entre os diversos recursos 
físicos, tecnológicos e humanos disponíveis para enfrentar e resolver os problemas de saúde 
de uma coletividade.
Em nível mundial são incontáveis os modelos de atenção à saúde já propostos, desenvol-
vidos e que ainda são utilizados, no Brasil essa realidade não muda, diversos modelos foram 
propostos e adotados, seguindo sempre as mudanças políticas e sociais de cada época.
O tema de qualquer modelo de atenção à saúde, faz referência não a programas, mas ao 
modo de se construir a gestão de processos políticos, organizacionais e de trabalho que es-
tejam comprometidos com a produção dos atos de cuidar do indivíduo, do coletivo, do social, 
dos meios, das coisas e dos lugares. E isto sempre será uma tarefa tecnológica, comprometi-
da com necessidades enquanto valores de uso, enquanto utilidades para indivíduos e grupos. 
(Merhy, 2000 apud JÚNIOR6)
2. Os MOdelOs HistOricaMente cOnstruídOs nO Brasil
No Brasil, podemos relatar diversos modelos de saúde desenvolvidos em diferentes mo-
mentos da história. No início da República, por exemplo, sanitaristas, guardas sanitários e ou-
tros técnicos organizaram campanhas para lutar contra as epidemias que assolavam o Brasil 
no início do século (febre amarela, varíola e peste). Esse tipo de campanha transformou-se 
em uma política de saúde pública importante para os interesses da economia agroexporta-
dora daquela época e se mantém como modalidade de intervenção até os nossos dias no 
combate às endemias e epidemias. 6
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
A partir da década de 1930, a política de saúde pública estabeleceu formas mais per-
manentes de atuação com a instalação de centros e postos de saúde para atender, de 
modo rotineiro, a determinados problemas. Para isso, foram criados alguns programas, 
como pré-natal, vacinação, puericultura, tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente 
transmissíveis e outros.6
Esses programas eram organizados com base nos saberes tradicionais da biologia e da 
velha epidemiologia que determinavam o “bicho” a ser atacado e o modo de organizar o “ata-
que”, sem levar em conta aspectos sociais ou mesmo a variedade de manifestações do es-
tado de saúde de um ser de acordo com a região e/ou população e, por isso, denominamos 
Programa Vertical6.
De acordo com Paim8, no Brasil, há uma convivência histórica entre dois modelos de aten-
ção à Saúde, que se desenvolve de forma contraditória e complementar. São os modelos mé-
dico hegemônico e o Sanitarista.
O autor supracitado afirma que esses modelos não têm conseguido atender ao princípio 
da integralidade da assistência no País, uma vez que: ou estão voltados para demanda es-
pontânea (no caso do modelo médico hegemônico) ou buscam atender as necessidades que 
nem sempre se expressam em demandas (modelo Sanitarista).
Esquematizando:
Modelos Hegemônicos
Para Paim8, o termo hegemônico diz respeito à capacidade de direção política e cultural 
para obtenção do consenso ativo de segmentos da população. Sendo assim, o modelo médi-
co hegemônico traz as seguintes características:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
Individualismo
Saúde/doença como mercadoria
Ênfase no biologismo
A historicidade da prática médica
Medicalização dos problemas
Privilégio da Medicina Curativa
Estimulo ao consumismo médico
Participação passiva e Subordinada dos consumidores
Adaptado: (Menédez, 1992 apud Paim8)
O conceito de hegemonia pode ser ilustrado analisando a influência política e cultural que 
esse modelo impõe sobre junto aos profissionais de saúde, à população e aos formadores de 
opinião.
Paim8, afirma que o modelo Sanitarista pode ser reconhecido no Brasil também como 
predominante no que se refere às formas de intervenção sobre problemas e necessidades de 
saúde adotadas pela saúde pública convencional.
Características do modelo Sanitarista
Remete à ideia de campanha ou programa
Ilustra a saúde pública centrada no saber biomédico
Forte influência Americana
Tem como principais exemplos: vacinação, controle de epidemias e erradicação de endemias
Desenvolve programas especiais como: controle da tuberculose, saúde da mulher, saúde,mental e muitos 
outros.
Incorpora ações de vigilância sanitária e epidemiológica
Adaptado: Paim8
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
6 de 29www.grancursosonline.com.brNatale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
Esquematizando:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
7 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
Modelo Médico Assistencial Privatista
De acordo com Paim8, representa a versão mais conhecida do modelo médico hegemôni-
co, sendo centrado na clínica, voltado para o atendimento da demanda espontânea e baseado 
em procedimentos e serviços especializados.
O modelo médico assistencial privatista, embora não contemple o conjunto de problemas 
de saúde da população, ainda é o mais prestigiado pela sociedade, profissionais e pelos po-
líticos no Brasil.
Características do Modelo Médico Assistencial Privatista
Demanda aberta
Seu objeto é a doença ou o doente
Seu agente é o médico, de preferência especialista, complementado pelos paramédicos
Os meios de trabalho são as tecnologias médicas
As formas de organização são as redes de serviços, com destaque para hospitais
Fundamentado na Medicina Flexneriana
A medicina Flexneriana foi uma reforma médica ocorrida nos Estados Unidos no início do 
Século XX e tem como principais características:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
No Brasil, o modelo médico assistencial privatista esteve presente na assistência filantró-
pica e na medicina liberal, sendo fortalecida com a expansão da previdência social e consoli-
dada com a capitalização da medicina nas últimas décadas do século XX, através do Instituto 
Nacional da Previdência Social (INAMPS). Contudo, não é um modelo exclusivo do setor pri-
vado, sendo também reproduzido no setor público. Se trata de um modelo predominantemen-
te curativo, com tendência a prejudicar o atendimento integral pouco se comprometendo com 
o impacto sobre os níveis de saúde da população (PAIM8).
Modelo da Atenção Gerenciada
O modelo médico médico-assistencial privatista prevalecia na medicina liberal e empre-
sarial, bem como nos serviços públicos – hospitais, centos de saúde e laboratórios. Com o 
crescimento das cooperativas médicas, medicina de grupos e das operados de planos de 
saúde, nasce então o modelo da atenção gerenciada, passando a coexistir com o modelo até 
então prevalente.
O modelo da atenção gerenciada encontra seus fundamentos na economia (análises de 
custo-benefício e custo – efetividade) e na medicina baseada em evidências – um enfoque 
fundamentado na epidemiologia clínica, informática e bioestatística propiciando a sistemati-
zação e a síntese de informações e conhecimentos científicos – Possibilitando a construção 
do cuidado centrado em distintos autores sociais: financiadores, provedores, consumidores, 
captadores de recursos e administradores (MEHRY, 2000 apud PAIM8).
O modelo de atenção gerenciada mantém algumas características clássicas do modelo 
médico hegemônico, como: a saúde/doença como mercadoria, o biologismo e a subordina-
ção do consumidor.
Enquanto o modelo médico-assistencial privatista estimulava a superprodução de servi-
ços, ações e procedimentos, contribuindo para o aumento dos custos da atenção, o modelo 
da atenção gerenciada tende a apostar na superprodução e no controle mais íntimo do tra-
balho médico, posto que as formas de pré-pagamento assim condicionam. Há nesse modelo, 
uma racionalização dos procedimentos e serviços especializados (PAIM8).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
Esquematizado:
Modelos de Campanhas Sanitárias e Programas Especiais
Consiste em uma combinação tecnológica fundamentada nas disciplinas biológicas (mi-
crobiologia, parasitologia, entomologia, virologia, toxicologia, imunologia, etc.) e na epidemio-
logia. Concentra a atenção em certos agravos e riscos e determinados grupos populacionais, 
deixando de se preocupar com os determinantes mais gerais da situação de saúde.
O modelo exposto expressa uma modalidade assistencial que não enfatiza a inte-
gralidade da atenção nem a descentralização das ações e dos serviços de saúde. Paim8, 
afirma que embora muitas campanhas tenham se transformado em programas espe-
ciais, ainda conservam as características marcantes do modelo sanitarista, quais sejam: 
administração vertical, com coordenadores ou gerentes nacional, estadual e municipal 
(ás vezes distrital, local), cujas decisões, normas e informações atravessam instituições, 
estabelecimentos e serviços de saúde de forma individualizada, fragmentada, desinte-
grada e muitas vezes, autoritária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
Além da atenção fragmentada o modelo de campanha sanitárias e programas especiais, 
são frágeis por serem pulverizados, praticamente existindo um programa para cada doença, 
gerando assim dificuldade no controle de verbas, dificuldade de integração entre unidades 
de serviços e gestão. Além disso, muitas pessoas possuem mais de um problema de saúde 
ao mesmo tempo – possuem diabetes, hipertensão, tuberculose – dentre outros fatores que 
geram intersecções ou superposições entre os programas, ampliando a ineficiência, as difi-
culdades gerenciais e a burocratização das atividades.
Esquematizando:
2.1. crise e críticas aO MOdelO HegeMônicO
De acordo com Junior6, em 1975 definiu-se um Sistema Nacional de Saúde em que as ati-
vidades de saúde pública continuavam desarticuladas da assistência médica individual. Esta 
década foi marcada por evidências dos limites da biomedicina.
Ainda de acordo com autor, uma dessas evidências foi quanto, a pouca efetividade da 
ação da biomedicina no enfrentamento dos problemas de saúde gerados pelo processo ace-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
lerado de urbanização. Esse foi um processo que ocorreu em vários países desenvolvidos 
concomitantemente. Doenças psicossomáticas, neoplasias, violência, doenças crônico-de-
generativas e novas doenças infecciosas desafiavam a abordagem centrada em característi-
cas individuais e biológicas do adoecer.
Para Junior6, o raciocínio clínico categórico, biomédico, de “lesões objetivadas”, teve de 
enfrentar indivíduos com sintomas difusos e descontextualizados, levando os profissionais 
de saúde a lançar mão frequentemente, e sem crítica, de instrumentos e exames cadavez 
mais complexos e caros para diagnosticar doenças, em detrimento do cuidado aos doentes. 
Foi, portanto, vertiginosa a escalada dos custos dos Sistemas de Saúde, evidenciando, mais 
uma vez, os limites da biomedicina. Se compararmos as ações de atenção médica com ações 
em outros setores (saneamento, educação, emprego), veremos que os resultados obtidos 
pela segunda, no que diz respeito ao aumento da expectativa de vida, é superior, com melhor 
relação custo/benefício.
2.2. PrOPOstas alternativas
De acordo com Junior6, no contexto dos anos 70, estabeleceu-se, internacionalmente, 
um debate sobre modelos de assistência que levassem em conta as questões anteriormente 
mencionadas. Prevaleceram as propostas que enfatizavam a racionalização do uso das tec-
nologias na atenção médica e o gerenciamento eficiente. A mais difundida foi a de atenção 
primária à saúde ou medicina comunitária.
Desde o início, porém, essa proposta foi alvo de uma polarização de debates. Havia os 
que destacavam os aspectos de simplificação e racionalização, caracterizando a medicina 
comunitária como “medicina pobre para os pobres”, e havia aqueles que viam a proposta 
como uma estratégia racionalizadora, importando-se com o acesso de toda a população aos 
reais avanços tecnológicos na saúde. No Brasil, no final da década de 1970, essa proposta foi 
encarada por grupos de oposição ao governo militar como estratégia para redemocratizar a 
política e levar assistência à saúde à população em geral.6
A partir da década de 1980, várias experiências de governo originaram correntes tecnopo-
líticas que contribuíram sobremaneira na avaliação do que vinha sendo feito e na sugestão de 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
elementos importantes na organização de modelos assistenciais coerentes com as escolhas 
técnicas, éticas e políticas daqueles que queriam a universalização da saúde.6
Para Paim9, na busca por alternativas aos modelos assistenciais existentes, tem sido va-
lorizada propostas como oferta organizada, distritalização, ações programáticas de saúde, 
vigilância da Saúde, estratégia de saúde da família, acolhimento e mais recentemente, linhas 
de cuidados, projetos assistenciais e equipes matriciais e de referência.
Ainda de acordo com o autor supracitado, a maioria dessas propostas tenta conciliar o 
atendimento às demandas e às necessidades na perspectiva da integralidade da atenção. En-
quanto algumas valorizam a efetividade e a qualidade técnica, outras priorizam a satisfação 
das pessoas e a humanização dos serviços.
Oferta Organizada
A oferta organizada busca redefinir as características da demanda, isto é, contemplando 
as necessidades epidemiologicamente identificadas e mantendo relações funcionais e pro-
gramáticas com a demanda espontânea no interior da unidade de saúde. Nessa proposta, 
nos serviços comprometidos com as necessidades de saúde, os principais problemas seriam 
identificados na análise da situação mediante estudos epidemiológicos que orientariam a 
oferta organizada ou programada no nível local. Nesse cenário, a obtenção do melhor impacto 
na solução do problema seria conseguida através de uma combinação de recursos e tecnolo-
gias capazes de garantir alto grau de efetividade.8
De acordo com Paim, uma unidade local de saúde, ao se orientar pela oferta organizada, 
estaria preocupada em atender indivíduos, famílias e comunidades que constituem deman-
da espontânea por consulta, pronto-atendimento, urgência/emergência, e ao mesmo tempo, 
estaria voltada para a execução de ações sobre o ambiente, o indivíduo e os grupos popu-
lacionais, visando o controle de agravos, doenças e riscos, bem como ao atendimento das 
necessidades da comunidade.8
Distritalização
De acordo com Paim8, a proposta de distritalização, procurava organizar serviços e 
estabelecimentos numa rede estruturada com mecanismos de comunicação e integra-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
ção desenvolvendo, ao mesmo tempo, um modelo de atenção de base epidemiológica.
Nesse sentido, doze princípios organizativos-assistenciais fundamentavam a organiza-
ção dos distritos sanitários:
Impacto
Orientação por problemas
Intersetorialidade
Planejamento e Programação Local
Autoridade Sanitária e Local
Coresponsabilidade
Hierarquização
Intercomplementaridade
Integralidade
Adscrição
Heterogeneidade
Realidade
Segundo Paim8, embora possam ser identificadas semelhanças entre os distritos sani-
tários e os sistemas locais de saúde, a proposta de distritalização diferencia-se por privile-
giar a integralidade e implicar mudança do modelo de atenção a partir da reorganização das 
práticas de saúde na sua articulação com as demais práticas sociais nas suas dimensões 
econômica, política e ideológica.9
Ações Programáticas de Saúde
De acordo com Paim8, esta proposta foi construída a partir da redefinição de programas 
especiais de saúde, recompondo as práticas de saúde no nível local, através do trabalho prag-
mático.Aproxima-se da oferta organizada, concentrando suas ações no interior das unidades.
Vigilância da Saúde
A vigilância da Saúde enfatiza as seguintes noções básicas: problemas de saúde, respos-
tas sociais, correspondência entre níveis de determinação e níveis de intervenção (controle de 
causas, de riscos e danos), práticas sanitárias (promoção, proteção e assistência). Apoian-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
do-se na ação intersetorial e procura reorganizar as práticas de saúde no nível local com as 
seguintes características:
Intervenção sobre os problemas de saúde (danos, riscos e/ou determinantes)
Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos
Utilização do conceito epidemiológico de risco
Articulação entre as ações promocionais, preventivas e curativas
Atuação intersetorial
Ações sobre território
Intervenção sob forma de operação
Estratégia de Saúde da Família
O PSF (Programa de Saúde da Família), formulado anteriormente como parte do modelo 
Sanitarista de campanhas, foi reformulado para uma mudança de modelo assistencial.
De acordo com Paim8, a perspectiva de se constituir, efetivamente, como estratégia para 
a reorientação da atenção básica (articulação das ações de educação sanitária, vigilância 
epidemiológica e sanitária, assistência a grupos populacionais prioritários e a reorganização 
da atenção à demanda espontânea) tem permitido a sua inclusão entre as propostas alterna-
tivas.
3. MOdelOs assistenciais e O cOntextO atual
O processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo marcado pela 
elaboração e implementação de instrumentos legais e normativos, cujo propósito central é a 
racionalização das formas de financiamento e gestão dos sistemas estaduais e municipais 
de saúde, fundamentados em uma proposta de ampliação da autonomia política dosmunicí-
pios, enquanto base da estrutura político-administrativa do Estado.9
O debate do macropolítico no setor saúde, portanto, não tem privilegiado a questão dos 
modelos assistenciais, isto é, das formas de organização tecnológica do processo de pres-
tação de serviços de saúde. O Sistema de saúde brasileiro é hoje, assim, palco da disputa 
entre modelos assistenciais diversos, com a tendência de reprodução conflitiva dos modelos 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
hegemônicos, ou seja, o modelo médico assistencial privatista (ênfase na assistência médi-
co-hospitalar e nos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico) e o modelo assistencial sa-
nitarista (campanhas, programas especiais e ações de vigilância epidemiológica e sanitária), 
ao lado dos esforços de construção de modelos alternativos.9
A crise do financiamento do modelo de saúde centrado na doença exige o estabelecimen-
to de novas estratégias que recuperem o paradigma da saúde centrado na qualidade de vida 
e desenvolvimento global das comunidades com participação dos cidadãos. (...) é possível 
vislumbrar metas comuns que valorizem a importância das ações intersetoriais e de promo-
ção da saúde ao mesmo tempo que seguir buscando formas autônomas e criativas para a 
atenção integral à saúde. (...) O exemplo brasileiro neste campo demonstra que é possível 
a construção de um novo paradigma em saúde em nível municipal a partir de um processo 
integrado, participativo e criativo que dependa fundamentalmente da decisão política das au-
toridades locais.9
4. a vigilância da saúde nO cOntextO da MuniciPalizaçãO
Podemos afirmar que o modelo assistencial de vigilância da 
saúde é o preconizado, atualmente, pelo ministério da saúde.
O processo de municipalização, na medida em que venha a significar uma efetiva redefini-
ção de funções e competências entre os níveis de governo do SUS, implica a constituição de 
sistemas municipais de saúde, nos quais se pode identificar o modelo de gestão e de atenção 
à saúde ou modelo assistencial. Antes do SUS e especificamente antes da implementação 
da NOB 001/93, não se poderia considerar que os municípios brasileiros tivessem sistemas 
municipais. Os municípios tinham serviços de saúde municipais, porém não tinham capaci-
dade de gestão do conjunto das instituições e unidades de prestação de serviços de saúde 
localizadas em seus territórios.9
O que importa ressaltar é que, nesse contexto, o município tem condições de articular o 
conjunto das propostas, programas e estratégias que vêm sendo definidas no nível federal e 
em vários estados para desencadear, em seu âmbito, um processo de reorientação do modelo 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
assistencial do SUS que não signifique a mera reprodução do modelo médico-assistencial 
privatista, subordinando o modelo sanitarista, ou seja, a chamada inampização do SUS9.
A Vigilância da Saúde apresenta algumas vertentes, que poderiam ser sintetizadas 
como segue8:
Vigilância 
da Saúde
Equivalendo a Análise de Situações de Saúde. Ainda que ampliando e redefinindo o objeto 
de análise - situações de saúde de grupos populacionais definidos em função de suas con-
dições de vida, esta acepção restringe o alcance da proposta ao monitoramento da situação 
de saúde, não incorporando as ações voltadas ao enfrentamento dos problemas
Vigilância 
da Saúde
Como proposta de integração institucional entre a Vigilância epidemiológica e a Vigilância 
sanitária, inicialmente no âmbito do processo de descentralização das ações para os órgãos 
estaduais (SES) e, atualmente, inserindo-se no processo de municipalização.
Vigilância 
da Saúde
Como uma proposta de redefinição das práticas sanitárias, havendo duas concepções, que, 
embora não sejam divergentes, enfatizam aspectos distintos: uma, que privilegia a dimen-
são técnica, ao conceber a vigilância à saúde enquanto um modelo assistencial alternativo 
conformado por um conjunto de práticas sanitárias que encerram combinações tecnoló-
gicas distintas, destinadas a controlar determinantes, riscos e danos; outra que privilegia 
a dimensão gerencial da noção de vigilância à saúde, caracterizando-a como uma prática 
que organiza processos de trabalho em saúde sob a forma de operações, para confrontar 
problemas de enfrentamento contínuo, num território delimitado (...) através de operações 
montadas sobre os problemas em seus diferentes períodos do processo saúde-doença.
Comparando esta concepção de Vigilância da Saúde com os modelos assistenciais vi-
gentes (médico-assistencial e sanitarista, hegemônicos) constatam-se as diferenças com 
relação aos sujeitos, objeto, métodos e forma de organização dos processos de trabalho en-
quanto o modelo medico assistencial privilegia o médico, tomando como objeto a doença, em 
sua expressão individualizada e utiliza como meios de trabalho os conhecimentos e tecnolo-
gias que permitem o diagnóstico e a terapêutica das diversas patologias.8
O modelo sanitarista tem como sujeitos os sanitaristas, cujo trabalho toma por objeto os 
modos de transmissão e fatores de risco das diversas doenças em uma perspectiva epide-
miológica, utilizando um conjunto de meios que compõem a tecnologia sanitária (educação 
em saúde, saneamento, controle de vetores, imunização, etc.)8
A Vigilância da Saúde, todavia, propõe a incorporação de novos sujeitos, extrapolando o 
conjunto de profissionais e trabalhadores de saúde ao envolver a população organizada, o 
que corresponde à ampliação do objeto, que abarca, além das determinações clínico epide-
miológicas no âmbito individual e coletivo, as determinações sociais que afetam os distintos 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
grupos populacionais em função de suas condições de vida. Nessa perspectiva, a interven-
ção também extrapola o uso dos conhecimentos e tecnologias médico-sanitárias e inclui 
tecnologias de comunicação social que estimulam a mobilização, organização e atuação dos 
diversos grupos na promoção e na defesa das condições de vida e saúde.
Fonte: http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=S0104-16731998000200002&script=s-
ci_arttext
A Vigilância da Saúde corresponderia, assim, a um modelo assistencial que incorpora e 
supera os modelos vigentes, implicando a redefinição do objeto, dos meios de trabalho, das 
atividades, das relações técnicas e sociais, bem como das organizações de saúde e da cultura 
sanitária. Nessa perspectiva, aponta na direção da superação da dicotomia entre as chama-
das práticas coletivas (vigilância epidemiológica e sanitária) e as práticas individuais (assis-
tência ambulatorial e hospitalar) através da incorporação das contribuições da nova geogra-
fia, do planejamento urbano, da epidemiologia, da administração estratégica e das ciências 
sociais em saúde, tendo como suporte político-institucional o processode descentralização 
e de reorganização dos serviços e das práticas de saúde ao nível local.8
5. cOnsiderações Finais
A opção por determinado modelo de atenção não está isenta de finalidades e valores, ex-
plícitos ou implícitos. Um mesmo rótulo ou proposta pode expressar-se, concretamente, em 
práticas distintas. De um modo ou de outro, tal proposta será aquilo que, em cada situação 
concreta, os sujeitos sociais, submetidos a determinadas relações econômicas, políticas e 
ideológicas, conseguirem imprimir da marca dos seus projetos.
O essencial, nos parece, todavia, é que a adoção da perspectiva da Vigilância da Saú-
de, enquanto eixo da reorientação do modelo assistencial do SUS, aponta caminhos para 
a superação da crise do sistema de saúde que levam em conta a realidade de cada mu-
nicípio, tanto do ponto de vista político e cultural, quanto do ponto de vista social, epide-
miológico e sanitário.
Planejar e programar o desenvolvimento da Vigilância da Saúde em um território especí-
fico exige um conhecimento detalhado das condições de vida e trabalho das pessoas que aí 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=S0104-16731998000200002&script=sci_arttext
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=S0104-16731998000200002&script=sci_arttext
18 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
residem, bem como das formas de organização e de atuação dos diversos órgãos governa-
mentais e não governamentais, para que se possa ter visão estratégica, isto é, clareza sobre 
o que é necessário e possível de ser feito.
Importante salientar que a existência de um modelo de atenção à saúde não significa que 
o anterior deixa de vigorar, os modelos coexistem de contradição ou harmonia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
19 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
QUESTÕES DE CONCURSO
QuestãO 1 (SES/GO- FUNCAB/2010) Após a Reforma Sanitária, diversas mudanças nos 
modelos de enfrentamento de problemas de saúde no Brasil vêm ocorrendo. O modelo “sa-
nitarista”, correspondente à Saúde Pública institucionalizada no país no século passado, tem 
como característica:
a) abranger aspectos biopsicossociais.
b) contemplar a integralidade da atenção à saúde.
c) apresentar cunho predominantemente curativo.
d) ser universal e estar voltado para o atendimento da “demanda espontânea”.
e) estar baseado na realização de campanhas e em programas especiais.
QuestãO 2 (IF-PA/IF-PA/2015) Em relação aos Modelos de Atenção à Saúde no Brasil, o 
debate pouco têm privilegiado a questão dos modelos assistenciais, ou seja, das formas de 
organização tecnológica do processo de prestação de serviços de saúde. O sistema de saúde 
brasileiro é espaço de disputa entre modelos assistenciais diversos, bem como Modelo Médi-
co Hegemônico que apresenta aspectos como:
I – Individualismo.
II – Saúde / Doença como mercadoria.
III – Ênfase no biologismo.
IV – Historicidade da prática médica
V – Medicalização dos Problemas
a) Todas as assertivas estão corretas.
b) apenas a assertiva IV estão correta.
c) apenas a assertiva III a estão correta.
d) apenas as assertivas I e II estão correta.
e) apenas assertiva V estão correta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
20 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
QuestãO 3 (FUNDAÇÃO SAÚDE/BIO-RIO/2014) Modelos de atenção representam tecnolo-
gias estruturadas em função dos problemas de saúde. Eles não são normas, mas formas de 
articulação das relações entre sujeitos (trabalhadores de saúde e usuários) mediadas por tec-
nologias (materiais e não-materiais) utilizadas no processo de trabalho em saúde. Podemos 
citar as seguintes características do modelo atual de saúde, EXCETO:
a) é baseado na atenção médica (médico-centrado).
b) é centrado na produção de procedimentos.
c) tem ênfase no indivíduo doente, isolando-o de seu contexto social.
d) fragmenta o cuidado em saúde (especialidades).
e) apresenta atuação articulada, integrada e cuidadora.
QuestãO 4 (FCM-UPE/UPENET/2010) Em relação aos modelos assistenciais na saúde, as-
sinale a assertiva CORRETA.
a) O modelo sanitarista tem como objeto os modos de transmissão e os fatores de risco de 
doenças ou agravos.
b) O modelo de Vigilância à Saúde referência seu processo de trabalho na tecnologia médica, 
centrada no indivíduo.
c) O sujeito do modelo médico-assistencial privatista é a equipe de saúde e a população.
d) as tecnologias de comunicação social, planejamento e programação local situacional e 
tecnologias médico-sanitárias são os meios de trabalho utilizados pelo modelo sanitarista.
e) As campanhas e os programas especiais de controle de alguns agravos surgiram no século 
XX e caracterizam o modelo de Vigilância à Saúde.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
21 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
GABARITO
1. e
2. a
3. e
4. a
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
GABARITO COMENTADO
QuestãO 1 (SES/GO- FUNCAB/2010) Após a Reforma Sanitária, diversas mudanças nos 
modelos de enfrentamento de problemas de saúde no Brasil vêm ocorrendo. O modelo “sa-
nitarista”, correspondente à Saúde Pública institucionalizada no país no século passado, tem 
como característica:
a) abranger aspectos biopsicossociais.
b) contemplar a integralidade da atenção à saúde.
c) apresentar cunho predominantemente curativo.
d) ser universal e estar voltado para o atendimento da “demanda espontânea”.
e) estar baseado na realização de campanhas e em programas especiais.
Letra e.
Dica do autor: para responder à questão o candidato deve conhecer as principais característi-
cas do modelo assistencial sanitarista.
a) Incorreta. No modelo sanitarista apenas a doença em si era considerada.
b) Incorreta. No modelo Sanitarista, as ações eram direcionadas para o controle ou erradica-
ção de um determinado problema de saúde, sem contemplar a integralidade da assistência.
c) Incorreta. Apesar de não contemplar a integralidade da assistência, o modelo sanitarista 
assume uma vertente preventiva quando falamos em imunização, por exemplo.
d) Incorreta. O modelo Sanitarista nem sempre se expressam em demanda.
e) Correta.A alternativa está de acordo com as principais características do modelo sanitaris-
ta.
QuestãO 2 (IF-PA/IF-PA/2015)Em relação aos Modelos de Atenção à Saúde no Brasil, o 
debate pouco têm privilegiado a questão dos modelos assistenciais, ou seja, das formas de 
organização tecnológica do processo de prestação de serviços de saúde. O sistema de saúde 
brasileiro é espaço de disputa entre modelos assistenciais diversos, bem como Modelo Médi-
co Hegemônico que apresenta aspectos como:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
I – Individualismo.
II – Saúde / Doença como mercadoria.
III – Ênfase no biologismo.
IV – Historicidade da prática médica
V – Medicalização dos Problemas
a) Todas as assertivas estão corretas.
b) apenas a assertiva IV estão correta.
c) apenas a assertiva III a estão correta.
d) apenas as assertivas I e II estão correta.
e) apenas assertiva V estão correta.
Letra a.
Assertivas I, II, III, IV e V. são verdadeiras e estão de acordo com as principais características 
do modelo médico hegemônico.
QuestãO 3 (FUNDAÇÃO SAÚDE/BIO-RIO/2014) Modelos de atenção representam tecnolo-
gias estruturadas em função dos problemas de saúde. Eles não são normas, mas formas de 
articulação das relações entre sujeitos (trabalhadores de saúde e usuários) mediadas por tec-
nologias (materiais e não-materiais) utilizadas no processo de trabalho em saúde. Podemos 
citar as seguintes características do modelo atual de saúde, EXCETO:
a) é baseado na atenção médica (médico-centrado).
b) é centrado na produção de procedimentos.
c) tem ênfase no indivíduo doente, isolando-o de seu contexto social.
d) fragmenta o cuidado em saúde (especialidades).
e) apresenta atuação articulada, integrada e cuidadora.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
Letra e.
a) Correta. É uma das características do modelo atual, médico-privatista.
b) Correta. Também característico do modelo atual.
c) Correta. Não há uma preocupação com a integralidade da assistência no modelo predomi-
nante atualmente.
d) Correta. No modelo médico-privatista, a assistência à saúde é fragamentada.
e) Incorreta. Apesar de ser o preconizado pelo Ministério da Saúde, não é o modelo que vigora 
com amplitude no país.
QuestãO 4 (FCM-UPE/UPENET/2010) Em relação aos modelos assistenciais na saúde, as-
sinale a assertiva CORRETA.
a) O modelo sanitarista tem como objeto os modos de transmissão e os fatores de risco de 
doenças ou agravos.
b) O modelo de Vigilância à Saúde referência seu processo de trabalho na tecnologia médica, 
centrada no indivíduo.
c) O sujeito do modelo médico-assistencial privatista é a equipe de saúde e a população.
d) as tecnologias de comunicação social, planejamento e programação local situacional e tec-
nologias médico-sanitárias são os meios de trabalho utilizados pelo modelo sanitarista.
e) As campanhas e os programas especiais de controle de alguns agravos surgiram no século 
XX e caracterizam o modelo de Vigilância à Saúde.
Letra a.
a) Correta. O modelo Sanitarista, concentra a atenção em certos agravos e riscos e determi-
nados grupos populacionais, deixando de se preocupar com os determinantes mais gerais da 
situação de saúde.
b) Incorreta. O modelo de vigilância à Saúde se preocupa em alcançar a integralidade da assis-
tência, considerando além do indivíduo, seus determinantes e condicionantes.
c) Incorreta. No modelo mencionado o sujeito é o médico, de preferência especialista, comple-
mentado pelos paramédicos.
d) Incorreta.No modelo médico-privatista os meios de trabalho são as tecnologias médicas.
e) Incorreta. As campanhas e programas especiais caracterizam o modelo sanitarista.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro. In. Rouquaryol, Maria Zélia. Epidemiologia & saúde. Rio de 
Janeiro, MEDSI,7 ed, 2013. p.473-79,
CAMPOS, G. W. S. A clínica do sujeito: por uma clínica reformulada e ampliada. In: CAMPOS, 
G. W. S. (Org.) Saúde Paidéia. São Paulo: Hucitec, 2003.
CAMPOS, G. W. S. Reforma de Reforma: repensando a saúde. São Paulo: Hucitec, 1992.
CAMPOS, Marco Antônio Lopes e FERREIRA, Cristiani Terezia Martins.EVOLUÇÃO HISTÓRI-
CA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL. Disponível em: https://www.google.
com.br/search?q=CAMPOS%2C+Marco+Antonio+Lopes+e+FERREIRA%2C+Cristiani+Tere-
zia+Martins.+EVOLUÇÃO+HISTÓRICA+DAS+POLÍTICAS+PÚBLICAS+DE+SAÚDE+NO&oq=-
CAMPOS%2C. Acesso em: 07/05/2014
CECILIO, L. C. O. Modelos tecnicoassistenciais em saúde: da pirâmide ao círculo, uma possi-
bilidade a ser explorada. Cadernos de Saúde Pública, 13(3): 469-478, jul.-set., 1997.
JÚNIOR, A.G.S. Modelos Assistenciais em Saúde: desafios e perspectivas. Disponível em: 
http://www2.ghc.com.br/GepNet/docsris/rismaterialdidatico63.pdf
Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes. Brasília: Orga-
nização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.
Paim, Jairnilson Silva. In. Rouquaryol, Maria Zélia. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro, 
MEDSI, 1993. p.455-66,
TEIXEIRA, C. F. SUS, MODELOS ASSISTENCIAIS E VIGILÂNCIA DA SAÚDE. 1998. Disponível em: 
http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/iesus/v7n2/v7n2a02.pdf
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/iesus/v7n2/v7n2a02.pdf
26 de 29www.grancursosonline.com.br
Natale Souza
Modelos Assistenciais em Saúde
LEGISLAÇÃO DO SUS
Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada 
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela 
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora 
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em 
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação 
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 29www.grancursosonline.com.br
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br28 de 29www.grancursosonline.com.br
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Meireles - 03464205126, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
	Modelos Assistenciais em Saúde
	1. Organização da Assistência à Saúde
	2. Os Modelos Historicamente Construídos no Brasil
	2.1. Crise e Críticas ao Modelo Hegemônico
	2.2. Propostas Alternativas
	3. Modelos Assistenciais e o Contexto Atual
	4. A Vigilância da Saúde no Contexto da Municipalização
	5. Considerações Finais
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Referências bibliográficas
	AVALIAR 5: 
	Página 29:

Continue navegando