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Antibióticos inibidores de parede celular

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ANTIBIÓTICOS
INIBIDORES DA SÍNTESE 
DE PAREDE 
• Compreender o uso clínico 
dos principais antibióticos, 
baseado nos diferentes 
mecanismos de ação e 
empregabilidade clínica
• Compreender a 
farmacodinâmica, 
farmacocinética, bem como 
efeitos colaterais e 
interações medicamentosas 
destes fármacos
• Quais as principais classes de 
fármacos inibidores da síntese 
de parede? Exemplifique com os 
respectivos fármacos.
• Explique a vantagem da 
associação entre amoxicilina e 
clavulanato.
• Quais as principais diferenças 
entre cefalosporinas de primeira 
e quarta geração?
• Quais os principais efeitos 
colaterais associados ao uso de 
vancomicina, e quais cuidados 
se deve ter durante seu uso?
OBJETIVOS QUESTÕES NORTEADORAS
Bibliografias recomendadas
Capítulo 20 – Princípios gerais 
no uso de antibacterianos 
Capítulos 50 e 51 – Princípios 
básicos da quimioterapia 
antimicrobiana e Fármacos 
antibacterianos
BACTÉRIAS
Bactérias de importância clínica
N. meningitidis
C. botulium; C. difficile
Bactérias de importância clínica
Antibióticos - Histórico
Dogmak sintetizou o Prontosil 
(pró-fármaco) metabolizado 
em sulfanilamida
1928
Alexander Fleming e a 
penicilina: Ação inibitória do 
Penicillium notatum 
1941
Uso da penicilina em 
humanos.
 1945-1960
A era dos antibióticos 
-“Golden age”
Cart.
Florey, Chain e col. 
demonstraram que a Penicilina 
não era tóxica.
1940
Paul Ehrlich – 
“salvarsan” Arsênico 
na Sífilis
1909 1936
 Sec. XXI
• BACTERICIDAS: Agem matando os microrganismos
• BACTERIOSTÁTICOS: Agem inibindo o crescimento dos 
microrganismos.
Tipos de Antibióticos
▪ Atividade concentração dependente – quanto > [ ] 
plasmática > taxa de erradicação. Ex. aminoglicosídeos, 
fluorquinolonas.
▪ Atividade tempo dependente – quanto + tempo a [ ] 
plasmática fica acima da concentração inibitória mínima, + 
eficaz é o fármaco. Ex. beta-lactâmicos, macrolídeos e 
glicopeptídeos
BACTERICIDAS BACTERIOSTÁTICOS
Reduzem o número de microrganismos 
viáveis: erradicação da infecção depende 
menos do hospedeiro; 
Ex. Beta-lactâmicos
Impedem o crescimento dos 
microrganismos: depende mais do 
hospedeiro sua erradicação;
Ex. Tetraciclinas
Tratamento mais rápido; Tratamento mais lento;
”Efeito pós-antibiótico”; ex: penicilina 
liga-se irreversivelmente à enzima ligadora 
de penicilina.
Necessária manutenção de concentrações 
inibitórias durante todo o tratamento
De escolha nas infecções graves
Tipos de Antibióticos
Conceitos sobre terapia com antibióticos
- Tratamento empírico – uso inicial baseado nos 
agentes mais prevalentes sem ainda 
identificação. Diminuir assim que possível 
- Tratamento específico – após identificação do 
agente ou quando a manifestação clínica é 
característica do microrganismo
- Profilaxia – pode causar resistência ou 
diminuir suscetibilidade. Usado em cirurgias 
contaminadas (colorretal, apendicectomia), 
cirurgias eletivas como cardíaca, torácica, 
vascular, neurológica, odontológica. Mais usados 
cefazolina e amoxicilina
- Espectro estreito – Atuam somente em um 
grupo único ou limitado. Ex. isoniazida em 
Mycobacterium tuberculosis 
- Espectro estendido - eficazes contra 
Gram-positivos e um grande número de 
Gram-negativos. Ex. ampicilina, amoxicilina 
- Amplo espectro – Atuam sobre uma 
variedade muito grande de espécies, mas 
podem alterar a microbiota e causar 
superinfecções (Clostridium difficile). Ex. 
tetraciclinas, fluorquinolonas, 
carbapenêmicos 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (Nairóbi, Quênia, 1985), 
entende-se que há uso racional de medicamentos quando pacientes recebem 
medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas 
às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo 
para si e para a comunidade
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Microorganismos recorrentes x localização
Bactericida ou bacteriostático
Espectro bacteriano: preferência por espectro estreito 
(menor efeito na microbiota)
Esquema posológico
Via de administração
Idade
ESCOLHA DOS ANTIMICROBIANOS
CIM = concentração inibitória mínima CBM = concentração bactericida mínima
Mecanismos de resistência bacteriana
1. Intrínseca – naturalmente resistentes. Ex Mycoplasma à beta-lactâmicos
2. Adquirida – desenvolvimento de mecanismos frente a exposição contínua 
Alteração das proteínas 
ligadoras de penicilina 
gerou resistência aos 
beta-lactâmicos
Alteração nas porinas
Espessamento da parede celular 
= resistência a β-lactâmicos
Proteínas que 
promovem efluxo 
do fármaco = 
tetraciclinas
β-lactamase
Amento da 
produção de 
PABA = 
sulfonamidas
Revista Fapesp
https://agencia.fapesp.br/estudo-elucida-mecanismo-que-torna-as-bacterias-mais-resistentes-a-antibioticos/23327/
Classificação e mecanismo de ação dos 
antibióticos
https://www.youtube.com/
watch?v=Cj9UADDIidI 
https://www.youtube.com/watch?v=Cj9UADDIidI
https://www.youtube.com/watch?v=Cj9UADDIidI
CLASSIFICAÇÃO CLASSES
Inibidores da parede 
celular
1. Betalactâmicos 
a. Penicilinas – penicilina, amoxicilina
b. Cefalosporinas – cefalexina, ceftriaxona
c. Carbapenêmicos - imipenem, ertapenem
d. Monobactâmicos - aztreonam
2. Glicopeptídeos – vancomicina e teicoplanina
3. Outros - Fosfomicina, Bacitracina, Nitrofurantoína
Inibidores de membrana Polimixinas, daptomicina
Inibidores metabólicos 1. Sulfonamidas - sulfametoxazol
2. Trimetoprima 
Inibidores de ácidos 
nucléicos
1. Fluorquinolonas – ciprofloxacino, levofloxacino, moxifloxacino
2. Rifamicinas – rifampicina
Inibidores da síntese 
protéica
1. Macrolídeos (50S) – azitromicina, claritromicina, eritromicina
2. Aminoglicosídeos (30S) – gentamicina, estreptomicina, amicacina
3. Tetraciclinas (30S) – Tetraciclina, doxiciclina
4. Anfenicóis (50S) – cloranfenicol
5. Lincosamidas (50S) – clindamicina, lincomicina
6. Oxazolidinonas – Linezolida 
INIBIDORES DE 
PAREDE CELULAR
INIBIDORES DE 
PAREDE CELULAR
BETALACTÂMICOS
 
 
Anel betalactâmico pode 
ser clivado por 
lactamases, como a 
penicilinase do S. 
aureus
INIBIDORES DE PAREDE - 
BETALACTÂMICOS
http://www3.icb.usp.br/bmm/mariojac/arquivos/imagens/estrutura%20dos%20antibiticos.jpg
Inibem a síntese da parede celular via inibição das proteínas de ligação de 
penicilina (PBP) entre os polímeros de peptideoglicano (mureína)
RESULTADO: Bactéria com parede defeituosa sofre lise osmótica = efeito bactericida 
(Não associar com bacteriostáticos)
https://www.youtube.com/watch?v=8KlXDMo3WXM 
https://www.youtube.com/watch?v=Pm_bOH48tXE 
𝛃-lactâmicos
INIBIDORES DE PAREDE - 
BETALACTÂMICOS
Possuem toxicidade seletiva máxima
(mamíferos não possuem parede celular);
https://www.youtube.com/watch?v=8KlXDMo3WXM
https://www.youtube.com/watch?v=Pm_bOH48tXE
PENICILINAS 
Classificação das penicilinas (Guia de Antibioticoterapia-Medcel)
Penicilinas naturais ou Benzilpenicilinas (obtidas por fermentação do Penicillium chrysogenum.)
Penicilina G cristalina IV, IM Instáveis em meio ácido = uso parenteral
Espectro melhor para (G+)
Suscetíveis às penicilinases Penicilina G procaína IM
Penicilina G benzatina IM
Penicilina V VO Espectro inferior a penicilina G, mais resistente às 
penicilinases
Aminopenicilinas
Ampicilina VO (jejum), IM, IV Espectro ampliado (por cobrir Gram-negativos)
Associadas com inibidores da betalactamase 
Amoxicilina VO
Penicilinas resistentes à penicilinases (contra S. aureus)
Oxacilina IV MSSA ou ORSA (Staphylococcus aureus meticilina ou 
oxacilina sensíveis)
Meticilina IV
Penicilinas de amplo espectro (contra Pseudomonas)
Piperacilina, ticarcilina IV Infecções graves do trato geniturinário, respiratório, ósseo, 
tecido conjuntivo
BETALACTÂMICOS - PENICILINAS 
Antibióticos e quimioterápicos para o clínico/Walter Tavares. 3. Ed, 2014.
Usos:
- Pneumonia e meningite (crianças) 
por S. pneumoniae sensível à 
penicilina
- Meningite por Neisseria 
meningitidis (crianças)
- Faringite, endocardite 
(penicilina+estreptomicina)- Infecções de tecidos moles por 
estreptococos (erisipela, celulite)
- Sífilis
BENZILPENICILINAS 
• Para gestantes com alergia à penicilina: dessensibilização e tratamento com penicilina 
benzatina. Na impossibilidade de realizar a dessensibilização: ceftriaxona.
• Usadas também para tratar sífilis congênita
USO DAS PENICILINAS NA SÍFILIS
AMINOPENICILINAS 
Espectro de ação
- S. pneumoniae, pyogenes, 
viridians
- Haemophilus influenzae
- Alguma atividade contra 
Proteus, E. coli
Usos:
- PAC, ambulatorial e pacientes 
previamente hígidos
- Sinusite, faringite, otite
- ITU principalmente Enterococcus 
faecalis
RESISTÊNCIA RELACIONADA COM A PRODUÇÃO DE 
BETALACTAMASE/PENICINILASE:
Associar a inibidores irreversíveis da betalactamase:
Ácido clavulânico (clavulanato). Ex Amoxicilina + clavulanato; 
Ticarcilina + clavulanato
Sulbactam. Ex Ampicilina + sulbactam
Tazobactam. Ex Piperacilina + tazobactam
Avibactam. Ex Ceftazidima + avibactam
𝛃-lactamase
AMINOPENICILINAS 
PENICILINAS RESISTENTES À PENICILINASE 
Espectro de ação
- Atividade excelente contra S. aureus 
sensíveis a meticilina/oxacilina (MSSA/OSSA)
- Atividade satisfatória contra estreptococos
Usos:
- Infecções de pele e tecidos moles (furúnculo, 
abscesso, celulite)
 - Endocardite e osteomielite. 
- Gastrenterite, síndrome da pele escaldada e 
síndrome do choque tóxico.
Existem várias cepas de Staphylococcus aureus resistentes a essas penicilinas:
MRSA – Resistentes à meticilina ou ORSA – Resistentes à oxacilina
Em alguns hospitais ultrapassam 50 % dos isolados de Staphylococcus. 
Resistência – síntese de receptores que não tem afinidade aos beta-lactâmicos 
Para tratar MRSA/ORSA são usados glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina), a 
linezolida e a tigeciclina. 2002 nos EUA foram identificadas S. aureus com elevada 
resistência à vancomicina (VRSA) ou à teicoplanina (GRSA)
• Infecções ósseas e articulares (p. ex., por S. aureus) - oxacilina
• Infecções da pele e dos tecidos moles (p. ex., por S. pyogenes ou 
S. aureus) - oxacilina
• Faringite (S. pyogenes) e otite média (S. pyogenes , H. influenzae): amoxicilina; 
• Bronquite e pneumonia (S. pneumoniae): amoxicilina ou ampicilina; 
• Endocardite (por S. viridans ou Enterococcus faecalis): benzilpenicilina combinada 
com um aminoglicosídeo (penicilina+estreptomicina); 
• Infecções por Pseudomonas aeruginosa: ticarcilina, piperacilina, betalactâmicos + 
aminoglicosídeos 
• Sífilis (Treponema pallidum) - benzilpenicilinas
PENICILINAS – USOS CLÍNICOS 
Regra simplificada: 
Penicilinas naturais e resistentes à penicilinases usadas para organismos Gram-positivos
Aminopenicilinas e de amplo espectro para cobrir Gram-negativos 
• Distúrbios gastrintestinais - destruição da microbiota e infecções secundárias 
(candidíase, colite pseudomembranosa)
• Alergias – 1 a 10 % dos pacientes, principalmente Penicilina G procaína
• Agudas: choque anafilático (30 seg)
• Imediatas (mais graves): angioedema, broncoconstrição, distúrbios TGI e 
choque
• Tardias (2 ou + dias, 80 a 90 % dos casos): erupções bolhosas, língua 
marrom, estomatite grave com perda da mucosa oral
PENICILINAS – EFEITOS ADVERSOS
Homem, 16 anos, estudante. Paciente refere indisposição geral e dores no 
corpo. Fez uso de analgésico, sem melhora e horas após queixa-se de cefaléia, 
forte indisposição e sudorese profusa. Temperatura axilar de 39,6º C. Foi levado 
à emergencial hospitalar onde evidenciou-se rigidez de nuca, sinal de Kerning. 
Punção lombar levemente purulenta com diagnóstico de provável meningite 
bacteriana. Iniciou-se então terapia empírica com antimicrobiano.
 
CASO CLÍNICO 
CASO CLÍNICO 
GUIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – 3ª Ed, 2019. 
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/junho/25/guia-vigilancia-saude
-volume-unico-3ed.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/junho/25/guia-vigilancia-saude-volume-unico-3ed.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/junho/25/guia-vigilancia-saude-volume-unico-3ed.pdf
CEFALOSPORINAS 
BETALACTÂMICOS - CEFALOSPORINAS 
• Mecanismo: semelhante às penicilinas, inibem a formação da parede 
bacteriana (bactericida)
• Espectro: varia de acordo com a classificação, aumentando de acordo 
com a geração. O mesmo acontece com a resistência às penicilinases
• Alta toxicidade seletiva: usado na gravidez, lactação e pediatria
• Reações alérgicas – 1 a 3 %, certa taxa de reação cruzada com penicilina
CLASSES ESPECTRO DE AÇÃO USOS
Primeira geração 
Cefalexina (vo)
Cefadroxila (vo)
Cefazolina (im, iv)
S. pyogenes e agalactiae, S. aureus; E.coli, Proteus, 
Klebisella
Não cobre Pseudomonas e S. pneumoniae
Não atravessa a BHE (não usar para meningite)
Infecções de pele e tecidos moles
Infecções causadas por MSSA
Profilaxia cirúrgica perioperatória
Segunda geração 
Cefuroxima (vo)
Cefaclor (vo)
Cefoxitina (iv)
E. coli, Klebisella, Proteus, H. influenzae, Moraxella 
catarrhalis
Ação menor que de 1ª geração para Gram-positivas 
Não cobre Pseudomonas
Infecções de vias respiratórias 
superiores (sinusite, otite média)
ITU - especialmente em grávidas
Terceira geração 
(im. iv)
Ceftriaxona
Cefotaxima
Ceftazidima
E. coli, Kleibisella, Proteus, H. influenzae, Moraxella 
catarrhalis, Enterobacter, Neisseria gonorrhea e 
meningitidis
Atividade contra S. aureus, S. pneumoniae e pyogenes 
Atravessam a BHE 
PAC em internados (enfermaria e UTI)
Meningite; Gonorréia
Endocardite estreptocócica
ITUs complicadas
Quarta geração
 (im, iv)
Cefepima
Atividade igual 3ª geração, porém mais resistente a 
betalactamase (especialmente de Pseudomonas e 
Enterobacter)
Infecções nosocomiais
PAC em internados
Infecções intra-abdominais
ITUs complicadas
Quinta geração (iv)
Ceftarolina
Atividade igual 3ª geração, porém cobre MRSA/ORSA o mesmo da 4ª geração
PROTOCOLO SOBRE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – (ITU). HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS. PROTOCOLO DE 
ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR - INFECÇÕES URINÁRIAS
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/HIMJ_protocolo_ITU_1254773676.pdf 
Tratamento de ITU
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/HIMJ_protocolo_ITU_1254773676.pdf
Tratamento de PAC
CARBAPENÊMICOS
E
 MONOBACTÂMICOS
BETALACTÂMICOS - CARBAPENÊMICOS 
IMIPENEM (+cilastatina), MEROPENEM, ERTAPENEM
• Espectro muito amplo de atividade antimicrobiana (Gram +, Gram - aeróbios e 
anaeróbios). 
• Reservado para infecções hospitalares graves causadas por bactérias altamente 
resistentes aos outros β-lactâmicos (i.v ou i.m. - ertapenem)
• Boa penetração em tecidos abdominais, respiratórios, bile, trato geniturinário, LCR 
• Efeitos adversos semelhantes aos de outros β-lactâmicos; mais frequentes são náuseas 
e vômitos. Pode ocorrer neurotoxicidade com concentrações plasmáticas elevadas 
(convulsões).
BETALACTÂMICOS - MONOBACTÂMICOS 
AZTREONAM
• Efetivo apenas contra Gram-negativos aeróbios, como as espécies de Pseudomonas, 
Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae. Não tem ação contra organismos 
Gram-positivos ou anaeróbios
• Resistentes maioria das β-lactamases (i.v.). Usado em alérgicos a penicilina (custo 
elevado)
• Administração i.v. com ½ vida de 2 h. Geralmente associado com aminoglicosídeo
• Efeitos adversos semelhantes aos de outros β-lactâmicos, sem necessariamente 
reação imunológica cruzada com penicilinas
INIBIDORES DE 
PAREDE CELULAR
GLICOPEPTÍDEOS
VANCOMICINA (i.v.) TEICOPLANINA (i.v./i.m.) 
Mecanismo de ação: altera síntese de parede (inibe a síntese dos polímeros) e a 
permeabilidade da membrana 
Monitorar seus níveis séricos (vancocinemia) - ototoxicidade, nefrotoxicidade e 
hipersensibilidade (reação anafilactóide)
Síndrome do pescoço vermelho - infusão rápida = urticária, exantema, 
febre
INIBIDORES DE PAREDE - GLICOPEPTÍDEOS 
Espectro de ação estreito
- Streptococcus
- Staphylococcus
Usos:
- Bacteremia, endocardite por Gram-positivas
- Infecções por MRSA
- Infecções cutâneas e de tecidos moles
- Infecções emalérgicos à penicilina ou cefalosporina
- Tratar colite pseudomembranosa (vo)
- Profilaxia cirúrgica com alto risco de MRSA
Restringir 
o uso
INIBIDORES DE PAREDE 
CELULAR
BACITRACINA E FOSFOMICINA
NITROFURANTOÍNA
INIBIDORES DE PAREDE CELULAR
BACITRACINA
• Reservada para uso tópico de infecções na pele ou oculares
• Efeitos adversos: potente nefrotóxico 
• Em raras circunstâncias, é usada por via parenteral para tratar infecções sistêmicas 
causadas por estafilococos que são sensíveis a estes fármacos e resistentes a outros 
antibióticos
INIBIDORES DE PAREDE CELULAR
FOSFOMICINA
• Inibe síntese de parede e a aderência às células uroepiteliais
• Amplo espectro, baixa toxicidade, v.o. e ½ vida longa (dose única)
• Usado para infecções do trato urinário, principalmente cistite aguda. 
• Seguro na gravidez
Inibe síntese de parede, processos bioquímicos vitais de síntese protéica, síntese de 
RNA e DNA, metabolismo aeróbio
Amplo mecanismo de ação = ausência de resistência
Específico para infecções do trato urinário, principalmente por E. coli
Uso oral a cada 6 h
INIBIDORES DE PAREDE CELULAR
NITROFURANTOÍNA
INIBIDORES DE MEMBRANA 
PLASMÁTICA
POLIMIXINAS E DAPTOMICINA
INIBIDORES DE MEMBRANA
POLIMIXINAS B e E (colistimetato)
• Detergentes catiônicos que desestabilizam 
a membrana externa das Gram-negativas
• Ação bactericida seletiva e rápida em bacilos Gram-negativos, principalmente 
Pseudomonas e enterobactérias (uso IV, IM, IT). Também neutralizam o lipídeo A do 
LPS
• Uso clínico limitado pela toxicidade = esterilização intestinal (IV), tópico em ouvidos, 
olhos ou pele (sem absorção intestinal).
• Efeitos adversos: Neuro (bloqueio neuromuscular) e nefrotoxicidade
INIBIDORES DE MEMBRANA
DAPTOMICINA
•Liga-se a membrana – forma poros - 
efluxo de K+ - perda do potencial de membrana -
morte bacteriana
• Espectro de ação semelhante à 
vancomicina: S. agalactiae, MRSA e enterococos resistentes à vancomicina
• Uso clínico (i.v.) para infecções complicadas de pele e tecidos moles. Também 
bacteremia complicada e endocardite
• Efeitos adversos: lesões musculoesqueléticas – Dosar CK; colite pseudomembranosa
INIBIDORES 
METABÓLITOS
Sulfametoxazol, Sulfadiazina, Sulfadoxina, 
sulfacetamida
 
• Prontosil®: 1o quimioterápico eficaz 
(sulfonamidas) na década de 1930:;
• Inibem a síntese de folato no interior da bactéria 
- Podem ser definidos como falsos-substratos
● São bacteriostáticos;
● Amplo espectro - contra Gram-positivas e 
negativas; protozoários e fungos – uso reduzido 
devido a resistência
● Ácidos fracos, com hidrossolubilidade limitada; 
problema para excreção em urina ácida;
ANTIMETABÓLITOS - SULFONAMIDAS
SULFADIAZINA
SULFAMETOXAZOL
SULFACETAMIDA
PABA - Essencial na 
síntese de Ácido 
Fólico
TRIMETOPRIMA
Inibe a di-hidrofolato redutase - 
reduz a síntese de tetra-hidrofolato.
As enzimas bacterianas são mais 
sensíveis à trimetoprima, enquanto 
as humanas mais ao metotrexato 
SULFONAMIDAS- 
Competem com o PABA e 
interrompem a biossíntese do 
folato
O sulfametoxazol é utilizado em associação com a trimetoprima:
sulfametoxazol + trimetoprima (Cotrimoxazol)
 Amplia o espectro de ação
Reduz concentração necessária
Gera ação bactericida
Bloqueio sequencial da mesma 
via biossintética 
ANTIMETABÓLITOS
Locais com pus têm aumento do PABA - pode antagonizar efeito do antibiótico
Alguns anestésicos locais (ex: procaína) - biotransformados em PABA também 
podem ter efeito antagônico.
Amplamente ligada às proteínas plasmáticas – interação com varfarina, AINEs 
e sulfonilureias
Usos clínicos 
USOS CLÍNICOS - COTRIMOXAZOL
• Sulfadiazina 
Toxoplasmose (+pirimetamina) - v.o; 
Feridas infectadas ou queimaduras (sulfadiazina de prata) - tópica
• Sulfadoxina +pirimetamina (v.o.) - Malária 
• Sulfacetamida (tópica) – Queimaduras, feridas ou infecções na pele e 
mucosas; conjuntivites
USOS CLÍNICOS - OUTRAS SULFAS
● Produção excessiva de PABA para competir com as sulfonamidas 
na síntese de ácido fólico.
● Desenvolvimento uma via metabólica alternativa para a síntese 
de ácido fólico.
● Redução da captação bacteriana desses fármacos.
ANTIMETABÓLITOS - RESISTÊNCIA
ANTIMETABÓLITOS - EFEITOS COLATERAIS
Evento Sintomas ou condições
Gastrointestinal Náusea e diarréia
Hepático Hepatite colestática - maior incidência em AIDS
Icterícia
Exantema Reações de hipersensibilidade tipo 1 - anafilaxias
Dermatite esfoliativa
Síndrome de Stevens-Johnsons - maior incidência em AIDS
Medula óssea Anemia, neutropenia, trombocitopenia (mais comum em 
AIDS)
Renal Cristalúria, nefrotoxicidade, insuficiência renal
Outros Febre, cefaléia, tremores, flebite, vasculite, 
fotossensibilidade
INIBIDORES DE 
ÁCIDOS NUCLEICOS
FLUORQUINOLONAS 
Mecanismo de ação: Inibem a topoisomerase bacteriana II e/ou IV
Topoisomerase II (DNA girase) – responsável pelo relaxamento do 
DNA superenovelado 
Topoisomerase IV – responsável pela separação do DNA na célula 
filha
Resultado: inibição da síntese de ácidos nucléicos = bactericida
As enzimas semelhantes dos mamíferos são várias centenas de 
vezes menos sensíveis a essas drogas.
https://www.youtube.com/watch?v=hyjKWF7yvrE 
FLUORQUINOLONAS
https://www.youtube.com/watch?v=hyjKWF7yvrE
FLUORQUINOLONAS
• 1ª geração: ácido nalidíxico (v.o.) – apenas para ITU
• 2ª geração: ciprofloxacino (v.o., i.v., intra-ocular), norfloxacino (v.o.) e ofloxacino 
(intra-ocular)
• 3ª geração: levofloxacino (v.o., i.v.), moxifloxacino (v.o., i.v.)
•4ª geração: gemifloxacino (v.o): cerca de 32 vezes mais potente que levofloxacino 
contra pneumococo.
• Amplo espectro de ação
As quinolonas de 3ª geração são conhecidas como quinolonas respiratórias: 
boas opções de tratamento para infecções respiratórias altas e pneumonias 
adquiridas na comunidade
FLUORQUINOLONAS: USOS CLÍNICOS
FLUORQUINOLONAS NA ITU
FLUORQUINOLONAS NA PAC
EFEITOS COLATERAIS
Gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. 
SNC: cefaléia, tontura, insônia e alterações do humor. Alucinações, delírios e 
convulsões são raras (idosos)
Alergias e reações cutâneas: Reações fototóxicas (evitar exposição excessiva ao 
sol)
Artropatias e erosões de cartilagem: tendinite, mialgia, dores articulares e 
ruptura de tendão. 
Prolongamento do intervalo QT (moxifloxacino) e dissecção da aorta
CONTRA-INDICADAS em gravidez, lactação, insuficiência renal e hepática e em 
menores de 17 anos (artropatia)
FLUORQUINOLONAS 
“risco suplanta o benefício de seu uso em pacientes com sinusite aguda, exacerbação 
aguda de bronquite crônica e infecções urinárias não complicadas, onde outras 
opções terapêuticas, como os antibióticos betalactâmicos, estão disponíveis”
ALERTA PARA FLUORQUINOLONAS 
Mecanismos de resistência:
• Alteração na enzima DNA girase
• Mutação cromossômica nos genes que são responsáveis pelas enzimas alvo 
(DNA girase e topoisomerase IV) 
• Alteração da permeabilidade à droga pela membrana celular bacteriana 
(porinas). 
• Bomba de efluxo
FLUORQUINOLONAS
Mulher, 47 anos, procurou o pronto-socorro municipal da cidade, com queixa de 
dificuldade miccional e disúria. Relatou que há mais ou menos 1 semana 
observou diminuição do jato urinário e aumento da frequência urinária, que 
evoluiu nos últimos dias com sensação de esvaziamento incompleto da bexiga 
e necessidade de esforço abdominal às micções. Nas últimas 24 horas, 
percebeu piora acentuada dos sintomas, apresentando micção em gotas, 
polaciúria, disúria e desconforto na região suprapúbica, sem febre. Após 
exames clínico e laboratoriais, o diagnóstico foi cistite e iniciou-se 
antibioticoterapia empírica. Sobre o caso:
Quais os 3 principais agentes causadores de ITU?
Qual antibiótico você prescreveria?
 
Quais os principais agentes etiológicos causadores de ITU?
PROTOCOLO SOBRE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – (ITU). HOSPITAL MUNICIPAL INFANTIL MENINO JESUS. PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA 
MÉDICO-HOSPITALAR- INFECÇÕES URINÁRIAS
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/HIMJ_protocolo_ITU_1254773676.pdf 
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/HIMJ_protocolo_ITU_1254773676.pdf
INIBIDORES DE 
ÁCIDOS NUCLEICOS
RIFAMICINA
RIFAMICINA
RIFAMPICINA – v.o. 
Mecanismo de ação: liga-se e inibe a enzima RNA-polimerase DNA dependente dos 
procariotos = inibe a síntese de RNA = efeito bactericida
Uso restrito por conta 
da resistência
2RHZE (fase de ataque)
(2 - meses) - TB
Rifampicina (R)
Isoniazida (H)
Pirazinamida (Z)
Etambutol (E)
4RH (fase de 
manutenção)
(4 - meses) - TB
Rifampicina (R)
Isoniazida (H)
•Tratamento da tuberculose associada a outros antibióticos 
• Quimioprofilaxia de meningite por N. meningitidis e H. influenzae
• Tratamento da osteomielite 
• Urina, suor e lágrimas ficam alaranjadas
INIBIDORES DA 
SÍNTESE PROTEICA
RIBOSSOMO BACTERIANO
INIBIDORES DA 
SÍNTESE PROTEICA
MACROLÍDEOS
MACROLÍDEOS
Claritromicina e Azitromicina (mais usadas); Eritromicina
Mecanismo de ação: inibem a síntese das proteínas
bacterianas bloqueando a porção ribossômica 50 S
São de amplo espectro e bacteriostáticos ou bactericidas (depende da dose) 
● Alternativa terapêutica em alérgicos à penicilina
● Primeira escolha no tratamento de pneumonias por bactérias atípicas 
(Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp.)
https://www.youtube.com/watch?v=_JbWikFj7Ao 
https://www.youtube.com/watch?v=_JbWikFj7Ao
MACROLÍDEOS
Claritromicina e Azitromicina (mais usadas); Eritromicina
Mecanismo de ação: inibem a síntese das proteínas bacterianas 
impedindo a translocação ribossômica (50 S)
São de amplo espectro e bacteriostáticos ou bactericidas (depende da 
dose) 
•
https://www.youtube.com/watch?v=_JbWikFj7Ao
https://www.youtube.com/watch?v=_JbWikFj7Ao
Espectro de ação dos macrolídeos
Eritromicina (vo, iv, tópica)
Amplo espectro de ação  - gram +, 
treponema, micoplasma, clamídias
Inativa contra enterobactérias e 
Pseudomonas spp
4x/dia
Claritromicina (vo, iv)
Altamente ativa contra gram + (maioria 
dos estreptococos e estafilococos); na 
erradicação de H.pylori
Atividade contra 
gram-negativas semelhante à 
eritromicina
2x/dia
Azitromicina (vo,iv)
Espectro ampliado: maior atividade contra 
gram negativas
Meia-vida tecidual ampliada = 
menor dose 1x/dia
MACROLÍDEOS
 Acne 
(IV)
MACROLÍDEOS
1 ou 2 semanas:
▪ Terapia tripla:
Omeprazol + claritromicina + amoxicilina
Lansoprazol + claritromicina + amoxicilina
Esomeprazol + claritromicina + amoxicilina
Lansoprazol + levofloxacino + amoxicilina
Omeprazol + metronidazol + amoxicilina
▪ Terapia quadrúpla:
Omeprazol + bismuto + tetraciclina + metronidazol
TRATAMENTO DA H. pylori
TRATAMENTO DA PAC
MACROLÍDEOS
EFEITOS COLATERAIS: 
● Mais comuns: cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia (em até 1/3 dos pacientes).
● Hepatite e icterícia colestática 
● Prolongamento do intervalo QT 
● Raramente ocorrem reações alérgicas graves.
● Com azitromicina e claritromicina as alterações são bem mais discretas e 
● em menor frequência.
MECANISMO DE RESISTÊNCIA
● Diminuição da permeabilidade da célula ao antimicrobiano
● Alteração no sítio receptor da porção 50S do ribossomo (metilação)
● Inativação enzimática
● Bomba de efluxo
MACROLÍDEOS
Inibidores enzimáticos (CYP3A4):
INIBIDORES DA 
SÍNTESE PROTEICA
TETRACICLINAS
TETRACICLINAS
Tetraciclina, doxiciclina, limeciclina, minociclina (v.o.) Tigeciclina (i.v.) 
Mecanismo de ação:
• As tetraciclinas ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossomo, 
bloqueando a ligação do RNA transportador e impedindo a síntese protéica. 
• Bacteriostáticas 
• Amplo espectro de ação
Mecanismo de resistência:
• Reduz o acúmulo da droga no interior da célula usando bomba de efluxo
• Alteração nas proteínas da membrana externa dificultam penetração
TETRACICLINAS
• São quelantes de cátions divalentes: menor absorção; deposição.
• Atravessam a barreira transplacentária e são excretadas no leite materno.
Evitar o uso concomitante com alimentos, antiácidos, preparações com ferro
TETRACICLINAS
USOS CLÍNICOS:
• Amplo espectro - bactérias gram-positivas, gram-negativas aeróbias e 
anaeróbias, espiroquetas, riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns 
protozoários.
• Alternativas no tratamento de infecções causadas por Mycoplasma 
pneumoniae, N. gonorrhea, Treponema pallidum e em pacientes com 
traqueobronquites e sinusites.
• Doxiciclina – alternativa para MRSA e Treponema pallidum
Contra-indicações: gestantes, lactantes e menores de 8 (12) anos
TETRACICLINAS
EFEITOS COLATERAIS:
• Efeitos gastrintestinais: náuseas, vômitos, diarréia; colite pseudomembranosa
• Alterações na cor dos dentes em crianças, hipoplasia do esmalte dentário e 
crescimento ósseo anormal, principalmente se utilizadas durante a gestação;
• Reações alérgicas: urticárias, exantemas, edema periorbital , reações 
anafiláticas; fotossensibilidade
• Cefaléia, incapacidade de concentração e, em raros casos, hipertensão 
intracraniana.
INIBIDORES DA 
SÍNTESE PROTEICA
AMINOGLICOSÍDEOS
AMINOGLICOSÍDEOS
Estreptomicina, Gentamicina, Neomicina, Amicacina, Tobramicina
Mecanismo de ação:
• Ligam-se à subunidade 30S dos ribossomos inibindo a síntese protéica ou 
produzindo proteínas defeituosas. 
• O transporte do fármaco pela membrana plasmática bacteriana depende de 
oxigênio – ineficazes contra anaeróbios ou em condições de anaerobiose
• Cátions polares; baixa absorção por v.o.; não atravessa BHE
• Bactericidas
• Administração 1x/dia = efeito pós-antibiótico
•
AMINOGLICOSÍDEOS
EFEITOS COLATERAIS:
• Acumulam-se no ouvido interno e no córtex renal: 
○ Ototoxicidade vestibular a auditiva; Nefrotoxicidade
• Bloqueio Neuromuscular/apnéia: infusões rápidas ou doses i.p. Ou paciente 
curarizados com succinilcolina, com miastenia, hipocalcemia, outros. Revertido com 
sais de cálcio
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA (raros):
● alteração dos sítios de ligação no ribossomo;
● alteração na permeabilidade da droga;
● modificação enzimática da droga.
Rara resistência bacteriana, pouca alergia e baixo custo = uso mantido
INIBIDORES DA 
SÍNTESE PROTEICA
ANFENICÓIS
ANFENICÓIS
Cloranfenicol (v.o., tópico, i.v.) 
Mecanismos de ação semelhante aos macrolídeos
• Bacteriostáticos de amplo espectro - Gram positivas e negativas 
• Usos terapêutico: conjuntivites e otites bacterianas; feridas ou queimaduras na pele 
(tópico); epiglotite aguda em crianças; febre tifóide (v.o.); bacteremias e infecções 
graves no SNC (i.v.).
Efeitos adversos: 
• Alterações hematológicas: pancitopenia; 
• Síndrome do bebê cinzento: distensão abdominal, emese ocasional, progressiva 
palidez cianótica, colapso vasomotor e respiratório e morte.
USO RESTRITO
INIBIDORES DA 
SÍNTESE PROTEICA
LINCOSAMINAS
LINCOSAMINAS
Clindamicina (vo, gel, creme, iv, im), lincomicina (iv, im)
• Mecanismos de ação semelhante aos macrolídeos
• Bacteriostáticos ou bactericidas
• Boa atividade contra S. pneumoniae, S. pyogenes, Streptococcus viridans
• Alguma atividade contra S. aureus, Bacteroides, Toxoplasma e outras produtoras de 
penicilinases 
• Boa penetração em abscessos, porém baixa no SNC
Efeitos adversos: 
• Distúrbios gastrointestinais – diarréia, colite pseudomembranosa (raramente)
LINCOSAMINAS
Clindamicina (v.o., gel, creme, i.v, i.m)
Indicações principais:
Infecções causadas por anaeróbios gram-positivos e negativos, incluindo 
produtores de penicilinases (v.o, parenteral)
➔ Abscesso pulmonar (parenteral)
➔ Faringite estreptocócica (v.o, parenteral)
➔ Infecções de ossos, articulações e tecidos moles por S. aureus (v.o, 
parenteral)
➔ Síndrome compartimental por S. pyogenes (v.o, parenteral)
➔ Tratamento de acne (gel)
➔ Vaginose bacteriana (creme vaginal)
INIBIDORES DA 
SÍNTESE PROTEICA
OXAZOLIDINONAS
LINEZOLIDA , TEDIZOLIDA (V.O./I.V)
• Mecanismos de ação: inibe o ribossomo 70S (RNAt)
• Espectro: Grande variedade de gram +:MRSA e VRSA; pneumococo resistente à 
penicilina; enterococos resistente à vancomicina, C. difficile. 
• Gram negativos mais comuns não são suscetíveis 
• Bacteriostática contra enterococos e estafilococos, bactericida contra estreptococos. 
• Indicações principais: pneumonia, sepse, infecções de pele e tecidos moles, 
tuberculose para organismos multirresistentes
Efeitos adversos: 
• Trombocitopenia, diarreia, náuseas, raramente eritema e tonturas
• Inibidor não seletivo da MAO
OXAZOLIDINONAS

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