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Aristóteles - Ética a Nicômaco - Livro 6

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Disciplina: Introdução à Filosofia do Direito (DIR03042) 
Professor: Guilherme Boff 
Aluno: Renan Ziglioli de Sousa 
 
Resenha do livro “Ética a Nicômaco”, de Aristóteles, Livro 6 
 No referido livro, Aristóteles aborda a questão das virtudes da alma, referindo 
que esta é composta por três elementos: a sensação, a razão e o desejo. Estes 
elementos, por sua vez, estariam vinculados ao controle da ação e da verdade. Para 
o filósofo, o ser humano se distingue de um animal por ser detentor de razão, enquanto 
os “animais inferiores” possuem sensação (sentidos) mas não podem participar da 
ação (por estar esta atrelada a uma escolha racional). Assim, temos que a origem da 
ação é a escolha, e esta, parte de um desejo e raciocínio dirigido a alguma finalidade 
(objetivo). Portanto, é neste ponto que nos diferenciamos do restante dos animais, 
posto que a escolha não pode existir sem a razão e o intelecto. Ademais, Aristóteles 
destaca que essas escolhas feitas pelo ser humano estarão necessariamente 
atreladas à questão da moral, ou seja, a uma distinção do que é uma boa ou má ação 
que, por sua vez, refere-se a uma combinação do intelecto e do caráter. 
 No presente livro, trata ainda sobre as cinco virtudes segundo as quais a alma 
poderá alcançar a verdade: a arte, o conhecimento científico, a sabedoria prática, a 
sabedoria filosófica e a razão intuitiva. A arte, em breves termos, poderia ser descrita 
como a capacidade raciocinada de produzir, ou seja, a produção de algo envolvendo 
o “reto raciocínio”, se ocupando de inventar ou considerar as maneiras de produzir 
algo. Quanto ao conhecimento científico, está atrelado à capacidade de demonstração 
das convicções do ser humano, devendo este compreender o fenômeno demonstrado 
do início (ponto de partida) à conclusão, caso contrário, “sua ciência será puramente 
acidental” (Aristóteles, p. 124). Este conhecimento científico deverá versar, mediante 
juízo (julgamento do ser humano) sobre coisas universais e necessárias. No que tange 
à sabedoria prática, poderia ser explicada como a capacidade de um ser humano para 
deliberar bem sobre o que é bom e convenientes para si, alcançando a boa vida. Esta 
virtude, segundo o filósofo não se confunde com a ciência e a arte (virtudes referidas 
anteriormente). Quanto à sabedoria filosófica, aponta o filósofo que se trata de um 
conhecimento científico combinado com a razão intuitiva (intuição), alcançada por 
meio do estudo e investigação, visando conhecer coisas notáveis, difíceis e 
complexas, as quais transcendem as coisas alcançadas pelas ação (ou seja, as que 
são objeto da sabedoria prática). Por fim, mas não menos importante, trata sobre a 
razão intuitiva, a qual serviria como fundamento do conhecimento científico, embora 
não esteja inserida no âmbito científico. Trata-se de uma virtude da alma atinente à 
apreensão dos primeiros princípios (princípio dos princípios), uma apreensão dos 
princípios universais das demonstrações científicas.

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