Processo de Aposentadoria Especial

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22/07/2022
Número: 0034444-85.2019.4.03.6301 
 
Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
 Órgão julgador: 7ª Vara Gabinete JEF de São Paulo 
 Última distribuição : 09/08/2019 
 Valor da causa: R$ 47.280,00 
 Assuntos: Aposentadoria Especial (Art. 57/8) 
 Segredo de justiça? NÃO 
 Justiça gratuita? SIM 
 Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
 
Justiça Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
Partes Procurador/Terceiro vinculado
MAURICIO PEREIRA DA SILVA (AUTOR) MARCIA RAMIREZ (ADVOGADO)
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (REU)
Documentos
Id. Data da
Assinatura
Documento Tipo
17318
3526
27/08/2021 08:52 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
3525
25/08/2021 03:08 DESPACHO.PDF Despacho
17318
3524
04/11/2019 15:05 CONTESTAÇÃO.PDF Contestação
17318
3523
04/11/2019 14:55 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
3522
25/10/2019 15:42 CERTIDÃO.PDF Certidão
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3521
22/10/2019 18:10 DESPACHO.PDF Despacho
17318
3520
03/10/2019 10:02 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
3519
30/09/2019 15:13 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
3518
24/09/2019 14:02 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
3517
23/09/2019 14:00 MANDADO.PDF Mandado
17318
3516
19/09/2019 17:40 DECISÕES PRIMEIRO GRAU.PDF Decisões Primeiro Grau
17318
3515
18/09/2019 16:03 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
3514
16/09/2019 14:28 PETIÇÃO.PDF Petição
17318
3513
16/09/2019 14:28 PETIÇÃO.PDF Petição
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3512
11/09/2019 18:31 PETIÇÃO.PDF Petição
17318
3511
11/09/2019 18:31 PETIÇÃO.PDF Petição
17318
3510
26/08/2019 14:46 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
3509
21/08/2019 15:42 CERTIDÃO.PDF Certidão
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3508
20/08/2019 14:26 CERTIDÃO.PDF Certidão
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3507
19/08/2019 13:26 OUTROS DOCUMENTOS.pdf Outros Documentos
17318
3505
16/08/2019 14:48 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
3503
16/08/2019 14:43 OUTROS DOCUMENTOS.pdf Outros Documentos
17318
3501
15/08/2019 18:29 DESPACHO.PDF Despacho
17318
0898
14/08/2019 15:30 CERTIDÃO.PDF Certidão
17318
0896
12/08/2019 13:42 OUTROS DOCUMENTOS.pdf Outros Documentos
17318
0895
09/08/2019 14:33 OUTROS DOCUMENTOS.pdf Outros Documentos
17318
0893
09/08/2019 14:32 OUTROS DOCUMENTOS.PDF Outros Documentos
17318
0892
09/08/2019 14:32 OUTROS DOCUMENTOS.PDF Outros Documentos
17318
0890
08/08/2019 13:54 PETIÇÃO INICIAL.PDF Petição inicial
17318
0888
08/08/2019 13:54 PETIÇÃO INICIAL.PDF Petição inicial
 
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
PROCESSO N° 0034444-85.2019.4.03.6301
AUTOR(A) MAURICIO PEREIRA DA SILVA
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que foi publicado em 27 de agosto de 
2021, o expediente nº 6301000325/2021, correspondente ao 
dispositivo do termo, devidamente disponibilizado no Diário 
Eletrônico da Justiça no dia útil anterior à sua publicação 
(Resolução n.º 295/2007 e Comunicado COGE n.º 82).
Eu, LUCIOMAR LIDIO DE MATOS, ANALISTA JUDICIÁRIO, RF 
5830. São Paulo/SP, 27 de agosto de 2021.
 
Num. 173183526 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: LUCIOMAR LIDIO DE MATOS - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082708522700000000166823361
Número do documento: 21082708522700000000166823361
 
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
TERMO Nr: 6301200141/2021
PROCESSO Nr: 0034444-85.2019.4.03.6301 AUTUADO EM 08/08/2019
ASSUNTO: 040104 - APOSENTADORIA ESPECIAL (ART. 57/8) - BENEF. EM ESPÉCIE/ 
CONCESSÃO/ CONVERSÃO/ RESTABELECIMENTO/ COMPLEMENTAÇÃO
CLASSE: 1 - PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
AUTOR: MAURICIO PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO(A)/DEFENSOR(A) PÚBLICO(A): SP137828 - MARCIA RAMIREZ
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
ADVOGADO(A): SP999999 - SEM ADVOGADO
DISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO EM 09/08/2019 14:32:56
DATA: 24/08/2021
DESPACHO
<# Vistos etc.
O acórdão referente ao recurso especial repetitivo n. 1.831.371/SP (Tema n. 1.031/STJ) 
foi publicado em 02.03.2021. Entretanto, a tese jurídica de eficácia vinculante ainda não se encontra 
inteiramente definida, já que pendem de exame embargos declaratórios opostos pelo "amicus curiae" 
Instituto de Estudos Previdenciários - IEPREV.
Assim, encaminhem-se os autos para o sobrestamento, mantendo-os suspensos, nos 
termos do art. 1.037, inc. II, do CPC e em nome da máxima segurança jurídica na aplicação de tese 
vinculante, até o julgamento dos embargos de declaração supracitado.
Oportunamente, voltem conclusos para deliberação.
Intimem-se.#>
ROBERTO BRANDAO FEDERMAN SALDANHA
Juiz Federal
 
Num. 173183525 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ROBERTO BRANDAO FEDERMAN SALDANHA - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082503085400000000166823360
Número do documento: 21082503085400000000166823360
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL PREVIDENCIÁRIO DA 3ª REGIÃO – SÃO PAULO/SP
 
 
 
 
 
Autos nº 00344448520194036301 
Autor(a): MAURÍCIO PEREIRA DA SILVA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
 
 O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, por conduto de seu Procurador Judicial infra-assinado, vem, respeitosamente, perante de
Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO, o que faz nos seguintes termos.
 
I. SINOPSE FÁTICA
 
 A parte autora ajuizou a presente ação com o intuito de obter provimento jurisdicional que condene a Autarquia à obrigação de fazer
consistente na averbação de períodos supostamente laborados sob condições especiais, com a conseqüente condenação em obrigação de
pagar as diferenças remuneratórias a partir da data do requerimento administrativo.
 
II. PRELIMINARMENTE
 
 
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA – VALOR DA CAUSA
 
 Na hipótese de o valor da condenação, equivalente ao somatório das parcelas vencidas com doze vincendas, superar o limite legal deste
Juízo (sessenta salários mínimos), requer-se a remessa dos autos ao Juízo competente, nos termos do art. 113, § 2º do CPC. 
 
 Quanto ao critério para aferição da competência, merece destaque o posicionamento do STJ, consolidado no CC 46.732/MS, no sentido de
que do exame conjugado da Lei 10259/01 com o art. 260 do CPC, havendo parcelas vincendas, tal valor deve ser somado às vencidas para
os fins da respectiva alçada. Segue a ementa do acórdão: 
 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL E JUÍZO FEDERAL. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DE
REVISÃO DE BENEFÍCIO. LEI 10259/01. PRESTAÇÕES VENCIDAS E VINCENDAS - SOMATÓRIO. VALOR DE ALÇADA. Do exame conjugado
da Lei 10259/01 com o art. 260 do CPC, havendo parcelas vincendas, tal valor deve ser somado às vencidas para os fins da respectiva
alçada. Conflito conhecido declarando-se a competência da Justiça Federal. (CC 46.732/MS, Rel. Ministro JOSÉ ARNALDO DA FONSECA,
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 23.02.2005, DJ 14.03.2005 p. 191)
 
 
 
III. MÉRITO
 
 
Do reconhecimento de tempo de serviço
 
 O artigo 55 da Lei nº 8.213 dispõe que a comprovação de tempo de serviço se dará na forma disposta no regulamento, nestes termos: 
“Art.55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades
de qualquer das categorias de segurados de que trata o art.11 desta lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: (...) § 3º. A
comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta lei, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme disposto no
art.108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na
ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento”.
 
 Assim, ao tratar da matéria, dispõe, em seu artigo 62, o Decreto 3.048/99 (atual regulamento da Lei nº 8.213/91):
 
“Art. 62. A prova de tempo de serviço, considerado tempode contribuição na forma do art. 60, observado o disposto no art.19 e, no que couber,
as peculiaridades do segurado de que trata as alíneas j e l do inciso V do “caput” do art.9º e do art.11, é feita mediante documentos que
comprovem o exercício da atividade nos períodos a serem contados, devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar
e mencionar as datas de início e término e, quando se tratar de trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição em que foi prestado.”
 
Art. 63. Não será admitida prova exclusivamente testemunhal para efeito de comprovação de tempo de serviço ou de contribuição, salvo na
ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto no §2º do artigo 143”
 
 Da leitura dos dispositivos acima transcritos, pode-se observar que a comprovação do tempo de serviço exige o cumprimento de
determinados requisitos: (1) documentos que comprovem o exercício da atividade nos períodos a serem contados(2) documentos devem ser
contemporâneos aos fato a comprovar (3) documentos devem mencionar as datas de início e término da atividade.
 
 Ocorre que a parte autora não apresenta documentos aptos, à luz da legislação que rege a matéria, para comprovar o efetivo tempo de
serviço, motivo pelo qual sua pretensão não merece acolhida.
Num. 173183524 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19110415052900000000166823359
 
 REGRAMENTO JURÍDICO DAS ATIVIDADES PERIGOSAS E PENOSAS
 
SÍNTESE: O conceito de nocividade não é genérico. Nocividade em matéria de aposentadoria especial é termo idêntico à insalubridade. Com
isso, desde a Lei n. 8.213/91, só podem ser consideradas especiais as atividades insalubres.
 
 A primeira questão importante consiste em saber se as atividades perigosas e penosas podem ser consideradas especiais. Para isso, será
feito um exame minucioso amparado nos principais critérios interpretativos.
 
 Porém, antes de procedermos à análise hermenêutica da vexato quaetio, convém especificar o conceito de insalubridade, periculosidade e
penosidade. 
 
 Segundo o art. 189 da CLT, são consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agente nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade
do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. O art. 193 da CLT define as atividades perigosas como sendo aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com explosivos em condições de risco acentuado. Finalmente, a atividade
penosa tem sido entendida pela doutrina como aquelas produtora de desgaste excessivo, de ordem física ou psicológica.
 
 Interpretação literal: conforme disposto no § 1º do art. 201 da CF/88 e no art. 57 da Lei n. 8.213/91, o fato gerador do período especial é o
exercício de trabalho sujeito a condições que prejudiquem a saúde e a integridade física. O trabalho perigoso, sem dúvida, gera riscos, porém
não tem o condão de provocar danos à saúde do obreiro, motivo por que não se insere no conceito de atividade especial. Da mesma forma, o
exercício de atividade penosa, apesar do desgaste excessivo, não expõe o trabalhador a agentes nocivos prejudiciais à saúde. Interpretação
histórica: até o advento da CF/88 de 1988, as redações textuais sempre condicionavam, de modo expresso, a concessão a aposentadoria
especial ao exercício de atividade perigosa, insalubre ou penosa (Lei nº 3.807/60, Decreto nº 48.959-A/60, Decreto nº 53.831/64, Decreto nº
60.510/67, Decreto nº 62.230/68, Lei nº 5.890/73, Decreto nº 72.771/73, Decreto nº 77.077/76, Decreto nº 83.080/79 e Decreto nº 89.312/84). 
 
 Com o advento da CF/88, substituiu-se “atividades perigosas, insalubres e penosas” por “atividade prejudiciais à saúde ou à integridade
física”. Quis-se, com isso, inaugurar uma nova sistemática de regramento normativo da aposentadoria especial, privilegiando as atividades
insalubres.
 
 A análise histórica não pára por ai. Apesar de o constituinte originário ter modificado as espécies de atividades geradoras da aposentadoria
especial (art. 202, II), o § 4º do art. 40 da CF/88, restrito ao Regime dos Servidores Públicos, continuou condicionando o benefício em comento
à prática de serviços insalubres, penosos e perigosos.
 
 Não houve atecnia do constituinte. A diferenciação entre os regimes foi de fato pretendida. Tanto é que, posteriormente, o constituinte
derivado, através da promulgação da Emenda Constitucional nº 20/98, também procedeu, no regime dos servidores públicos, à mutação
terminológica das condições geradoras do beneficio antecipado, passando a constar do art. 40, §4º da CF/88 a menção exclusiva às
atividades prejudiciais à saúde ou à integridade física. Se as expressões fossem sinônimas não haveria razão para modificar a redação do
dispositivo. 
 
 Com o advento da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, houve nova alteração no art. 40, § 4º da Carta da República, que
passou a ter a seguinte redação:
 
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este
artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I – portadores de deficiência; II – que exerçam
atividades de risco; III – cujas atividades sejam exercidas sob condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Enquanto as
atividades de risco foram previstas no inciso II, as atividades prejudiciais à saúde ou à integridade física foram previstas no inciso III. Ora, a
existência de risco é própria das atividades perigosas. Portanto, se as atividades perigosas passaram a ter previsão normativa apartada (no
inciso II), evidencia-se que, no conceito de atividades que prejudiquem a saúde e a integridade física, não estão incluídas as atividades
periculosas. Pode-se valer da mesma linha de raciocínio para as atividades penosas.
 
 Interpretação sistemática: se o art. 58 da Lei n. 8.213/91 prevê o dever instrumental de o segurado comprovar a exposição aos agentes
nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes, chega-se à conclusão de que o benefício só é devido em razão da atividade
insalubre, afinal as atividades perigosas e penosas não levam à sujeição a agentes químicos, físicos, biológicos.
 
 Interpretação teleológica: o escopo da aposentadoria especial é proteger a saúde do trabalhador exposto a condições nocivas, livrando-o de
uma provável situação de incapacidade (no futuro). Aqui, a incapacidade é uma decorrência natural (praticamente certa) do exercício
prolongado da atividade. Afasta-se o obreiro do trabalho especial, antes que os agentes agressivos provoquem danos mentais e físicos a sua
saúde. O que confere o direito à prestação é o fato contínuo de exposição do trabalhador, e não o seu desgaste excessivo ou o risco de
acidente. 
 
 A atividade perigosa, por não implicar sujeição a agentes nocivos (físicos, químicos e biológicos), não prejudica a saúde do trabalhador, não
gerando, portanto, o direito à aposentadoria especial. No caso das atividades perigosas, não existe a ofensa à saúde. O eventual surgimento
da incapacidade decorrerá não do exercício da atividade em si, mas da contingência acidentária. Vale dizer, na atividade insalubre, o risco
está no próprio exercício da atividade, enquanto na atividade perigosa, o risco está na possível ocorrência de um evento inesperado durante o
préstimo laboral. 
 
Num. 173183524 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110415052900000000166823359
Número do documento: 19110415052900000000166823359
 Na atividade penosa, existe, de fato, um desgaste maior do trabalhador na prestação do serviço. Contudo, o desgaste é próprioda atividade,
não sendo provocado por qualquer agente externo, como acontece na atividade insalubre (agente físico, químico ou biológico). Inexiste, pois,
ofensa potencial externa à saúde do obreiro.
 
 Termo inicial de exclusão das atividades perigosas e penosas: a CF/88 inaugurou a nova sistemática normativa da aposentadoria,
excluindo as atividades perigosas e penosas do âmbito de incidência do tempo especial. Porém, o dispositivo correlato (à época, o art. 202,
II), por se tratar de norma de integração complementável, reclamava a edição de lei que lhe conferisse eficácia plena. A regulamentação legal
ocorreu sobreveio com a Lei n. 8.213/91, de maneira que, desde a edição do plano de benefício, as atividades perigosas e penosas não
podem ser consideradas especiais.
 
 À época, o enquadramento do período especial era feito conforme a atividade profissional ou de acordo com o agente nocivo. O trabalho de
harmonização dos textos leva à seguinte conclusão: excluem-se do rol pertinente as atividades profissionais perigosas e penosas. Trata-se,
pois, de uma revogação tácita de anexos normativos (donde constam a listagem das atividades).
 
 ENQUADRAMENTO CONFORME A CATEGORIA PROFISSIONAL
 
SÍNTESE: Desde a Lei n. 9.032/95, o enquadramento por grupo profissional não é mais possível, haja vista a necessidade de comprovação
pelo segurado da efetiva exposição habitual e permanente aos agentes nocivos.
 
 A Lei nº 9.032/95, modificando a sistemática legal, impôs a necessidade de comprovação pelo segurado da efetiva exposição habitual e
permanente aos agentes agressivos. 
 
 Com a alteração, o fator determinante para o reconhecimento do tempo especial passou a depender da comprovação do tempo de trabalho
permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudicassem a saúde ou integridade física, durante o período
mínimo fixado (15, 20 ou 25 anos). Destarte, desde a Lei n. 9.032/95, o enquadramento por grupo profissional não é mais possível. Em
sentido análogo, segue precedente do STJ:
 
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE INSALUBRE COMPROVADA POR PERÍCIA TÉCNICA. MECÂNICO. ENUNCIADO
SUMULAR Nº 198/TFR. 1. Antes da Lei 9.032/95, era inexigível a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos, porque o
reconhecimento do tempo de serviço especial era possível apenas em face do enquadramento na categoria profissional do trabalhador, à
exceção do trabalho exposto a ruído e calor, que sempre se exigiu medição técnica. (...) 4. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp
639.066/RJ, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 20.09.2005, DJ 07.11.2005 p. 345)
 
 
A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
 
 
SÍNTESE: A neutralização do agente nocivo pela utilização de equipamento protetiva descaracteriza o tempo especial, por se tratar de
inequívoca hipótese de não incidência do fato à norma.
 
 O ponto nuclear deste tópico é discutir se a utilização de equipamento protetivo descaracteriza o direito ao tempo especial.
 
 A antítese que será objeto de crítica decorre da Súmula n. 9 da Turma de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais:
“O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o
tempo de serviço especial prestado.”
 
 Com a devida vênia ao órgão, deve-se ter em mente que o fato gerador do tempo especial é a insalubridade (causada pelos agentes nocivos
externos) inerente às condições em que o trabalho é desempenhado. Dessa maneira, se a utilização efetiva do equipamento protetivo
neutraliza a nocividade, desaparecem, de uma só vez, o fato gerador do tempo especial e o fato gerador da contribuição destinada ao
financiamento da aposentadoria especial.
 
 Além do mais, se os equipamentos de proteção não tivessem reflexos na concessão da aposentadoria, qual seria a razão para o § 2º do art.
58 da Lei n. 8.213/91 exigir que do laudo técnico conste informações sobre a existência de tecnologia protetiva coletiva ou individual?
 
 Pela proximidade substancial temática entre o direito previdenciário e o direito laboral, faz-se interessante citar o Enunciado nº 80 do Tribunal
Superior do Trabalho: “A eliminação da insalubridade, pelo fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder
Executivo, exclui a percepção do adicional respectivo.” 
 
 Nada justifica a antecipação da aposentadoria, mediante conversão do tempo especial em comum, quando inexistente a exposição nociva do
segurado a um agente nocivo. Deve-se ponderar sobre a quaestio, levando em consideração o efeito multiplicador típico das lides
previdenciárias e os seus reflexos financeiros negativos junto ao Erário, sendo certo que todo direito tem seu custo para o Estado (“the cost of
the rights”). Direitos não nascem em árvores; eles dependem da observância de requisitos legais previamente estabelecidos. A concessão
desenfreada e sem critério de benesses previdenciárias acaba conferindo o caráter paternalista à Previdência Social brasileira, o que não
corrobora com o disposto no art. 201 da CF/88. 
 
 O STJ, em recente decisão, consignou a necessidade de análise particularizada de cada situação fática. Pela ementa adiante transcrita, o
Tribunal “claramente” deixou subentendida a seguinte orientação: o que exclui o direito à contagem de tempo especial não é o fornecimento
Num. 173183524 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110415052900000000166823359
Número do documento: 19110415052900000000166823359
ou a utilização efetiva, mas a neutralização do agente. Se assim não fosse, qual seria o motivo da ressalva “devendo cada caso ser apreciado
em suas particularidades”? 
 
 
PREVIDENCIÁRIO. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO. EXERCÍCIO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. COMPROVAÇÃO POR MEIO DE
FORMULÁRIO PRÓPRIO. POSSIBILIDADE ATÉ O DECRETO 2.172/97 – RUÍDOS ACIMA DE 80 DECIBÉIS CONSIDERADOS ATÉ A VIGÊNCIA
DO REFERIDO DECRETO. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. SIMPLES FORNECIMENTO. MANUTENÇÃO DA INSALUBRIDADE.
APLICAÇÃO DO VERBETE SUMULAR Nº 7/STJ. RECURSO IMPROVIDO. (...) 3. O fato de a empresa fornecer ao empregado o Equipamento
de Proteção Individual – EPI, ainda que tal equipamento seja devidamente utilizado, não afasta, de per se, o direito ao benefício da
aposentadoria com a contagem de tempo especial, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades. (...) 5. Recurso especial a
que se nega provimento. (REsp 720.082/MG, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 15.12.2005, DJ 10.04.2006
p. 279)
 Da mesma forma entendem os TRF da 3ª e 4ª Regiões:
 
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. CONVERSÃO DO TEMPO
ESPECIAL EM COMUM. INSTRUÇÕES NORMATIVAS 49/2001 E 57/2001. INCIDÊNCIA DAS NORMAS VIGENTES À ÉPOCA DO EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE ESPECIAL. ATIVIDADES QUE NÃO SÃO ESPECIAIS. AUSÊNCIA DE DIREITO À CONVERSÃO EM TEMPO COMUM. BENEFÍCIO
INDEVIDO. APELAÇÃO E REMESSA OFICIAL PROVIDAS.
 
1. Não é de se acolher a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, suscitada sob o fundamento de não somar o autor tempo de
serviço necessário à concessão da aposentadoria por tempo de serviço, porquanto a verificação da existência ou não desse requisito
depende da análise das provas produzidas nos autos e deve ser feita no julgamento do mérito da lide. Há que se ter presente que o direito de
ação é abstrato, e a procedência ou não do pedido diz respeito ao mérito da demanda, devendo o autor ser julgado carecedor da ação, por
impossibilidade jurídica do pedido, apenas se a lei proibir expressamente, em tese, o pedido ou a causa de pedir deduzidos na petição
inicial, o que inocorre no caso vertente. 2. Não convertida em lei a revogação do § 5.º do artigo 57 da Lei n.º 8.213/91 pelo artigo 32 da Medida
Provisória n.º 1.66315/98, e editadas as Instruções Normativas n.ºs 49/2001 e 57/2001, houvereconhecimento jurídico, pelo INSS, de que é
possível a conversão do tempo especial para o comum segundo a legislação vigente à época do exercício do trabalho especial. 3. Neste
caso, contudo, não há direito à conversão, por não serem especiais as atividades exercidas pelo autor. Quanto ao período de 01.10.1974 a
22.05.1976, em que o autor exerceu a atividade de acabador de imóveis, tendo sido exposto a verniz, seladora e pó de madeira, incide o
Decreto n.º 53.831, de 25.03.1964, vigente nesse período. O quadro a que se refere o artigo 2.º dessa norma não considera especial tal
atividade, inexistindo, desse modo, direito à conversão desse período para o tempo comum. 4. Relativamente ao período de 30.04.1978 a
14.09.1980, é aplicável o quadro a que se refere o artigo 2.º do Decreto n.º 53.831, de 25.03.1964, apenas até 28.02.1979. A partir de 1.º de
março de 1979, quanto aos níveis de ruído, incide anexo I ao Decreto n.º 83.080, de 24.01.1979, que, de um lado, por força do seu artigo 4.º,
entrou em vigor a partir de 1.º de março de 1979, e, de outro lado, por força de seu artigo 3.º, revogou as disposições em contrário,
considerando no código 1.1.5 insalubre a exposição a ruídos acima de 90 decibéis. O item 1.1.6 do quadro a que se refere o artigo 2.º do
Decreto n.º 53.831, de 25.03.1964, considera insalubre atividades com exposição a níveis de ruído superior a 80 decibéis.
 5. Não há como considerar insalubre o período de 30.04.1978 a 28.02.1979, pois está provado que houve efetiva utilização de protetor
auricular pelo autor e que esse equipamento neutralizou em 30 decibéis o nível de ruído, o qual, assim, não superou os 80 decibéis. Ainda
que a atividade exercida pelo autor, em tese, seja considerada insalubre no item 1.1.6 do quadro a que se refere o artigo 2.º do Decreto n.º
53.831, de 25.03.1964, o uso de equipamento de proteção individual que reduz a intensidade de ruído a nível inferior a 80 decibéis
descaracteriza a natureza especial dessa atividade, tornando-a comum, e como tal deve ser contada, para fins de contagem de tempo de
serviço. 6. Quanto ao período de 1.º de março de 1979 a 14.09.1980, também não existe direito à conversão. Ainda que o autor não houvesse
utilizado protetor auricular que reduziu em 30 decibéis a intensidade do ruído, o código 1.1.5 do anexo I ao Decreto n.º 83.080/79, vigente à
época, considera insalubre a exposição a ruídos acima de 90 decibéis, e a intensidade desse agente físico agressivo a que o autor foi
submetido nesse período era, na média, de 87 decibéis, inferior, portanto, ao citado limite regulamentar. 7. Finalmente, no que diz respeito ao
período de 15.09.1980 a 05.01.1998, as normas aplicáveis são o código 1.1.5 do anexo I ao Decreto n.º 83.080/79, até 05.03.1997, e, a partir
de 06.03.1997 até 28.05.1998, o item 2.0.4.do anexo IV ao Decreto n.º 2.172, de 05.03.1997. Esses dois decretos consideram insalubre
atividade com exposição a ruído superior a 90 decibéis. Tal período também não pode ser convertido de especial para comum. Primeiro,
pelos fundamentos acima expendidos quanto à comprovação de diminuição do nível de ruído pela utilização de protetor auricular pelo autor.
Segundo, porque não está correta a informação prestada pela empresa no SB-40, de que a exposição aos ruídos superiores a 90 decibéis foi
permanente. O autor trabalhava também em seções da empresa onde a intensidade de ruídos era inferior a 90 decibéis, afastando o caráter
permanente dessa exposição. 8. Sem a conversão, o tempo de serviço do autor soma 23 (vinte e três) anos, 11 (onze) meses e 20 (vinte)
dias, não atingindo o tempo mínimo necessário à concessão da aposentadoria por tempo de serviço. 9. Apelação e remessa oficial providas,
para julgar improcedente o pedido e condenar o autor a pagar ao réu os honorários
 
advocatícios, arbitrados em R$ 1.000,00 (um mil reais), com a ressalva do artigo 12 da Lei n.º 1.060/50, em virtude de aquele ser beneficiário
das isenções legais da justiça gratuita. (TRF3 - AC - APELAÇÃO CIVEL - 540821, Rel. Juiz CLÉCIO BRASCHI, PRIMEIRA TURMA, DJU
DATA:06/12/2002, PÁGINA: 359)
 
 
PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA - TEMPO DE SERVIÇO - ESPECIAL - CONVERSÃO - DECRETO-LEI 83.080/79 - ART. 60 - ATIVIDADE
NÃO ELENCADA NO ROL DAS QUE ENSEJAM APOSENTADORIA ESPECIAL - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A CARACTERIZAR
INSALUBRIDADE - ANALOGIA - APELAÇÃO IMPROVIDA. 1- CONSTATADO QUE, NA FUNÇÃO DE CONTRA-MESTRE, O APELANTE
NÃOEXERCIA ATIVIDADE CONSIDERADA INSALUBRE, PENOSA OU PERIGOSA, NOS TERMOS DO REGULAMENTO (ANEXOS I E II); E
TAMPOUCO FOI APRESENTADO LAUDO TÉCNICO PARA COMPROVAR O GRAU DE INSALUBRIDADE DO LOCAL DE TRABALHO,
CONSIDERADAS AS PARTICULARIDADES DAS FUNÇÕES EXERCIDAS PELO AUTOR. 2- VERIFICANDO-SE QUE A EXPOSIÇÃO DA SAÚDE
DE RISCOS É QUE JUSTIFICA A CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL, SEGUE-SE QUE, ACASO ELIMINADA A INSALUBRIDADE
Num. 173183524 - Pág. 4Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110415052900000000166823359
Número do documento: 19110415052900000000166823359
PELA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO INDIVIDUAL DE PROTEÇÃO, O TRABALHO TORNA-SE COMUM, NÃO HAVENDO NENHUMA
JUSTIFICATIVA PARA O RECONHECIMENTO DO TRABALHO COMO ATIVIDADE ESPECIAL PARA FINS DE APOSENTADORIA. NÃO
APRESENTA O AUTOR QUALQUER PROVA, A DEMONSTRAR QUE A ALEGADA INSALUBRIDADE TERIA PERSISTIDO, NÃO OBSTANTE A
ATUALIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO. 3- NÃO COMPROVADA A INSALUBRIDADE, PRESSUPOSTO ESSENCIAL PARA A
QUALIFICAÇÃO DO TRABALHO COMO ESPECIAL, SEGUE-SE QUE A LEI NÃO CONTÉM LACUNAS A JUSTIFICAR INTEGRAÇÃO ANALÓGICA,
UMA VEZ QUE DEIXOU DE PREVER SITUAÇÃO QUE, EFETIVAMENTE, NÃO DEVERIA CONTEMPLAR. 4- VERIFICA-SE, AINDA, QUE O AUTOR
SEQUER REQUEREU A REALIZAÇÃO DE PERÍCIA JUDICIAL, QUE PODERIA, EVENTUALMENTE ELIDIR OS ELEMENTOS DE CONVICÇÃO
QUE DESACONSELHAM O ACOLHIMENTO DO PEDIDO.
 5- APELO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (TRF3 - AC - APELAÇÃO CIVEL - 55468, Rel. Juiz SANTORO FACCHINI, QUINTA TURMA, DJU
DATA:08/08/2000 PÁGINA: 599).
 
 
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. ATIVIDADE ESPECIAL. LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL. EPI. COMPROVAÇÃO. CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM. POSSIBILIDADE ATÉ 28-05-98. LEI 9.711/98.
REQUISITOS LEGAIS. CARÊNCIA E TEMPO DE SERVIÇO. PREENCHIMENTO. 1. Uma vez exercida atividade enquadrável como especial, sob
a égide da legislação que a ampara, o segurado adquire o direito ao reconhecimento como tal e ao acréscimo decorrente da sua conversão
em tempo de serviço comum. 2. Constando dos autos a prova necessária à demonstração do exercício de atividade sujeita a condições
especiais, conforme a legislação vigente na data da prestação do trabalho, deve ser reconhecido o respectivo tempo de serviço. 3. O uso de
equipamentos de proteção individual não é suficiente para descaracterizar a especialidade da atividade, a não ser que provada a sua real
efetividade por meio de perícia técnica especializada e desde que devidamente demonstrado o uso permanente pelo empregado durante a
jornada de trabalho. Precedentes STJ. 4. A conversão do tempo de serviço especial em comum é devida para o labor exercido tão-somente
até 28-05-98, a teor do art. 28 da Lei nº 9.711/98. Precedentes das Egrégias Quinta e Sexta Turmas do STJ. 5. Presentes os requisitos de
tempo de serviço e carência, é devida à parte autora a aposentadoria por tempo de serviço nos termos da Lei nº 8.213/91. (TRF4 - REO -
REMESSA EX OFFICIO, Processo: 200371000042656, Rel. Juiz OTÁVIO ROBERTO PAMPLONA, QUINTA TURMA, DJU DATA:15/06/2005
PÁGINA: 851).
 
 Por conseguinte, tem-se que a neutralização do agente nocivo pela utilização de equipamento protetiva descaracteriza o tempo especial, por
se tratar de inequívoca hipótese de não incidência do fato à norma.
 
 CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO
 
SÍNTESE: Somente é possível converter tempo especial em comum durante o interregno temporal compreendido entre 10.12.80 (data da Lei
n. 6.887/80) e 28.05.98 (data da MP n.1.663-10)
 
 
 Termo inicial de conversão de tempo especial em comum: somente a partir da Lei nº 6.887, de 10 de dezembro de 1980, possibilitou-se que
o tempo de serviço exercido alternadamente em atividades comuns e em atividades especiais pudesse ser convertido, segundo critérios de
equivalência fixados pelo Ministério da Previdência Social, e adicionado, não apenas para o deferimento de aposentadoria especial, mas
também para a obtenção de aposentadoria comum. 
 
 Dois são os argumentos favoráveis à tese da irretroatividade da Lei n. 6.887/80: 1º) Tempus regit actum: deve-se observar a legislação
vigente na data em que a atividade especial foi prestada, por questões de segurança jurídica; 2º) tendo em vista o perfil do modelo contributivo
da necessidade de fonte de custeio, o próprio sistema previdenciário constitucionalmente adequado deve ser institucionalizado com vigência,
em princípio, para o futuro (argumento posto pelo STF – Informativo n. 455 - Concessão de Benefício Previdenciário e Legislação Aplicável - 5)
 
 Parte da doutrina empreende contra-argumentações, levando em consideração: 1º) o tempo verbal utilizado no art. 2º da Lei n. 6.887/80; 2º) a
remissão desta lei à Lei n. 5.890/73; e, 3º) possibilidade de retroatividade de lei mais benéfica. Nesse contexto, vale transcrever o art. 2º da Lei
nº 6.887/80, dispositivo que conferiu nova redação ao art. 9º da Lei nº 5.890/73, permitindo a conversão de tempo especial em comum:
 
“O tempo de serviço exercido alternadamente em atividades comuns e em atividades especiais que, na vigência desta Lei, sejam ou venham
a ser consideradas penosas, insalubres ou perigosas, será somado, após a respectiva conversão, segundo critérios de equivalência a
serem fixados pelo Ministério da Previdência Social, para efeito de aposentadoria de qualquer espécie.”
 O emprego da forma “particípio” tem conteúdo verbal genérico, não estando vinculado unicamente ao passado. Desse modo, o legislador
não teria incorrido em erro lingüístico se houvesse deixado expresso o termo inicial de conversão: “a partir da data de início da vigência desta
lei, o tempo de serviço exercido”, o que faria transparecer claramente a idéia de futuro. 
 
 Quanto à remissão normativa à Lei n. 5.890/73, trata-se de manifesto erro material do texto, até porque, segundo a tradição do direito
brasileiro, a retroatividade é medida excepcional, sob pena de ofensa à segurança jurídica. Logo, é totalmente inviável o argumento de que o
próprio legislador fez retroagir a 1973 (início da vigência da Lei n. 5.890) a possibilidade de conversão de tempo especial em comum. 
 
 Ademais, não há que se falar em retroatividade da lei vantajosa para o beneficiário, por inexistir, no direito pátrio vigente – assim como
jamais houve no anterior –, norma jurídica genérica que preveja a retroação benéfica, como ocorre com a lei penal, que pode, por expressa
determinação constitucional e infraconstitucional, retroagir para beneficiar o réu.
 
 Termo final de conversão de tempo especial em comum: o STJ, por outro lado, vem decidindo reiteradamente que apenas é possível a
conversão de tempo de serviço especial em comum até 28 de maio de 1998, data do advento da Medida Provisória n. 1.663-10. Segue
recente decisão:
Num. 173183524 - Pág. 5Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110415052900000000166823359
Número do documento: 19110415052900000000166823359
 
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. CONTAGEM DE
TEMPO DE SERVIÇO. EXERCÍCIO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. ATIVIDADES INSALUBRES. PRESUNÇÃO DE EXPOSIÇÃO A AGENTES
NOCIVOS ATÉ A EDIÇÃO DA LEI 9.032/95. MP 1.523/96. EXIGÊNCIA DE LAUDO TÉCNICO PERICIAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
(...) 2. É permitida a conversão em comum do tempo de serviço
 prestado em condições especiais, para fins de concessão de aposentadoria, nos termos da legislação vigente à época em que exercida a
atividade especial, desde que anterior a 28/5/1998. (...) 8. Recurso especial a que se dá parcial provimento. (REsp 735.174/SP, Rel. Ministro 
ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 06.06.2006, DJ 26.06.2006 p. 192)
 
 
IV. EVENTUALMENTE
 
 
APRESENTAÇÃO POSTERIOR DOS DOCUMENTOS
 
 Na hipótese de procedência do pedido, requer-se que a data de início do benefício seja fixada na data de citação do INSS, caso os
documentos comprobatórios do tempo especial, utilizados para a convicção deste magistrado, não tenham sido juntados no processo
administrativo, razão pela qual se requer, desde logo, a expedição de ofício à agência competente para que sejam juntados os autos do
processo administrativo e, consequentemente, garantida a melhor instrução probatória. 
 
PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL
 
 Ainda em atenção ao princípio da eventualidade, requer-se a pronúncia da prescrição das parcelas que antecederam ao ajuizamento da
presente actio, a teor do Decreto n. 20.910/32 e do art. 103, parágrafo único, da Lei n. 8.213/91.
 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
 
 
 Caso a ação tramite sob o procedimento ordinário, que os honorários advocatícios sejam fixados em percentual inferior ao mínimo de 10%
estabelecido no § 3º do art. 20 do CPC. Segue recente decisão do STJ:
 
 PROCESSO CIVIL. AÇÃO COLETIVA. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS. PERCENTUAL. ART. 20, §§ 3º E 4º DO CPC.
ADVOGADO. CABIMENTO. LEI Nº 9.494/97, ART. 1º-D. INAPLICABILIDADE. I - É possível a condenação da Fazenda Pública ao pagamento de
honorários advocatícios em percentual inferior ao mínimo de 10 % (dez por cento) estabelecido no § 3º do artigo 20 do CPC. Precedentes do
STJ. (...) (AgRg nos EREsp 791.029/RS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13.12.2006, DJ 05.02.2007 p. 200)
 
 De efeito, nas lides previdenciárias, a fixação dos honorários dependerá da apreciação eqüitativa do juiz, o qual, por sua vez, deve seguir
como critérios de valoração os previstos nas alíneas do § 3º do art. 20, dentre os quais destacamos: a) o grau de zelo profissional; e, b) a
natureza e a importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
 
 Ora, Excelência, atualmente, o acesso às informações previdenciárias e à Justiça está deveras facilitado, haja vista a existência de
facilidades operacionais, como o sistema informatizado do CNIS (donde constam as informações laborais do segurado) e o setor de
Contadoria deste Juízo, responsável pela verificação do extrato de tempo de serviço e das diferenças remuneratórias devidas. Com isso, tem-
se como mínima a atuação do patrono da parte autora, devendo os honorários ser fixados em percentual inferior ao limite mínimo.
 
V. PEDIDOS
 
 
 Ante o exposto, caso não sejam acolhidas as preliminares argüidas, o INSS sejam os pedidos julgados improcedentes em todos os seus
termos. Eventualmente, que a data de início do benefício seja fixada na data de citação do INSS, caso os documentos comprobatórios do
tempo especial, utilizados para a convicção deste magistrado, não tenham sido juntados no processo administrativo. Ainda em atenção ao
princípio da eventualidade, que seja pronunciada a prescrição qüinqüenal, e que os honorários advocatícios sejam fixados abaixo do limite
mínimo constante do art. 20, § 3º do CPC. Por derradeiro,
 
protesta o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, mormente pela juntada do processo administrativo, razão pela qual se
requer a expedição de ofício à agência responsável de modo a viabilizar o atendimento a tal pedido.
 
 Exora deferimento.
 
 São Paulo, 31 de outubro de 2.019.
 
MARIA CRISTINA ALVES PAISANA
Procuradora Federal
Matrícula n. 1.358.362
Num. 173183524 - Pág. 6Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19110415052900000000166823359
 
 
 
MARIA CRISTINA ALVES PAISANA
INSSNum. 173183524 - Pág. 7Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110415052900000000166823359
Número do documento: 19110415052900000000166823359
 
PODER JUDICIÁRIO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
CERTIDÃO N.º 6301222309/2019
PROCESSO N° 0034444-85.2019.4.03.6301
AUTOR(A) MAURICIO PEREIRA DA SILVA
CERTIDÃO
CERTIFICO e DOU FÉ que em 04/11/2019 às 00:00:01 horas foi 
automaticamente realizada a citação e/ou intimação do(a) 
parte INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (
PREVID) por meio eletrônico, nos termos do art. 5.º da Lei 
11.419/06.
O referido é verdade e dou fé.
São Paulo/SP, 04 de novembro de 2019.
MARLENE ANDRADE RODRIGUES DO PRADO
OFICIAL DE JUSTIÇA
 
Num. 173183523 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: MARLENE ANDRADE RODRIGUES DO PRADO - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19110414551100000000166823358
Número do documento: 19110414551100000000166823358
 
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
PROCESSO N° 0034444-85.2019.4.03.6301
AUTOR(A) MAURICIO PEREIRA DA SILVA
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que foi publicado em 25 de outubro de 
2019, o expediente nº 6301000401/2019, correspondente ao 
dispositivo do termo, devidamente disponibilizado no Diário 
Eletrônico da Justiça no dia útil anterior à sua publicação 
(Resolução n.º 295/2007 e Comunicado COGE n.º 82).
Eu, LUCIOMAR LIDIO DE MATOS, ANALISTA JUDICIÁRIO, RF 
5830. São Paulo/SP, 25 de outubro de 2019.
 
Num. 173183522 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: LUCIOMAR LIDIO DE MATOS - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19102515424500000000166823357
Número do documento: 19102515424500000000166823357
 
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
TERMO Nr: 6301222309/2019
PROCESSO Nr: 0034444-85.2019.4.03.6301 AUTUADO EM 08/08/2019
ASSUNTO: 040104 - APOSENTADORIA ESPECIAL (ART. 57/8) - BENEF. EM ESPÉCIE/ 
CONCESSÃO/ CONVERSÃO/ RESTABELECIMENTO/ COMPLEMENTAÇÃO
CLASSE: 1 - PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
AUTOR: MAURICIO PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO(A)/DEFENSOR(A) PÚBLICO(A): SP137828 - MARCIA RAMIREZ
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
ADVOGADO(A): SP999999 - SEM ADVOGADO
DISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO EM 09/08/2019 14:32:56
DATA: 22/10/2019
DESPACHO
<#Diante da questão submetida a julgamento no Tema Repetitivo n. 1031/STJ: 
“Possibilidade de reconhecimento da especialidade da atividade de vigilante, exercida após a 
edição da Lei 9.032/1995 e do Decreto 2.172/1997, com ou sem o uso de arma de fogo.”, a 
Primeira Seção determinou a suspensão da tramitação de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão, em todo o território nacional (acórdão 
publicado no DJe de 21/10/2019).
Assim, cancele-se eventual audiência agendada e remeta-se o feito ao arquivo 
sobrestado, identificando o processo através do “Tema Repetitivo n. 1031/STJ”.
Int.#>
FABIANO LOPES CARRARO
Juiz(a) Federal
 
Num. 173183521 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: FABIANO LOPES CARRARO - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19102218105800000000166823356
Número do documento: 19102218105800000000166823356
 
PODER JUDICIÁRIO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
CERTIDÃO N.º 6301055395/2019
PROCESSO N° 0034444-85.2019.4.03.6301
AUTOR(A) MAURICIO PEREIRA DA SILVA
CERTIDÃO
CERTIFICO e DOU FÉ que em 03/10/2019 às 01:00:01 horas foi 
automaticamente realizada a citação e/ou intimação do(a) 
parte INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (
PREVID) por meio eletrônico, nos termos do art. 5.º da Lei 
11.419/06.
O referido é verdade e dou fé.
São Paulo/SP, 03 de outubro de 2019.
ALESSANDRA TOLEDO NANCI MARTINS FERREIRA
OFICIAL DE JUSTIÇA
 
Num. 173183520 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ALESSANDRA TOLEDO NANCI MARTINS FERREIRA - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19100310022900000000166823355
Número do documento: 19100310022900000000166823355
 
PODER JUDICIÁRIO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
CERTIDÃO N.º 6301195258/2019
PROCESSO N° 0034444-85.2019.4.03.6301
AUTOR(A) MAURICIO PEREIRA DA SILVA
CERTIDÃO
CERTIFICO e DOU FÉ que em 30/09/2019 às 01:00:00 horas foi 
automaticamente realizada a citação e/ou intimação do(a) 
parte INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (
PREVID) por meio eletrônico, nos termos do art. 5.º da Lei 
11.419/06.
O referido é verdade e dou fé.
São Paulo/SP, 30 de setembro de 2019.
MARLENE ANDRADE RODRIGUES DO PRADO
OFICIAL DE JUSTIÇA
 
Num. 173183519 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: MARLENE ANDRADE RODRIGUES DO PRADO - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19093015135300000000166823354
Número do documento: 19093015135300000000166823354
 
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
PROCESSO N° 0034444-85.2019.4.03.6301
AUTOR(A) MAURICIO PEREIRA DA SILVA
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que foi publicado em 24 de setembro de 
2019, o expediente nº 6301000352/2019, correspondente ao 
dispositivo do termo, devidamente disponibilizado no Diário 
Eletrônico da Justiça no dia útil anterior à sua publicação 
(Resolução n.º 295/2007 e Comunicado COGE n.º 82).
Eu, LUCIOMAR LIDIO DE MATOS, ANALISTA JUDICIÁRIO, RF 
5830. São Paulo/SP, 24 de setembro de 2019.
 
Num. 173183518 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: LUCIOMAR LIDIO DE MATOS - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19092414024200000000166823353
Número do documento: 19092414024200000000166823353
 
PODER JUDICIÁRIO
Juizado Especial Federal Cível São Paulo
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
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MANDADO DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
MANDADO N.º 6301055395/2019
VARA 7ª VARA GABINETE
PROCESSO N° 0034444-85.2019.4.03.6301 BENEF Nº NASC 17/01/1962
ASSUNTO 040104 - APOSENTADORIA ESPECIAL (ART. 57/8) - BENEF. EM ESPÉCIE/ 
CONCESSÃO/ CONVERSÃO/ RESTABELECIMENTO/ COMPLEMENTAÇÃO
AUTOR(A) 3490982 - MAURICIO PEREIRA DA SILVA
ENDEREÇO RUA RITA BAREM DE MELO, 27 -
-
VILA BELA VISTA (ZONA NORTE)
SAO PAULO/SP - CEP 002617-030
NOME DA MÃE TEREZA CANDIDA DA SILVA
RÉU INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
CITANDO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
ENDEREÇO RUA CORONEL XAVIER DE TOLEDO, 290 - REPÚBLICA -
SAO PAULO/SP - CEP 001048-100
O(A) EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL, do Juizado Especial Federal 
de São Paulo/SP,
MANDA ao Oficial de Justiça Avaliador, a quem for o presente distribuído, 
que, em seu cumprimento, proceda a:
1. CITAÇÃO do(a) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID), na 
pessoa de seu CHEFE DE SERV UNIDADE AVANÇADA DE ATENDIMENTO SP (CENTRO) E SEU PROCURADOR 
CHEFE, para CONTESTAR, querendo, os fatos e fundamentos deduzidos no feito em epígrafe, 
no prazo de 30 dias úteis, bem como manifestar seu interesse na conciliação. Fica advertido 
o réu de que não sendo contestada a ação, presumir-se-ãoaceitos como verdadeiros os 
fatos articulados pelo(a) autor(a).
2. INTIMAÇÃO da Autarquia:
2.2 Para que apresente em Juízo, com a contestação, cópia do processo administrativo 
referente ao benefício previdenciário em discussão na lide, incluindo memória do cálculo 
da RMI, relação de seus salários de contribuição integrantes do período básico do 
cálculo, com indicação do coeficiente de cálculo aplicado e grupo de 12 acima do MVT, 
histórico de créditos (HISCRE) de todos os valores até hoje pagos à parte autora, 
revisões e exames médicos efetivados administrativamente, bem como outros documentos que 
entender necessários ao deslinde da questão.
CUMPRA-SE, na forma e sob as penas da lei, cientificando-o de que este Juízo 
funciona no Juizado Especial Federal , localizado no endereço em epígrafe, com expediente 
das 09:00:00 às 19:00:00 horas.
DADO E PASSADO, nesta cidade de São Paulo/SP, em 23 de setembro de 2019. Eu, 
(GISELE FUMIE SUGAHARA) TÉCNICO JUDICIÁRIO RF 5379, expedi o presente mandado judicial, 
que segue subscrito pelo(a) Diretor(a) de Secretaria, por ordem do(a) MM. Juiz(a) 
Federal.
Vanessa Albano Alves
Diretora de Secretaria 
 
Num. 173183517 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: VANESSA ALBANO ALVES - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19092314000800000000166823352
 
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
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São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
TERMO Nr: 6301195258/2019
PROCESSO Nr: 0034444-85.2019.4.03.6301 AUTUADO EM 08/08/2019
ASSUNTO: 040104 - APOSENTADORIA ESPECIAL (ART. 57/8) - BENEF. EM ESPÉCIE/ 
CONCESSÃO/ CONVERSÃO/ RESTABELECIMENTO/ COMPLEMENTAÇÃO
CLASSE: 1 - PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
AUTOR: MAURICIO PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO(A)/DEFENSOR(A) PÚBLICO(A): SP137828 - MARCIA RAMIREZ
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
ADVOGADO(A): SP999999 - SEM ADVOGADO
DISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO EM 09/08/2019 14:32:56
DATA: 19/09/2019
DECISÃO
Trata-se de pedido de Revisão de Aposentadoria com reconhecimento de tempo de serviço 
especial, com antecipação de tutela. 
Em sede liminar, não constato a presença dos pressupostos necessários à concessão do 
benefício.
Da análise da inicial não exsurge de forma cristalina o direito alegado pelo segurado, sendo 
caso, portanto, de franquear-se o contraditório ao INSS para o fim de conhecer da matéria em toda a sua 
complexidade (exame de laudos, formulários e contagem/conversão de tempo de serviço) no momento 
processual oportuno (sentença), em cognição exauriente.
Ademais, não está comprovado que haja risco de dano irreparável caso a análise do pedido 
ocorra por ocasião da prolação da sentença, não configurando o mencionado dano, pura e simplesmente, 
a genérica referência ao caráter alimentar da verba postulada.
<# Ante o exposto, indefiro a antecipação de tutela provisória.
Faculto à parte autora o prazo de 30 (trinta) dias para junte aos autos, documentos que 
comprovem o exercício das atividades especiais postuladas com indicação da exposição do agente 
agressivo de forma habitual e permanente e com comprovação de que o profissional que assinou o Laudo 
técnico/formulário/PPP tinha poderes devidamente constituídos pelo representante legal da empresa, 
através da juntada de procuração ou outro documento equivalente.
Diante da competência deste JEF/SP, manifeste a parte autora, se há interesse em renunciar 
ao valor excedente do limite de alçada, no eventual caso de procedência do pedido, no silêncio, 
considerar-se-á opção pelo recebimento integral das diferenças.
Por fim, determino a juntada aos autos pela parte autora da cópia completa e legível do PA (
 
Num. 173183516 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: FABIANO LOPES CARRARO - 11/12/2021 17:02:26
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091917402900000000166823351
Número do documento: 19091917402900000000166823351
benefício em análise) contendo principalmente a contagem de tempo quando do indeferimento, no prazo 
de 60 (sessenta) dias, sob pena de extinção do feito, caso não o tenha feito. 
Intime-se. Cite-se o INSS.#>
FABIANO LOPES CARRARO
Juiz(a) Federal
 
Num. 173183516 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: FABIANO LOPES CARRARO - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19091917402900000000166823351
 
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1345 - Bela Vista - CEP 01311-200
São Paulo/SP Fone: (11) 2927-0150
PROCESSO N° 0034444-85.2019.4.03.6301
AUTOR(A) 3490982 - MAURICIO PEREIRA DA SILVA
CERTIDÃO
CERTIFICO E DOU FÉ QUE em cumprimento a r. determinação judicial, procedi o 
cadastro do processo no SISJEF
. Eu, AUGUSTA TELES DO AMARAL, TÉCNICO JUDICIÁRIO, RF 938. São 
Paulo/SP, 18 de setembro de 2019.
 
Num. 173183515 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ANTONIO CARLOS DE QUEIROZ PINHEIRO - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19091816030400000000166823350
 
Num. 173183514 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
Num. 173183514 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
Num. 173183514 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
Num. 173183514 - Pág. 4Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Num. 173183514 - Pág. 8Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
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Num. 173183514 - Pág. 12Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
Num. 173183514 - Pág. 13Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
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Número do documento: 19091614280400000000166823349
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Num. 173183514 - Pág. 30Assinado eletronicamente por: ADMINISTRADOR - 11/12/2021 17:02:26
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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA CAPITAL/SP
PROCESSO nº 00344448520194036301
 
 MAURICIO PEREIRA DA SILVA, devidamente qualificado