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057 - Manejo da dor pAs-operatAria em pacientes adultos 2

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057 
Protocolo do manejo da dor no pós-
operatório em pacientes adultos 
Última revisão: 
Estabelecido em:17/05/2017 
 
 
Responsáveis / Unidade 
 Vanuza Fortes Ribeiro- Médica da CCPC 
 
 
Colaboradores 
Guilherme Freire Garcia- Médico da CCPC 
Hessem Miranda Neiva- Farmacêutica da DIRASS 
Natasha Preis Ferreira- Enfermeira do HJXXIII 
 
 
Validadores 
Nome – Função |Especialidade| Unidade 
Disponível em www.fhemig.mg.gov.br e intranet 
 
 Pág. 2 
 
INTRODUÇÃO / RACIONAL 
A dor é definida pela International Association for the Study of Pain (IASP) como “uma 
experiência sensorial e emocional desagradável associada com atual ou potencial dano de 
tecido ou descrita em termos de tal dano” (Merskey & Bogduk, 1994). A dor aguda é 
definida como de início recente e duração provavelmente limitada. “Usualmente tem uma 
causa temporalmente identificável e relação causal com doença ou trauma.”. 
A dor no pós-operatório imediato é considerada normal e esperada, e talvez por isto mesmo, 
não raro, deixa de ser tratada adequadamente. Estudo realizado no Hospital das Clínicas de 
São Paulo verificou que apenas 20% dos pacientes apresentavam controle adequado da dor 
nas primeiras 24h, embora 50% deles apresentassem dor intensa nas 48 horas iniciais¹. 
Estudo realizado nos Estados Unidos com 500 operados revelou que 77% deles 
apresentavam dor no pós-operatório e destes em 80% a dor era classificada como moderada 
a intensa², 9. 
As equipes assistenciais precisam ser treinadas a entender a dor como o 5° sinal vital a ser 
avaliado deixando desconsiderá-la apenas um incômodo e reconhecendo que estão 
envolvidos no processo complexas reações fisiológicas com manifestações autossômicas e 
psicológicas. (Tabela I) 
Tabela I - Consequências fisiológicas da dor pós-operatória 
Condição Consequências 
Nível de 
evidência 
Resposta ao stress 
cirúrgico 
 Trauma tecidual resulta em liberação dos mediadores da 
inflamação e dos hormônios do stress 
 Ativação das respostas ao stress levando a: 
• Retenção hídrica; 
• Elevação dos índices metabólicos 
2a 
Complicações 
respiratórias 
 Respiração superficial 
 Supressão da tosse 
 Colapso lobular 
 Retenção de secreção pulmonar 
 Infecção 
2b 
Complicações 
cardiovasculares 
 Hipertensão 
 Taquicardia 
 Aumento do trabalho miocárdio que pode conduzir a: 
• Isquemia miocárdica 
• Angina 
• Infarto 
2b 
Complicações 
tromboembólicas 
 Redução da mobilidade devida ao manejo inadequado da dor pode 
conduzir a episódios tromboembólicos 
2a 
Complicações 
gastrointestinais 
 Estase gástrica 
 Íleo paralítico 
2b 
Complicações 
musculoesqueléticas 
Inadequado manejo da dor e prolongado período no leito pode causar: 
• Redução de mobilidade 
• Atrofia muscular 
3 
Complicações 
psicológicas 
Dor pré-operatória pode causar medo e ansiedade que se manifestam 
como: 
• Raiva; 
• Ressentimento; 
• Hostilidade para com a equipe médica e de enfermagem; 
• Estes sintomas são frequentemente acompanhados de insônia. 
3 
Fonte: Post-operative pain management. In: Guidelines on pain management.-NationalGuidelinesof clearinghouse,2010 
 Pág. 3 
 
PALAVRAS CHAVE 
Pain, postoperative pain, post-surgery pain, management of pain, 
OBJETIVOS 
Implementar a percepção da dor como o 5º Sinal Vital e a necessidade de medicá-la 
adequadamente; 
 Avaliar as características da dor relatada pelo paciente; 
 Aplicar escala visual a fim de quantificar a dor; 
 Padronizar o tratamento adequado aos diversos níveis de dor relatados pelo 
paciente; 
 Implementar atendimento múlti profissional da dor. 
POPULAÇÃO ALVO 
Pacientes acima de 18 anos atendidos em serviços de urgência com indicação cirúrgica, 
pacientes de cirurgia eletiva. 
UTILIZADORES POTENCIAIS 
Equipes médicas (Anestesista, clínico, ortopedista), enfermagem, fisioterapia e psicologia em 
todos os serviços médicos hospitalares. 
METODOLOGIA 
Busca com os Mesh terms descritas acima nas principais bases de dados Cochrane, Pubmed, 
Tripdatabase, Medlineno período entre 2010 e 2016, 
Pesquisa da legislação brasileira referente à dor, 
Protocolos internacionais. 
RECOMENDAÇÕES E PRINCIPAIS EVIDÊNCIAS 
1. O tratamento da dor deve ser sempre individualizado levando em consideração todos 
os fatores que interferem na percepção da dor. 
2. O manejo adequado da dor implica o reconhecimento desta como o 5º sinal vital, e, 
monitoramento por toda a equipe assistencial. 
3. O manejo adequado, nos pacientes cirúrgicos, pressupõe que o tratamento se inicie 
antes da cirurgia modificando estímulos nociceptivos e minimizando risco de 
anlodipia e hiperalgesia. 
4. O uso de analgesia multimodal iniciada mesmo antes do ato cirúrgico propicia melhor 
manejo da dor. 
5. Associações medicamentosas que diminuam o uso de opioides. 
Siglas 
ACP - Analgesia controlada pelo paciente 
AINES - Drogas anti-inflamatórias não-
esteróides (NSAID) (AINES) 
COX - Inibidores ciclooxigenase 
EVA - Escala Visual Analógica 
IM - Intramuscular 
IV - Intravenoso 
NMDA - receptores N-Metil D-aspartato 
(glutamatérgicos) 
 Pág. 4 
 
PCA – Patient controlled analgesia ou 
analgesia controlada pelo paciente 
SC - Subcutâneo 
RAM - Reação adversa a medicamento 
VO - Via oral
Definições 
 
 
MATERIAL / PESSOAL NECESSÁRIO 
 Equipe médica, de enfermagem, de psicologia e de fisioterapia treinadas; 
 Escala visual analógica (EVA) de dor; 
 Medicamentos antiálgicos e equipamentos disponíveis e conservados. 
 A participação do paciente respeitando sua percepção pessoal e preferências 
medicamentosas. 
ATIVIDADES ESSENCIAIS 
A dor pode ser afetada por características individuais, influências socioculturais e de 
personalidade além do tipo de cirurgia e do local operado. 
Intensidade crescente da dor conforme procedimentos cirúrgicos 
Cirurgia torácica 
Cirurgia abdominal superior 
Cirurgia ortopédica 
Cirurgias periféricas 
São atividades iniciais: 
O controle da dor e o alívio do sofrimento são responsabilidade e compromisso de todos os 
profissionais da área de saúde (Tabela 2) 
 
 
 
 
 
 
DOR NOCICEPTIVA 
Dor derivada de uma lesão tecidual contínua, por ativação dos 
nocirreceptores; receptores sensoriais que enviam sinais que causam 
a percepção da dor, em resposta a um estímulo potencial de dano. 
ALODINIA 
Sensação dolorosa causada por estímulos que habitualmente não 
causam dor, como um leve toque; 
HIPERALGESIA Sensibilidade exagerada a estímulos dolorosos 
ANALGESIA MULTIMODAL 
É a associação de duas ou mais drogas ou de técnicas analgésicas de 
classes diferentes objetivando doses menores e benefícios maiores. 
ANALGESIA CONTROLADA 
PELO PACIENTE 
Analgesia por via venosa, epidural ou subcutânea (geralmente 
opioides) sob controle do paciente, com utilização de bombas de 
infusão programáveis para limitar dose e velocidade da medicação. 
Promoção de alívio contínuo. 
Os objetivos do manejo adequado da dor no pós-operatório imediato são a melhora do 
conforto e da satisfação do paciente, promover a rápida mobilização e recuperação 
funcional do paciente, reduzindo a morbimortalidade e a permanência hospital. 
 
 Pág. 5 
 
Tabela II - Controle da dor 
Ações Profissional responsável 
 Considerar a dor como 5º sinal vital no pós-operatório, 
utilizando escala visual analógica (figura 1) ou verbal quando 
esta não for aplicável 
 Enfermagem 
 Documentar em prontuário as características e intensidade 
da dor 
 Múlti profissional 
 Determinar período de reavaliação  Enfermagem 
 Determinar intervenções medicamentosas  Médico 
 Determinar intervenções não medicamentosas  Múlti profissional 
• Figura 1- Escala Visual Analógica (EVA) 
 
”O controle da dor não deve ser estandardizado, mas sim individualizado conforme as 
necessidades e preferências pessoais de cada paciente, levando em conta o local da 
cirurgia.” (Uptodate) 
Manejo pré-operatórioda dor 
 
Técnicas não farmacológicas de controle da dor 
Existe uma rede neural amplamente distribuída no cérebro que pode explicar por que as 
terapias não farmacológicas podem ser bastante eficazes para o alívio da dor. Entretanto, 
ainda são pouco conhecidas e utilizadas as técnicas não farmacológicas para controle da dor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A avaliação e preparo prévio do paciente permitem um manejo adequado da dor no pós–
operatório. Grau de recomendação A 
 Pág. 6 
 
Tabela III - Manejo não farmacológico da dor 
Analgesia antes de iniciar a cirurgia, modifica 
receptores nociceptivo, diminuindo a alodinia e 
hiperalgesia. Parte inicial da Analgesia 
Multimodal 
Medicação pré-anestésica com antagonistas 
NMDA (cetamina, dextrometorfano), ou AINH 
30 a 60 minutos EV antes da cirurgia 
Intervenções psicológicas: 
Terapiascomportamentais e cognitivas para 
diminuir a ansiedade e medo da dor 
Podem reduzir as necessidades de medicação 
no pós-operatório 
Manter e ajustar dose de medicação analgésica 
utilizada no pré-operatório, verificar preferência 
do paciente. 
Evita síndrome de abstinência 
Intervenções fisioterápicas: 
Tens 
Massoterapia 
 
Intervenções da enfermagem 
Informação e orientação, massagem, 
reposicionamento, conforto, distração, 
controle ambiental (luz, ruídos, temperatura, 
etc.) 
Controle da dor pós-operatório 
1- Avaliação da dor 
Anotar resultados da escala de dor, e características da dor. 
No pós-operatório imediato a dor deve ser avaliada inicialmente de 15/15’ 
Espaçar gradativamente para 1-2 horas e 
Na enfermaria avaliar cada 4 ou 8 horas. 
Dores não esperadas, exacerbações, e não controláveis indicam reavaliação. 
Técnicas analgésicas sistêmicas 
O tratamento da dor pós-operatória deve ser feito de forma regular e não de demanda, 
atendendo às necessidades individuais de cada paciente. A equipe deve ter familiaridade 
com as técnicas oferecidas e medicamentos escolhidos. 
 Vários guidelines indicam fortemente o uso de analgesia multimodal envolvendo 
simultaneamente o uso de combinações de vários medicamentos e diferentes 
técnicas. O objetivo é atuação tanto no sistema nervoso central quanto 
perifericamente agindo em diferentes receptores. Através destas associações pode 
se obter alívio superior da dor e diminuir de maneira importante o consumo de 
opioides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pág. 7 
 
Tabela IV - Efeitos colaterais dos opioides - Prevenção e manejo 
Evento adverso Prevenção Manejo 
Náusea e 
vômitos 
Metoclopramida 10 mg 
VO 
1. Investigar outras causas de náuseas (por 
exemplo, constipação, obstrução intestinal) e 
tratar por orientações. 
2. Se a analgesia for satisfatória, reduzir a dose 
de opiáceo em 25%ou troque o opioide 
3. Adicione ou aumente medicamentos não-
opiáceos para controle multimodal da dor 
Constipação 
Todos pacientes que 
recebem opioides devem 
receber educação para a 
gestão do intestino. 
1. Avaliar as possíveis causas de constipação 
(obstrução do intestino) 
2. Adicionar leite de magnésio oral concentrado 
(1170/5 mL) 10 mL cada 2-4 vezes ao dia ou 
3. Avalie (por exame retal digital-DRE e 
imaginologia a possibilidade de impactação de 
fezes. 
4. Metilnaltrexona pode ser administrado 
Sedação 
Orientar pacientes sobre 
a possibilidade de 
sedação 
Considere a possibilidade de troca ou redução da 
dose de opioides se a sedação persistir 
Neurotoxicidade 
induzida por 
opioides 
Suspensão de drogas 
depressoras 
Considere causas reversíveis, tais como distúrbios 
metabólicos, disfunção hepática ou renal, 
desidratação, hipercalcemia, doença orgânica do 
cérebro: 
• Troca de opioides, redução ou interrupção 
de opioides 
• Evitar o uso de naloxona ainda que se 
pense que o delirium se deve ao uso de 
opioides 
Depressão 
respiratória 
Monitorizar a sedação e o 
estado respiratório 
durante as primeiras 24 
horas. 
 Fornecer oxigênio suplementar. 
 Se o paciente tiver uma resposta mínima ou 
não responder e a frequência respiratória for 
inferior ou igual a 6, administrar naloxona.* 
Fonte: Posoperativepain management- in: AlgorithmMD Anderson Cancer Center- The Universityof Texas- 2016 
*Dose recomendada:Naloxona 0,4 mg diluído em 10 ml de soro fisiológico,0,5 mL IV em bolus, repetir a cada 1-2 minutos até 
que o paciente esteja acordado ou o estado respiratório melhore. (A meia-vida de Naloxone é curta e o paciente pode 
necessitar de infusão contínua enquanto o opioide estiver atuante). Se não houver alteração com Naloxone, excluir outras 
causas para a depressão respiratória. 
Obs: A codeína é metabolizada a morfina pela enzima hepática CYP2D6. Em caso de 
metabolizadores lentos, haverá pouca ação da droga. Em caso de metabolizadores rápidos 
(em torno de 30 % dos pacientes) poderá haver maior concentração de morfina, com riscos 
de depressão do SNC e respiratória. Nestes casos substituir por metadona. Em crianças seu 
uso deve ser restrito ou até abolido (NEWS.MED.BR, 2016. Codeína: é hora de parar de 
prescrever para crianças?. Disponível em: http://www.news.med.br/p/pharmanews. Acesso 
em: 16 jan. 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 Pág. 8 
 
Fluxograma do manejo da dor 
Avaliação pré-cirúrgica da dor 
 
 
 
PLANEJAR/DOCUMENTAR/IMPLEMEN
TARMEDIDAS MEDICAMENTOSAS E 
NÃO MEDICAMENTOSAS 
Condições médicas, 
psicológicas, socioculturais e 
familiares 
Manutenção e 
adequação de dose de 
antiálgico prévio 
Escolhas do paciente 
Intervenções 
comportamentais e 
cognitivas 
Antiálgico Pré-
cirúrgico 
Utilização de AINES IV 
30 a 60’ antes da 
intervenção 
CIRURGIA 
AVALIAÇÃO DA DOR 
5º SINAL VITAL 
EV A OU VERBAL 
PRESCRIÇÃOMÉDICA SEMPRE 
INDIVIDUALIZADA 
DE 5 EM 5’ 
INICIALMENTE 
 
ESPAÇAR 
GRADATIVAMENTE 
CONFOME ALÍVIO 
DA DOR 
LEVE 
Paracetamol até1000mg 
Máximo 6/6 h 
Reduz consumo de opioides 
Cetoprofeno 100 a 300 mg 
diário 
EV lento 
Titular dose 
USAR DOSE MÍNIMA EFICAZ 
Dipirona até 1000mg VO/EV 
Não prolongar uso 
Risco de agranulocitose e 
neutropenia 
MODERADA 
Codeína 30mg VO 
Tramadol 50mg VO, IM, EV 
USAR MENOR DOSE EFICAZ 
Dipirona até 1000mg VO/EV 
Não prolongar uso 
Risco de agranulocitose e 
neutropenia 
Paracetamol até 4000mg 
Máximo 6/6 h 
Reduz consumo de opioides 
INTENSA 
Analgesia multimodal 
OPIOIDES 
USAR MENOR DOSE EFICAZ 
 
Dipirona até 1000mg VO/EV 
Não prolongar uso 
Risco de agranulocitose e 
neutropenia 
CONSIDERAR PCA/ACP 
 
Técnicas especiais de analgesia 
Analgesia controlada pelo paciente Anexo II 
Analgesia epidural Anexo II 
Fatores intervenientes na transformação de dores agudas em crônicas 
Na maioria dos casos, a dor pós-operatória resulta de uma falha de tratamento, e todos os 
pacientes com dor aguda pós-operatória devem receber adequada terapia da dor. 
Tabela V - Fatores de risco para cronificação da dor 
Fatores pré-operatórios Fatores intraoperatórios Fatores pós-operatórios 
Dor moderada a severa duração de 
mais de um mês 
Dano neurológico 
intraoperatório 
Dor aguda severa ou 
moderada 
Vulnerabilidade psicológica: 
catastrofização, neuroticismo, 
depressão 
Isquemia tecidual Radioterapia da área 
Ansiedade pré-operatória Algumas técnicas cirúrgicas Quimioterapia neurotóxica 
Mulher Depressão 
Adulto jovem Neuroticismo 
Ganho trabalhista secundário Ansiedade 
Predisposição genética 
Controle noxius inibitório difuso 
deficiente 
 
Fonte : Adaptado de Kehlet et al (Kehlet et al, 2006) andMacrae (Macrae, 200) 
 
BENEFÍCIOS POTENCIAIS 
 Avaliação periódica da dor facilita e aprimora o manejo; 
 O início precoce do tratamento garante melhores desfechos e menor tempo de 
permanência; 
 Informações escritas podem potencializar a recuperação do paciente; 
 A educação e a responsabilização da equipe de cuidados se revertem em resultados mais 
eficientes no controle da dor; 
 O diagnóstico e tratamento apropriado da dor neuropática frequente em pacientes de 
trauma previne o desenvolvimento de dores crônicas; 
 Administração oral de opioidesé preferível à administração EV na analgesia pós-
operatória. 
RISCOS POTENCIAIS 
 Opioides em altas doses podem induzir hiperalgesia (Nível I) 
 Opioides são medicamentos que podem induzir abuso e devem ser utilizados de maneira muito 
criteriosa 
 Controle inadequado/insuficiente da dor aguda propícia o surgimento de dores crônicas 
ITENS DE CONTROLE 
 Percentual de pacientes no pós-operatório que relatam pelo menos 50% de alívio da dor durante 
os 2 primeiros dias 
 Número de pacientes operados avaliados com uso de EVA(Escala visual anlógica) 
 / número total de pacientes operados 
 
 Pág. 10 
 
 
REFERÊNCIAS 
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2006;33(2): 116-122) 
2. ATO Portaria n.º 19/GMEm 03 de janeiro de 2002. 
3. Portaria nº 859 de 12 de Novembro de 2002. 
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5. Pandey CK,Navkar DV, Giri PJ, Raza M, Behari S, Singh RB, Singh U, Singh PKSO-Evaluation of the 
optima lpreemptive dose of gabapentin for postoperative pain relief after lumbar diskectomy: a 
randomized, double-blind, placebo-controlled study. J Neuro surg Anesthesiol. 
2005;17(2):65Cochrane Database Syst Rev. 2011 Oct 5;(10):CD007126. 
6. Bader P, Echtle D, Fonteyne V Livadas K, De Meerleer G, Paez Borda A, Papaioannou EG, Vranken 
JH. Post-operativepain management. In: .Guidelines on pain management. Arnhem, The 
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11. Fourteen RCTs with various methodologic flaws provided limited evidence to support the use of 
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Use of Intravenous Acetaminophen for Acute Pain in the Emergency Department. 
12. McLeod GA, Davies HT, Colvin JR Shaping . Attitudes to postoperative pain relief: the role of the 
acute pain team. Journal of pain and symptom management, 1995. 
13. Montané E, Vallano A, Aguilera C, Vidal X, Laporte JR . Analgesics for pain after traumatic 
ororthopaedic surgery: what is the evidence--a systematic review. Eur J Clin Pharmacol. 2006 
Nov;62(11):971-88. Epub 2006 Sep 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21975764
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Montan%C3%A9%20E%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=17019588
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Vallano%20A%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=17019588
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Aguilera%20C%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=17019588
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Vidal%20X%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=17019588
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Laporte%20JR%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=17019588
../../../AppData/AppData/Vanuza/DOR%20POS%20OPERATORIA/Importante.htm
 Pág. 11 
 
APÊNDICE I 
MEDICAMENTOS PADRONIZADOS NA FHEMIG 
 
 
 
CLASSE MEDICAMENTO APRESENTAÇÃO 
MEIOS DE 
ADMINIS
TRAÇÃO 
OBS 
A
IN
E 
Inibidor COX 1 E 2 
Ácido 
Acetilsalicílico 
comprimido 100mg VO 
 
Inibidor COX 1 E 2 Cetoprofeno 
pó para solução injetável 
100mg frasco ampola 
EV 
 
Inibidor COX 1 E 2 
Diclofenaco 
sódico 
comprimido 50mg VO 
 
solução injetável 25mg/mL 
(75mg/3mL) ampola 3mL 
IM 
 
supositório com 50 mg RETAL 
 
Inibidor COX 1 E 2 Ibuprofeno 
suspensão oral 20 mg/mL 
frasco 100 mL 
VO PEDIATRIA 
PIRAZOLÔNICO Dipirona sódica 
solução injetável 500 mg/mL 
ampola 2 mL 
EV 
 
comprimido 500mg VO 
 
solução oral (gotas) 
500mg/mL frasco 10mL (VO) 
VO 
 
Analgésico não 
narcótico/ 
antipirético 
Paracetamol 
comprimido 500mg VO 
 
solução oral (gotas) 
200mg/mL frasco 15mL 
VO 
 
Indometacina 
solução injetável 1mg/mL 
ampola 5 mL manipulado 
EV 
MATERNIDA
DE 
LA
X
A
N
TE
S 
LAXANTE DE 
CONTATO 
Bisacodil drágea 5 mg VO 
 
LAXANTE 
LUBRIFICANTE 
Óleo Mineral 
solução oleosa oral, frasco de 
100 mL 
VO 
 
LAXANTE 
OSMÓTICO 
Glicerina 
sonda retal clister glicerol 
12% frasco 500 mL 
RETAL 
 
supositório adulto RETAL 
 
supositório infantil RETAL 
 
Polietilenoglicol4
000 sem 
eletrólitos 
5 g manipulado VO 
 
10g manipulado VO 
 
20g manipulado VO 
 
pote 1Kg VO 
 
Lactulose 
xarope 667 mg/mL frasco 120 
mL 
VO 
 
A
N
TA
G
O
N
IS
TA
S 
A
N
TÍ
D
O
TO
S 
ANTAGONISTA 
OPIÓDE 
Naloxona 
solução injetável 0,4 mg/mL 
ampola 1 mL 
IM, EV, SC 
 
Naltrexona comprimido 50 mg VO 
 
ANTICOLINESTERÁ
SICO 
Neostigmina 
solução injetável 0,5 mg/mL 
ampola 1mL 
IM, EV, SC 
 
AGONISTA ALFA 2 Clonidina 
comprimido 0,100 mg VO 
 
comprimido 0,150 mg VO 
 
 Pág. 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
A
N
A
LG
ÉS
IC
O
S 
P
O
TE
N
TE
S 
OPIOIDES E 
DERIVADOS 
Codeína 
comprimido 30 mg VO 
 
solução oral 3 mg/mL frasco 
120 mL 
VO 
 
Fentanila 
solução injetável 0,05 mg 
frasco-ampola 10 mL 
EV 
 
solução injetável 0,05 mg 
frasco-ampola 5 Ml 
EV 
 
solução injetável com 0,05 
mg ampola de 2 mL sem 
conservante 
EV, IM, 
Intratecal 
Metadona 
comprimido 10 mg VO 
 
solução oral 1mg/mL, 
frasco/volume prescrito 
manipulado 
VO 
 
solução injetável 10 mg/mL 
(uso restrito) 
EV 
 
Morfina 
comprimido 10 mg VO 
 
comprimido 30 mg VO 
 
solução oral 1mg/mL 
manipulado 
VO 
 
solução injetável 0,2 mg/mL 
ampola de 1mL 
IM, EV, SC, 
epidural, 
intratecal 
 
solução injetável 1mg/mL 
ampola de 2mL 
IM, EV, SC, 
epidural, 
intratecal 
 
solução injetável 10 mg/mL 
ampola de 1 mL 
IM, EV, SC, 
epidural, 
intratecal 
 
Nalbufina 
solução injetável 10 mg/mL 
ampola de 1 mL 
IM, EV, SC 
 
Petidina 
solução injetável 50mg/mL 
ampola de 2mL 
IM, EV, SC 
 
Tramadol, 
cloridrato 
cápsula 50mg EV 
 
solução oral 100 mg/mL 
frasco 10 mL 
VO 
 
solução injetável 50mg/mL 
ampola 2mL 
EV, IM 
 
A
N
TI
P
SI
C
Ó
TI
C
O
S 
/ 
N
EU
R
O
LÉ
P
TI
C
O
S 
Antipsicóticoneuro
léptico / 
Butirofenonas / 
antagonistas 
dopaminérgicos 
Haloperidol 
comprimido 1 mg VO 
 
comprimido 5 mg VO 
 
solução oral gotas 2 mg/mL 
frasco 20 mL 
VO 
 
solução injetável 5 mg/mL 
ampola 1 mL 
IM, EV 
 
 Pág. 13 
 
 
 
 
 
 
 
A
N
TI
EM
ÉT
IC
O
S 
E 
P
R
O
C
IN
ÉT
IC
O
S 
Antagonista 5HT3 Ondansentrona 
solução injetável 2 mg/mL 
ampola 4mL 
EV 
 
comprimido 4 mg VO 
 
ANTAGONISTAS 
DOPÁMINÉRGICOS 
Metoclopramida, 
cloridrato 
comprimido 10mg VO 
 
solução injetável 5 mg/mL 
ampola 2mL 
IM, EV 
 
solução oral 4 mg/mL frasco 
10 mL 
VO 
 
Droperidol 
solução injetável 2,5 
mg/mLamp 1mL 
IM, EV 
 
Bromoprida 
solução injetável 5mg/mL 
ampola 2 mL 
IM, EV 
 
AGONISTA DA 
DOPAMINA 
Domperidona 
comprimido 10 mg VO 
 
suspensão oral 1 mg/mL 
frasco 100 mL 
VO 
 
ES
TI
M
U
LA
N
TE
 S
N
C
 
ANFETAMINA 
Metilfenidato 
(Uso restrito) 
comprimido 10 mg VO 
 
A
N
TI
C
O
N
V
U
LS
iV
A
N
TE
 
Análogo GABA Gabapentina 300mg cápsulas VO 
 
C
O
R
TI
C
O
ST
ER
O
ID
ES
 
CORTICOSTERÓIDE 
SISTÊMICO 
Dexametasona comprimido 4mg (VO) VO 
 
Dexametasona, 
fosfato dissódico 
solução injetável 4mg/mL 
frasco ampola 2,5mL 
IM, EV 
 
solução injetável 4mg/mLampola 2,5mL 
IM, EV 
 
solução oral (elixir) 0,1 
mg/mL frasco 120 mL 
VO 
 
A
N
TI
D
EP
R
ES
SI
V
O
 
TRICíCLICOS 
Amitriptilina, 
cloridrato 
comprimido 25 mg VO 
 
 Pág. 14 
 
 
ANEXO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A
N
ES
TÉ
SI
C
O
S 
ANESTÉSICOS 
LOCAIS 
Lidocaína 
geléia 20 mg/g bisnaga 30g 
USO 
TÓPICO 
 
solução injetável 2% ampola 
5 mL 
EV 
 
solução injetável 2 % frasco 
20 mL 
EV 
 
solução injetável 1% (10 
mg/mL) frasco 20 mL 
EV 
 
spray 10% frasco 50 mL 
USO 
TÓPICO 
 
 Pág. 15 
 
ANEXO II 
Técnicas Analgésicas 
Injeção Intratecal 
O que é Administração intratecal de analgésicos 
Que medicamentos utilizar Associação de fentanil e morfina 
Vantagens e riscos 
Analgesia Epidural pós-operatória com anestésicos locais e opioides 
O que é Infusão intermitente de analgésicos no espaço epidural 
Que medicamentos utilizar Bupivacaína 
Fentanil 
Vantagens e riscos Risco neurológico baixo 
Menor taxa de complicações respiratórias 
Risco de hematoma ou abscesso epidural (investigação cuidadosa 
em caso de febre, dor na nuca e alterações neurológicas) 
Exige equipe treinada 
Ideal a existência de anestesista 24h 
 
PCA (Patient Controlled-Analgesia) ou ACP (Analgesia Controlada pelo Paciente) 
O que é Administração sob controle do paciente em bombas 
programáveis com limitação de dose e velocidade de infusão que 
promovem alívio contínuo e eficaz da dor 
Que medicamentos utilizar Em geral opioides 
Como fazer Bomba de infusão programável para limitação de pequenas doses 
e de intervalos máximos de utilização. Exige equipe treinada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pág. 16 
 
ANEXO III 
Tabela VI- Efeitos colaterais dos opioides- Prevenção e manejo 
Evento adverso Prevenção Manejo 
Náusea e 
vômitos 
Metoclopramida 10 mg 
VO 
 Investigar outras causas de náuseas 
 Adicione ou aumente medicamentos não-
opiláceos ou adjuvantes ou reduza a dose de 
opiáceo em 25%. 
 Considere a troca de opioide se a náusea 
permanecer refratária. 
Constipação 
Regime de laxativo do 
intestino 
 Avaliar as possíveis causas de constipação (tais 
como aumento recente da dose de opioide, 
uso de medicamentos, obstrução do intestino) 
 Adicionar Leite de Magnésio oral concentrado 
 Investigar impactação de fezes (DRE) inclusive 
com imaginologia, se necessário 
 Considere uso de metilnaltrexona 
Sedação 
Descontinuação de 
medicamentos sedativos 
Informação ao paciente 
 Considere a possibilidade de troca/rodízio ou 
redução da dose de opioides 
Neurotoxicidade 
induzida por 
opioides 
 
Suspensão de drogas 
depressoras ou de 
ativação do CNS 
 Considere causas reversíveis, tais como 
distúrbios metabólicos, disfunção hepática ou 
renal, desidratação, hipercalcemia, doença 
orgânica do cérebro. 
 Redução/Troca de opioides 
 Evitar o uso de naloxona ainda que se pense 
que o delirium se deve ao uso de opioides 
Depressão 
respiratória 
Monitorizar a sedação e o 
estado mental 
 Titular opioides 
 Fornecem oxigênio suplementar. 
 Se o paciente tiver uma resposta mínima ou 
não responder e a frequência respiratória for 
inferior ou igual a 6, administrar naloxona* 
Fonte: Posoperativepain management- in: AlgorithmMD Anderson Cancer Center- TheUniversityof Texas- 2016 
* Dose recomendada :naloxona 0,4 mg diluído em 10 ml de soro fisiológico,0,5 mL IV em bolus, repetir a cada 1-2 minutos até que o paciente esteja 
acordado ou o estado respiratório melhore. (A meia-vida de naloxone é curta e o paciente pode necessitar de infusão contínua enquanto o opioide 
estiver atuante). 
ANEXO IV 
Dor neuropática 
As dores neuropáticas devem ser criteriosamente atendidas no pós-operatório como medida 
preventiva devido ao elevado risco de cronificação. 
ANEXO V 
MANEJO DA DOR NO CTI 
Pacientes graves no CTI podem estar inconscientes e/ou em ventilação mecânica, ou seja, 
impossibilitados de se expressarem verbalmente de forma efetiva, seja devido à doença de 
base ou pelo uso de sedativos com ou sem bloqueio neuromuscular. Neste caso, escalas de 
dor que utilizem uma linguagem corporal devem ser adotadas. 
 Pág. 17 
 
No Brasil foi validada a escala Behavioral Pain Scale (BPS), para utilização nestas situações 
clínicas. (Rev Bras Ter Intensiva. (1). 
Esta escala já foi adaptada para pacientes sem intubação mecânica, porém sem condições de 
comunicação, porém ainda sem validação para a língua Portuguesa (2). 
Em unidades de terapia intensiva estão sendo propostos algorítimos que avaliam 
concomitantemente a dor, agitação e delírio, porém estão fora do escopo deste 
protocolo(3). 
Quadro 1 – Versão final brasileira de escala Behavioural Pain Scale 
Item Descrição Escore 
Expressão facial 
Relaxada 1 
Parcialmente tensa (por exemplo, abaixa a sobrancelha) 2 
Totalmente tensa (por exemplo, fecha os olhos) 3 
Faz careta: presença de sulco perilabial, testa franzida e 
pálpebras ocluídas 
4 
Membros superiores 
Sem movimento 1 
Com flexão parcial 2 
Com flexão total e flexão de dedos 3 
Adaptação à ventilação 
mecânica 
Com retração permanente: totalmente contraído 4 
Tolera movimentos 1 
Tosse com movimentos 2 
Briga com o ventilador 3 
Incapaz de controlar a ventilação mecânica 4 
Total 
 
Interpretação da BPS 
3 pontos Sem dor 
12 pontos Dor máxima 
3-12 pontos Escalonamento da dor, acompanhamento útil para avaliar evolução da 
dor e necessidade de analgésicos 
Tempo de aplicação da escala de 2 a 5 minutos 
Esta escala pode ser aplicada pela enfermagem do CTI, e caso as medicações analgésicas já 
estejam prescritas para utilização quando necessário, a enfermagem poderá administrar a 
medicação conforme o protocolo local de cada unidade. A medicação utilizada de rotina em 
dor pode seguir o fluxograma 1 do manejo da dor deste protocolo. 
Referências do anexo 
1- Morete MC ET al, Tradução e adaptação cultural da versão portuguesa (Brasil) da 
escala de dor Behavioural Pain Scale .Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):373-378. 
2- Chanques G et al. Assessing pain in non-intubated critically ill patients unable to self 
report: an adaptation of the Behavioral Pain Scale. Intensive Care Med 
2009;35(12):2060–7. 
3- Rozycki A. et al, Feasibility of a Nurse-Managed Pain, Agitation, and Delirium Protocol 
in the Surgical Intensive Care Unit (Critical Care Nurse Vol 37, No. 6, DECEMBER 2017) 
CONFLITO DE INTERESSES DOS AUTORES 
Os autores declaram não apresentar conflitos de interesse neste protocolo.

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