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Aula 2: Método clínico centrado na pessoa (MCCP) 1 Iane Rocha Holanda COMO CONSEGUIR AMPLIAR O OLHAR? - MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA ● Já pararam para pensar que ao iniciar uma consulta, médicos e pacientes possuem suas próprias expectativas? ● Uma consulta médica possui conteúdo, conta com diferentes processos e é composta por diferentes papéis. ○ “Nós precisamos, em cada consulta, entender qual o papel que temos naquele momento.” ● Componentes do MCCP ○ Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença; ○ Entendendo a pessoa como um todo - o indivíduo, a família e o contexto; ○ Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas; ○ Intensificando a relação entre a pessoa e o médico. “Componentes usados dentro de uma consulta para ajudar a identificar e visualizar um ser envolvido dentro de um contexto, sistematizando o atendimento de maneira ampliada. 1º item: experiência da doença. Enquanto a pessoa está falando, você vai sacando como o indivíduo lida com a doença. 2º item: precisamos usar as ferramentas, moo genograma e ecomapa. Instrumentos que ajudem no contexto do paciente.” ● Vamos discutir e analisar juntos ○ Sentimentos - Será que é algo mais grave? ○ Ideia - Acho que pode ser minha diabetes. ○ Função - Não consigo realizar as atividades de casa. ○ Expectativas - Será que não precisa de um exame? “Sentimento - como se sente ; Ideia - o que o paciente acha que pode ser. Exemplo: pergunte ao paciente, se a falta de ar vem do coração, pulmão ou cansaço, moleza? Função - às vezes a doença afeta a funcionalidade da vida do paciente. Expectativa - paciente pode ficar frustrado caso sai do consultório sem exame complementar. Importante dialogar com ele e explicar.” FERRAMENTAS PARA APROFUNDARMOS NO CONTEXTO DO PACIENTE E SUA FAMÍLIA ● Definição do problema a ser manejado; ● Estabelecimento das metas e prioridades do tratamento; ● Identificação dos papéis a serem assumidos pela pessoa e pelo médico. ○ “Há diferença entre responsabilidade do médico e responsabilidades do paciente.” ● Abordagem familiar Aula 2: Método clínico centrado na pessoa (MCCP) 2 Iane Rocha Holanda Famílias FUNCIONAIS x DISFUNCIONAIS “Independente de quem compõe a família… O que importa é se ela funciona ou não.” ● Genograma/ Ecomapa ● Ciclo de vida Familiar ○ O ciclo de vida familiar é uma sequência de transformações na história do desenvolvimento da família. Cada família atravessa diferentes fases em suas vidas, e cada nova etapa é um desafio para que a família se organize e obtenha novamente o equilíbrio. ● Ciclo Vital ○ O simples fato de localizar a fase do ciclo das famílias e suas crises durante o atendimento, permite ao profissional gerar hipóteses. “Os sintomas constituem-se como denúncia de que algo vai mal neste grupo.” ○ Quando a família passa a experimentar novas formas de se relacionar, os sintomas tendem a desaparecer. **Não necessariamente resolver os problemas, mas viver de forma mais harmônica e adaptada, com respeito às necessidades de cada indivíduo daquele grupo familiar. ● Ciclo de vida familiar da população de classe popular ○ Estágio 1 – Adolescente/Adulto jovem solteiro ■ Adolescente/Adulto jovem solteiro: As fronteiras entre a adolescência e a idade adulta jovem são confusas. Os adolescentes são responsáveis por si mesmos e utilizados como fonte de renda a partir dos 10 ou 11 anos de idade. ○ Estágio 2 – A família com filhos ■ A família com filhos: Começa sem que ocorra ■ necessariamente o casamento, mas com a geração de filhos e a busca por ■ formar um sistema conjugal, assumir papéis paternos e realinhamento dos ■ relacionamentos com a família. Aula 2: Método clínico centrado na pessoa (MCCP) 3 Iane Rocha Holanda ○ Estágio 3 – A família no estágio tardio da vida ■ A família no estágio tardio da vida: Ocorre com frequência uma composição familiar com três ou quatro gerações. Sendo assim, há pouca probabilidade de haver “ninho vazio”, e muitas vezes a base de sustentação familiar depende da aposentadoria de um dos avós, em geral a avó, que persiste com responsabilidades sobre a sobrevivência de todos. ● Já parou para pensar que toda mudança pode gerar um crise? ○ Crises previsíveis ○ Crises inesperadas ○ Transições “Crises previsíveis = são os rituais sociais = formatura, filho nascer, casar, mudança de casa Crises inesperadas = adoecer, separar, etc.” “ADULTOS JOVENS SOLTEIROS ⇒ Sintomas: cefaleia, saúde mental, abuso de drogas, abuso de junk foods. NOVO CASAL⇒ Realinhar regras na comunhão. COM FILHOS PEQUENOS ⇒ questão financeira, novos acordos nas relações. Sintomas: insônia, cefaleia, falta de libido, cansaço, queda de cabelo, unhas fracas, impotência. FILHOS ADOLESCENTES ⇒ determinar o que pode ou ao fazer, e os que deixam tudo. Qual é o limite? FILHOS SEGUEM EM FRENTE⇒ lidar com a tristeza e a felicidade; declínio biológico. ESTÁGIO TARDIO DA VIDA ⇒ dificuldades de solidão, medo de morrer.” Aula 2: Método clínico centrado na pessoa (MCCP) 4 Iane Rocha Holanda ABORDAGEM DOMICILIAR ● Conjunto de atividades realizadas no domicílio de forma programada e continuada, conforme a necessidade. Envolve ações de promoção à saúde em sua totalidade, incluindo a prática de políticas econômicas e sociais que influenciam o processo saúde-doença. Tem caráter ambulatorial e envolve ações preventivas e curativo-assistenciais. ● Modalidades de cuidado: “Não tem tanta praticidade para agora, mas devemos entender que a abordagem familiar também serve para pessoas não acamadas.” Aula 2: Método clínico centrado na pessoa (MCCP) 5 Iane Rocha Holanda CONCEITOS PARA LEMBRAR: Atenção primária: é o nível da atenção na pessoa. Clínica ampliada: abordar o paciente como um todo, globalmente, inserida em um contexto de vida e com emoções. Método Clínico centrado na pessoa: é o método de Clínica Ampliada para aplicar uma assistência ampliada. Ou seja, são itens para checar se nas consultas está sendo ou não ampliado. Instrumentos: pode ou não usar.
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