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APOSTILA PREVENTIVA

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2 
 
 
SUMÁRIO 
SISTEMA ÚNICO DE SAUDE ..................................................................................................................... 3 
ATENÇÃO PRIMARIA ............................................................................................................................. 14 
PLANOS DE SAUDE ............................................................................................................................... 27 
MÉTODO SOAP .................................................................................................................................... 29 
GENOGRAMA ....................................................................................................................................... 34 
ECOMAPA ............................................................................................................................................ 37 
MEDIDAS DE SAUDE COLETIVA ............................................................................................................. 38 
ESTUDOS EPIDEMIOLOGICOS ................................................................................................................ 43 
EPIDEMIOLOGIA CLINICA ..................................................................................................................... 47 
VIGILANCIA EM SAUDE ......................................................................................................................... 49 
PROCESSO EPIDEMICO .......................................................................................................................... 52 
DECLARACAO DE OBITO ........................................................................................................................ 53 
ACIDENTE DE TRABALHO ..................................................................................................................... 55 
NIVEIS DE PREVENCAO ......................................................................................................................... 56 
INTOXICACOES ..................................................................................................................................... 57 
ANIMAIS PECONHENTOS ...................................................................................................................... 62 
ARANEÍSMO ......................................................................................................................................... 65 
ESCORPIONISMO .................................................................................................................................. 66 
MORDEDURAS ...................................................................................................................................... 66 
PROFILAXIA RAIVA ............................................................................................................................... 67 
PROFILAXIA TÉTANO ............................................................................................................................ 68 
PROTOCOLO SPIKES ............................................................................................................................. 69 
 
 
 
 
 
 
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3 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
DIFERENÇA ENTRE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES 
 De modo geral, os termos "princípios" e "diretrizes" acabam sendo utilizados de maneira 
indiscriminada. Entretanto, algumas bancas podem exigir que você saiba diferenciá-los. Resumidamente, 
entenda o seguinte: 
 PRINCÍPIO: SERVE DE BASE PARA O SISTEMA, REPRESENTANDO SEUS VALORES E PRECEITOS. 
 DIRETRIZ: DEFINE CAMINHOS E ESTABELECE ESTRATÉGIAS PARA O ALCANCE DOS OBJETIVOS DO SUS. 
Para organizar essa discussão tão polêmica, alguns autores propuseram os termos “princípios doutrinários” e 
“princípios organizativos” (Cunha & Cunha, 2001). Observe o quadro a seguir: 
PRINCÍPIO DOUTRINÁRIO (OU BÁSICO): VALORES QUE SERVEM DE BASE PARA O SUS. 
PRINCÍPIO ORGANIZATIVO (OU OPERACIONAL): FORMA DE ORGANIZAR E OPERACIONALIZAR O SUS. 
Em suma, podemos entender que os princípios organizativos definem os meios como concretizar os 
fundamentos do SUS, que seriam seus princípios doutrinários. Vamos observar o esquema a seguir, que é a chave 
para você acertar muitas questões de prova: 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS 
 UNIVERSALIDADE 
 EQUIDADE 
 INTEGRALIDADE 
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS 
 PARTICIPAÇÃO POPULAR 
 REGIONALIZAÇÃO 
 HIERARQUIZAÇÃO 
 DESCENTRALIZAÇÃO 
 COMANDO ÚNICO 
Essa concepção pode ser encontrada também no site do Ministério da Saúde. Quando avaliamos outras 
bibliografias, é possível encontrar outros documentos adicionando outros exemplos aos “princípios organizativos” 
e/ou chamando-os de “diretrizes organizativas”. 
 
Para facilitar sua vida, observe as seguintes dicas: 1. Memorize você como um doutor (doutrinário) famoso e 
pense grande: “EU, INTErnacional!”. 2. Sobre os princípios organizativos listados pelo Ministério da Saúde, você 
memoriza assim: o chefe olha a desorganização e fala: “Direto Para o RH!”. 
 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS (Dica do Doutor famoso) (somente vogais) 
“EU, INTErnacional” 
E Equidade 
U Universalidade 
INTE Integralidade 
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4 
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS (Dica do trabalhador desorganizado) (somente consoantes) 
“Direto Para o RH!” 
D Descentralização 
P Participação popular 
R Regionalização 
H Hierarquização 
 
Outra forma de memorizar é observando que os princípios doutrinários seriam os iniciados por vogais e os 
organizativos, por consoantes. Contudo, muito cuidado! Já vi questões descreverem termos que começam com 
vogais como “Igualdade” ou “Ordenamento da rede”, que não se enquadram como doutrinários. 
No final das contas, se todas as alternativas contiverem corretamente princípios e diretrizes do 
SUS e a banca questionar sobre os princípios apenas, entenda como “princípios” aqueles três que 
chamamos de princípios doutrinários. 
Partiremos agora para a base normativa! 
 
 
 
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES NOS PRINCIPAIS TEXTOS NORMATIVOS 
Começaremos este tópico com o seguinte alerta: você precisa ler e conhecer o que está escrito na legislação, pois 
muitas bancas cobram o texto normativo de forma literal. Assim, é essencial familiarizar-se com os termos e a forma 
como os conceitos de princípios e diretrizes do SUS estão previstos. Entretanto, não se preocupe, pois discutiremos 
aqueles que são mais relevantes para a prova no item 3 
 
1.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
O artigo 196 da Constituição Federal expõe a saúde como um direito de todos e dever do 
Estado, devendo ser garantido mediante políticas que visem, entre outros aspectos, “ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação”. Portanto, podemos subentender a presença da Universalidade e da Igualdade 
na Carta Magna. E, mais explicitamente, o que podemos perceber? O artigo 198 lista três 
diretrizes, que são as mais cobradas em relação ao texto constitucional. Observe-as no 
trecho a ser: 
Art. 198. As ações e os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
 I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
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5 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
Note ainda que o trecho descreve a rede regionalizada e hierarquizada. Assim, também 
conseguimos abstrair aqui a regionalização e a hierarquização. Em resumo, teremos o que estáesquematizado a seguir: 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 Princípios e Diretrizes 
 Implícitos (art. 196 e 198) Explícitos (art. 198) 
Universalidade Participação da Comunidade 
Igualdade Atendimento Integral (Integralidade) 
Regionalização Descentralização 
Hierarquização Memorize: CID 
 
 
 
 
1.2 LEI Nº 8.080, DE 1990 
Nas questões sobre os princípios dessa lei orgânica, o examinador, muitas vezes, 
copia e cola os trechos legais alterando apenas alguns termos para tentar confundir você. 
Assim, o texto legal que nos interessa para este tópico está no artigo a seguir: 
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o 
Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição 
Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e 
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; 
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; 
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; 
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação 
programática; 
VIII - participação da comunidade; 
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; 
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; 
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6 
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; 
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e 
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. 
XIV – organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica 
em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras, 
em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017) 
 Fonte: Lei nº 8.080, de 1990. 
Não comentaremos sobre todos eles, pois muitos serão detalhados mais adiante a partir do tópico 3, são 
eles: universalidade, integralidade, igualdade, participação da comunidade e descentralização. Assim, vamos listar 
algumas discussões: 
• a autonomia das pessoas deve ser preservada, ou seja, devemos respeitar suas escolhas e vontades; 
• em relação à informação: ◦ as pessoas têm o direito de serem informadas sobre sua saúde; ◦ as 
informações sobre os serviços de saúde existentes e a sua forma de utilização devem ser divulgados; 
 a epidemiologia (ex.: dados de incidência de uma doença) deve ser utilizada para nortear o 
planejamento em saúde, direcionando os recursos para os locais que mais precisam e orientando a 
programação das ações. 
• a saúde das pessoas não dependem apenas de ações voltadas para o setor de saúde, por isso essas ações 
devem estar integradas com outras relacionadas a intervenções no meio ambiente e no saneamento básico, estes 
últimos também são determinantes da saúde; 
• as três esferas do governo (federal, estadual e municipal) precisam unir esforços, conjugando todos os 
recursos disponíveis, para melhor atender às necessidades de saúde da população; 
• todos os níveis de atenção devem possuir serviços capazes de resolver os problemas de saúde da 
população; 
• na organização dos serviços, deve-se evitar que existam várias formas (meios) para se chegar a resultados 
idênticos; 
• organizar o atendimento para mulheres e outras vítimas de violência doméstica no sentido de promover 
todos os procedimentos necessários para sua plena recuperação e reabilitação, obedecendo legislação específica. 
Para compilar todas as informações dessa lei, dê uma olhada no esquema em que agrupei alguns incisos para 
facilitar o arquivamento cerebral. 
LEI Nº 8.080/1990 - PRINCÍPIOS (art. 7º) 
 
 
PESSOAS 
(Têm autonomia e acesso, participam, são iguais e recebem atendimento integral) 
Universalidade 
Preservar autonomia 
de pessoas 
Igualdade 
Participação da 
Comunidade 
Integralidade 
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7 
 
 
 
 
 
 
 
Agora podemos avançar para o que está previsto no próximo texto normativo. 
1.3 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) 
A Portaria MS/GM nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, atualizou a versão da Política 
Nacional de Atenção Básica (PNAB), estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da 
Atenção Básica, no âmbito do SUS. De acordo com esse documento, os termos "Atenção Básica" (AB) 
e "Atenção Primária à Saúde" (APS) são concebidos como termos equivalentes; esse tema será mais 
aprofundado no livro sobre APS. De acordo com o artigo 3º dessa portaria, são Princípios e Diretrizes 
do SUS e da Rede de Atenção à Saúde (RAS) a serem operacionalizados na Atenção Básica, estes 
listados a seguir: 
 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 
PRINCÍPIOS 
• Universalidade 
• Equidade 
• Integralidade 
RESOLVER, INTEGRAR, CONJUGAR E 
ORGANIZAR (RICO) 
Organizar serviços 
(evitar duplicidade 
de meios para fins 
idênticos) 
Integração de saúde, 
meio ambiente e 
saneamento básico 
Capacidade de 
resolução em todos 
os níveis 
Conjugar recursos 
financeiros, 
tecnológicos, 
materiais e humanos 
das 3 esferas 
VIOLÊNCIA CONTRA MULHER 
• Atendimento para mulheres e vítimas de 
violência doméstica em geral 
INFORMAÇÃO 
Direito à informação 
Divulgação de 
informações 
Epidemiologia para 
estabelecer prioridades 
ESFERAS DO GOVERNO 
Descentralização 
com direção única 
em cada esfera 
Ênfase para os 
municípios 
Regionalização e 
Hierarquização 
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DIRETRIZES 
• Regionalização e Hierarquização 
• Cuidado centrado na pessoa 
• Coordenação do cuidado 
• Territorialização 
• Resolutividade 
• Ordenação da rede 
• População Adscrita 
• Longitudinalidade do cuidado 
• Participação da comunidade 
 
 
Observe que a PNAB lista como “princípios” os mesmos que estudamos como princípios doutrinários. 
FICA A DICA: 
NA MAIORIA DAS QUESTÕES SOBRE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA PNAB, BASTA CONHECER OS TRÊS PRINCÍPIOS DESSA POLÍTICA, 
SEGUINDO A DICA DOS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS (DOUTOR FAMOSO, PENSE GRANDE: “EU, INTERNACIONAL!” – EQUIDADE, 
UNIVERSALIDADE E INTEGRALIDADE. 
EM ALGUNS CASOS, VOCÊ PRECISARÁ SABER SUAS DIRETRIZES, MAS COMO MEMORIZÁ-LAS? PODEMOS APROVEITAR PARTE DA 
DICA ANTERIOR: “PARA O RH!” (PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE, REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO). NESSE CONTEXTO DE PERDER O 
EMPREGO, LEMBRE-SE DO RISCO QUE CORREM OS PROFISSIONAIS QUE ESCREVEM DOCUMENTOSILEGÍVEIS: “CURA-TE LOUCO E 
ORDENA A ESCRITA!”, SENÃO VAI “PARA O RH!”. (CUIDADO CENTRADO NA PESSOA, RESOLUTIVIDADE, TERRITORIALIZAÇÃO, 
LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO, COORDENAÇÃO DO CUIDADO, ORDENAR A REDE E POPULAÇÃO ADSCRITA). 
 
DISCUSSÃO SOBRE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 
Chegou o momento de aprofundar os conhecimentos sobre os princípios e as diretrizes mais 
cobrados em prova! Nesse aspecto, adianto que os princípios doutrinários (Universalidade, Equidade e 
Integralidade) costumam ser os mais questionados. Vamos começar pelo acesso das pessoas ao SUS. 
UNIVERSALIDADE 
Tudo começou quando o artigo 196 do texto constitucional mencionou o “acesso universal e 
igualitário às ações e serviços” de saúde. Essa garantia do acesso universal (ou seja, de todas as 
pessoas) ao SUS é justamente o princípio doutrinário da Universalidade. Em outras palavras, o 
funcionamento do SUS precisa assegurar a acessibilidade e o acolhimento das pessoas nos serviços 
de atenção à saúde. Note ainda que a Constituição Federal cita indiretamente a Universalidade ao 
lado da Igualdade (com o uso do termo “igualitário”), sugerindo que só é possível promover o acesso 
universal se todas as pessoas conseguirem acessar o sistema de forma igualitária, ou seja, sem 
exclusão de qualquer natureza. 
 Vejamos alguns exemplos que podemos encontrar na prova sobre a Universalidade: 
 Pablo é de classe alta, prefere pagar médico particular, mas busca mensalmente sua medicação para HIV 
no SUS. 
 Joana tem plano de saúde e é acompanhada pela equipe de Saúde da Família por ter diagnóstico de 
hanseníase. 
 André passou uma temporada na casa da avó e necessitou de consulta médica, sendo atendido em 
Unidade Básica diferente da sua região cadastrada. 
 Kátia esqueceu seu cartão do SUS, mas a enfermeira agendou sua consulta sem questionamentos. 
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 Brad, americano, teve um acidente, foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Rio de 
Janeiro e recebeu transfusão de sangue. 
 
Perceba que nenhuma situação impediu o acesso dessas pessoas aos serviços de saúde no SUS, e esse acesso 
deve ser permitido em qualquer nível de assistência que for necessário 
EQUIDADE 
Se, por um lado, a Universalidade iguala todas as pessoas no âmbito do direito (todos têm 
acesso ao SUS), por outro lado esses indivíduos são diferentes, possuindo características biológicas, 
psíquicas, culturais e sociais diversas. Assim, o princípio doutrinário da Equidade procura ofertar as 
ações e os serviços de saúde, que são um direito de todos, de acordo com as peculiaridades 
exigidas para cada caso. De forma mais direta, a Equidade preconiza que devemos tratar 
desigualmente os desiguais. Nesse sentido, aqueles que precisam de mais recursos (os grupos mais 
vulneráveis) devem receber mais. Você daria o mesmo suporte a um paciente da enfermaria e a 
outro da UTI? Lógico que não! Além disso, as políticas de saúde específicas (ex.: índios, negros, etc.) 
são exemplos de aplicações do princípio da equidade por considerarem as peculiaridades de cada 
grupo populacional. 
IGUALDADE X EQUIDADE 
Muita calma nessa hora para não fazer confusão! O princípio da Equidade NÃO significa 
atender todos de maneira igual. Assim, ele preconiza que devemos investir mais onde a necessidade 
é maior, reduzindo a desigualdade! Por outro lado, a Igualdade defende que os usuários do SUS 
devem ser vistos de forma igualitária, sem privilégios ou preconceitos (ou seja, independentemente 
de renda, partido político, região, escolha sexual, cor, raça ou religião). Na prática, observe que, se 
tratarmos as três crianças com igualdade, o mais baixo não alcança o alambrado, mas, se as 
tratarmos com equidade, ambas terão acesso a ele após receberem recursos diferentes (bancos) de 
acordo com suas características distintas (altura). 
 
INTEGRALIDADE 
Ao pensar no termo “integralidade” ou “atendimento integral”, é importante destacar que 
há duas óticas desse “todo” a serem consideradas: • o ser humano como um todo, incluindo seus 
aspectos biopsicossociais; • o sistema de saúde como um todo, incluindo ações em todos os níveis 
de prevenção e serviços dos mais variados níveis de atenção à saúde. A Lei nº 8.080/1990 descreve 
que a integralidade é o “conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, 
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individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema”. A 
Constituição Federal ainda ressalta que a prioridade deve ser dada às atividades preventivas, sem 
prejuízo dos serviços assistenciais. Observe uma figura sobre a integralidade, representando as ações 
e os serviços disponibilizados para atender a cada situação, incluindo ações preventivas (ex.: 
alimentação e atividade física), com o mapeamento de todas as necessidades de saúde de um 
indivíduo hipotético. 
Após percebermos a importância de enxergar o todo, chegou o momento de perceber que, 
para entender melhor esse usuário do SUS, o ideal é vê-lo mais de perto. 
DESCENTRALIZAÇÃO E COMANDO ÚNICO 
Antigamente, a resolução dos problemas de saúde concentrava-se na União, mas era inviável 
unificar o planejamento em saúde em um único ponto. Com o processo de Descentralização, houve 
a redistribuição dos poderes e das responsabilidades do sistema de saúde entre as três esferas do 
governo, com ênfase para os municípios. 
Cuidado! Essa ênfase municipal não exclui a atuação dos estados e da União no SUS. O 
comando único em cada esfera de governo pressupõe o entendimento constitucional do “mando 
único”, ou seja, cada esfera de governo tem autonomia e soberania em suas decisões e atividades 
desde que sejam respeitados os princípios e as diretrizes gerais do SUS e a participação da 
sociedade. 
REGIONALIZAÇÃO 
O texto constitucional prevê a Regionalização em seu artigo 198 ao descrever que “as ações 
e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada”. Nesse contexto, a Regionalização 
orienta que os serviços devem ser organizados e circunscritos considerando uma área geográfica 
delimitada para atender às características de determinada região. Ex.: cidades menores, que só 
dispõem de atendimento básico, necessitam de algum serviço complexo de referência em cidade 
maior mais próxima, dentro da mesma região de saúde. 
Concluímos este tópico compreendendo que a Regionalização facilita o acesso da população 
à rede por organizá-la em regiões de saúde. Para organizar o fluxo de atendimento e otimizar os 
recursos disponíveis, as ações devem ser articuladas entre si de forma hierarquizada, e é isso que 
estudaremos a seguir. 
HIERARQUIZAÇÃO 
Grande parte dos problemas de saúde pode ser resolvida na atenção primária, que é o 
primeiro nível de atenção à saúde, devendo funcionar como porta de entrada preferencial de todo o 
sistema de saúde. Quando a pessoa não tiver sua demanda atendida no primeiro nível, exigindo 
procedimentos mais complexos, deverá ser encaminhada aos próximos níveis de atenção, até que 
tenha seu problema resolvido. Todo o acesso à rede de atenção à saúde no SUS deve ser feito por 
meio das portas de entrada do sistema, como os serviços de atenção de urgência e emergência 
(UPA), de atenção psicossocial (CAPS), outros serviços especiais de acesso aberto e, 
preferencialmente, a APS. 
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE 
A Participação da Comunidade foi efetivada em 1988, como uma diretriz prevista no artigo 
198 da Constituição Federal, e regulamentada pela Lei nº 8.142, de 1990 (que detalharemos no livro 
Marcos Legais do SUS). Por meio dessa lei, o controle social do SUS é garantido por meio de 
instâncias colegiadas conhecidas como Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde. Por meio 
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11 
dessas entidades representativas,a população participa da “formulação de estratégias e no controle 
da execução da política de saúde” em todos os níveis (do federal ao mais localizado). 
Em sua prova, você poderá encontrar menções à Participação da Comunidade nos termos 
“Participação Social”, “Participação Popular” ou “Controle Social”. 
O exercício do controle social é baseado na democratização do saber, encorajando a organização da sociedade a 
auxiliar e participar da gestão do SUS, incluindo sua fiscalização. De forma prática, a população poderá questionar 
como o financiamento está sendo conduzido, clamar por melhorias nos serviços de saúde, sinalizar a falta de 
medicamentos, sugerir ações de promoção à saúde, entre outros. 
 
Em Resumo... 
LEI 8.080 (19/09/90) → Lei Orgânica da Saúde (funcionamento do SUS) 
Cabe à direção: nacional / estadual / municipal: 
Nacional Definir políticas e normas 
Estadual Coordenar o que foi definido 
Municipal Executar e colocar em prática 
 
A direção Nacional pode executar? 
 Sim! Vigilância de portos, aeroportos e fronteiras... ou em situações inusitadas. 
 
E o setor privado? 
Pode atuar de forma livre e complementar (preferência por instituições filantrópicas e privadas não lucrativas). 
 
- Lei 8.142 (28/12/90 - complementa lei 8.080) → sobre gastos e participação popular ($) 
1) Transferência regular e automática 
2) Conselhos e Conferências 
o 50% → usuários 
o 50% → profissionais de saúde (25%) / profissionais de serviço (12,5%) / representantes do Governo 
(12,5%) 
 
CONSELHOS CONFERÊNCIAS 
 Controlam os gastos e a execução da saúde 
 Permanente e deliberativo 
 Reunião mensal 
 Convocadas pelo Executivo ou pelos Conselhos 
 Avaliam e criam diretrizes da Política de Saúde 
 Acontecem de 4 em 4 anos 
 
 
 
 
 
 
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12 
 
 
ATENÇÃO PRIMÁRIA 
ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 
Barbara Starfield enfatizou os cuidados primários à saúde em nível mundial. A autora sugeriu alguns 
princípios da APS, dividindo-os em: 
• Atributos essenciais: acesso de primeiro contato, integralidade, longitudinalidade e coordenação 
da atenção. 
• Atributos derivados: orientação familiar, comunitária, e competência cultural. Precisamos ter uma 
noção básica de cada um deles com exemplos para associar sua aplicação prática. Contudo, a definição da 
Integralidade já foi discutida no tópico sobre os princípios doutrinários do SUS, por isso não a abordaremos 
novamente. 
ATRIBUTOS ESSENCIAIS 
 ACESSO DE PRIMEIRO CONTATO 
“Sebastiana estava com uma coceira e procurou o dermatologista do centro de 
especialidades. A atendente orientou: “Não, querida. Primeiramente, você precisa passar pelo 
médico de seu posto de saúde. Aqui só atendemos os encaminhamentos". 
A atendente orientou sobre o atributo que está relacionado ao conceito de que a APS deve 
funcionar como porta de entrada preferencial do sistema de saúde, o que compreende tanto as 
questões de acessibilidade (a APS deve ser de fácil acesso) quanto o uso do serviço pela população 
(deve ser o primeiro serviço procurado em caso de uma necessidade de saúde). Como barreiras ao 
acesso, podemos citar o horário de funcionamento reduzido da unidade de saúde, a obrigatoriedade 
de documento para ter acesso a algum exame, a dificuldade de marcação de consultas, as unidades 
em locais distantes ou de difícil acesso (travessia de rio, morro, etc.), entre outras. Portanto, facilitar 
o acesso é agir em todos esses pontos de modo que o usuário consiga ingressar no sistema e ter o 
atendimento de que necessita. 
 LONGITUDINALIDADE 
“Savariana agradece ao médico do posto de saúde: “Doutor, o senhor me 
acompanha há 10 anos. Achei que não veria minha filha crescer depois daquela internação, 
mas o senhor ajustou todo meu tratamento e me apoiou”. 
Esse é um exemplo de cuidado contínuo. A Longitudinalidade pressupõe que a 
atenção à saúde seja regular e continuada, com seguimento do cuidado ao longo do tempo 
e fortalecimento do vínculo entre a equipe de saúde e o usuário ou a comunidade. O 
acolhimento da equipe facilita o alcance entre profissionais e usuários e deve envolver a 
comunicação adequada e o comprometimento dos trabalhadores de saúde com o cuidado, 
por meio da promoção da escuta qualificada, construção de vínculo e negociação do plano 
terapêutico. 
 COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO 
“Mariana está com gestação de alto risco e o médico orienta que precisará 
encaminhá-la para um ambulatório especializado, mas a tranquiliza dizendo que ele 
continuará seguindo seu caso e orientando-a no que for necessário”. 
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13 
A Coordenação da atenção envolve a articulação do fluxo entre os diferentes 
pontos da rede de atenção à saúde trabalhando em prol de um objetivo único: resolver a 
demanda de saúde de uma população. O responsável pelo cuidado deve coordenar o fluxo 
nos serviços de saúde de modo que atenda integralmente às necessidades do usuário. Os 
cuidados à saúde muitas vezes demandam o atendimento de diferentes profissionais, que 
precisam estar coordenados entre si de modo a funcionar sinergicamente em benefício da 
saúde do indivíduo. Se esse cuidado não for coordenado, podemos perceber a duplicidade 
de ações e o excesso de tratamento e medicalização. Sem haver um fluxo bem definido, os 
usuários ficam vagando pela rede sem resolver seus problemas. Nesse sentido, as 
ferramentas de referência e contrarreferência facilitam a troca de informações entre os 
profissionais de saúde. 
 
ATRIBUTOS DERIVADOS 
 ORIENTAÇÃO FAMILIAR 
“Angelita procura dermatologista devido a pitiríase versicolor, mas as lesões 
reaparecem após medicação. Agenda o médico da família, que constata a mesma lesão no 
cônjuge. Após tratar o casal, o médico concluiu que a reincidência da micose era porque 
ambos dormiam juntos”. 
A orientação familiar presume levar em consideração o contexto da família como o 
sujeito da atenção, o que demanda interagir com essa unidade social para mapear possíveis 
fatores de origem dos problemas de saúde e fortalecer fontes de suporte para auxiliar nos 
cuidados à saúde. Em outras palavras, essa noção permite não apenas a melhor avaliação do 
problema de saúde (ex.: estudo genético, histórico de predisposição a doenças, ambiente 
familiar, etc.), mas também o mapeamento de pessoas que possam servir de suporte ao 
cuidado, bem como a definição daquelas que podem atuar negativamente na melhora do 
quadro do doente. 
 
 
 
 ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA 
“O secretário da saúde está instalando uma outra unidade básica de saúde e 
sugerem a ele um terreno baldio com vista para o rio. O representante do bairro beneficiado 
comenta a má ideia: “Isso não só vai destruir o campeonato de futebol, única alegria dos 
meninos da região, como vai deixar a unidade longe da população do território, que 
precisará atravessar de barco para chegar até ela. Nós, do Conselho de Saúde, sugerimos a 
construção da unidade na própria ilha.” 
Note que a pessoa que sugeriu o terreno não conhecia o contexto daquela 
comunidade e acabou propondo algo que iria acabar com uma das poucas opções de lazer da 
comunidade, além de dificultar o acesso da população ribeirinha que precisaria de 
atendimento. Precisamos conhecer os fatores epidemiológicos e sociodemográficos de uma 
comunidade para que seja possível propor um plano mais assertivo e direcionado. Na 
prática, sabemos que a abordagem de uma população de zona rural é totalmente diversa 
daquela em zona urbana e que os locais em que a febre amarela é uma doença endêmica 
não exigem o mesmo direcionamento de recursos de outros, em que a doença não é 
endêmica. Além disso, alguns locais da comunidade podem servir de suporte no cuidado da 
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14 
população a exemplo de igrejas, centro comunitários,praças, escolas, entre outros. Em 
suma, a Orientação comunitária refere-se ao reconhecimento das necessidades em saúde 
da comunidade, além de suas potencialidades, por meio de dados epidemiológicos e 
mapeamento do perfil da população, além do contato direto com a comunidade pelo serviço 
de saúde, influenciando a relação da equipe de saúde com a comunidade, o planejamento de 
ações e a avaliação conjunta com os usuários do funcionamento dos serviços. 
 COMPETÊNCIA CULTURAL 
“Doutor, tarde! Eu tive um ribuliço no estômbo adispois que minha patroa arengou 
mais eu. Saí de lá aperriado com a camisa afolosada – de tanto me repuxar quase torou ela 
no meio. Avie logo esse remédio pra essa gastura que eu estou com a gota-serena. Será que 
vai miorá?”. 
Como continuar esse diálogo se você não tiver uma noção acerca da linguagem 
local? Em suma, o paciente brigou com a esposa e passou a apresentar sintomas gástricos, o 
que é esperado, por estar bastante chateado. Agora ele busca uma medicação de alívio das 
queixas. Nesse exemplo, aprendemos que a equipe precisa compreender a linguagem da 
população, sendo crucial o desenvolvimento de habilidades de comunicação. Nesse ponto, o 
médico também deve adotar uma linguagem mais acessível para a realidade cultural do 
paciente. Entretanto, a Competência cultural vai além da linguagem local, envolvendo o 
aprendizado das características culturais dos grupos sociais e de suas crenças, auxiliando o 
médico na compreensão do problema de saúde e facilitando sua aceitação na comunidade. 
Não é aceitável, por exemplo, recusar os rituais de cura existentes em uma comunidade 
indígena, bem como não seria razoável o médico pedir que um gaúcho se abstenha 
totalmente do consumo de chimarrão. Diante dessas situações, é preciso compreender que 
existe uma cultura a ser respeitada e os planos terapêuticos devem ser negociados. Em 
resumo, a pelo qual os profissionais de saúde devem passar para adequarem-se às 
características culturais específicas da população, facilitando a comunicação e a relação da 
equipe com os usuários, além de promover uma melhor abordagem e adesão às ações 
propostas. 
 
RESUMO DA CLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOS DA APS 
ATRIBUTOS ESSENCIAIS 
Se é essenCIAL, as quatros letras do final iniciam um atributo. 
 Coordenação 
 Integralidade 
 Acesso/primeiro contato 
 Longitudinalidade 
ATRIBUTOS DERIVADOS 
Os derivados são informações complementares, ou seja, derivadas do contexto do indivíduo: família, 
comunidade e cultura. 
Conheça alguns termos que podem ser encontrados nas provas como sinônimos dos 
atributos citados: 
 Atributos essenciais ou atributos nucleares. 
 Atributos derivados ou atributos secundários. 
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15 
 Acesso de primeiro contato ou atenção no primeiro contato, ou, simplesmente, esses termos 
separados: acesso ou primeiro contato. 
 Orientação comunitária (ou da comunidade) ou abordagem comunitária ou foco na 
comunidade. 
 Orientação familiar (ou da família) ou centralidade na família ou foco na família. 
 
 ANEXO – TRECHO DA PNAB 
Algumas bancas gostam de usar trechos da PNAB de forma literal. Então, familiarizar-se com estas informações pode 
auxiliar você a identificar a alternativa correta com mais facilidade. Ah! E não se preocupe, pois esse texto normativo 
não utiliza uma linguagem de difícil compreensão e já deixamos destacados os conteúdos mais importantes em cada 
trecho. 
 
1 - PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA 
Os princípios e diretrizes, a caracterização e a relação de serviços ofertados na Atenção Básica serão 
orientadores para a sua organização nos municípios, conforme descritos a seguir: 1.1 - PRINCÍPIOS 
I - Universalidade: possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, 
caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da RAS (primeiro contato), acolhendo as pessoas e 
promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. O estabelecimento de 
mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização e funcionamento do 
serviço de saúde que parte do princípio de que as equipes que atuam na Atenção Básica nas UBS devem receber e 
ouvir todas as pessoas que procuram seus serviços, de modo universal, de fácil acesso e sem diferenciações 
excludentes, e a partir daí construir respostas para suas demandas e necessidades. 
II - Equidade: ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e saúde e de acordo com 
as necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e deve atender à 
diversidade. Ficando proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, cor, crença, nacionalidade, etnia, 
orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade ou limitação 
física, intelectual, funcional, entre outras, com estratégias que permitam minimizar desigualdades, evitar exclusão 
social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação; de maneira que impacte na autonomia e 
na situação de saúde. 
III - Integralidade: É o conjunto de serviços executados pela equipe de saúde que atendam às necessidades 
da população adscrita nos campos do cuidado, da promoção e manutenção da saúde, da prevenção de doenças e 
agravos, da cura, da reabilitação, redução de danos e dos cuidados paliativos. Inclui a responsabilização pela oferta 
de serviços em outros pontos de atenção à saúde e o reconhecimento adequado das necessidades biológicas, 
psicológicas, ambientais e sociais causadoras das doenças, e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão 
necessárias a estes fins, além da ampliação da autonomia das pessoas e coletividade. 
1.2 - DIRETRIZES 
I - Regionalização e Hierarquização: dos pontos de atenção da RAS, tendo a Atenção Básica como ponto de 
comunicação entre esses. Considera-se regiões de saúde como um recorte espacial estratégico para fins de 
planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços de saúde em determinada localidade, e a 
hierarquização como forma de organização de pontos de atenção da RAS entre si, com fluxos e referências 
estabelecidos. 
II - Territorialização e Adscrição: de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o 
desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com foco em um território específico, com impacto na situação, 
nos condicionantes e determinantes da saúde das pessoas e coletividades que constituem aquele espaço e estão, 
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16 
portanto, adstritos a ele. Para efeitos desta portaria, considera-se Território a unidade geográfica única, de 
construção descentralizada do SUS na execução das ações estratégicas destinadas à vigilância, promoção, 
prevenção, proteção e recuperação da saúde. Os Territórios são destinados para dinamizar a ação em saúde pública, 
o estudo social, econômico, epidemiológico, assistencial, cultural e identitário, possibilitando uma ampla visão de 
cada unidade geográfica e subsidiando a atuação na Atenção Básica, de forma que atendam a necessidade da 
população adscrita e ou as populações específicas. 
III - População Adscrita: população que está presente no território da UBS, de forma a estimular o 
desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população, garantindo a 
continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado e com o objetivo de ser referência para o seu 
cuidado. 
IV - Cuidado Centrado na Pessoa: aponta para o desenvolvimento de ações de cuidado de forma 
singularizada, que auxilie as pessoas a desenvolverem os conhecimentos, aptidões, competências e a confiança 
necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu cuidado desaúde de forma mais 
efetiva. O cuidado é construído com as pessoas, de acordo com suas necessidades e potencialidades na busca de 
uma vida independente e plena. A família, a comunidade e outras formas de coletividade são elementos relevantes, 
muitas vezes condicionantes ou determinantes na vida das pessoas e, por consequência, no cuidado. 
V - Resolutividade: reforça a importância de a Atenção Básica ser resolutiva, utilizando e articulando 
diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos 
positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na perspectiva de ampliação dos 
graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. Deve ser capaz de resolver a grande maioria dos problemas de 
saúde da população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, quando necessário. 
VI - Longitudinalidade do cuidado: pressupõe a continuidade da relação de cuidado, com construção de 
vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente e consistente, 
acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida das pessoas, evitando a perda 
de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia que são decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e 
da falta de coordenação do cuidado. 
VII - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de 
atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-
se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada, 
com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas 
das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. 
VIII - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, 
organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para 
que o planejamento das ações, assim como, a programação dos serviços de saúde, parta das necessidades de saúde 
das pessoas. 
IX - Participação da comunidade: estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária das ações 
de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e 
capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território. Considerando ainda o 
enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, através de articulação e integração das ações 
intersetoriais na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas e no 
exercício do controle social. 
Princípios da atenção primária: [DECORAR TODOS] 
 4 PRINCIPAIS: 
o Primeiro contato (acessibilidade): é a porta de entrada ao sistema. Resolve 80-90%. 
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17 
o Longitudinalidade: acompanhamento ao longo do tempo e criação de vínculo com a população, 
mesmo que resolva o problema, visar acompanha-la. 
o Integralidade: atender todas as necessidades de forma completa (prevenção, cura, reabilitação), 
vendo a pessoa como um todo. 
o Coordenação: coordena o cuidado que a pessoa precisa (referência ao atendimento secundário e 
terciário quando não consegue resolver na primária, seguida de contra-referência quando o paciente 
volta ao posto de saúde). 
 3 SECUNDÁRIOS: 
o Enfoque familiar: fazer um genograma (tipo árvore genealógica de 3 gerações) e avaliar as relações 
entre os familiares – ex. relação conflituosa entre 2 membros... 
o Orientação comunitária: contato com a comunidade para promoção de saúde (ex.: palestras no 
posto), comunidade participa das decisões relacionadas à saúde. 
o Competência cultural: facilitar a relação com a população falando “de igual para igual” – medicina 
baseada na narrativa (nunca interromper o paciente). É uma reorientação, “Centrada na pessoa”. 
PLInCípios PLInCipais: Primeiro contato, Longitudinalidade, Integralidade e Coordenação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estratégia da saúde da família 
 É preferível falar estratégia e não programa, porque querem que seja uma reorganização do modelo 
hospitalocêntrico que é o vigente até o momento. 
 Áreas estratégicas: tuberculose, hanseníase, HAS, DM, saúde bucal, saúde da criança, saúde da mulher, 
saúde do idoso, combate à desnutrição... 
 O Programa de expansão da Saúde da Família, foi idealizado para municípios com 100 mil ou mais habitantes 
pois o PSF, embora esteja distribuído por todo o país, tem uma cobertura mais baixa nos municípios 
maiores. 
 
8 características de prova (da atenção primária): [CAI MUITO – DECORAR] 
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18 
 PLInCípios PLInCipais: Primeiro contato, Longitudinalidade, Integralidade, Coordenação. 
 Horário integral: todos trabalham 40h por semana. 
 Equipe multidisciplinar: Mínimo 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem e 4-6 ACSs (o ideal seria 
1 para cada 750 habitantes). Pode ter Agente comunitário de endemias, dentista, técnico de saúde bucal; 
 Atribuições: comuns e específicas 
 NASF-AB: não é porta de entrada, multiprofissional, acabou em 2020, matriciamento; 
 Elevada complexidade (o médico precisa ter muito conhecimento para resolver pelo menos 80% da 
demanda da população) e baixa densidade (com poucos equipamentos resolve os problemas das pessoas). 
 Adscrição de clientela e territorialização: cada equipe de saúde da família é responsável por uma área com 
2.000-3500 pessoas (no máximo), que devem ser cadastradas (adscritas = cadastradas) pelos ACSs. 
Obs. As características que diferenciam a atenção primária da secundária/terciária são a 1ª e a 
última: PLInCípios PLInCipais (exceto integralidade, que teoricamente deveria estar em todos os 
níveis), adscrição da clientela e territorialização. 
 
Programa “Melhor em casa”: tipo um home care do SUS, que interna os pacientes em casa. O médico do PSF aciona 
a equipe, que interna o paciente na própria casa (com um familiar responsável) e diariamente é visitado por uma 
equipe multidisciplinar. 
 
 
 
NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) 
 Composto por profissionais especializados (porém generalistas): pediatria, ginecologista, médico 
acupunturista, psiquiatra, educador físico, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, nutricionista, veterinário. 
 Realiza interconsultas, discussões de casos, treinamento prático, visitas domiciliares, palestras e reuniões em 
grupos. 
 Faz parte da atenção primária, MAS NÃO é porta de entrada (não é de livre acesso)!!! Precisa primeiro 
consultar na UBS (PSF) para depois ser encaminhada. 
 NASF 1: atende de 5-9 ESF, com no mínimo 5 profissionais que trabalham juntos 200h/semana. 
 NASF 2: atende de 3-4 ESF, com no mínimo 3 profissionais que trabalham 120h/semana. 
 NASF 3: atende 1-2 ESF com no mínimo 2 profissionais que trabalham 80h/semana. 
 Mat
riciamento: 
profissional 
ou equipe 
ajuda a ESF, 
o nasf é o 
Macete – Atenção PRIMÁREA: 
PLInCípios PLInCipais 
Reabilitação também 
Integral (40h/semana, médico pode ser 20h) 
Multidisciplinar (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e ACSs) 
Acolhimento e (respeitar a) autonomia 
Reorientação para modelo centrado na pessoa (e não na doença) 
Elevada complexidade (muito conhecimento) e baixa densidade (poucos equipamentos) 
Adscrição de clientela (cadastrar) e territorialização 
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19 
exemplo clássico. 
 
 
Observações surgidas dos exercícios: 
 Enfermeiro pode solicitar exames, prescrever e encaminhar, desde que siga protocolos/fluxogramas. 
 PROESF: fundo para municípios com mais de 100.000 habitantes para estimular a implantaçãoda atenção 
básica. 
 Todos da equipe de saúde da família podem promover saúde e prevenir doenças (atividades de promoção). 
 3 funções específicas do enfermeiro: supervisionar, coordenar e realizar atividades dos ACSs e profissionais 
de enfermagem. 
 Projeto Terapêutico Singular (PTS): momento em que toda a equipe compartilha opiniões e saberes na 
tentativa de ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, 
para a definição de propostas e ações. 
 
Financiamento do SUS 
 O dinheiro da saúde vem da seguridade social: financia a saúde e a previdência. 
o Quem a sustenta? Os impostos como: COFINS, CSLL(contribuição social do lucro das empresas), 
CPMF (imposto que não existe mais). 
o O desconto da folha de salários é para o INSS  vai para a previdência e não entra um centavo para 
a saúde. 
o DPVAT (imposto obrigatório pago junto com o IPVA): 50% vai para a saúde, para atender vítimas de 
acidentes de trânsito. 
 O financiamento do SUS é uma responsabilidade comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 
 Emenda constitucional 86 (2015): regulamentou o quanto cabe a cada um aplicar na saúde. 
o União: 15% da receita + IPCA 
o Estados: 12% da receita estadual. 
o Municípios: 15% da receita municipal (progressivamente, será total em 2019). 
 
 EC nº 29 (2000) → LEI 141 (2012) → EC 95 (2016) 
o UNIÃO: $ do ano anterior + correção pelo IPCA 
o ESTADOS: 12% 
o MUNICÍPIOS: 15% 
Blocos 
 I – Custeio das Ações e Serviços Públicos 
 II – Investimento na Rede de Serviços Públicos 
 
 
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MÉDICOS PELO BRASIL 
CRIA O: MP 890  Lei no 13.958 de 18/12/2019 
OBJETIVO 
- Ampliar oferta de médicos 
- Regiões de NO e NE com 55% das vagas 
- 18.000 vagas de médicos 
- Subs tuição gradual do Programa “Mais Médicos” 
- Desenvolver e intensi car a formação de médicos especialistas em M C 
- Criação da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde 
COMO VAI FUNCIONAR: 
Contratação de Médicos da amília e Comunidade (M C) e de tutor médico 
 
PREVINE BRASIL 
CRIA O: Portaria no 2.979, de 12/11/2019 
OBJETIVO 
- Novo modelo de financiamento para Atenção Primária da Saúde 
- Fim do PAB 
- Fim do NASF 
- Aumentar o acesso das pessoas a Atenção Primária e o vínculo 
- Garantir a EQUIDADE 
COMO VAI FUNCIONAR 
- CAPITA O PONDERADA: população cadastrada considerando vulnerabilidade, perfil demográ co e classi cação 
geográ ca. O fornecimento de dinheiro é de acordo com a população. 
- PAGAMENTO POR DESEMPENHO: número de consultas pré-natal / Sí lis e HI / Den sta para gestantes / 
Preven vo / acina / Hipertensão / Diabetes mellitus. 
- INCENTI O POR A ES ESTRATÉGICAS: Saúde na hora / Equipe de Saúde Básica (eSB) / Unidade Odontológica 
Móvel (UOM) / Unidade Básica de Saúde da amília (UBS ) / Programa de Saúde na Escola / Academia da Saúde 
 
 
 
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21 
 
 O BRASIL CONTA COMIGO CRIA O: Portaria no 492 de 23/03/2020 
OBJETIVO 
- Convocar profissionais e estudantes para combater a pandemia do COVID-19 
- UEM? Alunos do 5o e 6o ano de medicina e úl mo ano de enfermagem, sioterapia e farmácia / Supervisores 
- Pontuação adicional de 10% nos programas de Residência Médica do Ministério da Saúde 
- Outros alunos podem par cipar como OLUNT RIOS - ortalecer o enfrentamento ao novo coronavírus 
COMO VAI FUNCIONAR 
- Pagamento da bolsa ou desconto em mensalidade 
- Capacitação, EPI, sistema eletrônico 
- Usar carga horária como subs tuta da carga horária do internato 
OBS: a convocação é feita em 48 horas e tem que se apresentar nesse período 
 
CONECTE SUS 
CRIA O: Portaria no 1.434 de 28/05/2020 
OBJETIVO 
- Informa zar os assuntos rela vos da saúde dos indivíduos e à integração dos estabelecimentos de saúde públicos e 
privados 
- Implantar a Rede Nacional de Dados em Saúde – RNDS 
- Acesso do cidadão, dos estabelecimentos, dos profissionais e dos gestores 
- Melhor, e mais organizada, oferta de serviços de saúde pública 
COMO VAI FUNCIONAR 
- Criação do aplica vo Conecte SUS cidadão 
- Possibilitar ao cidadão saber a sua trajetória no SUS 
 
 TELE PSI CRIA O: Junho de 2020 
OBJETIVO 
- Teleconsulta psicológica e psiquiátrica gratuita 
- Programa do MS em parceria com o Hospital Clínicas de Porto Alegre (HCPA) 
- Manejo de estresse, ansiedade, depressão e irritabilidade 
- Pro ssionais de saúde, estudante da área da saúde, professores de todos os níveis de educação e pro ssionais de 
serviços essenciais 
 
COMO VAI FUNCIONAR 
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22 
- Preenchimento do cadastro 
- Tem direito de 1 a 4 sessões de 50 minutos (psicólogo / psiquiatra) 
- Consultas são realizadas através de vídeo chamadas pela internet ou telefone xo por psicólogos e psiquiatras 
capacitados 
 
SA DE NA HORA 
CRIA O: Portaria no 930 de 15 de maio de 2019 
Portaria no 9 de 16 de março de 2020 
OBJETIVO 
- Horário estendido de funcionamento da US e UBS 
- Ampliar o número de usuários nas ações e nos serviços promovidos na US e UBS 
- Reduzir o volume de atendimentos de usuários com condições de saúde de baixo risco 
- USF com 2 ou + equipes60 horas 
COMO VAI FUNCIONAR 
Modalidades  USF com 60 hs semanais, US com 60 hs semanais com Saúde Bucal, US com 5 hs semanais com 
Saúde Bucal e US ou UBS com 60 hs semanais simplificado 
Funciona 60 hs/ sem  ≥ E S 
OU 75hs/ sem≥ 6 ES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANOS DE SAÚDE: 
 
 Categorias: 
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23 
o Autogestão: planos próprios patrocinados ou não pelas empresas empregadoras. 
o Cooperativas de trabalho (UNIMEDS): organizadas por leis de cooperativismo. Os médicos 
cooperados são simultaneamente sócios e prestadores de serviço. Os usuários se vinculam pelo pré-
pagamento de planos individuais, familiares ou empresariais. 
o Seguradoras: vinculadas ou não a bancos, fazem uma seleção de riscos mais rigorosa para o cálculo 
das prestações. 
o Medicinas de grupo: contratam serviços médicos de terceiros (hospitais, médicos e auxiliares), que 
podem se credenciar. 
o Filantropia: entidades sem fins lucrativos que operam planos privados de assistência à saúde. 
 Dentre todas as opções, todos os devem oferecem o plano referência, que inclui: consultas, exames, 
tratamentos e outros procedimentos ambulatoriais, internações e partos. Só não inclui tratamentos 
odontológicos. 
 O plano começa a funcionar 24h da vigência do contrato (parar urgência e emergência). Mas há um período 
de carência no qual o consumidor não tem direito a diversas coberturas. 
o Urgência e emergência: 24h (transporte + atendimento por até 12h + transferência para unidade do 
SUS, se necessário internação). 
o Partos: 300 dias. 
o Demais casos (consultas, exames, internações, cirurgias): 180 dias. 
 Lesões pré-existentes: aquelas que o paciente já sabia ser portador na época de contratação do plano de 
saúde. 
o Não terá cobertura para estas doenças/lesões preexistentes por até 24 meses (cirurgia, leitos de alta 
tecnologia, procedimentos de alta complexidade). 
o Ou tem a opção de pagar por “agravo”, um acréscimo no valor da mensalidade proporcional à 
cobertura daqueles eventos não cobertos. 
 Portabilidade de carências: ao mudar de uma operadora para a outra, não precisa mais aguardar o período 
de carência de meses ou anos para doenças pré-existentes, desde que esteja adimplente na operadora de 
origem e cumpra algum período de fidelidade à nova empresa. 
 Atendimentos por outros profissionais de saúde: 
o Nutrição, terapia ocupacional, fonoaudiologia: 6x/ano. 
o Psicoterapia (incluindo psiquiatra): 12x/ano. 
o Fisioterapia (indicada por médico):ilimitada. 
Proibida a cobrança de cheque-caução. 
 
 
 
 
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24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODO SOAP 
É a forma como entramos os dados no Registro Clínico Orientado por Problemas. E nesse artigo irei explicar cada um 
dos 4 passos do método. Você irá entender por que ele é muito mais interessante e dinâmico. Além de ser o método 
de excelência quando estamos falando de acompanhamento longitudinal dos pacientes. 
 
Subjetivo (S) 
SOAP é um acrônimo para 
Subjetivo / Objetivo / 
Avaliação / Plano. 
A primeira parte de 
qualquer consulta sempre será uma entrevista clínica. Com roteiros e formatos diferentes, de acordo com a 
profissão ou especialidade médica. Essa entrevista deve ser transcrita de acordo com a subjetividade do paciente. 
O paciente conta, na entrevista, a história de acordo com sua visão e nos relata a sua experiência com aqueles sinais 
e sintomas. Cabe a nós profissionais, conduzir essa entrevista com perguntas (quanto mais abertas, melhor), para 
entender as necessidades do paciente e para iniciar o raciocínio clínico. 
MÉTODO CENTRADO NA PESSOA 
Percepção do problema Sentimentos, ideias, funções e expectativas 
Entender a pessoa como um todo História de vida 
Sistematizar Plano conjunto 
Ser realista Nem tudo de uma vez só... priorizar 
Objetivar prevenção 
Aprofundar a relação Empatia, compaixão, cuidado 
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Entrevista clínica: 
 Nessa parte podemos utilizar roteiros específicos de cada especialidade ou profissão. E, incluir dados de 
antecedentes pessoais, antecedentes familiares, hábitos de vida, etc. O importante é que devemos utilizar a 
terceira pessoa do singular (ex. paciente refere que…) para a descrição, pois sempre devemos colocar o que 
foi narrado sob o ponto de vista do paciente. 
 
 E, mesmo que o paciente não nos conte a história de forma cronológica, facilita organizar os fatos e 
descrevê-los em uma ordem do mais antigo para o mais recente. 
Motivos de consulta: 
 Essa parte pode ser registrado em um espaço em separado (ou destacado na própria anamnese). Nesse 
espaço colocamos todos os motivos que levaram a pessoa à consulta. Essa organização serve de guia para a 
nossa consulta. Para cada motivo de consulta, um problema na avaliação e uma intervenção sugerida no 
plano. 
 
 Cabe colocar aqui que, além de sinais e sintomas, podem ser motivos de consulta também questões mais 
subjetivas como “medo de doença cardíaca”, ou “luto por morte do irmão”. Ou seja, tudo que possa ser 
considerado um problema . 
 
 Quando o paciente vem pela primeira vez em consulta conosco, com um determinado motivo de consulta, 
só que quando interrogado relata outras questões como tabagismo. Nesse caso, esses problemas entram 
como motivos de consulta somente dessa vez. E devem ser descritos também como antecedentes pessoais 
na história, sendo que esse registro ficará na folha de rosto (em breve irei escrever sobre o uso da folha de 
rosto no prontuário). A partir da segunda consulta, ou caso o paciente já tenha o tabagismo listado nos seus 
problemas ativos na folha de rosto, o tabagismo, no exemplo, não entra novamente como motivo de 
consulta. A não ser que o paciente venha especificamente para tratar dessa questão novamente, ou esse 
assunto seja gerado pelo profissional. 
 
 E os motivos de consulta não trazidos pelo paciente, porém de fundamental importância de serem 
discutidos? Como no próprio exemplo do tabagismo. Por exemplo, o paciente vem à consulta por dor no 
cotovelo, porém nota-se que o paciente é tabagista e o médico deseja abordar essa questão. Então os 
motivos de consulta são: dor no cotovelo (motivo trazido pelo paciente), e tabagismo (motivo gerado pelo 
prestador). Outro exemplo, nessa mesma consulta é aferida a pressão arterial, e verifica-se que está 
alterada, mas o paciente não tem história de hipertensão arterial. Deve-se acrescentar outro motivo de 
consulta, medida de pressão arterial elevada, e nesse caso, também gerada pelo prestador. 
Impressões gerais: 
 Devemos registrar todas as impressões que temos de forma subjetiva, mas que não foram narradas pelo 
paciente. Ou seja, fatos subjetivos, mas do nosso ponto de vista, e não do paciente. Ex.: “Paciente vem 
acompanhado do marido que interferiu em vários momentos da consulta”; ou, “paciente apresenta cuidados 
pessoais comprometidos”. 
 
Objetivo (O) 
Após ouvirmos toda a história do paciente, de acordo com o ponto de vista dele, chega o momento de partirmos 
para dados objetivos que possam corroborar com hipóteses diagnósticas e possíveis manejos que estejamos 
pensando. 
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Aqui entram todas as informações que podem de alguma forma serem mensuradas por nós. Não cabem nesse 
momento interpretações, e nada pode ser interferido pelo que o paciente narrou. 
O objetivo serve apenas para apoiar o raciocínio clínico, a partir dos motivos de consulta do paciente, e possíveis 
suspeitas diagnósticas. Mesmo que não tenham sido trazidos como motivo de consulta. Por exemplo, realizar a 
palpação da tireóide, mesmo se o paciente não tiver queixas. 
Sendo assim, no método SOAP, o objetivo é divido em apenas 2 partes: 
Exame físico: 
 Onde escrevemos todo exame realizado, incluindo sinais vitais e dados antropométricos. Mesmo os sinais do 
exame físico que possam dar margem a interpretação, como a intensidade de uma bulha cardíaca, devemos, 
como já sabemos, utilizar cruzes para tentar deixar o mais objetivo possível; 
Resultado de exames complementares: 
 Todos os resultados de exames trazidos pelo paciente devem ser anotados, mesmo aqueles que não tenham 
sido solicitados por nós, porém que possam auxiliar no raciocínio clínico. 
 
 
Avaliação (A) 
Agora chega o momento mais “egoísta” da consulta. É o momento da concretização das hipóteses e dos 
diagnósticos. Independente de quando e como iremos falar para o paciente e/ou seus familiares sobre 
os problemas dele, é nesse momento que listamos todas nossas impressões sobre aquela consulta. 
Importante salientar, que nessa parte do registro não iremos listar todos os problemas do paciente, pois esses 
outros problemas não relacionados à consulta atual devem constar da folha de rosto. A não ser que tenha sido 
trazido novamente como um motivo de consulta. 
Por exemplo, paciente com hipertensão arterial há 10 anos, vem a consulta hoje por dor em cotovelo, e chegamos 
ao diagnóstico de epicondilite lateral. O único problema da lista dele será epicondilite lateral e não hipertensão 
arterial, a qual estará na folha de rosto. 
No entanto, se esse mesmo paciente vem pela primeira vez na consulta com você, com o mesmo motivo de consulta 
de dor no cotovelo, mas ao ser interrogado com relação aos antecedentes pessoais, refere hipertensão arterial há 10 
anos. Nesse caso, como é a primeira vez que você o consulta, a hipertensão entra como problema. 
Ou seja, problemas crônicos entram na lista de problemas no prontuário, apenas quando relatados pela primeira vez 
pelo paciente ou quando trazidos novamente em consulta, ou ainda, quando o profissional entender que deve 
abordar aquele problema naquela consulta. 
Antes de listar os 2 itens que constam na avaliação, só gostaria de relembrar a definição de problema. “Problema é 
tudo aquilo que interfira na qualidade de vida do paciente, ou represente um risco futuro para sua saúde, ou ainda, 
que necessite de um manejo clínico posterior; e que esteja no seu mais alto grau de resolução possível naquele 
momento”. Gostaria de salientar a última parte da definição, uma vez que ela nos interessa muito na definição da 
lista de problemas. 
Lista de problemas: 
 Primeira “regrinha” importante. Todo motivo de consulta deve ter um problema correspondente.Dessa 
forma, as demandas e preocupações do paciente não deixarão de ser valorizadas por nós. Cabe aqui 
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diminuir o preconceito do que é realmente importante, pois se é importante para o paciente, deve ser 
valorizado por nós. 
 
 Caso os motivos ainda não tenham um diagnóstico. Por exemplo, dor no corpo e febre. Devemos reescrever 
dor no corpo e febre, e investigarmos o que seja esses sinais/sintomas, ou aguardar, ou propor um teste 
terapêutico. Enfim, o problema pode ser tanto um sinal, sintoma (ainda sem diagnóstico), síndromes, etc., 
quanto um diagnóstico definido. No primeiro caso, necessariamente deveremos colocar uma ou mais 
hipóteses diagnósticas correspondentes. 
Hipóteses diagnósticas: 
 As hipóteses têm um único propósito. O de nos auxiliar no manejo clínico posterior. Ajudando assim a 
lembrar das condutas e raciocínios que tivemos no dia para aquela consulta. Caso não haja problemas ainda 
indefinidos, o campo de hipóteses ficará em branco. 
 Sendo assim, não é necessário interrogar nenhum problema, pois tudo o que entendermos que mereça um 
ponto de interrogação, deve ser colocado nessa lista (sem a necessidade do ponto de interrogação, pois é 
uma hipótese). Essa hipótese deve estar correspondida ao problema, que no caso deve estar em um grau de 
resolução menor que o problema final (diagnóstico). 
 
Plano (P) 
Depois da elaboração da lista de problemas e das hipóteses diagnósticas, chega o momento de iniciarmos uma 
proposta terapêutica. Gosto de chamar de proposta terapêutica. Dessa forma, podemos pensar na autonomia e no 
poder de decisão que o paciente terá nesse momento. 
Importante não confundir a autonomia do paciente, com o que é importante e necessário ser feito. Todavia, é muito 
importante tentar equilibrar ao máximo o necessário e o possível. 
Em nossa avaliação consideramos um medicamento x como sendo o mais benéfico para o paciente. Porém, se ao 
informarmos o preço médio desse medicamento, o paciente relatar que fica inviável dele comprar. Devemos tentar 
oferecer uma alternativa terapêutica. O mesmo serve para posologia, mudança de hábitos, etc. 
Outra coisa crucial no plano terapêutico. Para cada problema da lista de problemas, devemos realizar uma proposta 
terapêutica, mesmo que seja uma escuta. E, logicamente, isso deve constar do registro, na parte das orientações. 
Então, vamos falar das 6 partes que constam necessariamente do plano, no método SOAP: 
 Solicitação de exames: 
Devemos registrar todos os pedidos de exames, de preferência, relacionando com o problema de saúde listado na 
avaliação. 
Encaminhamentos: 
Relacionar todos os encaminhamentos realizados, seja para colegas de outras especialidades, ou outros profissionais 
de saúde. Nos encaminhamentos, podemos incluir também os retornos para nós mesmos. 
 
Atestados: 
Quando fornecemos atestados, devemos registrar no prontuário, mesmo que seja uma declaração de 
comparecimento. 
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Orientações: 
Todas as orientações que foram oferecidas para o paciente são registradas nessa parte. Inclusive dados relacionados 
à escuta terapêutica. 
Medicamentos: 
Aqui anotamos apenas as medicações prescritas ou modificadas na consulta. As medicações que são de uso contínuo 
estarão na folha de rosto. 
Observações: 
Usamos essa parte para registarmos tudo aquilo que for pertinente do plano terapêutico, indiretamente relacionada 
às partes anteriores e sejam percepções subjetivas do médico referente à conduta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Genograma 
O genograma é outro instrumento interessante para ampliar o conhecimento sobre as famílias. 
Trata-se de uma representação gráfica do sistema familiar, preferencialmente em três gerações, que utiliza símbolos 
padronizados para identificar os componentes da família e suas relações. Os terapeutas familiares utilizam-no como 
estratégia para avaliação e intervenção. Algumas equipes da ESF já o empregam para visualização dos agravos de 
saúde e planejamento de ações. 
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A seguir, apresentamos os símbolos mais correntemente utilizados em genogramas e um exemplo comentado. 
 
A seguir um exemplo: 
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O genograma é como uma foto de um determinado momento e pode ser refeito quando ocorrem mudanças 
significativas. As equipes da ESF não realizam intervenções psicoterapêuticas, mas têm condições de identificar 
pontos de conflito que podem dificultar suas ações de promoção de saúde e realizar os devidos encaminhamentos. 
Além disso, podem empregar esse instrumento para identificar a presença de problemas de saúde, pessoas que 
necessitem de cuidados especiais e outros pontos de interesse para suas intervenções. 
Neste exemplo, temos a representação gráfica de uma família e de alguns de seus relacionamentos. No 
caso, estão presentes quatro gerações. Temos o primeiro casal, em que o homem é falecido e teve um 
relacionamento paralelo ao casamento que gerou uma filha. Na geração seguinte, há uma mulher que 
tem três filhos vivos de três relacionamentos diferentes. Teve também um falecido, e a causa da morte 
está explicitada. Uma de suas filhas tem um filho de um relacionamento informal. A linha tracejada 
que vai do indivíduo C até as filhas de K indica que ele as adotou. 
A linha que envolve parte do sistema indica que residem juntos. Como se trata de um exemplo, não 
utilizamos todas as informações, mas, sempre que possível, é interessante colocar nomes, datas dos 
casamentos, mortes e outros dados que sejam pertinentes para o caso. Há também uma 
representação das relações de acordo com um tipo de padronização existente. Verificamos que K 
sofreu abuso sexual dos 12 aos 18 anos e P é fruto desse relacionamento. A outra filha de K, chamada 
V, foi abusada pelo padrasto C. 
 O relacionamento entre K e suas filhas está representado no triângulo: confuso entre K-P; fechado 
entre K-V; e conflituoso entre V-P. Também é destacado que o bebê de um ano sofreu vários 
acidentes. Por meio desta representação, sabemos que se trata de uma família em que a violência está 
presente e os relacionamentos não são satisfatórios. 
 
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A vantagem do genograma é que apresenta um modo sucinto e universal de representação do grupo familiar, 
compreensível por todos que o conhecem, evitando textos longos e muitas vezes pouco precisos e operacionais na 
descrição do grupo familiar. 
O genograma também pode servir como ferramenta de conversação, seja com a família, seja com a equipe, visando 
à escuta de diversos pontos de vista sobre dada realidade e a construção simultânea de uma única forma – muitas 
vezes acaba servindo como instrumento terapêutico, constituindo uma estratégia de vinculação, consenso e 
exposição dialogada acerca do grupo familiar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ecomapa 
O ecomapa, tal como o genograma, faz parte do conjunto de instrumentos de avaliação familiar, e os dois podem 
aparecer de forma complementar dentro de um prontuário familiar. Enquanto o genograma identifica as relações e 
ligações dentro do sistema multigeracional da família, o ecomapa identifica as relações e ligações da família e de 
seus membros com o meio e a comunidade onde habitam. 
Foi desenvolvido em 1975 para ajudar as assistentes sociais do serviço público dos Estados Unidos em seu trabalho 
com famílias-problema (AGOSTINHO, 2007). O ecomapa não é mais do que uma representação gráfica das ligações 
de uma família às pessoas e estruturas sociais do meioonde habita ou convive (ambiente de trabalho, por exemplo), 
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desenhando o seu “sistema ecológico”. Identifica os padrões organizacionais da família e a natureza das suas 
relações com o meio, mostrando-nos o equilíbrio entre as necessidades e os recursos da família (sua rede de apoio 
social, por exemplo). Pode ilustrar, assim, três diferentes dimensões para cada ligação: 
1. Força da ligação (fraca; tênue/incerta; forte); 
2. Impacto da ligação (sem impacto; requerendo esforço/energia; fornecendo apoio/ energia); 
 3. Qualidade da ligação (estressante ou não). 
A figura, a seguir, traz representações gráficas dos símbolos que podem compor um ecomapa. Especialização em 
Saúde da Família 63 
 
MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 
 
INDICADORES DE SAÚDE 
AVALIAR O RISCO → COEFICIENTE (TAXA) 
 
 
Número de óbitos em ≥ 50 anos 
População ≥ 50 anos 
 
AVALIAR A PROPORÇÃO → ÍNDICE 
 
 
Número de óbitos em ≥ 50 anos 
Número total de óbitos 
NUMERADOR = DENOMINADOR 
NUMERADOR ≠ DENOMINADOR 
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COEFICIENTES... 
1) MORBIDADE: risco da população adoecer 
2) MORTALIDADE: risco da população morrer 
3) LETALIDADE: risco do doente morrer 
 
COEFICIENTES 
COEFICIENTE DE MORBIDADE 
 
 
A introdução de um novo medicamento para o tratamento de diabetes, que melhore o nível glicêmico, diminuindo 
complicações, produz qual efeito? 
a) Aumento da incidência 
b) Aumento da prevalência 
c) Diminui incidência 
d) Diminui a prevalência 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE 
O RISCO DE MORRER... 
COEFICIENTE DE 
MORTALIDADE GERAL 
Número de óbitos 
População 
 Em um tempo e lugar EXPOSTA 
 
COEFICIENTE DE 
MORTALIDADE MATERNA 
Nº óbitos por causas maternas 
Nº de nascidos vivos 
COEFICIENTE DE 
MORTALIDADE INFANTIL 
Nº de óbitos < 1ano 
Nº de nascidos vivos 
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MORTALIDADE MATERNA 
 O censo conta a cada 10 anos, e não dá para saber quantas gestantes existem nem o número de pré-natais, 
porque algumas não fazem e outras fazem no particular. Sobra o nº de nascidos vivos, pois há declaração de 
nascimento. Os natimortos contrabalanceiam os gemelares! 
 Morte materna direta: sem doença prévia, foi a gravidez que matou (eclâmpsia, infecção puerperal) 
o Mulheres jovens geralmente engravidam, então causas diretas são mais comuns, pois mulheres 
jovens são sadias. 
 Morte materna indireta: com doença prévia que piorou pela gravidez, parto ou puerpério (cardiopatia, 
estenose mitral). 
o Causas mais comuns: hipertensão, hemorragia e infecção. 
 Mortes por causa materna são de notificação compulsória! 
 
MORTALIDADE INFANTIL 
“Notificação compulsória” 
**Excelente indicador da qualidade de vida 
 
PERINATAL 
? / Parto e RN 
Mais alta no Brasil 
Natimortos (> 22 sem) + < 7 dias 
No. de nascidos (vivos + mortos) 
NATIMORTOS 
Avalia o obstetra 
Natimortos (> 22 sem) 
No. de nascidos (vivos+mortos) 
NEONATAL 
(Precoce e tardia) 
Avalia o pediatra 
 
Número de óbitos < 28 dias 
Número de nascidos vivos 
PÓS-NEONATAL 
(Infantil tardia) 
Avalia MEIO AMBIENTE 
 
No. de óbitos 28 dias até 1 ano 
Número de nascidos vivos 
 
 
 
 Mais fácil de ser reduzido: PÓS-NEONATAL 
 Mais difícil de ser reduzido: NEONATAL 
 
A mortalidade perinatal avalia o parto e o RN; a mortalidade de natimortos avalia o obstetra... a neonatal avalia o 
pediatra! A mortalidade pós-neonatal avalia o meio ambiente que a criança vive (qualidade de vida que o país 
proporciona). 
 A maioria das crianças antigamente morria no PÓS-NEONATAL, geralmente por INFECÇÃO. 
 Atualmente, a maioria morre no NEONATAL, mais da metade morrendo na primeira semana de vida. 
o A causa mais comum de morte infantil no Brasil são as causas perinatais. A segunda maior causa são 
as afecções congênitas. Logo, são mortes difíceis de reduzir. 
 Algo aconteceu no parto que levou o RN à morte (circular de cordão que faz encefalopatia 
isquêmica, membrana hialiana) ou então o RN nasceu com microcefalia, p. ex. 
 
COEFICIENTE DE LETALIDADE 
AVALIA A GRAVIDADE 
 
 Em um tempo e lugar 
 Sobre o HIV: como a letalidade é avaliada em um tempo (ano), nem todos os doentes neste período 
morreram 
 
Nº óbitos 
Nº de doentes 
 
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ÍNDICES 
MORTALIDADE 
PROPORCIONAL 
Nº óbitos por IDADE / CAUSAS 
Nº total de óbitos 
ÍNDICE DE 
SWAROOP-UEMURA 
Nº óbitos ≥ 50 anos 
Nº total de óbitos 
 
Índice de Swaroop-Uemura (ISU) 
 Excelente indicador do nível de vida 
 Quanto mais alto o ISU, melhor é o país, pois apenas idosos “devem” morrer 
 > 75% óbitos são acima dos 50 anos: país desenvolvido 
 < 25% óbitos são acima dos 50 anos: país subdesenvolvido 
 O Brasil tem ISU de 76%! 
 
CURVAS DE NELSON MORAES 
 
 
MORTALIDADE PROPORCIONAL 
Foi usado a ideia do CID, que trata as doenças em grupos (doenças circulatórias, respiratórias, etc.) 
 
O grupo que mais mata no Brasil é o circulatório, seguido por neoplasias e por fim as causas externas 
 
1 Circulatório 
2 Neoplasias 
3 Causas externas 
 
 (*) Atenção para Norte e Nordeste, onde as causas externas e sociais ficam em segundo lugar. 
 
Gênero faz diferença: homens expõem-se mais a causas externas, ficando em segundo lugar 
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 Homens: Cir – CEx 
 Mulheres: Cir – Ca – Resp – CEx 
 Normal: Cir – Ca - CEx 
 
 As causas desconhecidas (5,8%) ocorrem por má assistência à saúde, mau preenchimento da declaração de 
óbito pelos médicos. 
 
Entre crianças, as infecções perinatais são as que mais matam, seguido por malformações congênitas e por fim as 
causas respiratórias. 
 
Do 1º ao 40º ano de idade, no Brasil, o que mais mata são as causas externas! 
 Dentre as mortes por causas externas, os homens morrem mais por agressão e homicídio, enquanto as 
mulheres por acidentes. 
 
 
 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
Principais determinantes: 
1) Queda da fecundidade (principal) 
 
 
 
 
2) Queda de mortalidade geral 
3) Aumento da esperança de vida 
4) Aumento do índice de envelhecimento 
 
 
 
Evolução: 
 Estreitamento da base e alargamento do ápice 
 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
 Diminuição das doenças transmissíveis (DIP) 
 Aumento das doenças crônico-degenerativas 
 Aumento das causas externas 
 
 
 
 
CURIOSIDADES 
As doenças de notificação compulsória com maior incidência são: 
(1) dengue / (2) malária / (3) tuberculose 
As principais neoplasias malignas (não pele) são: 
Homem: 1 → próstata / 2 → pulmão 
Mulher: 1 → mama/ 2 → colo de útero 
As principais causas de internação pelo SUS são? 
Nº de nascidos vivos 
Nº de mulheres em idade fértil 
 
Idosos (≥ 60 a) 
Jovens (≤ 15 anos) 
 
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1- Gravidez, parto e puerpério 
2- Doenças respiratórias 
3- Doenças circulatórias 
As principais causas de internação por causas externas no SUS são? 
1- Quedas 
2- Acidente de transporte 
 
 
Sistemas de informação 
SIM SI de Mortalidade 
SINAN SI Nacional dos Agravos de Notificação 
SIAB e-SUS AB 
SIH SI Hospitalar 
 
 
 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
Descritivos: apenas relata – ex.: relato de caso, série de casos 
Analíticos: provam uma relação de causa e efeito (ex.: transversal, coorte, ..) 
 
Classificação 
1- Investigados 
 População (agregado): olhar amplo 
 Indivíduos (individuado): avalia a resposta de cada participante do estudo 
 
 2 - Investigador 
 Observação 
 Intervenção (ensaio): toda intervenção é longitudinal! 
 
 3 - Tempo 
 Transversal (seccional/prevalência): olho o participante uma única vez (é uma foto do participante) 
o Ex.: “ como foi a mortalidade infantil na década de 0? ” 
 Longitudinal (: acompanha o paciente (é um filme, momentos

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