Buscar

Saúde do homem - Interação Comunitária

Prévia do material em texto

Júlia Assis Silva - Turma IV alfa
SAÚDE DO HOMEM
Interação Comunitária
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
● A maioria dos homens procura o sistema de saúde pela atenção especializada, já
com a doença, e não pela porta de entrada do SUS que é a APS/Estratégia Saúde da
Família.
●
● Porque os homens não se cuidam e procuram ajuda médica?
1
●
● Masculinidade hegemônica.
Linha do tempo
● PNAISH: década de 70→ ditadura→ homens iam aos bares que não tinham
janelas→ tuberculose e doenças venéreas (IST)→ contribuíram para evolução e
surgimento dessa política.
○ Acesso a saúde precário, não existia SUS, apenas quem trabalhava tinha
acesso ao serviço.
○ Se o homem ficasse doente iria afetar o trabalho. Caso ele morresse o IAP
teria que pagar uma pensão à sua esposa.
● Década de 70→ campanhas contra o alcoolismo e doenças venéreas destinadas a
espaços de socialização masculina, como bares e bordéis.
● Década de 90→ saúde do homem se torna pauta internacional→ 1994:
Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo, Egito) e em
1995: a IV Conferência Mundial sobre a Mulher (envolvendo planejamento
reprodutivo).
2
○ Acordo de 1994→ implementar estratégia de planejamento reprodutivo.
● 2007→ saúde do homem como política pública passa a ter visibilidade no Brasil
quando uma das metas prioritárias foi a implantação de uma “política nacional
para assistência à saúde do homem” no SUS.
○ O Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES) da
Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), do Ministério da Saúde (MS), cria a
estrutura da Área Técnica de Saúde do Homem (ATSH).
● 2009→ Instituida a PNAISH.
● 2013→ A Área Técnica de Saúde do Homem (ATSH) passou a ser denominada
Coordenação Nacional de Saúde dos Homens (CNSH).
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
● Diretrizes: promover ações de saúde que contribuam para compreensão da
realidade singular masculina em seus diversos contextos sociocultural e
político-econômico, respeitando diferentes níveis de desenvolvimento e
organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e
Municípios.
○ Homens são diferentes entre si e temos que respeitar essas diferenças de
geração, de cultura e de acesso à informação e meios de comunicação.
● Objetivo: facilitar e ampliar o acesso com qualidade da população masculinas às
ações e aos serviços de assistência integral à saúde da rede SUS, mediante a
atuação nos aspectos socioculturais, sob a perspectiva relacional de gênero para
contribuir com a redução da morbidade, da mortalidade e a melhoria das
condições de saúde.
Linhas de ação
● Criar estratégias para sensibilizar e atrair os homens por meio de ações ampliadas
nos locais da comunidade onde os homens estão. Reconfigurar as estruturas e
práticas da ESF com foco na sensibilização e capacitação da equipe de saúde.
○ Capacitar por meio de cursos.
● Definir estratégias com base no reconhecimento da diversidade.
● Desenvolver campanhas sobre a importância dos homens cuidarem da saúde.
○ O público das campanhas é o homem, mulheres e profissionais da saúde.
● Incluir homens como sujeitos nos programas de saúde.
○ Orientar quanto aos seus direitos e deveres (inclusive a estar presente nas
consultas de pré-natal e puericultura).
3
● Promover articulação entre os diferentes níveis de atenção para que possam
receber, além de atendimento humanizado em pronto-socorros, a garantia de
continuidade da assistência (a partir da concepção de linhas de cuidado).
○ Sistema de referência e contrarreferência.
○ Muitas vezes os homens vão a UPA (atenção secundária) e a UBS não fica
sabendo devido a falha na contrarreferência.
● Apoiar ações e atividades de promoção de saúde para facilitar o acesso dessa
população aos serviços de saúde.
Eixos
● Acesso e acolhimento→ sensibilizar quanto a necessidade de procurar os
serviços de atenção básica e evitar procurar a assistência especializada apenas
quando estiver doente.
○ Muitas doenças poderiam ser evitadas se eles procurassem a atenção
básica, e evitassem sofrimento, agravo da morbidade e ônus para o SUS.
○ O que pode ser feito? Capacitação do ACS e guia de pré-natal do parceiro
para profissionais da saúde. Ampliar horário da UBS, capacitar
profissionais da atenção básica, estimular pré-natal do parceiro como
vínculo e captação do homem para as ações de saúde.
● Prevenção de violências e acidentes→ são os maiores mortos por homicídios,
violência no trânsito, suicidio, uso abusivo de álcool, cigarro e outras drogas.
● Paternidade e cuidado→ o envolvimento dos homens nas tarefas de cuidado e
paternidade reduz a ocorrência de violências contra pessoas próximas, contribui
para a saúde das mulheres e para uma gestação saudável, reduz a transmissão de
doenças sexualmente transmissíveis, contribui para a formação de crianças com
atitudes equitativas, através da relação entre pais e filhos baseada no afeto.
○ Engajar o homem nas tarefas de cuidado, inserir ele no pré-natal, parto e
puerpério (conexão, afeto e vínculo) e compreender o cuidar não apenas
como qualidade feminina.
○ O homem, ou outra pessoa de escolha da mulher, tem direito a
acompanhar a mulher durante todo o período de trabalho de parto, parto e
pós-parto imediato (10 dias).
○ Licença paternidade de 5 dias.
● Saúde sexual e saúde reprodutiva→ o homem tem direitos sexuais e
reprodutivos.
○ Disfunções sexuais masculinas: ejaculação retardada, andropausa,
doença de peyronie, disfunção erétil, ausência de ejaculação e ansiedade
4
do desempenho sexual (ejaculação precoce).
○ Métodos contraceptivos: vasectomia e camisinha.
○ Sífilis: pré-natal do parceiro, testes rápidos, busca ativa e tratar os homens
cujas parceiras foram diagnosticadas, administrar penicilina e benzatina
na AB, preencher fichas de notificação e realizar rodas de conversa sobre o
tema.
● Doenças prevalentes→ doenças crônicas como as doenças isquêmicas do
coração (infarto), doenças infecciosas como HIV, tuberculose, diarreia, transtorno
neonatal e doenças de causa externa como quedas, acidentes de trânsito,
autolesão e violência.
●
Doenças sexuais masculinas
● Ejaculação retardada ou ausência de ejaculação:mais de 25 minutos.
○ Comportamentais
■ Álcool e outras drogas→ afeta o sistema nervoso e reduz a
sensibilidade peniana.
5
■ Medicamentos→medicamentos que afetam a chegada do sangue na
região peniana→ vasoconstritores, antidepressivos tricíclicos.
■ Idade→ com o passar dos anos perdemos camadas da pele, redução
da camada da derme deixando a pele do pênis mais enrugada e
reduz a ação dos receptores cutâneos e sensibilidade.
■ Diabetes.
■ Indústria pornográfica→masturbação excessiva.
○ Hormonais
■ Andropausa/Medicamentos.
○ Psicológicos
■ Ansiedade.
■ Depressão.
● Andropausa: se inicia aos 40 anos de idade, porém os sintomas afetam mais aos
60 anos. Redução da produção de testosterona, queda de cabelo, dificuldade de
ereção, redução da libido, perda de massa magra e aquisição.
● Ejaculação precoce:menos de 2 minutos. Garantia de sigilo, atendimento
unificado e qualificado→ Tratamento psicológico.
● Disfunção erétil: dificuldade de ter e manter a ereção. Acrescentar o cigarro nas
causas de ejaculação retardada, pois são as mesmas. Lesão medular também
causa.
● Doença de Peyronie: trauma intenso que causou torção grande que afetou a
estrutura muscular do pênis. Lesões repetidas vezes, mas menos intensas causam
cicatrização do tecido e fibrose do tecido (rígido, começa a ficar encurvado)
Atrapalha função sexual.
○ Tratamento medicamentoso para reposição de queratina e massa para
contribuir para a elasticidade da pele.
○ E cirurgia que é o mais eficaz→ descompressão dos nervos.
6

Continue navegando