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1 ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO E IDOSO. 1º ESTÁGIO - Avaliação Remota - 30 Questões Objetivas - 31/08/2020 - 8h às 10h O questionário permanecerá aberto somente no período correspondente ao especificado no cronograma de provas: 30 questões objetivas = 2 horas. Anote suas respostas em um arquivo separado ou manualmente. Isso pode proporcionar maior segurança em uma eventual interrupção da sua conexão. Em caso de interrupção e impedimento de retorno, o estudante deverá entrar em contato, imediatamente, durante o período correspondente à prova, pelo F:(18) 997154808 (via WhatsApp), informando o problema e encaminhando o arquivo com suas respostas. Obs.: este telefone estará disponível para receber SOMENTE mensagens durante o período de realização das avaliações. Caso tenha respondido em uma folha de forma manuscrita, poderá digitalizar suas respostas e enviar, durante o período correspondente à prova, para o WhatsApp - F:(18) 997154808. Periodicamente, “Salve sem Finalizar”, para segurança de suas respostas. Terminou de responder? Clique no botão “Salvar e Finalizar”. Isso enviará suas respostas para o professor e finalizará sua participação no questionário. Suas respostas somente serão enviadas quando você clicar no botão SALVAR E FINALIZAR. 1) Paciente trazido pelo resgate sem nível de consciência, sem pulso, no monitor taquicardia de QRS largo. Qual é a melhor conduta? a) Sedar e cardioverter com 200J. b) Desfibrilar 200J. c) Amiodarona intravenosa, pois não temos o ECG e a amiodarona pode ser feita em várias taquiarritmias. d) Realizar ECG para identificar ritmo, pois não é possível dar conduta sem saber exatamente qual arritmia apresenta. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Arritmia. Paciente com taquiarritmia sem pulso = parada em FV ou TV – desfibrilar. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas,1 edição, Atheneu, 2019. 2) Na coleta de gasometria arterial, a avalição do suprimento sanguíneo da mão a ser puncionada deve ser realizada através do teste que avalia a circulação colateral da mão, através da avaliação das artérias ulnar e radial. Caso ocorra espasmo de uma das artérias, a outra produzirá perfusão sanguínea adequada para a mão. Qual o nome do teste a ser realizado para verificação dessa perfusão? a) Teste de Allen. b) Sinal de Murphy. c) Teste de Blumberg. d) Sinal de Kernig. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: GAS. O teste de Allen é realizado para avaliar o fluxo sanguíneo, porque quando a pressão é aplicada em ambas as artérias, o sangue é limitado na sua capacidade de entrar na mão. Com a abertura repetitiva e o fechamento da mão, o sangue é empurrado para fora da mão, o que explica a cor branca / pálida. No ponto em que o testador remove a pressão de uma artéria, o único caminho para o sangue entrar na mão torna-se essa artéria, então qualquer retorno de cor (sangue) à mão significa um bom fluxo sanguíneo naquela artéria. Bibliografia: • ARAÚJO, G. M. et al. Procedimento de gasometria arterial em unidade de terapia intensiva: relato de experiência. Revista de Enfermagem, v. 11(11), p.72-79, 2015. • The National Institutes of Health Clinical Center. Critical care therapy and respiratory care section. CCMD Share/lr/Policies/Procedures/Diagnostics: Critical Care Therapy and Respiratory Care Section; 2000. • VIANA, Renata Andrea Pietro Pereira; WHITAKER, Iveth Yamaguchi. Enfermagem em terapia intensiva: práticas e vivências. Porto Alegre. Artmed, 2011. • CRUZ, Isabel Cristina Fonseca da; FIGUEIREDO, José Eduardo Ferreira de. Procedimentos de Enfermagem: incrivelmente fácil. 1ª Edição. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2004. 2 3) Paciente com psoríase vulgar, após interrupção de corticosteroide sistêmico, que utilizou por 6 meses, apresentou eritema e descamação generalizados. O motivo desta piora se deve a: a) A piora não tem relação com o uso ou a suspenção do corticoide. b) Imunodepressão pelo corticosteroide, com desenvolvimento de infeção cutânea. c) Uso prolongado do corticosteroide, levando à exacerbação do quadro de psoríase. d) Rebote pela suspenção do corticosteroide, com desenvolvimento de eritrodermia. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: PSORIASE. O uso de corticosteroide sistêmico deve ser evitado na psoríase, pois apesar de melhorar as lesões durante o seu uso, há piora com a sua suspensão, denominada rebote, podendo evoluir para eritrodermia. Bibliografia: Sampaio SAP, Rivitti EA. Dermatologia. 3a ed. São Paulo: Artes Médicas. 2008. 4) Avalie as afirmativas sobre a administração de medicamento intramuscular na região dorso glúteo: • I - O bisel da agulha deve ser posicionado de forma lateralizada, minimizando as agressões das fibras musculares e a dor durante o procedimento. • II - A introdução da agulha deve ser realizada em um só movimento em posição perpendicular à pele, em um ângulo de 30º. • III - Antes de injetar o medicamento, deve-se aspirar e caso venha sangue na seringa, o medicamento poderá ser injetado normalmente. • IV - O volume máximo a ser aplicado é de 5 ml, acima desse volume deve ser fracionado e aplicar em locais diferentes. • V - O local correto para a aplicação é músculo Glúteo Médio, quadrante superior externo. É correto apenas o que se afirma em: a) I, II e III. b) I, IV e V. c) II, IV e V. d) III e V. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: GAS. A introdução da agulha deve ser realizada em um só movimento em um ângulo de 90º. Antes de injetar o medicamento no medicamento deve-se aspirar e caso venha sangue na seringa, esse medicamento não poderá ser injetado, sendo necessário sua retirada para aplicação em um outro local. Bibliografia: • GODOY, S.; NOGUEIRA, M.S.; MENDES, I.A.C. Aplicação de medicamentos por via intramuscular: análise do conhecimento entre profissionais de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 135-142, 2004. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v38n2/03.pdf>. • SILVA, L.M.G.; SANTOS, R.P. Administração de medicamentos. In: BORK, A.M.T. Enfermagem baseada em evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. cap. 8, p. 166-190. • WILKINSON, J.M.; LEUVEN, K.V. Fundamentos de enfermagem: teoria, conceitos e aplicações. Tradução de Claudio Fava Chagas, Gabriela Vera Maria Caruso e Silvia Spada. Revisão científica de Marcia Nogueira Castaldi Abel e Cristiane Lopes. São Paulo: Roca, 2010. v. 1, p. 616-619 5) A fragilidade é uma das mais importantes condições sindrômicas no envelhecimento e é prevalente o suficiente para causar impacto e ser um desafio à longevidade funcional de muitos idosos. O idoso frágil é mais vulnerável aos eventos estressores, por conta da redução de reserva homeostática em que muitos sistemas orgânicos estão envolvidos. Esse conceito aproxima-se muito do que se entende como envelhecimento fisiológico, mas a suscetibilidade a desfechos indesejados é muito mais acentuada no indivíduo considerado frágil. O perfil do paciente com indicação para triagem de fragilidade é todo paciente acima de: a) 70 anos e/ou que tenha apresentado ganho de 5% do seu peso no último ano por doença crônica. b) 65 anos e/ou que tenha perda de 5% do seu peso. 3 c) 70 anos e/ou que tenha apresentado perda de 5% do seu peso no último ano por doença crônica. d) 70 anos. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Síndrome da Fragilidade do Idoso. De acordo com as recomendações do Fraity Consensus: A Call to Action, sugere-se, entre outras orientações, que todo paciente acima de 70 anos e/ou que tenha apresentado perda de >5% do seu peso no último anos por doença crônica, seja triado para fragilidade. Bibliografia: Tratado de Geriatria e Gerontologia – Elizabete Viana de Freitas ...- 4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 6) José Carlos, 55 anos, funcionário público aposentado,encontra-se em tratamento ambulatorial com oncologista e terapia da dor há 3 anos, com diagnóstico de Câncer de fígado e metástases ósseas, pulmonar e cerebral. Refere dores intensas ou fortes (8 a 10) e períodos de dor moderada (4 a 7). A dor neoplásica possui uma incidência elevada - numericamente muito expressiva – 50 a 70% dos pacientes apresentam; sendo 70 a 100% na doença avançada, com intensidade moderada em 40- 50% dos casos e muito intensa em 25-30%. A principal medicação de escolha, normalmente, são os opióides fortes e fracos, associados aos não-opióides e adjuvantes. Utiliza-se também os tratamentos não-farmacológicos, como fisioterapia, radioterapia, neurocirurgia, acupuntura e psicoterapia. É necessário ter, portanto, conhecimentos úteis dos opióides para termos segurança e bons resultados terapêuticos. Avalie as afirmativas em relação ao mecanismo de ação, localização e tipos de receptores e cuidados, que serão importantes para segura e correta utilização dos mesmos: • I - O principal efeito esperado é analgesia, que ocorre após os opióides acoplarem com o receptor MU (μ) ligados às proteínas G inibitórias, que ativadas provocam diminuição da transmissão da dor. • II - Os efeitos colaterais indesejados, como depressão respiratória, euforia, dependência física, bradicardia, retenção urinária, obstipação intestinal, podem ocorrer devido haver receptores opióides em todo o sistema nervoso, além de serem encontrados no coração, bexiga e intestinos. • III - A morfina que é o principal opióide utilizado nas dores fortes ou intensas (8 a 10) atua nos três receptores (MU, delta e Kappa), e tem nestes receptores, o mesmo mecanismo de ação e efeitos colaterais, sem nenhuma distinção. • IV - Além da morfina fabricada (opióide) temos a morfina natural (opiáceo), produzida pela Papoula (Papaver somnifera), que induz o alívio da dor e sono. Por ser natural não possui nenhum efeito adverso e pode ser utilizada sem problema. É correto o que se afirma em: a) III, apenas. b) III e IV. c) I, II, III e IV. d) I e II, apenas. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: DOR. Opióides são compostos naturais, semi- sintético ou sintético que atuam nos receptores opióides MU(μ), delta e kappa, sendo MU (μ) mais significativo na ação analgésica. Localizam em todo SNC além de terminações nervosas aferentes periféricas e orgãos (trato gastrointestinal, nó sinoatrial). Morfina só atua nos receptores MU e kappa com efeitos distintos. Os opiáceos e opióides, têm vários efeitos colaterais possíveis, independendo da origem, necessitando conhecimento e cuidado na prescrição. Bibliografia: ARANTES ACLQ. Tratamento da dor em pacientes sob cuidados paliativos. Revista DOR e ANALGESIA - ATUALIZAÇÃO 2008. Posso IP. Como funcionam os medicamentos analgésicos: importância para aplicações clínicas.Rev. DOR ATUALIZADA 2011. 7) D.G.S. procurou o pronto socorro do hospital regional de Presidente Prudente, acompanhado da filha e relatou morar em um bairro onde tem muitos casos notificados de dengue e há dois dias apresenta febre não aferida, cefaleia, dor retro ocular e coceira por todo corpo. Foi encaminhado para 4 clínica médica, medicado e solicitado exame laboratorial de hemograma. Qual a cor da tampa do tubo correta a ser utilizada para coleta de exame e qual tipo de anticoagulante que ele possui? a) Tubo de tampa roxa, EDTA. b) Tubo de tampa azul, Citrato de sódio. c) Tubo de tampa cinza, Fluoreto de sódio/EDTA. d) Tubo de tampa amarela, sem anticoagulante, contém ativador de coágulo. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: GAS. Tubo de tampa Roxa: tubo com EDTA, composto reconhecido como o melhor anticoagulante, preservando morfologicamente as células que serão analisadas. É indicado para análises em hematologia onde se deseja verificar possíveis distúrbios sanguíneos. Bibliografia: • Gestão da Fase Pré Analitica: Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML). 1ª ed. Brasil, 2010. • SBPC/ML, Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): fatores pré- analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais. 1.ed. Barueri: Manole, 2018. 8) RMS, 28 anos, sexo feminino, portadora de asma desde a infância, chega à sala de emergência com broncoespasmo. A acompanhante relata que a crise se iniciou há 24 horas, com piora progressiva, apesar do uso doméstico de agonista beta 2 adrenérgico inalatório. A acompanhante relata ainda que após o uso de várias borrifadas do medicamento, a paciente apresentou taquicardia. Ao exame físico, apresenta-se afebril, em estado mental normal, dispneia leve, sudorese profusa, pulso 110 bpm, FR 32 ipm, PA 120x90 mmHg. A ausculta pulmonar evidencia murmúrio vesicular normal. Avalie as afirmativas: • I - “A acompanhante relata ainda que após o uso de várias borrifadas do medicamento, a paciente apresentou taquicardia”. Esta taquicardia deve-se à perda de seletividade e ativação do receptor alfa 1 nos vasos sanguíneos, levando à vasoconstrição e aumento da Pressão Arterial. • II - Na exacerbação, a administração de agonista Beta 2 adrenérgico por via inalatória constitui a medida inicial de tratamento. • III - A água destilada não deve servir como veículo nas nebulizações em nenhuma hipótese, devido ao risco de agravamento e até mesmo óbito durante a exacerbação. • IV - Os corticosteroides sistêmicos são essenciais no tratamento da exacerbação e devem ser usados precocemente. Reduzem a inflamação, aceleram a recuperação, diminui recidivas e hospitalizações e o risco de asma fatal. • V - Os antileucotrienos são broncodilatadores mais eficazes do que os agonistas Beta 2 de longa duração. É correto apenas o que se afirma em: a) II, III e IV. b) III, IV e V. c) I e II. d) I e IV. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento da Asma. I é INCORRETA porque a taquicardia deve-se a perda de seletividade e ativação do receptor Beta 1 no coração e não a perda de seletividade e ativação do receptor Alfa 1 nos vasos sanguíneos levando a vasoconstrição e aumento da Pressão Arterial. V é INCORRETA porque os Antileucotrienos são broncodilatadores menos eficazes do que os agonistas Beta 2 de longa duração. Bibliografia: • Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012. In: J. Bras.Pneumol. vol 38, suplemento 1, pS1-S46, abr. 2012 • Brunton, Laurence L.; Goodman, Louis Sanford; Gilman, Alfred. Goodman & Gilman: As bases farmacológicas da terapêutica, 12ª ed. Porto Alegre, MacGraw Hill ArtMed, 2012. 5 • PORTH. Fisiopatologia. Editora Guanabara – Koogan, 6ª edição. 9) A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome complexa, com alteração da função cardíaca, o que resulta em sintomas e sinais de baixo débito cardíaco e/ou congestão pulmonar ou sistêmica, em repouso ou aos esforços. A despeito de avanços na terapêutica da IC, a síndrome mantém-se como patologia grave, afetando, no mundo, mais de 23 milhões de pessoas. Avalie as afirmativas relacionadas com o tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca. • I - A digoxina é uma medicação empregada na insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida e uma de suas ações é estimular tônus vagal ativando o sistema nervoso autônomo parassimpático, aumentando a liberação da acetilcolina, promovendo um efeito cronotrópico negativo. • II - Os antagonistas da aldosterona (espironolactona) estão indicados em classes funcionais III a IV da NYHA aumentando a sobrevida dos pacientes. • III - Beta Bloqueadores são considerados fármacos de primeira linha no tratamento da insuficiência cardíaca de fração reduzida, apesar de provocar piora dos sintomas nos primeiros meses, devido a efeito inotrópico negativo reduzindo a contratilidade do miocárdio. • IV - A associação denitrato e hidralazina melhorou a qualidade de vida e reduziu a taxa de hospitalizações por IC e a mortalidade em pacientes autodeclarados negros em classe funcional III-IV da NYHA, já em tratamento clínico otimizado É correto o que se afirma em: a) I, III e IV, apenas. b) II e III, apenas. c) I, II, III e IV. d) I e IV, apenas. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Tratamento da Insuficiência Cardíaca. Bibliografia: • PORTH. Fisiopatologia. Editora Guanabara – Koogan, 6ª edição. • Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca 2018. • Brunton, Laurence L.; Goodman, Louis Sanford; Gilman, Alfred. Goodman & Gilman: As bases farmacológicas da terapêutica, 12ª ed. Porto Alegre, MacGraw Hill ArtMed, 2012. 10) Aproximadamente 40 a 50 % dos casos de depressão são diagnosticados em atenção primária, deles, apenas 20% recebem tratamento adequado. Avalie as afirmativas: • I - Antes de iniciar tratamento com antidepressivos, é fundamental afastar o diagnóstico de transtorno bipolar, pois esse tipo de medicação pode precipitar a virada maníaca. • II - Quando dor crônica e sintomas depressivos estiverem presentes, é necessário tratar as duas condições. Ao diagnosticá-las, a dor deverá ser o foco principal do tratamento. • III - A depressão é duas vezes mais comum em pacientes após infarto agudo do miocárdio do que a população em geral. • IV - A depressão é a segunda complicação psiquiátrica mais frequente nos pacientes com AVC. É correto apenas o que se afirma em: a) III e IV. b) II e III. c) I. d) I e II. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: depressão. Quando a dor crônica e sintomas depressivos estiverem presentes, é necessário tratar as duas condições. Ao diagnosticá-las, os sintomas deverão ser o foco principal do tratamento. A depressão é três vezes mais comum em pacientes após infarto. A depressão é a complicação mais frequente nos pacientes com AVC. 6 Bibliografia: Tratado de Geriatria e Gerontologia – Elizabete Viana de Freitas ...- 4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 11) Mário, 33 anos, casado, natural e procedente de Nhandeara-SP. É asmático desde que começou a trabalhar como pintor. Usa corticosteroide inalatório e beta 2 agonista de curta ação intermitente. Queixa-se de acordar à noite por tosse e sibilos ocasionais, isso ocorre cerca de 3 ou 4 vezes por semana. As provas de função pulmonar no passado revelaram doença pulmonar obstrutiva leve. O tratamento neste momento é: a) Manter corticoide inalatório e aumentar a dose de beta 2-agonista de curta ação. b) Usar inibidores de leucotrienos. c) Substituir corticoide inalatório por corticoide oral. d) Manter corticoide inalatório dose baixa a média e usar agonista beta 2 de longa ação. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: Diagnóstico e Tratamento da Asma. Manter corticoide inalatório dose baixa a média e usar agonista beta 2 de longa ação. A asma deve ser classificada em moderada persistente e o tratamento recomendado deve ser realizado com Beta 2 de longa ação, particularmente útil para amenizar os sintomas noturnos. Bibliografia: • BRUTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 13 ª edição. São Paulo: Artmed. 2019. • Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012. J Bras Pneumol. v.38, Suplemento 1, p. S1-S46 Abril 2012. 12) Geraldo tem 64 anos, natural de Montalvão, mora no Conjunto Habitacional do Ana Jacinta e trabalha como pedreiro, foi diagnosticado como portador de insuficiência cardíaca classe funcional III e mesmo em uso das medicações volta ao hospital apresentando exacerbação da dispneia, fadiga acentuada e edema de membros inferiores. Foram solicitados exames laboratoriais como: Sódio = 128 mEq/L (133-148 mEq/L). Determine a alteração laboratorial e a principal causa fisiopatológica responsável por este resultado no quadro de evolução da Insuficiência Cardíaca. a) Hiponatremia devido ao uso das medicações como furosemida e espironolactona. b) Hiponatremia hipervolêmica devido à ação de hormônios como Aldosterona e Vasopressina. c) Hiponatremia dilucional devido à ação de hormônios como Vasopressina e BNP. d) Hiponatremia devido à exacerbação dos sintomas, principalmente edema de membros inferiores. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Fisiopatologia da Insuficiência Cardíaca. Hiponatremia hipervolemica devido a ação de hormônios como Aldosterona e Vasopressina. Hiponatremia dilucional ou hipervolemica. Na insuficiência cardíaca como mecanismo de regulação do débito cardíaco reduzido, ocorre ativação do SRAA e com a maior liberação de aldosterona há maior retenção de sódio e água. Além disso, existe maior liberação de hormônio anti diurético (AVP), com maior retenção hídrica. Bibliografia: • PORTH. Fisiopatologia. Editora Guanabara – Koogan, 6ª edição. • III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica (2009). • Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica (2012). • Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca 2018. 13) Antes de administrar o medicamento, o profissional que irá realizar o procedimento deve observar algumas regras básicas, como o medicamento, a dose, a via, a hora, o paciente, a forma, a orientação, a resposta e o registro certos. Os locais e o ângulo a ser utilizado, recomendados para aplicação de injeção intramuscular, são: a) Músculo vasto lateral no médio da coxa, quadrante inferior externo do glúteo e deltoide, ângulo de 45º. 7 b) Quadrante superior externo do glúteo, face interna do antebraço e face interna da coza, ângulo de 90º. c) Quadrante superior interno do glúteo, face externa do braço e músculo vasto lateral da coxa, ângulo de 45º. d) Músculo vasto lateral da coxa, deltoide, quadrante superior externo do glúteo, ângulo de 90º. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: GAS. Músculo vasto lateral da coxa, quadrante superior externo do glúteo e deltóide, A agulha de ver introduzida em posição perpendicular a pele, ou seja, em um ângulo de 90º. Bibliografia: • CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, administração e monitoramento. São Paulo: Coren-SP, 2017. Disponível em: <http://www.coren-sp.gov.br/livretos>. Acesso em: 7 maio 2017. • GODOY, S.; NOGUEIRA, M.S.; MENDES, I.A.C. Aplicação de medicamentos por via intramuscular: análise do conhecimento entre profissionais de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 135-142, 2004. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v38n2/03.pdf>. • SILVA, L.M.G.; SANTOS, R.P. Administração de medicamentos. In: BORK, A.M.T. Enfermagem baseada em evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. cap. 8, p. 166-190. 14) Paciente do sexo masculino, 50 anos, branco, apresenta pápulas e placas eritêmato-edematosas, extremamente pruriginosas, que surgem subitamente e desaparecem espontaneamente dentro de algumas horas. Fez tratamento para hanseníase dimorfa há 5 anos. Também teve infarto do miocárdio há 3 anos e faz uso diariamente de ácido acetil salicílico 100 mg por dia. Determine o diagnóstico para o caso e a categoria de droga mais indicada para o tratamento. a) Urticária. Anti-histamínico. b) Reação hansênica do tipo 2. Talidomina. c) Reação hansênica do tipo 1. Corticoide. d) Recidiva de hanseníase. Antibióticos (poliquimioterapia, esquema multibacilar). Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: FARMACODERMIAS. Bibliografia: Sampaio SAP, Rivitti EA. Dermatologia. 3a ed. São Paulo: Artes Médicas. 2008 15) Homem de 41 anos, hipertenso há 12 anos, sua pressão estava mantendo-se em níveis de 120x80 mmHg, com uso de captopril 25 mg 12/12 horas, porém há 1 mês está apresentando alteração importante dos níveis pressóricos, chegando a 170x100mmHg. Não tem exames laboratoriais recentes, assintomático. A conduta para o caso é: a) Orientar sobre sinais de alerta, aumentar a dose de captopril, iniciar hidroclorotiazida, orientar dieta e atividade física. b) Manter o uso do captopril e apenas ajustar a dose, caso necessário. c) Suspender o captopril, iniciar furosemida, solicitar exames laboratoriais e realizar controle pressórico. d) Tranquilizar o paciente, suspender o captopril, solicitar um controle de pressão arterial na unidade e, caso necessário, iniciar o uso de losartana. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: HAS. Deve-se orientar dieta hipossódica, realização de atividade física, aumentar a dose do captopril, iniciar diurético (hidroclorotiazida) e solicitar adequado controle pressórico para realizar ajuste das medicações caso se faça necessário, e realizar exames laboratoriais para avaliar fatores de risco. Bibliografia: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51. 16) Paciente do sexo feminino, tem 71 anos de idade, viúva e atualmente mora na casa da filha. Apresenta hipertensão arterial bem controlada com o uso de medicações. Nessa ocasião vem à consulta queixando-se de que, há alguns meses, tem sentido “mal estar” e tontura. Traz anotado um 8 controle pressórico, que demonstra que a média pressórica está sendo de 100x70 mmHg. Faz uso de valsartana 360 mg 1 x ao dia, anlodipino 5 mg à noite, queixa também de muito edema nas pernas que tiveram início após uso do anlodipino. Relata que antes de morar com a filha sua alimentação tinha muito sal e não usava as medicações nos horários adequados. Ao exame físico, mantém a pressão arterial controlada, está corada, hidratada, afebril, e todo exame físico sem alterações. A melhor conduta para este caso é: a) Não há necessidade de propedêutica complementar no momento, uma vez que a paciente se encontra bem clinicamente. b) O mal-estar deve ser interpretado como depressão unipolar, secundária às circunstâncias sociais da paciente. Logo, exames complementares não devem ser solicitados. c) O médico deve suspender o anlodipino, manter a valsartana e manter o controle pressórico para avaliar se posteriormente será necessário ajustar a dose da valsartana, pois os sintomas muito provavelmente decorrem da queda da pressão. d) Diante de um sintoma vago como mal-estar, deve ser solicitada propedêutica complementar nesse momento para uma melhor elucidação do diagnóstico, iniciando por uma tomografia de crânio. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: HAS. Estando o profissional seguro da avaliação realizada pode com segurança dispensar a realização de outros exames complementares, pois a clínica do paciente dispensa outros métodos. Deverá somente reduzir gradativamente as medicações até atingir níveis pressóricos adequados. Bibliografia: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. 17) “A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer”. Realidade cada vez mais comum no mundo. Avalie as afirmativas em relação ao processo de envelhecimento. • I - O envelhecimento pode ser influenciado pela genética e pelo ambiente. • II - O envelhecimento se caracteriza pela presença de diversas doenças e por isso podemos preveni- lo. • III - O envelhecimento ocorre de forma igual para todos os indivíduos. • IV - Os termos senescência e senilidade podem ser utilizados como sinônimos. É correto apenas o que se afirma em: a) III. b) III e IV. c) I. d) II e III. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Processo de envelhecimento. O envelhecimento é influenciado pela genética e principalmente por fatores externos como meio ambiente e o estilo de vida que esse paciente levou ao longo de sua vida. Por isso ele acontece de forma heterogênea. A senescência é considerada envelhecimento “normal” e senilidade envelhecimento associado a uma ou mais doenças. Bibliografia: Tratado de Geriatria e Gerontologia – Elizabete Viana de Freitas ...- 4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 18) José Carlos, 47 anos, vem em consulta de rotina trazendo exames laboratoriais solicitados em consulta anterior, refere que no último mês está apresentando aumento do volume urinário e muita sede. Durante a consulta a pressão está 120x70 mmHg, Glicemia de jejum 173 mg/dl (DXT). Sem outras alterações. Os exames laboratoriais são os seguintes: colesterol total: 187 mg/dl, triglicerídeos: 98 mg/ dl, HDL: 62 mg/dl, LDL: 98mg/dl, glicose de jejum: 251 mg/ dl, Hb glicada: 8%. A melhor conduta para este caso é: a) Tranquilizar o paciente, orientar dieta e atividade física. b) Orientar sobre sinais de alerta. 9 c) Orientar que os exames estão todos normais. d) Orientar direta, atividade física, iniciar Metformina 500mg ao dia e repetir exames em 3 meses. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: Diabetes Mellitus. O paciente apresenta sintomas sugestivos de diabetes mellitus, apresenta alterações em glicemia de jejum, Hb glicada alterada e glicemia no momento da consulta alterada, todas essas aferições, nos dão com segurança o diagnóstico de diabetes e devemos então, iniciar o tratamento medicamentoso associado a dieta e atividade física. Bibliografia: Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. 19) Antônio, 50 anos, mecânico por 30 anos, faz muitos esforços físicos, como pegar peso devido ao seu trabalho. Há 3 anos iniciou dor lombar com irradiação para o membro inferior direito, acompanhado de parestesia e paresia (diminuição de força muscular), pela face posterior e lateral de todo membro até pé. Refere dor tipo pontada e choque, escala de dor 5 a 7, com agravamento quando faz movimentos bruscos ou esforço físico, atigindo a dor a nível 8, só melhorando em repouso. Consultou especialista (ortopedista e neurocirurgião), que após exames clínicos e de imagem, fez diagnóstico de Hérnia de Disco Lombar Extrusa, níveis L4 L5 e L5 S1 à direita, sendo acompanhado ambulatorialmente, com prescrição para a dor segundo Escada de Dor da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de fisioterapia e acupuntura. Avalie as afirmativas quanto ao protocolo de dor segundo a OMS que pode ser utilizado neste paciente: • I - Na dor média ou moderada (4 a 7) utilizamos o protocolo com não-opióide, por exemplo AINH associado a adjuvantes como anti-depressivo (ex.: Amitriptilina) e miorelaxante (ex.: Ciclobenzaprina). • II - Na crise aguda com dor forte ou intensa (8 a 10) prescrevemos opióides fortes como morfina além de não-opióides (como Paracetamol) e adjuvantes como miorelaxantes (ex.: Ciclobenzaprina) e anticonvulsivante (ex.: Pregabalina). • III - Na dor moderada ou média (4 a 7), utilizamos opióides fracos como Tramadol ou Codeina, associado a não-opióides como Dipirona / Paracetamol / AINH e adjuvantes como miorelaxante (ex.: Ciclobenzaprina) e antidepressivos tricíclicos como Amitriptilina. • IV - Na dor forte ou intensa (8 a 10), prescrevemos opióides fracos como Tramadol ou Codeina, associado à não-opióides, como anti-inflamatórios não esteroidal, (por ex.: Diclofenaco ou Paracetamol) e associado a adjuvantes como corticoides (por ex.: Prednisolona) e ansiolítico (por ex.: Diazepan). É correto apenas o que se afirma em: a) III e IV. b) I e III. c) II e III. d) I e II. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: DOR. Dor moderada ou média (4-7): opióides fracos (tramadol, codeína) +/- não-opióides (dipirona, paracetamol, AINH) + adjuvantes (anti- depressivos, anti-convulsivantes, miorelaxantes, corticoides, ansiolíticos). Dor forte ou intensa: opióides fortes (morfina, metadona, oxicodona,fentanil) +/- não- opióides + adjuvantes. Bibliografia: ARANTES ACLQ. Tratamento da dor em pacientes sob cuidados paliativos. Revista DOR e ANALGESIA - ATUALIZAÇÃO 2008. Posso IP. Como funcionam os medicamentos analgésicos: importância para aplicações clínicas. Rev. DOR ATUALIZADA 2011. 20) Em um paciente com hanseníase tuberculoide é provável encontrarmos: a) Reação de Mitsuda positiva, baciloscopia negativa e lesões bem delimitadas com sensibilidade alterada. b) Reação de Mitsuda negativa, baciloscopia positiva e lesões mal delimitadas com sensibilidade normal ou alterada. 10 c) Reação de Mitsuda positiva, baciloscopia positiva e lesões bem delimitadas com sensibilidade alterada. d) Reação de Mitsuda negativa, baciloscopia negativa e lesões bem delimitadas com sensibilidade alterada. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: HANSENÍASE. Na hanseníase tuberculóide há alto grau de imunidade celular ao bacilo M. leprae. Assim, a reação de Mitsuda, que mede a imunidade, será fortemente positiva. Esta imunidade elevada não permite que haja mutiplicação bacilar, assim a baciloscopia será negativa, e também fará com que a lesão seja bem delimitada. A sensibilidade muito alterada é decorrente da resposta inflamatória, que na tentativa de destruir o bacilo, destrói também as terminações nervosas da pele. Bibliografia: Sampaio SAP, Rivitti EA. Dermatologia. 3a ed. São Paulo: Artes Médicas. 2008. 21) No pênfigo foliáceo, há a presença de anticorpos da classe IgG. Estes anticorpos são dirigidos contra a seguinte estrutura: a) Desmogleína 3 do desmossoma. b) Desmogleína 1 do desmossoma. c) BP180 do hemidesmossoma. d) Colágeno tipo VII das fibras de ancoragem. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Dermatoses vesicobolhosas. No pênfigo foliáceo a bolha se forma na região sub-córnea, local de maior expressão de desmogleina 1, contra a qual há formação de autoanticorpos por se tratar de doença autoimune. Bibliografia: Sampaio SAP, Rivitti EA. Dermatologia. 3a ed. São Paulo: Artes Médicas. 2008 22) Marina, 63 anos, vem em consulta de rotina trazendo exames laboratoriais solicitados em consulta anterior, assintomático, faz uso de Metformina 850 mg após o jantar, iniciou essa medicação há mais de 1 ano. Durante a consulta, a pressão está 120x80 mmHg, Glicemia de jejum 198 mg/dl (DXT). Sem outras alterações. Os exames laboratoriais são os seguintes: colesterol total: 201 mg/dl, triglicerídeos: 112 mg/ dl, HDL: 50 mg/dl, LDL: 108 mg/dl, glicose de jejum: 272 mg/ dl, Hb glicada: 8,2 %, creatinina: 0,7mg/dl, TGO:21 mg/dl, TGP:17 mg/dl, refere que sua alimentação tem muito carboidrato, que não usa adoçante, somente açúcar e não faz atividade física. A conduta para o caso é: a) Orientar que os exames estão todos normais e deve manter a Metformina de 850mg. b) Orientar sobre sinais de alerta. c) Orientar dieta, atividade física, aumentar Metformina 850mg para 2x dia e repetir exames em 3 meses. d) Tranquilizar a paciente, orientar dieta e atividade física. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: Diabetes Mellitus. A paciente apresenta alterações laboratoriais importantes, demonstrando que a diabetes está totalmente descompensada, por isso deve ser feito ajuste da dose de metformina, orientar importância de seguir a dieta adequada e realizar a atividade física. Bibliografia: Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. 23) Paciente é atendido na emergência da UPA, com queixa de palpitação iniciada há 1 hora, PA 90x60 mmHg, dispneico, FC aproximada de 165 bpm. É realizado o ECG que mostra arritmia de QRS estreito, intervalos RR irregulares. Qual a provável arritmia e melhor conduta a ser feita? a) Fibrilação atrial – desfibrilação. b) Fibrilação atrial – amiodarona ou propafenona. c) Fibrilação atrial – sedação e cardioversão. d) Fibrilação ventricular – desfibrilação. 11 Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Arritmia. Fibrilação atrial com paciente instável = sedar e cardioversão. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas, 1 edição, Atheneu, 2019. 24) Paciente do sexo feminino, 32 anos, com placas eritêmato-descamativas anulares intercaladas com manchas acrômicas, localizadas na face, região esternal e superfície dorsal dos antebraços. Os exames laboratoriais revelaram a presença de anticorpos anti-Ro/SSA. Determine o diagnóstico. a) Lesões subagudas de lúpus eritematoso. b) Lesões agudas de lúpus eritematoso. c) Lesões discoides de lúpus eritematoso. d) Psoríase. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: COLAGENOSES. Paciente mulher, com lesões anulares, que evoluem com acromia, em áreas expostas ao sol, e anti-Ro positivo é típico do lúpus eritematoso subagudo. Bibliografia: Sampaio SAP, Rivitti EA. Dermatologia. 3a ed. São Paulo: Artes Médicas. 2008. 25) Paciente idosa, 86 anos, portadora de insuficiência cardíaca congestiva e diabetes mellitus há 18 anos. Há 2 anos teve acidente vascular encefálico isquêmico (AVE) com perda de força muscular do lado direito do corpo. Desde então toma sete remédios diariamente, usa um apoio para caminhar e mora com uma sobrinha de 60 anos. Foi encaminhada para atendimento da equipe de saúde da atenção primária. Avalie as afirmativas sobre o uso da Avaliação Global do Idoso (AGI) nesse contexto: • I - Esse instrumento não possui indicação para o atendimento inicial dessa paciente, pois a prioridade é realizar exames laboratoriais de controle das doenças crônicas. • II - O uso da AGI pode apontar, nesse caso, alterações, como: prejuízo de memória, depressão, perda de funcionalidade, risco nutricional e alterações sensoriais. • III - Por ser mais abrangente, nesse caso, a AGI deve ser feita como atendimento substituto ao modelo tradicional (anamnese e exame clínico). • IV - Em pacientes muito idosos, acima de 85 anos, essa avaliação não é estimulada porque oferece riscos à saúde desses pacientes frágeis. É correto apenas o que se afirma em: a) IV. b) II. c) I e IV. d) III. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: AGA. A AGA, é um instrumento de avaliação dos indivíduos idosos e se faz obrigatória em toda primeira avaliação e também para acompanhamentos futuros. Após a avalição conseguimos analisar o paciente como um todo (visão global / multidimensional e interdisciplinar) e baseado nesses dados conseguimos fazer diagnósticos e propor medidas para melhora clínica e principalmente de suas fragilidades e funcionalidade. Ela não substitui a anamnese e o exame clinico padrão e sim complementa. Bibliografia: Tratado de Geriatria e Gerontologia – Elizabete Viana de Freitas ...- 4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 26) Paciente com síncopes, dá entrada na emergência do HR, PA 100x60mmHg. É realizado ECG, FC 28 bpm, com 3 ondas P para cada QRS de forma fixa/ constante. Qual é a arritmia (BAV= bloqueio atrioventricular) mais provável e conduta? a) Trata-se BAV de 3º grau, deve-se passar marca-passo provisório. b) Trata-se de BAV de 2º grau avançado, deve-se passar marca-passo provisório. c) Trata-se de BAV de 2º grau tipo 1, deve-se fazer atropina. 12 d) Trata-se de Flutter Atrial 3:1, deve-se cardioverter. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Arritmia. Bloqueio 2º grau avançado de 3 ondas P para 1 QRS constante, sintomático, hospital referência = marcapasso provisório. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas,1 edição, Atheneu, 2019. 27) Paciente de 30 anos procura atendimento na UPA, sem antecedentes de cardiopatia, referindo palpitação de início súbito iniciada há 2 horas, PA 120x70 mmHg, refere estes episódios de 5 a 10 vezes ao ano, geralmente de curta duração, mas desta vez a palpitação se prolongou e deu tempo de registrar o ECG que mostra taquiarritmia de QRS estreito, de RR regular, FC 180 bpm, sem ondas serrilhadas. Qual é a arritmia mais provávele a conduta? a) Flutter atrial – diminuir a FC, sedar e cardioverter. b) Fibrilação atrial – propafenona VO ou amiodarona intravenosa. c) Taquicardia paroxística supraventricular – amiodarona intravenosa. d) Taquicardia paroxística supraventricular – manobra vagal e/ou Valsalva, adenosina IV. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: Arritmia. Taquicardia QRS estreito = supra, RR regulara não sugere Fa, sem ondas serrilhadas não sugere flutter. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas, 1 edição, Atheneu, 2019. 28) Lucas, 25 anos, praticando basquete, sofre contusão na perna direita. O massagista, realizando massagem e compressão no local, consegue alívio, fazendo com que ele retorne à partida. Este fenômeno é explicado pela Teoria do Portão ou da Comporta (modulação segmentar inibitória da dor). A explicação desta Teoria é: a) É um processo que ocorre no corno anterior da medula espinhal, em que a transmissão da pressão conduzida pela fibra A beta, grossa e mielinizada libera neurotransmissores, inibindo a dor, conduzida pelas fibras A delta e C. b) É um processo em que as fibras finas A delta e C sofrem inibição pelas fibras grassas e mielinizadas no corno posterior da medula espinhal. c) É um fenômeno que ocorre no corno posterior da medula espinhal, onde o estímulo da pressão que é conduzida pela fibra A delta libera neurotransmissores, inibindo a transmissão da dor, conduzida pelas fibras A beta e C. d) É um fenômeno que ocorre no corno posterior da medula espinhal, emq eu a transmissão da pressão, conduzida pela fibra A beta, sofre inibição da fibra A delta e C. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: DOR. Teoria do portão: fibras grossas mielinizadas (A beta e A alfa) inibem a transmissão da dor (fibra A delta e C) no corno posterior da medula espinhal. Bibliografia: ARANTES ACLQ. Tratamento da dor em pacientes sob cuidados paliativos. Revista DOR e ANALGESIA – ATUALIZAÇÃO 2008. 29) Lucia M.B., 60 anos de idade, cozinheira por 30 anos, faz tratamento ambulatorial no HR, com ortopedista e especialista em dor, devido a queixas de dor em ombro D., irradiada para o braço com início há 5 anos, após trabalho incessante e movimentos repetitivos, além de muito estresse e cobrança do serviço. Refere dor tipo fisgada, latejante, escala de dor que varia de 4 a 7, piora com esforços e cansaço e melhora em repouso. A dor vem se agravando progressivamente, apesar dos tratamentos e cuidados. Apresenta limitação de movimentos e perda de força progressiva de todo membro superior direito. Após exame clínico e complementares, foi feito o diagnóstico de Lesão do Manguito Rotador do Ombro D., com dor crônica caracterizada. Avalie as afirmativas quanto aos aspectos fisiopatológicos da dor crônica: • I - A dor crônica tem tratamento mais difícil devido estar associada a alterações ou danos aos tecidos nervosos – Mecanismo de Neuroplasticidade. 13 • II - A dor crônica, ao contrário da dor aguda que é um sintoma com função de alerta, corresponde à própria síndrome ou doença, tornando-se incapacitante. • III - A dor crônica que geralmente é relacionada com disfunção prolongada do SNP e/ou SNC, também tem como fatores agravantes os aspectos ambientais (de trabalhos, por exemplo) e fatores psicopatológicos. • IV - A dor crônica é multifatorial, necessitando na maioria das vezes abordagem multidisciplinar, e quando possível readaptação funcional. É correto o que se afirma em: a) II e III, apenas. b) I, II e III, apenas. c) I, II, III e IV. d) I e II, apenas. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: DOR. Dor crônica – SÍNDROME OU DOENÇA, relacionando a processos patológicos crônicos, disfunção prolongada de SNP e/ou SNC; fatores ambientais e fatores psicopatológicos. Não tem função biológica de alerta, gera estresse físico, emocional, econômico e social. Diagnóstico e tratamento mais difíceis. Um dos problemas de saúde mais oneroso para sociedade. Está associada a alterações ou danos aos tecidos nervosos. NEUROPLASTICIDADE – caracterizando-se a dor neuropática. Mecanismo gerador é multifatorial, modelo pluridimensional somato-psico-social e objetivo terapêutico é a readaptação. Bibliografia: ARANTES ACLQ. Tratamento da dor em pacientes sob cuidados paliativos. Revista DOR e ANALGESIA - ATUALIZAÇÃO 2008. Posso IP. Como funcionam os medicamentos analgésicos: importância para aplicações clínicas. Rev. DOR ATUALIZADA 2011. 30) Tereza, 50 anos, costureira, encontra-se em tratamento no Ambulatório de Dor do HR, com diagnóstico de Artrite Reumatoide, apresentando dores articulares em várias articulações, principalmente em mãos; rigidez matinal, nódulos subcutâneos, provas de atividade reumática positiva e muita limitação para o trabalho. As dores e a doença iniciaram aos 30 anos de idade, com agravamento progressivo, no começo somente nas mãos; dor tipo agulhada, latejante, contínua, com períodos de melhora, agrava com frio e esforços. Escala de dor entre 4 a 7, com períodos de melhora após medicamentos. Acompanhada pela reumatologista faz uso de Prednisona, Paracetamol, Methotrexate e Codeína. Já utilizou Ibuprofeno, Meloxicam, Cetoprofeno e Diclofenaco. Há 3 meses apresentou distúrbios gástricos, com dor epigástrica em queimação, azia, dispepsia, náuseas e melena (sangramento intestinal). Também teve aumento de pressão arterial. Os efeitos colaterais dos AINE, são provenientes de sua atividade sobre a COX-1. Avalie as afirmativas quanto aos possíveis efeitos fisiopatológicos que a inibição da síntese de prostaglandina fisiológica ou constitutiva (COX-1) pode justificar os sintomas adversos manifestados pela paciente: • I - Na mucosa gástrica pode inibir a secreção de muco gástrico, bicarbonato e fosfolípide similar ao surfactante, além de alterar a microcirculação da mucosa. • II - Nos rins, a prostaglandina renal (COX-1) promove vasoconstrição com edema de membros inferiores. • III - O risco hemorrágico, como por exemplo, melena no caso da paciente, é devido à inibição da agregação plaquetária, podendo ocorrer até com um décimo da dose terapêutica. • IV - O aumento da pressão arterial (PA) da paciente, deve ser por outra causa, porque o AINE inibindo tanto a COX-1 como COX-2, não provoca aumento da PA. É correto apenas o que se afirma em: a) I e III. b) III e IV. c) II e IV. d) II e III. 14 Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: DOR. EFEITOS COLATERAIS – AINES: Gastrite hemorrágica e úlcera – inibe a secreção do muco gástrico, bicarbonato e fosfolípide similar ao surfactante + alteração da microcirculação da mucosa. Risco hemorrágico – inibe agregação plaquetária, com um décimo da dose terapêutica. Insuficiência renal aguda – hipoperfusão renal- a prostaglandina é responsável por vasodilatação. Alterações cardiovasculares – aumenta a PA, vaso constrição. Bibliografia: BRUNTON, L.L; GOODMAN, L.S; GILMAN, A. GOODMAN & GILMAN: as bases farmacológicas da terapêutica. 12.ed. Porto Alegre: Mc Graw- Hill, 2012. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO E IDOSO 2ª ESTÁGIO - Avaliação Remota - 30 Questões Objetivas - 20/10/2020 - 8h às 10h 1) A fragilidade é uma das mais importantes condições sindrômicas no envelhecimento e é prevalente o suficiente para causar impacto e ser um desafio à longevidade funcional de muitos idosos. O idoso frágil é mais vulnerável aos eventos estressores, por conta da redução de reserva homeostática em que muitos sistemas orgânicos estão envolvidos. Esse conceito aproxima-se muito do que se entende como envelhecimento fisiológico, mas a suscetibilidade a desfechos indesejados é muito mais acentuada no indivíduo considerado frágil. Avalie as afirmativas em relação à Fragilidade: • I - Perda involuntária de peso. • II - Fraqueza e exaustão. • III - Atividade física frequente. • IV - Ganho de massa muscular e óssea É correto apenas o que se afirmaem: a) III. b) IV. c) II e III. d) I e II. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: FRAGILIDADE. Os critérios mais aceitos segundo Fried são os seguintes: fraqueza; perda involuntária de peso; lentidão; exaustão; baixa atividade física. A presença de pelo menos 3 dos 5 critérios caracteriza fragilidade. Bibliografia: Tratado de Geriatria e Gerontologia – Elizabete Viana de Freitas ... - 4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 2) Paciente do sexo masculino, 78 anos, é atendida no ambulatório da UBS com relato de internação anterior há 3 meses devido a HAS e acidente vascular encefálico, atualmente com déficit discreto de memória e confusão mental. Antecedentes pessoais: fibrilação atrial crônica há 6 anos; osteoartrose generalizada há 10 anos; HAS e dislipidemia há 25 anos. Medicamentos em uso: sinvastatina 20mg, varfarina 5mg, ginkgo-biloba 80mg, ranitidina 150mg, paracetamol 750mg, captopril 25mg 8/8h, hidroclortiazida 25mg (obs: usa os antihipertensivos apenas se a PA está elevada). Qual a definição para polifarmácia? a) Uso de 5 ou mais medicamentos causando efeitos adversos, além de utilização de um fármaco para corrigir o efeito colateral de outro. b) Independentemente do número de medicamentos, desde que o mesmo não tenha eficácia comprovada. c) Uso de 5 ou mais medicamentos sem causar efeito adverso. d) Uso de 2 ou mais medicamentos sem causar efeito adverso. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: POLIFARMÁCIA. O conceito de polifarmácia considera o uso de diversos medicamentos ao mesmo tempo, além da utilização de um fármaco para corrigir o efeito adverso de outro. Por consumirem mais medicamentos para o tratamento de diversas 15 doenças, os idosos são mais vulneráveis ao surgimento de reações adversas. Medidas profiláticas, como a prescrição balanceada, são de fundamental importância para diminuir essas reações, tendo em vista o aumento do tempo de internação, gasto e piora do quadro de saúde do idoso. Bibliografia: Tratado de Geriatria e Gerontologia – Elizabete Viana de Freitas ...- 4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 3) Mulher de 37 anos, hipertensa há 5 anos, está grávida do primeiro filho. Sua pressão estava mantendo-se em níveis de 120x80 mmHg, com uso de enalapril 20 mg/dia, porém a mesma relata que não faz o uso corretamente. A paciente está assintomática e não tem lesões em órgão alvo. Ela veio ao posto de saúde para iniciar o pré-natal. Identifique a conduta para o caso. a) Suspender o enalapril e iniciar o uso de metildopa 250mg 3x ao dia. b) Orientar sobre sinais de alerta, suspender o uso de enalapril e iniciar losartana 50mg 1x ao dia. c) Manter o uso de enalapril e apenas ajustar a dose caso necessário. d) Tranquilizar o paciente, suspender o enalapril, solicitar um controle de pressão arterial na unidade e caso necessário iniciar i uso de metildopa. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: HAS. Os estudos mostram que o tratamento da pressão arterial na hipertensão não grave, não traz benefícios , podendo ainda produzir efeitos colaterais não desejáveis, por isso se a pressão arterial está controlada sem a medicação, devemos orientar dieta hipossódica, e manter controle rigoroso da pressão e iniciar a medicação somente se existir falha nessas primeiras condutas. Bibliografia: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51 4) A avaliação dos gases no sangue arterial através do exame de gasometria arterial é usada para diagnóstico e monitoramento de distúrbios respiratórios, fornecendo informações fidedignas sobre a oxigenação do paciente, ventilação, equilíbrio ácido-base e distúrbios metabólicos. Avalie as seguintes afirmativas sobre o preparo e a técnica de coleta de sangue arterial. • I - Quantidade excessiva de heparina pode reduzir o valor da pCO2 em cerca de 40%, e podendo alterar o pH. • II - O ângulo indicado para puncionar a artéria radial é e braquial e é de 45º. • III - Agulha deve ter o bísel voltado para baixo, para punção radial e braquial. • IV - Aspirar 0,2 ml de heparina sódica, lubrificando a seringa com heparina em toda a extensão. • V - Após a punção, realizar a aspiração do volume de sangue arterial necessário (1 a 3 ml). • VI - O descarte do material como luva e algodão será lixo preto ou não contaminado. E agulha e seringa na caixa de perfuro cortante A. É correto apenas o que se afirma em: a) III, V e VI. b) I, II, III e IV. c) II, IV, V e VI. d) I, II, IV e V. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: GAS. Bibliografia: • VIANA, Renata Andrea Pietro Pereira; WHITAKER, Iveth Yamaguchi. Enfermagem em terapia intensiva: práticas e vivências. Porto Alegre. Artmed, 2011. • Araujo GM, Massariol AM, Santos AM, Arboit EL. Procedimento de gasometria arterial em Unidade de Terapia Intensiva: Relato de Experiência. Rev Enferm (Frederico Westphalen, Online) 2015;11(11):72-79. • CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 390/2011. 20 de outubro de 2011, pág. 146 - Seção 1. 16 5) Paciente trazido pelo resgate sem nível de consciência, sem pulso, no monitor taquicardia de QRS largo. A melhor conduta é: a) Sedar e cardioverter com 200J. b) Desfibrilar 200J. c) Realizar ECG para indicar ritmo, pois não é possível dar conduta sem saber exatamente qual arritmia apresenta. d) Amiodarona intravenosa, pois não há o ECG e amiodarona pode ser feita em várias taquiarritmias. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: ARRITMIA. Paciente com taquiarritmia sem pulso = parada em FV ou TV – desfibrilar. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas, 1 edição, Atheneu, 2019. 6) Em paciente com hanseníase tuberculoide, os prováveis achados são: a) Reação de Mitsuda positiva, baciloscopia positiva e lesões bem delimitadas com sensibilidade alterada. b) Reação de Matsuda negativa, baciloscopia negativa e lesões bem delimitadas com sensibilidade alterada. c) Reação de Matsuda negativa, baciloscopia positiva e lesões mal delimitada com sensibilidade normal ou alterada. d) Reação de Matsuda positiva, baciloscopia negativa e lesões bem delimitadas com sensibilidade alterada. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: HANSENÍASE. Na hanseníase tuberculóide há alto grau de imunidade celular ao bacilo M. leprae. Assim, a reação de Mitsuda, que mede a imunidade, será fortemente positiva. Esta imunidade elevada não permite que haja mutiplicação bacilar, assim a baciloscopia será negativa, e também fará com que a lesão seja bem delimitada. A sensibilidade muito alterada é decorrente da resposta inflamatória, que na tentativa de destruir o bacilo, destrói também as terminações nervosas da pele. Bibliografia: S.A.P.; RIVITTI, E.A. Dermatologia. 3a. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 1600p 7) J.B.S. deu entrada ao pronto socorro do Hospital Regional de Presidente Prudente, acompanhado da irmã, apresentando dor no peito de forte intensidade, tipo aperto irradiada para membro superior esquerdo há 2 horas. Relatou ser hipertenso e não fazer uso de medicamentos há 2 meses, P.A 140x100 mmHg, P.89, R. 20 e afebril, foi encaminhado para o consultório da clínica médica onde realizou um eletrocardiograma e foi solicitado coleta de exames laboratoriais CPK, CKMB e troponina. Qual a cor da tampa do tubo a ser utilizada para coleta de exame e qual tipo de anticoagulante que ele possui? a) Tubo de tampa cinza, fluoreto de sódio/EDTA. b) Tubo de tampa roxa, EDTA. c) Tubo de azul, citrato de sódio. d) Tubo de tampa amarela, sem anticoagulante, contém ativador de coágulo. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: GAS. Tubo de tampa Amarelo: tubo sem anticoagulante. Contém ativador de coágulo na parede do tubo que faz com que o processo de coagulaçãoseja acelerado e gel separador, para obtenção de um soro com melhor qualidade. Utilizados em rotinas de bioquímica, sorologia, imunologia, marcadores cardíacos e tumorais. Bibliografia: Gestão da Fase Pré Analitica: Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial (SBPC/ML). 1ª ed. Brasil, 2010. 8) Todo paciente acima de 60 anos deve ser submetido à Avaliação Geriátrica Ampla (AGA). Avaliar as afirmativas em relação à AGA: • I - É aplicada somente a idosos frágeis. 17 • II - É avaliada somente a dimensão biológica. • III - Tem como objetivo determinar somente diagnóstico da síndrome demencial. • IV - Planejar o cuidado e o acompanhamento a longo prazo. É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) II e III. c) IV. d) III. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: AGA. Aplicada a todos os pacientes acima de 60 anos; AGA é sempre multidimensional; frequentemente interdisciplinar. Objetivo determinar as deficiências, incapacidades e desvantagens apresentada pelo idoso, objetivando o planejamento do cuidado e o acompanhamento a longo-prazo. Ela difere do exame clínico padrão; pois enfatiza a avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida; Além de parâmetros psicológicos e sociais. Baseia-se em escalas e testes quantitativos. Incorpora métodos de avaliação de diversas disciplinas em uma avaliação única e compacta. Os geriatras criaram um meio prático e objetivo de “ver o idoso como um todo”. Bibliografia: Tratado de Geriatria e Gerontologia – Elizabete Viana de Freitas ... - 4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 9) Henrique, 56 anos, trabalha em açougue há 30 anos, com carga horária superior a 9 horas diariamente, realizando muitos movimentos repetitivos e fazendo esforços. No local de trabalho não há boa ergonomia, permanecendo em má postura por períodos prolongados e sob muito estresse emocional. Há 2 anos, vem apresentando dor nas mãos, mais à direita, tipo pontada e queimação, acompanhada de parestesia e paresia. Escala de dor de 4 a 7, eventualmente refere 8, piora com esforços e melhora em repouso. Fez US de punhos e mãos e eletroneuromiografia de membros superiores, confirmando diagnóstico de Síndrome do Túnel do Carpo bilateral, mais acentuada à Direita. Avalie as afirmativas quanto ao protocolo de dor, segundo a O.M.S., que pode ser utilizado neste paciente: • I - Na dor média ou moderada (4 a 7), utilizamos o protocolo com não-opióide, por exemplo AINH associado a adjuvantes como anti-depressivo (ex: Amitriptilina) e miorelaxante (ex: Ciclobenzaprina). • II - Na crise aguda, com dor forte ou intensa (8 a 10), prescrevemos opióides fortes como morfina além de não-opióides (como Paracetamol) e adjuvantes como miorelaxantes (ex: Ciclobenzaprina) e anticonvulsivante (ex: Pregabalina). • III - Na dor moderada ou média (4 a 7), utilizamos opióides fracos como Tramadol ou Codeina, associado a não-opióides como Dipirona / Paracetamol / AINH e adjuvantes como miorelaxante (ex: Ciclobenzaprina) e antidepressivos tricíclicos como Amitriptilina. • IV - Na dor forte ou intensa (8 a 10), prescrevemos opióides fracos como Tramadol ou Codeina, associados à não-opióides, como anti-inflamatórios não esteroidal, (por ex: Diclofenaco ou Paracetamol) e associado a adjuvantes como corticoides (por ex: Prednisolona) e ansiolítico (por ex: Diazepan). É correto o que se afirma em: a) III e IV. b) II e III. c) I e III. d) I e II. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: DOR. Dor moderada ou média (4-7): opióides fracos (tramadol, codeína) +/- não-opióides (dipirona, paracetamol, AINH) + adjuvantes (anti- depressivos, anti-convulsivantes, miorelaxantes, corticoides, ansiolíticos). Dor forte ou intensa: opióides fortes (morfina, metadona, oxicodona, fentanil) +/- não- opióides + adjuvantes. 18 Bibliografia: ARANTES ACLQ. Tratamento da dor em pacientes sob cuidados paliativos. Revista DOR e ANALGESIA - ATUALIZAÇÃO 2008. Posso IP. Como funcionam os medicamentos analgésicos: importância para aplicações clínicas. Rev. DOR ATUALIZADA 2011. 10) Paciente com queixa de palpitação iniciada há 6 horas, PA 110x70 mmHg, FC aproximada de 135 bpm. No ECG percebe-se arritmia de QRS estreito, intervalos RR irregulares. A provável arritmia e a melhor conduta, são: a) Fibrilação ventricular – desfibrilição. b) Fibrilação atrial – desfibrilação. c) Fibrilação atrial – amiodarona e propafenona. d) Fibrilação atrial – sedação e cardioversão. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: ARRITMIA. Fibrilação atrial menos de 48 h com paciente estável. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas, 1 edição, Atheneu, 2019. 11) Sr. José Antônio, 60 anos, trabalhador rural vem à consulta médica devido a queixas de muitas dores em toda coluna vertebral, quadril e ombros há 3 meses, com agravamento progressivo. Dor tipo pontada, facada, escala de dor 4 a 9, piora aos movimentos e em determinadas posições, e não refere fatores de melhora. Veio encaminhado pelo oncologista com diagnóstico de Câncer de Próstata + metástases ósseas. Foram prescritas medicações, conforme Escada de Dor, do protocolo da OMS, sendo muito importante os opióides. Avalie as afirmativas em relação aos mesmos: • I - A morfina que é o principal opióide forte e o mais utilizado nas dores oncológicas, é um agonista do receptor MU (μ) e produz excelente analgesia. • II - Os efeitos colaterais da morfina são devidos à presença dos receptores no SNC (por exemplo- sonolência, depressão respiratória, dependência física) como também em outros órgãos como coração (bradicardia), intestinos (obstipação intestinal) ou bexiga (retenção urinária). • III - O seu antagonista é a Naloxona. • IV - Seu mecanismo de ação é provocar uma hiperpolarização, diminuindo a excitabilidade neuronal com redução da transmissão dos impulsos dolorosos. É correto o que se afirma em: a) I, II e III, apenas. b) I, II, III e IV. c) III e IV, apenas. d) I e II, apenas. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: DOR. A morfina é um opióide agonista, acopla no receptor MU (μ), é referência e o mais utilizado, seu antagonista é a Naloxona. Seus efeitos colaterais são devidos à presença de seus receptores em diversos órgãos. Seu mecanismo de ação é provocar hiperpolarização celular, com redução da excitabilidade neuronal com redução da transmissão dos impulsos nociceptivos. Bibliografia: BRUNTON, L.L; GOODMAN, L.S; GILMAN, A. GOODMAN & GILMAN: as bases farmacológicas da terapêutica. 12.ed. Porto Alegre: Mc Graw- Hill, 2012. 12) Manoela, 62 anos, vem em consulta de rotina trazendo exames laboratoriais solicitados em consulta anterior, assintomático, faz uso de Metformina 850 mg após o jantar, iniciou essa medicação há mais de 1 ano. Durante a consulta a pressão está 120x80 mmHg, Glicemia de jejum 198 mg/dl (DXT). Sem outras alterações. Os exames laboratoriais são os seguintes: colesterol total: 199 mg/dl, triglicerídeos: 98 mg/ dl, HDL: 57 mg/dl, LDL: 121mg/dl, glicose de jejum:302 mg/ dl, Hb glicada: 10,8%, creatinina: 0,8mg/dl, TGO:23 mg/dl, TGP:19 mg/dl, refere que sua alimentação tem muito carboidrato, que não usa adoçante, somente açúcar e não faz atividade física. A conduta para o caso é: 19 a) Orientar sobre sinais de alerta. b) Tranquilizar o paciente, orientar dieta e atividade física. c) Orientar dieta, atividade física, aumentar Metformina 850mg para 2x ao dia e repetir exames em 3 meses. d) Orientar que os exames estão todos normais e deve manter a Metformina de 850mg. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: DM. Paciente apresenta alterações laboratoriais importantes, demonstrando que a diabetes está totalmente descompensada, por isso deve ser feito ajuste da dose de metformina, orientar importância de seguir a dieta adequada e realizar a atividade física. Bibliografia:Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. 13) O procedimento de coleta de sangue com o sistema de agulha a vácuo, para determinação de vários testes laboratoriais requer que a sequência dos tubos seja respeitada para que não ocorra contaminação por aditivos nos tubos subsequentes, sendo assim é primordial respeitar uma ordem de coleta para cada amostra, evitando assim a contaminação cruzada. As sequências dos tubos durante a execução do referido processo é: a) 1. Tubo de fluoreto e EDTA (cinza); 2. Tubo de citrato de sódio (azul); 3. Tubo com ativador de coágulo, com gel para obtenção de soro (amarelo); 4. Tubo de EDTA (roxo/rosa). b) 1. Tubo de citrato de sódio (azul); 2. Tubo de EDTA (roxo/rosa); 3. Tubo com ativador de coágulo, com gel para obtenção de soro (amarelo); 4. Tubo de fluoreto e EDTA (cinza). c) 1. Tubo de citrato de sódio (azul); 2. Tubo com ativador de coágulo, com gel para obtenção de soro (amarelo); 3. Tubo de EDTA (roxo/rosa); 4. Tubo de fluoreto e EDTA (cinza). d) 1. Tubo de citrato de sódio (azul); 2. Tubo com ativador de coágulo, com gel para obtenção de soro (amarelo); 3. Tubo de fluoreto e EDTA (cinza); 4. Tubo de EDTA (roxo/rosa). Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: GAS. A contaminação dos tubos de coleta de sangue acontece quando o profissional não se atenta à ordem dos tubos que, comprovada cientificamente, demonstra interferência nas trocas de aditivos e possíveis alterações nos resultados, a sequência dos tubos tem um papel fundamental para uma coleta de qualidade e fidedigna. Bibliografia: Procedimentos De Coleta De Sangue Venoso. In Recomendações Da Sociedade Brasileira De Patologia Clínica/Medicina Laboratorial Para Coleta De Sangue Venoso. Editora Manole Barueri, SP. 2ª ed 2009. Materiais para coleta de sangue venoso. In Recomendações Da Sociedade Brasileira De Patologia Clínica/Medicina Laboratorial Coleta e Preparo da amostra biológica. Editora Manole. Barueri, SP. 2010 14) Antes de administrar o medicamento, o profissional que irá realizar o procedimento deve observar algumas regras básicas, como o medicamento, a dose, a via, a hora, o paciente, a forma, a orientação, a resposta e o registro certos. Os locais recomendados para aplicação de injeção intramuscular e o ângulo a ser utilizado na aplicação são: a) Quadrante superior interno do glúteo, face externa do braço e músculo vasto lateral da coxa, ângulo de 45º. b) Músculo vasto lateral no médio da coxa, quadrante inferior externo do glúteo e deltoide, ângulo de 45º. c) Músculo vasto lateral da coxa, deltoide, quadrante superior externo do glúteo, ângulo de 90º. d) Quadrante superior externo do glúteo, face interna do antebraço e face interna da coxa, ângulo de 90º. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: GAS. Músculo vasto lateral da coxa, quadrante superior externo do glúteo e deltóide, A agulha de ver introduzida em posição perpendicular a pele, ou seja, em um ângulo de 90º. Bibliografia: • CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, administração e monitoramento. São Paulo: Coren-SP, 2017. Disponível em: <http://www.coren-sp.gov.br/livretos>. Acesso em: 7 maio 2017. 20 • GODOY, S.; NOGUEIRA, M.S.; MENDES, I.A.C.. Aplicação de medicamentos por via intramuscular: análise do conhecimento entre profissionais de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 135-142, 2004. D SILVA, L.M.G.; SANTOS, R.P. Administração de medicamentos. In: BORK, A.M.T. Enfermagem baseada em evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. cap. 8, p. 166-190isponível em <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v38n2/03.pdf>.. 15) Paciente trazido por familiares com queixa de dispneia, palpitação há 1 hora, PA 70x40 mmHg, baixa perfusão. Colocado na emergência com acesso venoso, realizou ECG que mostra taquiarritmia, FC 185 bpm, de QRS largo. A arritmia mais provável e a melhor conduta, são: a) Taquiarrtimia supraventricular, sedar e cardioverter. b) Taquiarritmia ventricular, sedar e cardioverter. c) Taquiarritmia ventricular, amiodarona intravenosa. d) Taquiarrtmia supraventricular, amiodarona intravenosa. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: ARRITMIA. Taquicardia ventricular – QRS largo. Sedar e cardioverter pois paciente encontra-se instável. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas, 1 edição, Atheneu, 2019. 16) Paciente com síncopes dá entrada na emergência do HR, PA 100x60 mmHg. ECG mostra FC 28 bpm, com 2 ondas P para cada QRS de forma fixa/ constante. A arritmia (BAV= bloqueio atrioventricular) mais provável e conduta, são: a) Trata-se de flutter atrial 3:1, deve-se cardioverter. b) Trata-se BAV de 3 grau, deve-se passar marca-passo provisório. c) Trata-se de BAV de 2 Grau tipo 1, deve-se fazer atropina. d) Trata-se de BAV de 2 grau 2:1, deve-se passar marca-passo provisório. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: ARRITMIA. Bloqueio de 2º grau 2:1, 2 ondas P para 1 QRS constante, sintomático, hospital referência = marcapasso provisório. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas, 1 edição, Atheneu, 2019. 17) Mulher de 59 anos, hipertensa há 25 anos, sua pressão estava mantendo-se em níveis de 120x80 mmHg, com uso de metildopa 250 mg/dia desde sua última gestação há mais de 20 anos, porém há 3 meses vem apresentando alteração importante dos níveis pressóricos, chegando a 180x100 mmHg. Não tem exames laboratoriais recentes, está assintomática. A conduta para o caso é: a) Orientar sobre sinais de alerta, suspender o uso de metildopa e iniciar losartana. b) Suspender a metildopa, iniciar losartana, solicitar exames laboratoriais e realizar controle pressórico. c) Tranquilizar o paciente, suspender a metildopa, solicitar um controle de pressão arterial na unidade e, caso necessário, iniciar o uso de losartana. d) Manter o uso da metildopa e apenas ajustar a dose caso necessário. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: HAS. Devemos orientar dieta hipossódica, realização de atividade física, suspender a metildopa, pois essa medicação está mais indicada em casos de hipertensão na gestação, iniciar novo anti hipertensivo e solicitar adequado controle pressórico para realizar ajuste das medicações caso se faça necessário, e realizar exames laboratoriais para avaliar fatores de risco. Bibliografia: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51. 18) Francisco, 60 anos, trabalhador rural, encontra-se em tratamento no Ambulatório de Dor do H.R., encaminhado pelo ortopedista, devido queixas de dor lombar e membros inferiores com início há 10 anos, agravamento progressivo, tipo pontada, cansada, escala de dor entre 4 a 7, agrava aos esforços e flexão da coluna vertebral, melhorando em repouso. Após avaliação clínica e exames de imagem, foi diagnosticado Espondilodiscoartrose lombar, tendo sido prescrito: Codeina 30mg de 12/12 h + 21 Diclofenaco 50 mg 8/8 h + Ciclobenzaprina 10mg 1 x ao dia + Amitriptilina 25 mg 1x ao dia. Há 2 meses, vem referindo dor epigástrica em queimação, azia, melena (sangramento intestinal), náuseas, edema de membros inferiores e hipertensão arterial. Foram atribuídos como efeitos colaterais do Diclofenaco (AINH), provenientes de sua atividade sobre a COX-1. Avalie as afirmativas quanto aos possíveis efeitos fisiopatológicos que a inibição da síntese de prostaglandina fisiológica ou constitutiva (COX-1) justifica os sintomas adversos manifestados pelo paciente. • I - Na mucosa gástrica pode inibir a secreção de muco gástrico, bicarbonato e fosfolípide similar ao surfactante, além de alterar a microcirculação da mucosa. • II - Nos rins, a prostaglandina renal (COX-1) promove vasoconstrição com edema demembros inferiores. • III - O risco hemorrágico, como por exemplo, melena no caso da paciente, é devido à inibição da agregação plaquetária, podendo ocorrer até com um décimo da dose terapêutica. • IV - O aumento da pressão arterial (PA) da paciente, deve ser por outra causa, porque o AINE inibindo tanto a COX-1 como COX-2, não provoca aumento da PA. É correto o que se afirma em: a) II e IV. b) III e IV. c) II e III. d) I e III. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: DOR. Efeitos Colaterais – AINES: gastrite hemorrágica e úlcera – inibe a secreção do muco gástrico, bicarbonato e fosfolípide similar ao surfactante + alteração da microcirculação da mucosa. Risco hemorrágico – inibe agregação plaquetária, com um décimo da dose terapêutica. Insuficiência renal aguda – hipoperfusão renal - a prostaglandina é responsável por vasodilatação. Alterações cardiovasculares – aumenta a PA, vaso constrição. Bibliografia: BRUNTON, L.L; GOODMAN, L.S; GILMAN, A. GOODMAN & GILMAN: as bases farmacológicas da terapêutica. 12.ed. Porto Alegre: Mc Graw- Hill, 2012. 19) Joana, 73 anos está viúva há poucos meses. Na sua juventude gostava de ir aos bailes do clube da cidade, sempre acompanhada de seu pai e irmão mais velho. Sua irmã Fátima raramente a acompanhava, pois noivava com Carlos, rapaz sério e trabalhador. Em um destes bailes Antônio a tirara para dançar. Ele dançava divinamente, tanto que Joana se encantara e tempos depois eles se casaram. Antônio e Joana eram eternos apaixonados, pela dança, pela música e um pelo outro. Devido à “vontade Divina”, dizia dona Joana, o casal não teve filhos, mas isso não os incomodava, pois todos os sobrinhos adoravam visitá-los para ouvir as histórias de serenatas apaixonadas e bailes elegantes e divertidos. Os anos se passaram. Antônio que sempre tivera uma “saúde de ferro”, certo dia descobriu-se um pouco cansado e percebeu que vinha emagrecendo. Em tratamento médico descobriu-se um câncer agressivo. Joana agora se tornara a cuidadora exemplar de seu esposo. Jamais deixou lhe faltar nada. Fizeram todo o possível, mas a doença venceu e seu Antônio faleceu ao lado de sua amada esposa em casa, há cerca de 1 ano e meio. Joana, agora viúva, sente muita dificuldade em viver em sua casa. Tudo ao seu redor lembra Antônio. Não tem ânimo para nada, está sempre chorando. Preocupada, sua irmã Fátima, leva Joana para passar uns tempos em sua casa, afinal Carlos, seu esposo é alegre e brincalhão, e deve ajudar a espantar a tristeza da irmã. Joana se esforça, mas nada consegue fazê-la esquecer do marido... e o pensamento de que não tem mais sentido viver... Viver para quê? Pensa Joana, que agora só sente vontade de ficar quietinha, dormindo e mais nada. Perdeu o apetite e emagreceu. Carlos e Fátima, preocupados com Dona Joana, decidem então levá-la ao médico, quem sabe ele lhe passa umas vitaminas para abrir o apetite ou, “Deus nos livre, que é palavra feia” descubra que Joana também esteja com câncer igual ao falecido marido. O instrumento de avaliação da Avaliação Global do idoso a ser aplicada à Dona Joana, baseado na suspeita clínica, é: a) Mini exame do estado mental. 22 b) Teste do desenho do relógio. c) Escala de depressão geriátrica de Yesavage. d) Escala de avaliação funcional. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: DEPRESSÃO. O instrumento de avaliação que aplicamos dentro da Avaliação Geriátrica Ampla é a escala de depressão geriátrica de Yesavage. Bibliografia: Tratado de Geriatria e Gerontologia – Elizabete Viana de Freitas ... - 4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 20) Paciente de 30 anos procura atendimento na UPA, sem antecedentes de cardiopatia, referindo palpitação de início súbito iniciados há 2 horas, PA 120x70 mmHg. Refere estes episódios de 5/10 vezes ao ano, geralmente de curta duração, mas desta vez a palpitação se prolongou e deu tempo de registrar o ECG mostrando taquiarritmia de QRS estreito, de RR regular, FC 180 bpm, sem ondas serrilhadas. Qual a arritmia mais provável e conduta? a) Taquicardia paroxística supraventricular - amiodarona intravenosa. b) Taquicardia paroxística supraventricular - manobra vagal e/ou Valsalva, adenosina IV. c) Fibrilação atrial - propafenona VO ou amiodarona intravenosa. d) Flutter atrial - diminuir a FC, sedar e cardioverter. Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: ARRITMIAS. Taquicardia QRS estreito = supra, RR regular não sugere Fa, sem ondas serrilhadas não sugere flutter. Bibliografia: Tratado de Arritmias Cardíacas,1 edição, Atheneu, 2019. 21) A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome complexa, com alteração da função cardíaca, o que resulta em sintomas e sinais de baixo débito cardíaco e/ou congestão pulmonar ou sistêmica, em repouso ou aos esforços. A despeito de avanços na terapêutica da IC, a síndrome mantém-se como patologia grave, afetando, no mundo, mais de 23 milhões de pessoas. Avalie as afirmativas de acordo com o tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida: • I - Os antagonistas da aldosterona (espironolactona) estão indicados somente nas classes funcionais III e IV da NYHA aumentando a sobrevida dos pacientes. • II - Não se deve administrar a combinação de antagonista da aldosterona, IECA e BRA, pelo risco de efeitos colaterais, em especial de hipercalemia. • III - A associação de nitrato e hidralazina melhorou a qualidade de vida e reduziu a taxa de hospitalizações por IC e a mortalidade em pacientes autodeclarados negros em classe funcional III-IV da NYHA, já em tratamento clínico otimizado. É correto o que se afirma em: a) III. b) I e II. c) I, II e III. d) II e III. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. A afirmativa I está errada porque a Diretriz recomenda o uso de Antagonista de Aldosterona a partir da Classe Funcional II. Bibliografia: Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda/2018 22) Paciente do sexo masculino, 50 anos, branco, apresenta pápulas e placas eritêmato-edematosas, extremamente pruriginosas, que surgem subitamente e desaparecem espontaneamente dentro de algumas horas. Fez tratamento para hanseníase dimorfa há 5 anos. Também teve infarto do miocárdio há 3 anos e faz uso diariamente de ácido acetil salicílico 100 mg por dia. Determine o diagnóstico para o caso e indique a categoria de droga mais indicada para o tratamento. 23 a) Reação hansênica do tipo 1. Corticoide. b) Urticária. Anti-histamínico. c) Reação hansênica do tipo 2. Talidomida. d) Recidiva da hanseníase. Antibióticos (poliquimioterapia, esquema multibacilar). Feedback geral da questão. Área de Conhecimento: FARMACODERMIAS. Bibliografia: S.A.P.; RIVITTI, E.A. Dermatologia. 3a. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 1600p 23) Antônio Carlos, 58 anos, sexo masculino, comparece na ESF para avaliar exames de rotina, assintomático, nega uso de medicações de uso contínuo. Durante a consulta a pressão está 120x80 mmHg, sem outras alterações ao exame físico. Os exames laboratoriais são os seguintes: colesterol total: 458 mg/dl, triglicerídeos: 95 mg/ dl, HDL: 40 mg/dl, LDL: 372 mg/dl, glicose de jejum: 85 mg/ dl, Hb glicada: 5 %, creatinina: 0,6 mg/dl, TGO:17 mg/dl, TGP:19 mg/dl. Refere que sua alimentação tem muita fritura e carboidratos, se nega a fazer atividades físicas e dieta. Identifique a conduta para o caso. a) Orientar dieta, atividade física, iniciar sinvastatina 40 mg ao dia e repetir exames em 3 meses. b) Orientar o paciente a voltar em consulta somente quando resolver realizar dieta e atividade física. c) Orientar que os exames estão todos normais. d) Orientar os riscos do colesterol alterado. Feedback geral da questão. Área de conhecimento: DISLIPIDEMIA. Paciente apresenta alterações laboratoriais importantes, demonstrando uma hipercolesterolemia, iniciar a medicação adequada,
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