Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prisão penal. Mecanismos de restabelecimento da liberdade. Das provas. Prisão-pena ou prisão penal § imposta em virtude de sentença condenatória transitada em julgado § finalidade de executar decisão judicial, após o devido processo legal, na qual se determinou o cumprimento de pena privativa de liberdade. § Não tem finalidade acautelatória, nem natureza processual. § Trata-se de medida penal destinada à satisfação da pretensão executória do Estado. Prisão sem pena ou prisão processual § puramente processual § destinada a assegurar o bom desempenho da investigação criminal, do processo penal ou da futura execução da pena, ou ainda a impedir que, solto, o sujeito continue praticando delitos. § Garantia de que o processo atinja seus fins. § Nada tem que ver com a gravidade da acusação por si só, tampouco com o clamor popular, § pressupostos do periculum in mora e do fumus boni iuris. § Prisão civil. Pacto de San José da Costa Rica e admitida pelo art. 5o, LXVII, da CF § Súmula 419 do STJ: “Descabe a prisão civil do depositário infiel” § Súmula Vinculante 25 do STF: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”. § Prisão administrativa. decretada por autoridade administrativa para compelir o devedor ao cumprimento de uma obrigação. Modalidade não permitida pela CF. § Prisão disciplinar. Para crimes militares (CF, art. 5º., LXI). LEI Nº 13.967, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2019 § Altera o art. 18 do Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, para extinguir a pena de prisão disciplinar para as polícias militares e os corpos de bombeiros militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, e dá outras providências. § Prisão para averiguação. Finalidade de investigação. Pode caracterizar o crime de abuso de autoridade. (Lei 13. 869/2019) § Prisão em Período de Exceção. Estado de Sítio (CF, art. 139, II). § É o instrumento escrito que corporifica a ordem judicial de prisão. § OBS. Não observância dessas formalidades, constitui crime de abuso de autoridade (Lei n. 13.869/2019). Requisitos Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado. Parágrafo único. O mandado de prisão: a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos; c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração; e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução. Cumprimento do mandado: a) Pode ser efetuada a qualquer dia e a qualquer hora, respeitada apenas a inviolabilidade do domicílio (CPP, art. 283, § 2º) (CF, art. 5º, XI); b) Entrega ao preso, logo depois da prisão, cópia do mandado c) Informar o preso de seus direitos, - permanecer calado, assistência à família e advogado (CF, art. 5º, LXIII); d) direito à identificação dos responsáveis por sua prisão (CF, art. 5º, LXIV); e) excepcionalmente, pode ser efetuada sem a apresentação do mandado, - apresentado ao juiz imediatamente que determinou sua expedição; f) não é permitida a prisão de eleitor, salvo flagrante delito ou em virtude de sentença penal condenatória (art. 236, caput, do Código Eleitoral). g) emprego de força, - quando indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso. (art. 284, CPP) I – violação do domicílio de dia 5 hipóteses: II - violação do domicílio à noite 4 hipóteses: Consentimento do morador Com o consentimento do morador Flagrante delito Flagrante delito Desastre Desastre Para prestar socorro Para prestar socorro Mediante mandado judicial de prisão ou de busca e apreensão. ---------------------------------- LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer § POLÊMICA. Princípios da dignidade humana e presunção de inocência X instrumentos necessários, como a arma de fogo e o uso de algemas. § DOUTRINA. importante instrumento na atuação prática policial, uma vez que possui tríplice função: 1. proteger a autoridade contra a reação do preso; 2. garantir a ordem pública ao obstaculizar a fuga do preso; 3. tutelar a integridade física do próprio preso, a qual poderia ser colocada em risco com a sua posterior captura pelos policiais em caso de fuga § Desviado de sua finalidade - vexatório, inaceitável. Execração pública § STJ. Não constituir constrangimento ilegal o uso de algemas, se necessárias para a ordem dos trabalhos e a segurança dos presentes (STJ, 2a T., rel. Min. Francisco Rezek, DJU, 4 abr. 1995, p. 22442). § STF. Súmula Vinculante 11: “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou das autoridades e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado” § STF. § NOVA POLÊMICA. § “fundado receio” § carga de subjetividade do policial essa avaliação acerca da conveniência ou oportunidade § Conclusão: incumbirá à própria autoridade avaliar as condições concretas que justifiquem ou não o seu emprego. § Em razão das funções que exercem ou de peculiar situação cultural, NÃO DEVEM permanecer em contato com indivíduos que não ostentem essas mesmas condições. § Basicamente: § recolhimento em local distinto da prisão comum (art. 295, § 1º, do CPP) § O direito de não ser transportado juntamente com o preso comum (art. 295, § 4º, do CPP). § Demais direitos e deveres – sem distinção de tratamento entre o preso especial e o comum (art. 295, § 5º, do CPP). § OBS.: O STJ já decidiu que, na ausência de acomodações adequadas em presídio especial, o titular do benefício poderá ficar preso em estabelecimento militar (HC 3.375-2, 5ª T., DJU, 12 jun. 1995) § Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: I - os ministros de Estado; II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados; IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federale dos Territórios; VI - os magistrados; VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; VIII - os ministros de confissão religiosa; IX - os ministros do Tribunal de Contas; X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função; XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. § Outras previsões em Leis Esparsas § MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO – SALA DE ESTADO MAIOR - art. 40, V, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei n. 8.625/93) § MAGISTRADOS – SALA DE ESTADO MAIOR - art. 33, III, Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar n. 35/79). § OFICIAIS DA MARINHA MERCANTE § DIRIGENTES E ADMINISTRADORES SINDICAIS § SERVIDORES PÚBLICOS, § PILOTOS DE AERONAVES MERCANTES NACIONAIS § ADVOGADOS – SALA DE ESTADO MAIOR - O art. 7º, inc. V, da Lei n. 8.906/94 (Estatuto da OAB) dispõe que o advogado tem o direito de “não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB e, na sua falta, em prisão domiciliar” § FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA CIVIL § PROFESSORES DE 1º E 2º GRAU § JUÍZES DE PAZ. Prisão em Flagrante
Compartilhar