Sim, há diferença entre a condução coercitiva de testemunha e a condução coercitiva de acusado ou investigado. A condução coercitiva de testemunha ocorre quando a pessoa convocada para prestar depoimento se recusa a comparecer voluntariamente, sendo então conduzida coercitivamente pela autoridade competente. Já a condução coercitiva de acusado ou investigado ocorre quando a pessoa é levada à presença da autoridade policial ou judicial para prestar esclarecimentos ou participar de atos do processo criminal, podendo ser realizada mesmo sem a sua recusa em comparecer. No entanto, é importante ressaltar que a condução coercitiva de acusado ou investigado é uma medida que deve ser utilizada com cautela, respeitando os direitos fundamentais do indivíduo, como o direito ao silêncio e o direito de não produzir provas contra si mesmo. Além disso, a condução coercitiva deve ser fundamentada em decisão judicial, observando os princípios constitucionais e processuais penais, como o devido processo legal e a presunção de inocência. É fundamental que a condução coercitiva seja utilizada como último recurso, quando não houver outras medidas menos invasivas para garantir a presença da pessoa no processo criminal. O seu uso deve ser justificado e proporcional à necessidade de esclarecimento dos fatos, sempre respeitando os direitos e garantias individuais previstos na Constituição e nas leis penais.
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Legislação Penal e Processual Penal Especial
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