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77 Oxigenoterapia NIC ATIVIDADES OXIGENOTERAPIA • Limpar secreções orais, nasais, traqueais, conforme apropriado; • Restringir o fumo; • Manter a permeabilidade das vias aéreas; • Configurar o equipamento de oxigênio e administrá-lo através de um sistema aquecido (quando aplicável) e umidificado; • Administrar o oxigênio suplementar como prescrito; • Monitorar o fluxo de oxigênio; • Monitorar a posição do dispositivo de fornecimento de oxigênio; • Orientar o paciente sobre a importância de deixar ligado o dispositivo de oxigênio; • Verificar periodicamente o dispositivo para garantir que a concentração prescrita esteja sendo liberada; • Monitorar a eficácia da oxigenoterapia (gasometria, SSVV, saturação, etc); • Assegurar a substituição do dispositivo, sempre que o mesmo for removido; • Monitorar a capacidade do paciente em tolerar a remoção do oxigênio enquanto se alimenta; • Alterar o fornecimento de oxigênio da máscara para tubos nasais durante as refeições, conforme tolerado; • Observar se há sinais de hipoventilação induzida pelo oxigênio; • Monitorar os sinais de toxicidade do oxigênio; • Monitorar a ansiedade e o padrão psicológico do paciente; • Monitorar e prevenir lesões de pele ocasionadas pelo atrito do aparelho e da fixação; • Fornecer oxigênio quando o paciente for transportado, realizar atividades e tomar banho; • Manter o conforto do paciente e da família; • Supervisionar a integridade e higiene dos dispositivos, realizar a troca. VENTILAÇÃO Situações que levam a falta de O2 devido obstrução de vias aéreas. HIPERVENTILAÇÃO • Altitude elevada; • Corpo estranho; • Asma. DIFUSÃO Complicação na membrana alvéolo-capilar, não permitindo a troca CO2 por O2. SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO • Intoxicação por excesso de O2; • Fumante; • COVID-19; • DPOC. PERFUSÃO Deslocamento do trombo obstruindo o vaso desencadeando emergências. FREQUÊNCIA CARDÍACA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA SATURAÇÃO • Tromboembolismo pulmonar. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA VENTILAÇÃO: entrada e saída de O2 nos pulmões DIFUSÃO: troca gasosa PERFUSÃO: irrigação sanguínea alveolar FALHAS OXIGENOTERAPIA FLUXO O2 4 x (L/min) + 21 Prescrição Médica Concentração de O2 na atmosfera 78 OXIGENOTERAPIA FLUXO O2 DISPOSITIVO CATETER NASAL Baixo fluxo 6 L/min MÁSCARA DE NEBULIZAÇÃO Baixo fluxo 4 L/min MÁSCARA FACIAL SIMPLES Baixo fluxo 8 L/min MÁSCARA COM RESERVATÓRIO Baixo fluxo 10 L/min MÁSCARA DE VENTURI Alto fluxo 4 – 8 L/min 79 Oxigenoterapia BAIXO FLUXO - POR CATETER NASAL TIPO ÓCULOS PROFISSIONAL FINALIDADE Auxiliar de enfermagem Técnico de enfermagem Enfermeiro Consiste na administração de oxigênio acima da concentração do gás ambiental que é em torno de 21% de oxigênio, manter a oxigenação tecidual adequada, corrigindo a hipoxemia e consequentemente, promover a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio. MATERIAL NECESSÁRIO CATETER NASAL UMIDIFICADOR EXTENSOR FLUXÔMETRO ÁGUA DESTILADA ESTÉRIL LUVA DE PROCEDIMENTO FONTE DE OXIGÊNIO RECOMENDAÇÕES • O uso de oxigênio por períodos prolongados deve ser feito com prescrição médica. • A equipe de enfermagem deve observar os seguintes sinais em paciente que estão recebendo oxigênio: perfusão periférica, frequência respiratória e cardíaca, alterações de pressão sanguínea, e rebaixamento do nível de consciência. • O oxigênio deve ser administrado sempre umidificado para prevenir o ressecamento das vias aéreas e das secreções, portanto, a depender do protocolo da instituição em até 2l/m poderá ser utilizado sem a presença de umidificação, porém em períodos curtos. • Os umidificadores deverão ser trocados a cada 24 horas obrigatoriamente. • A água destilada, utilizada para umidificação, deverá ser trocada na sua totalidade e não apenas ser completada. • Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado, • Controlar a quantidade de litros por minutos. • Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento, avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de água do umidificado e a quantidade de litros por minuto. • Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão. • Avaliar com frequência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência adequada, monitorar os SSVV e a saturação. • Manter vias aéreas desobstruídas. • Manter decúbito elevado em torno de 35° a 45° a depender da dispneia. PROCEDIMENTO TÉCNICO 1. Higienizar as mãos 2. Orientar o paciente e a família sobre o procedimento 3. Higienizar as mãos 4. Reunir todo o material e levar junto ao paciente, deve datar o sistema para controle 5. Preencher o umidificador com água destilada até o nível máximo 6. Conectar o umidificador à rede de oxigênio por meio do fluxômetro 7. Conectar o extensor de silicone do cateter no umidificador de oxigênio 8. Calçar as luvas de procedimento 9. Colocar o cateter nasal nas narinas do paciente, ajustar a faixa elástica/cordão em torno da cabeça para prender o cateter firmemente, mas de maneira confortável 10. Abrir o fluxômetro que regula a quantidade de oxigênio em litros por minuto, de acordo com a prescrição médica 11. Checar o procedimento 12. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário 13. Monitorar os SSVV e a saturação de O2 do paciente 80 Oxigenoterapia BAIXO FLUXO - POR MÁSCARA FACIAL SIMPLES OBJETIVO PROFISSIONAL sistema de baixo fluxo que fornece oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos inferiores ou até 8 l/min, resultando FiO2 baixa/moderada e variável em torno de 35% - 50% • Melhorar a oxigenação; • Melhorar perfusão tecidual; • Correção de cianose respiratória. Enfermeiro Técnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem INDICAÇÃO RISCOS • Redução de esforços respiratórios e cardíacos em emergência; • Pacientes com alta demanda metabólica; (politrauma, queimadura, hipertermia). • Intoxicação por concentrações altas de O2; • Ressecamento da córnea e mucosa oral; • Sensação de sufocamento; • Lesão por pressão em face e orelhas; • Ressecamento de secreções devido umidificação inadequada. CONTRAINDICAÇÃO • Pacientes com claustrofobia. MATERIAL NECESSÁRIO TRAQUEIA EXTENSOR MÁSCARA CADARÇO FLUXÔMETRO ÁGUA DESTILADA UMIDIFICADOR FONTE DE OXIGÊNIO RECOMENDAÇÕES • Em casos de insuficiência respiratória, deve-se deixar preparado o material para intubação endotraqueal; • Em algumas situações, a oxigenoterapia pode ser usada intermitentemente, como em pacientes que estão se recuperando de anestesia ou em paciente com traqueostomia recente; • As máscaras, tubos corrugados (traqueias) e frascos de nebulização devem ser trocadas e higienizadas conforme a CCIH geralmente a cada 48 horas; • Retirar periodicamente o excesso de água (secar o rosto do cliente); • O oxigênio deve ser tratado como uma medicação, pois tem efeitos colaterais perigosos, como atelectasia ou toxicidade; • O enfermeiro deverá checar rotineiramente as prescrições médicas e verificar se o paciente está recebendo a concentração de oxigênio prescrita; • Avisos de “inflamável” deverão ser colocados nas unidades pois, o oxigênio é um gás altamente combustível. Embora não queime ou cause espontaneamente uma explosão, pode facilmente iniciar um incêndio se entrar em contato com uma faísca de chama aberta ou de equipamento elétrico; • As máscaras podem dar sensação de sufocação, e o paciente necessita de frequente atenção e tranquilização. PROCEDIMENTO TÉCNICO 1. Conferir a prescrição médica; ou conforme emergência 2. Higienizar as mãos 3. Explicar o procedimento ao paciente/familiar 4. Higienizar as mãos 5. Reunir todo o material e levarjunto ao paciente, deve datar o sistema para controle 6. Colocar o paciente em posição de Fowler 7. Preencher o umidificador com água destilada estéril até o nível máximo 8. Conectar o umidificador no fluxômetro de oxigênio 9. Conectar a extensão de silicone da máscara no umidificador de oxigênio 81 10. Abrir o fluxômetro que regula a quantidade de oxigênio em litros por minuto, de acordo com a prescrição médica, certificando-se de sua permeabilidade 11. Colocar a máscara sobre o nariz, a boca e o queixo do paciente delicadamente, se necessário colocar gaze entre a máscara e a face para garantir boa vedação 12. Ajuste a faixa elástica em torno da cabeça para prendera máscara firmemente, mas de maneira confortável 13. Observar o paciente por alguns minutos e verificar os SSVV, saturação de O2, avaliar o padrão respiratório 14. Manter o ambiente em ordem 15. Higienizar as mãos 16. Checar o procedimento 17. Realizar anotações de enfermagem no prontuário 82 Oxigenoterapia ALTO FLUXO - POR MÁSCARA DE VENTURI OBJETIVO PROFISSIONAL sistema de baixo fluxo que fornece oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos inferiores ou até 8 l/min, resultando FiO2 baixa/moderada e variável em torno de 35% - 50% • Melhorar a oxigenação; • Melhorar perfusão tecidual; • Correção de cianose respiratória. Enfermeiro Técnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem INDICAÇÃO RISCOS • Redução de esforços respiratórios e cardíacos em emergência; • Pacientes com alta demanda metabólica; (politrauma, queimadura, hipertermia). • Intoxicação por concentrações altas de O2; • Ressecamento da córnea e mucosa oral; • Sensação de sufocamento; • Lesão por pressão em face e orelhas; • Ressecamento de secreções devido umidificação inadequada. CONTRAINDICAÇÃO • Pacientes com claustrofobia. MATERIAL NECESSÁRIO TRAQUEIA EXTENSOR MÁSCARA CADARÇO FLUXÔMETRO ÁGUA DESTILADA UMIDIFICADOR FONTE DE OXIGÊNIO AZUL AMARELO BRANCO VERDE ROSA LARANJA 24% 4 L/min 28% 4 L/min 31% 6 L/min 35% 8 L/min 40% 8 L/min 50% 12 L/min PROCEDIMENTO TÉCNICO 1. Conferir a prescrição médica; ou conforme situação de emergência 2. Higienizar as mãos 3. Explicar o procedimento ao paciente/familiar 4. Higienizar as mãos 5. Reunir todo o material e levar junto ao paciente, deve datar o sistema para controle 6. Colocar o paciente em posição de Fowler 7. Conecte o diluidor selecionado acoplado entre a traquéia e a extensão de oxigênio 8. Conectar uma extremidade da extensão da máscara no diluidor selecionado e a outra parte no fluxômetro de oxigênio 9. Abrir o fluxômetro que regula a quantidade de oxigênio em litros por minuto, de acordo com a prescrição médica, certificando-se de sua permeabilidade 10. Colocar a máscara sobre o nariz, a boca e o queixo do paciente delicadamente, e garantir boa vedação 11. Ajuste a faixa elástica em torno da cabeça para prender a máscara firmemente, mas de maneira confortável 12. Observar o paciente por alguns minutos e verificar os SSVV, saturação de O2, avaliar o padrão respiratório 13. Manter o ambiente em ordem 14. Higienizar as mãos 15. Checar o procedimento 16. Realizar anotações de enfermagem no prontuário 83 Oxigenoterapia ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES E INFERIORES OBJETIVO PROFISSIONAL Retirada passiva de secreções com técnica asséptica por um cateter conectado a um sistema de vácuo introduzido na via aérea sendo artificial ou não. • Manter vias aéreas desobstruídas. Enfermeiro MATERIAL NECESSÁRIO BANDEJA ASPIRADOR FRASCO DE ASPIRAÇÃO EPI COMPLETO GAZE LUVA ESTERIL LUVA PROCEDIMENTO FONTE DE O2 RESSUCITADOR MANUAL SF 0,9% ESTETOSCÓPIO SONDA SONDA PARA ASPIRAÇÃO 4 Fr 6 Fr 8 Fr 10 Fr 12 Fr 14 Fr 16 Fr 18 Fr 20 Fr 1,67 mm 2,00 mm 2,70 mm 3,30 mm 4,00 mm 4,70 mm 5,30 mm 6,0 mm 6,70 mm RECOMENDAÇÕES • Para a aspiração faríngea nos adultos inserir o cateter em torno de 16 cm. Na aspiração nasotraqueal nos adultos inserir o cateter em torno da metade à 2/3 do tamanho da sonda, atentar a resistências. • Traqueal Nasofaringe Orofaringe PROCEDIMENTO TÉCNICO 1. Higienizar as mãos, avaliar o paciente, verificar a necessidade da aspiração e explicar o procedimento e tranquiliza- lo durante todo o procedimento 2. Higienizar as mãos 3. Reunir o material e levar ao quarto 4. Higienizar as mãos 5. Colocar o cliente em semi-Fowler ou Fowler, se for tolerável e interromper a dieta 6. Abrir a embalagem da sonda (somente a parte que conecta na extensão do tubo coletor), utilize o restante da embalagem para protegê-la, mantendo-a estéril, adapte-a à extensão do aspirador 7. Colocar a máscara descartável, gorro, avental e óculos protetores e luvas estéreis 8. Regular a pressão do aspirador/vacuômetro com a mão considerada não estéril (não dominante), mantendo a pressão conforme recomendação 9. Remover o equipamento de administração de oxigênio se instalado na narina, porém deixa-lo próximo para um aporte, com a mão não dominante, lubrificar o cateter com água destilada ou SF0,9% e inserir delicadamente o cateter pela boca ou nariz sem o vácuo, utilizando um movimento leve enquanto o paciente inspira 10. Com a mão dominante (estéril), introduzir a sonda mantendo a extensão clampeada para não aplicar sucção 11. Desclampear a extensão e aspirar retirando a sonda com movimentos circulares. Esta etapa não deve exceder a 10 segundos 84 12. Se necessário, repetir o procedimento, mas não realizar mais do que três ou quatro aspirações por sessão 13. Ao término da aspiração traqueal, promover a limpeza da sonda com água destilada ou SF 0,9 % e realizar aspiração nasal e oral 14. Aspirar a nasofaringe e a cavidade oral com o mesmo cateter, se necessário, primeiramente a região nasal e após oral 15. Após todas as aspirações, lave a extensão do aspirador com solução estéril e despreze a sonda enrolando-a na mão e puxando a luva sobre ela 16. Deixar o paciente confortável 17. Recolher o material utilizado e encaminhar o material permanente ao expurgo e desprezar os resíduos em local adequado 18. Higienizar as mãos e retirar os EPIs 19. Auscultar os pulmões do paciente e reavaliar suas condições clínicas 20. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário, anotando o aspecto, volume e coloração da secreção aspirada
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