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1 ANA PAULA – MED UNIMES XXII INFECTOLOGIA Conceitos básicos em infectologia Competência imunológica A medicina se divide em duas grandes áreas: • HOSPEDEIRO IMUNOLOGICAMENTE COMPETENTE • HOSPEDEIRO COMPROMETIDO: Uso de corticoides, uso de antibióticos, desnu- trição, estresse, uma série de fatores podem levar um paciente a ser imunocomprometido. A evolução da doença nesses dois pacientes é totalmente diferente. Estresse: diminui a resposta imunoló- gica. Na anamnese, é necessário sa- ber se o paciente possui algum fator de estresse, por alguma circunstância. ❖ Gestante: Parte do concepto vem do marido (conte- údo no-self), se o organismo não provocasse uma ligeira imunodepressão, todas as mulhe- res que engravidassem iriam abortar (essa li- geira imunodepressão é fisiológica). Por isso que a evolução das doenças é um pouco pior nas gestantes. Micróbio • INFECÇÃO HOSPITALAR: É um micróbio multirresistente, porque há um uso exagerado de antibióticos no ambiente hospitalar (as bactérias criam resistência a es- ses antibióticos). Além disso, há uma grande transmissão des- sas bactérias pelas mãos dos funcionários do hospital (a lavagem de mãos é extrema- mente necessária – sempre lavar entre um atendimento e outro). 2% dos pacientes internados correm por infec- ção hospitalar (sem relação com a causa da internação) → dentro do hospital a flora natu- ral do organismo é substituída por bactérias hospitalares. • INFECÇÃO DA COMUNIDADE: A infecção da comunidade é um micróbio comum, que responde facilmente à terapêu- tica, sem maiores problemas. Antibioticoterapia Para usar antibiótico existem critérios, não é porque o paciente teve febre que precisa uti- lizar antibiótico. A febre pode ser por 3 causas: 1. Infecção 2. Câncer 3. Doença autoimune Antes de utilizar antibiótico é necessário fazer um antibiograma para analisar a sensibili- dade, por outro lado, para utilizar antibiótico empiricamente é necessário cumprir critérios. Conceitos INFECÇÃO X DOENÇA • INFECÇÃO: Qualquer multiplicação de um germe no or- ganismo. Se esse microrganismo permanecer latente no organismo, sem produzir doença, é apenas uma infecção. Se começar a produzir manifestações clínicas, passa a ser doença. • DOENÇA: É quando se tem manifestações clínicas (sin- tomas) por alguma infecção. Exemplo: uma toxico-infecção é diferente de um paciente que teve toxoplasmose com manifestações clínicas. INFECÇÃO LATENTE Se pegar o vírus da hepatite, este vírus estará albergado pelo resto da vida. A hepatite C é a primeira infecção viral que se pode curar (descoberta recente). É uma infecção que o organismo não conse- gue se livrar. 2 ANA PAULA – MED UNIMES XXII INFECTOLOGIA INFECÇÃO AGUDA X CRÔNICA A diferença não é um conceito clínico. Pode-se ter uma infecção aguda que está demorando para ser eliminada, fica no orga- nismo por anos. O que diferencia a aguda da crônica é a pa- tologia, apenas o patologista que consegue diferenciar se a infecção é aguda ou crônica. Na clínica, pode-se dizer apenas que é uma infecção de instalação recente ou tardia. Porque para definir como aguda ou crônica é necessário realizar uma análise histopatoló- gica. Infecções • ESPORÁDICAS: Ex: gripe. • ENDÊMICAS: São doenças endêmicas que ocorrem o ano todo no país. Ex: tuberculose, sífilis, esquistossomose. • EPIDÊMICAS: É o número de casos maior do que o espe- rado. Existem epidemias localizadas e outras gene- ralizadas (epidemias que ocorrem aberta- mente na comunidade), como é o COVID-19 atualmente. COVID-19 é uma pandemia (que acometeu todos os países, acometeu mais de 3 conti- nentes). • ENDÊMICAS/EPIDÊMICAS: Há doenças que são endêmicas e podem evoluir de forma epidêmica. Exemplo: tuberculose é uma doença endê- mica no Brasil, mas em alguns momentos ocorrem epidemias (ultrapassa o número de casos esperados). Lavagem das mãos É fundamental lavar as mãos antes e após o contato com o paciente. Após o contato com a área próxima ao paci- ente, e após contato com fluidos.
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