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FLAVONÓIDES PRESENTES EM ALIMENTOS: CARACTERÍSTICAS, IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE E PROPRIEDADES FISIOLÓGICAS FLAVONÓIDES PRESENTES EM ALIMENTOS: CARACTERÍSTICAS, IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE E PROPRIEDADES FISIOLÓGICAS Alana Randra Correa 1 , Réssi Mara Sobrinho 1 , Daiana Cristina Oliveira 1 , Geórgia das Graças Pena 2 , Juliana Cristina de Almeida 3 , Ricardo Antônio Zatti 3 , Karina Zanoti Fonseca. 4 1 Nutricionistas, ex alunas da FaSaR, - Faculdade e Colégio Santa Rita, Conselheiro Lafaiete, MG. 2 Mestre em Ciências Biológicas, Professora da FaSaR - Faculdade e Colégio Santa Rita, Conselheiro Lafaiete, MG. 3 Mestrandos em Ciências Farmacêuticas, UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG. 4 Mestranda em Ciências Farmacêuticas, Professora e Coordenadora do Curso de Nutrição da FaSaR - Faculdade e Colégio Santa Rita, Conselheiro Lafaiete, MG. Artigo Publicado na Revista Ágora, Ano III, nº4, v. 1, p. 3-15, 2009 RESUMO O processo de transição epidemiológica no Brasil tem sido marcado por modificações nos padrões de morbi- mortalidade, havendo aumento da expectativa de vida e a redução nas taxas de mortalidade por doenças infecciosas e por outro lado, houve aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Estudos tem apresentado resultados que comprovam a presença de substâncias biologicamente ativas, que podem produzir efeitos benéficos prevenindo o aparecimento dessas doenças ou amenizando a evolução das mesmas. Os flavonóides são compostos polifenólicos presentes em frutas, grãos e vegetais que desempenham uma série de atividades fisiológicas. O consumo desses compostos tem sido associado a efeitos protetores contra diversas enfermidades. Cabe destacar ainda que o estímulo da utilização de alimentos ricos em flavonóides tem como objetivo: prevenir ou minimizar os sintomas das doenças, melhorando assim o estado de saúde das pessoas. O objetivo deste artigo é apresentar os principais flavonóides presentes nos alimentos através da busca de informações na literatura científica, relacionando as suas principais características, propriedades, bem como os efeitos benéficos concedidos à saúde. É necessário que as informações acerca dos benefícios do consumo de flavonóides e suas fontes sejam mais difundidas no intuito de melhorar a qualidade de vidas de todas as pessoas. Palavras – chave: Flavonóides. Alimentos. Saúde. ABSTRACT The process of epidemiological transition in Brazil has been marked by changes in patterns of morbidity and mortality, with increased life expectancy and reduction in mortality rates from infectious diseases and on the other hand, there was increased prevalence of chronic diseases. Studies have shown results that confirm the presence of biologically active substances, which may produce beneficial effects by preventing the onset of these diseases or ease of changing them. The flavonoids are polyphenolic compounds present in fruits, grains and vegetables that play a variety of physiological activities. The consumption of these compounds has been associated with protective effect against various diseases. It is worth mentioning that the encouragement of the use of foods rich in flavonoids aims to: prevent or minimize the symptoms of diseases, thus improving the health status of people. In the present report, we present the main flavonoids present in food through the search for information in the literature, listing their main characteristics, properties, and the benefits granted to health. It is necessary that information about the benefits of consumption of flavonoids and their sources are more widespread in order to improve the quality of lives of all people. Key – words: Flavonois. Food. Health. INTRODUÇÃO O processo de transição epidemiológica no Brasil tem sido marcado por modificações nos padrões de morbi-mortalidade. Como indicadores dessas mudanças pode-se considerar o aumento da expectativa de vida e a redução nas taxas de mortalidade por doenças infecciosas, revelando assim melhorias no padrão de saúde. Por outro lado, houve um aumento gradativo da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que predominam no quadro epidemiológico. Desta forma, a contribuição da ciência tem sido fundamental, pois estudos relacionados a essa área têm apresentado resultados que comprovam a presença de substâncias biologicamente ativas em diversos alimentos, com efeitos benéficos (AFFONSO e SONATI, 2007). A saúde e o consumo alimentar são fatores importantes para o estado nutricional, e este depende da disponibilidade do alimento, pela atenção ou cuidado, pelo ambiente e pela renda. Mudanças nos padrões das dietas de indivíduos e populações têm marcado a transição nutricional revelando alto consumo de alimentos de origem animal, de açúcares e farinhas refinadas, e o baixo consumo de cereais integrais e fibras, associados ainda à diminuição da atividade física (PHILIPPI, 2007). As alterações que vão modificando os hábitos desvirtuam alguns princípios fundamentais da boa nutrição e são encarados como normais, mas apresentam erros que podem ser prejudiciais se não nos conscientizarmos a tempo (ANGELIS, 2005). Isto reflete especialmente a diminuição do consumo de alimentos vegetais in natura e ao aumento do consumo de alimentos processados (DOMENE e VITOLO, 2005). Segundo Salgado e Almeida (2008), com a melhora dos padrões de vida, a população está se transformando em uma população obesa, com menos saúde e dependente de medicamentos. Mas não é somente para todas essas necessidades, é preciso também, proteger o organismo contra os riscos por agressões genéticas e do meio ambiente, incluindo os hábitos alimentares, amenizando riscos ou, protelado-os, através de uma nutrição preventiva (ANGELIS, 2001). Na década de 80, os japoneses introduziram um novo conceito em alimentos, frutos de estudos colaborativos entre o governo, universidades e fabricantes de alimentos: Food for Specified Health Use (CÂNDIDO, 2002). Esta nova concepção de alimentos, então chamados “alimentos funcionais”, foi uma estratégia com o objetivo de desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida (MORAES e COLLA, 2006). As Ciências da Alimentação e da Nutrição tem procurado conhecer a interação alimento/nutriente no organismo, os efeitos da carência ou do excesso de nutrientes sobre os tecidos e/ou células (FERRARI e TORRES, 2002). Com as novas pesquisas sobre “alimentos funcionais”, surge a nutracêutica que estuda a função terapêutica de substâncias naturalmente presentes em determinados tipos de alimento denominados compostos bioativos, que apresentam efeitos benéficos (MACHADO e SANTIAGO, 2001). Estudos sobre os efeitos terapêuticos das substâncias fitoquímicas têm enfatizado os benefícios adicionais do consumo habitual de vegetais em grande quantidade e variedade. No entanto, o consumo de frutas e hortaliças está longe de ser o ideal em praticamente todos os países do mundo (MACHADO e SANTIAGO, 2001). Entre as substâncias bioativas, Angelis (2005) ressalta que os flavonóides são compostos polifenólicos presentes em frutas e vegetais e seu consumo tem sido associado a efeitos protetores contra doenças neurodegenerativas e câncer. Diversos estudos revelam que os efeitos antioxidantes se devem à capacidade de diminuir os radicais livres. A partir dessas informações, entende-se porque os flavonóides tem ganhado cada vez mais interesse para as atividades farmacológicas. O presente artigo tem como objetivo apresentar os principais flavonóides encontrados nos alimentos atravésda busca de informações na literatura científica, relacionando as suas principais características, propriedades, e efeitos benéficos concedidos à saúde. REVISÃO DE LITERATURA 1 Conceito Os flavonóides são compostos polifenólicos, cuja síntese não ocorre na espécie humana. Englobam uma classe muito importante de pigmentos naturais, encontrados com grande freqüência na natureza, especialmente em frutas e vegetais. Foram considerados sem nenhum valor nutricional, até a demonstração da ação redutora da fragilidade capilar de alguns deles (ANGELIS, 2005; RAMIREZ, et al., 2004; BOBBIO e BOBBIO, 2003). Esses compostos foram descobertos pelo prêmio Nobel Szent-György, em 1930, a partir do isolamento de uma substância proveniente da casca do limão, a citrina, que regulava a permeabilidade dos capilares. Flavonóides foram chamados desde o início de vitamina P (permeabilidade) e vitamina C2 porque foram encontradas algumas unidades semelhantes à vitamina C (MARTÍNEZ-FLÓREZ, et al., 2002). Considerados metabólitos secundários das plantas, em resposta ao estímulo ambiental, os flavonóides integram uma classe de substâncias químicas com grande variedade estrutural, funcionando como agentes de defesa contra predadores, como os microrganismos patogênicos (ALVES, 2001) e ainda atuam na atração de insetos pelas plantas para a sua polinização. Ocorrem de forma livre (agliconas) ou ligada a açúcares (glicosídeos) (TORRES, 2001; BEVILAQUA, SCHIEDECK e SCHWENGBER, 2007). Apesar do termo flavonóide derivar do latim flavus, que significa amarelo, observa-se que os grupos flavonóis e flavonas são incolores e que a classe das antocianinas possuem substâncias que variam no seu espectro de coloração do verde ao azul (LOPES, et al., 2000). 2 Estrutura básica e tipos Os flavonóides apresentam-se como compostos heterocíclicos com oxigênio na molécula, cuja estrutura básica é - C6-C3-C6-, sendo que duas partes da molécula com seis carbonos são anéis aromáticos (FIG.1). São glicosídios de polihidroxi e polimetoxi derivados do 2-fenilbenzopirilium ou íon flavilium (BOBBIO e BOBBIO, 2003; RIBEIRO e SERAVALLI, 2004). Figura 1: Estrutura química básica do flavonóide Fonte: Martínez-Flórez, et al., 2002 De todos os pigmentos que existem nos vegetais com a estrutura fenilbenzopirona, as flavonas e os flavonóis são os mais abundantes, dos quais aproximadamente 300 compostos já foram identificados. Com relação à cor dos vegetais, se limita aos vegetais amarelados, e à co- pigmentação com antocianinas (BOBBIO e BOBBIO, 2003). 3 Principais flavonóides De acordo Martínez-Flórez (2002), dependendo da substituição e do nível de oxidação no anel C3, os flavonóides podem ser divididos em 14 classes, sendo os que incluem na dieta humana divididos essencialmente em 7 grupos: Antocianidinas: são substâncias com base no núcleo flavano, ocorrem na natureza como agliconas. Possuem um grupo hidroxila na posição 3 e duas ligações duplas, uma entre o átomo de oxigênio e o carbono 2 e outra entre os carbonos 3 e 4 (FIG. 2) (SILVA, 2001; COULTATE, 2004). Nesse grupo encontram-se as antocianinas que são antocianidinas ligadas a açúcares, na forma de glicosídeos. Esses compostos podem ser encontrados nas frutas: Jambolão, Mirtilo, Uva (Vitis vinífera e Vitis labrusca) e nas hortaliças: Repolho Roxo e Beterraba. A diversidade dos padrões de glicosilação resulta em quantidades inumeráveis de antocianinas. Esses pigmentos são hidrossolúveis, amplamente distribuídos no reino vegetal. Seu espectro de cor vai do vermelho ao azul, apresentando-se também como uma mistura de ambas as cores resultando em tons de púrpura. As antocianidinas mais freqüentes são: pelargonidina, cianidina, peonidina, delfinidina, petunidina e malvidina (FIG. 2) (DEGÁSPARI e WASZCZYNSKYJ, 2004; COULTATE, 2004). Antocianinas R1 R2 Cianidina OH H Peonidina OCH3 H Delfinidina OH OH Petunidina OCH3 OH Malvidina OCH3 OCH3 Pelargonidina OCH3 OCH3 Figura 2. Principais antocianidinas. O termo antocianinas deriva da palavra grega: anthos, flor e kyanos, azul (ELBE e SCHWARTZ, 2000). São facilmente degradadas pelo aumento da temperatura e apresentam maior estabilidade em condições ácidas. A degradação pode ocorrer também durante a extração do vegetal, processamento e estocagem de alimentos (RIBEIRO e SERAVALLI, 2004). Flavanóis: os flavano-3-ol caracterizam-se por possuírem um anel heterocíclico saturado e um grupo hidroxila na posição 3. Os carbonos 2 e 3 são os centros assimétricos da molécula (HASLAM, 1990). Catequinas R Catequina H Galocatequina OH Epicatequinas R1 R2 Epicatequina H H Epigalocatequina OH H Figura 3. Principais flavanóis Flavanonas: são substâncias sem cor e diferem quimicamente das flavonas por terem uma ligação saturada entre os carbonos nas posições dois e três. Encontradas em grandes quantidades nas frutas cítricas, através de reações químicas simples, dão origem às di-hidrochalconas, compostos de sabor doce bem acentuado, e substitutos em potencial da sacarose (BOBBIO e BOBBIO, 2003). Possuem um grupo carbonila na posição 4. A hesperidina, naringina, naringenina são as principais flavanonas encontradas na natureza. (MARTÍNEZ-FLÓREZ, et al. 2002). Flavonas: possuem um grupo carbonila na posição 4 e uma ligação dupla entre as posições 2,3 (MARTÍNEZ-FLÓREZ, et al.,2002). Flavonóis: possuem um grupo carbonila na posição 4, um grupo hidroxila na posição 3 e uma ligação dupla entre as posições 2,3 (MARTINEZ- FLORES, et al.,2004). Os mais comuns são o campferol (encontrado na Vitis labrusca), a quercetina e a miricetina e entre eles o mais importante é sem dúvida a rutina (quercetina 3-rutinosídio) composto com atividade biológica (BOBBIO e BOBBIO, 2003). A rutina é encontrada em frutas cítricas e hortaliças folhosas. Flavonóis R1 R2 Quercetina OH H Caempferol H H Miricetina OH OH Figura 5: Principais flavonóis Isoflavonóides: pertencem à classe dos fitoestrógenos e estão amplamente distribuídos no reino vegetal. As concentrações destes compostos são relativamente maiores nas leguminosas e, em particular, na soja (Glycine max), sendo que as principais isoflavonas encontradas na soja e seus derivados são a daidzeína, a genisteína e a gliciteína, as quais apresentam-se como várias formas de conjugados glicosídicos, dependendo da extensão do processamento ou fermentação. Os produtos fermentados de soja predominam não só a genisteína, mas também a daidzeína, devido à ação de glicosidases bacterianas. Sendo assim, a maior parte da proteína de soja que é utilizada pela indústria de alimentos contém isoflavonas em concentrações variadas (SETCHELL, 1998 apud ESTEVES e MONTEIRO, 2001). Nas últimas décadas, tem havido um grande interesse nos fitoestrógenos e em particular nos potenciais benefícios que uma dieta rica nestes compostos pode conferir no controle de muitas doenças crônicas (SETCHELL, 1998 apud ESTEVES e MONTEIRO, 2001). Possuem um grupo carbonila na posição 4 e no anel B encontra-se ligado ao restante da molécula através do carbono 3. Podem ainda possuir uma ligação dupla entre os carbonos 2 e 3 (FIG. 5) (MARTÍNEZ-FLÓREZ, et al., 2002). Isoflavonas R1 R2 Daidzeína H H Genisteína O H H Gliciteína H OCH3 Figura 5: Principais isoflavonas Chalconas e Auronas: são flavonóides coloridos. A cor vermelha do açafrão é devida a uma chalcona, a cartamidina queé encontrada na forma de glicosídio com o açúcar (glucose) ligado na posição oito (FIG. 7) (BOBBIO e BOBBIO, 2003). Chalconas Auronas Figura 7 : Chalconas e Auronas 4 Características dos flavonóides Os flavonóides destacam-se devido às suas diversas atividades sobre os sistemas biológicos. Estão presentes em alimentos, bem como em várias plantas medicinais. Embora muitas das propriedades farmacológicas dos flavonóides ainda não tenham sido comprovadas in vivo, o seu consumo deve ser estimulado, para que a população possa se beneficiar do valor nutricional e dos potenciais efeitos terapêuticos destes compostos (ARAÚJO, et al., 2005). OH OH OH O O 2 3a 7a 5 6 2' 6' 4' Essas substâncias estão presentes na maioria das frutas, principalmente nas cítricas e em uvas; nos vegetais; nas ervas aromáticas; grãos de cereais e soja, e em várias hortaliças, sendo consumidas pelo homem na dieta diária há tempos. Manifestam-se nas plantas fornecendo o brilho do azul, do vermelho e do laranja nas folhas, flores e frutos. (FERREIRA, OLIVEIRA e CARVALHO, 2008). Segundo Martínez-Flórez, et al. (2002), esses compostos não possuem as características de vitaminas: não são aminas, apresentam ação protetora e devido à impossibilidade do corpo humano em produzi-los, por isso merecem ser incorporadas no grupo de nutrientes essenciais. Eles desempenham um importante papel na biologia vegetal, respondem à luz e ao controle dos níveis do crescimento e diferenciação de plantas. Atuam como antifúngico e bactericida, conferem a coloração, que pode contribuir para os fenômenos de polinização e ter uma significativa capacidade de fixar ferro e cobre (FORMICA e REGELSON apud MARTÍNEZ-FLÓREZ et al., 2002). 5 Importância dos flavonóides para a saúde Os flavonóides têm ganhado cada vez mais interesse devido ao seu largo espectro de atividades farmacológicas e ao seu potencial efeito benéfico para a saúde. Sendo assim, pesquisas referentes à sua ação tem demonstrado que podem atenuar o estresse oxidativo em diversos processos patológicos, como o câncer, diabetes mellitus, doenças neurodegenerativas, aterosclerose, entre outras (MOURA, 2006). Os efeitos biológicos dos flavonóides têm apresentado resultados promissores no tratamento das DCNT, sendo que: A utilização de flavonóides como fonte terapêutica tem sido descrita em diversos trabalhos científicos, entretanto, ainda se faz necessária uma melhor compreensão do seu papel sobre o organismo. Estudos que tem por objetivo a descoberta de novas terapêuticas ainda se encontram em desenvolvimento em grandes centros de pesquisa. As pesquisas realizadas em faculdades e, principalmente, nas universidades, possuem um papel importante nessas descobertas, pois contribuem com a inserção de novos profissionais no meio científico, incentivam o desenvolvimento de pesquisas e permitem o crescimento científico-cultural da sociedade (FERREIRA, OLIVEIRA e CARVALHO, 2008). Estudos estão sendo realizados com o objetivo de caracterizar esses pigmentos, identificar a rota metabólica e elucidar os mecanismos de ação em relação à manutenção da saúde e prevenção de doenças. Entre esses efeitos estão as propriedades antioxidantes destes compostos, em razão do seu papel protetor na gênese de muitas DCNT (COSTA, 2008). Verifica-se que as pesquisas envolvendo agentes antioxidantes em espécies vegetais devem continuar, pois são de suma importância tanto para a indústria de alimentos quanto para a indústria farmacêutica. No que diz respeito ao ramo alimentício, essas pesquisas se mostram importantes no sentido de obter aditivos com menos efeitos colaterais e características indesejáveis que são observadas nos atuais antioxidantes empregados em produtos alimentícios. Já na indústria farmacêutica a busca é por substâncias para compor medicamentos de excelência quanto aos aspectos funcionais no combate aos radicais livres e todos os possíveis danos que podem causar à saúde humana (DEGÁSPARI e WASZCZYNSKYJ, 2004). 6 Ação dos flavonóides contra radicais livres No início dos anos 80, houve um aumento considerável em encontrar antioxidantes naturais para o emprego em produtos alimentícios ou para uso farmacêutico, com o intuito de substituir antioxidantes sintéticos, os quais tem sido restringidos devido ao seu potencial de toxicidade (DEGÁSPARI e WASZCZYNSKYJ, 2004). Segundo Maurício (2006), o termo radical livre é usado para designar qualquer espécie que possua em sua estrutura eletrônica um ou mais elétrons desemparelhados. A existência desses elétrons desemparelhados confere a esses radicais uma alta reatividade frente a outras moléculas. Podem ser eletricamente neutros ou carregados positiva ou negativamente. Normalmente, o produto final de uma reação, que intervém em um radical livre, é o começo de outra, com a qual o estresse oxidativo se mantém (GARCIA, 2002). É importante ressaltar que a maioria das defesas antioxidantes não-enzimáticas não são sintetizadas endogenamente por animais, devendo ser obtidas a partir da dieta. Logo existe uma relação íntima entre nutrição e defesa antioxidante (MAURÍCIO, 2006). Considerando a importância do oxigênio para o ser humano e os mecanismos de defesa sobre os efeitos de toxicidade tem-se que: Os organismos aeróbicos somente são capazes de sobreviver sob uma atmosfera rica em O2, graças ao desenvolvimento de eficientes sistemas de defesa antioxidante. A existência de substâncias capazes de minimizar os efeitos oxidantes deste gás sobre os componentes celulares é, portanto de crucial importância para a manutenção da vida aeróbica na terra (MAURÍCIO, 2006, p. 9). Para Cerqueira, Medeiros e Augusto (2007), as defesas antioxidantes endógenas são efetivas, porém não são infalíveis. Assim sendo, o consumo de alimentos que contenham substâncias antioxidantes se faz necessário. Sabendo-se que os flavonóides representam potentes antioxidantes, seu consumo deve ser considerado como protetor à produção dos radicais livres. 7 Propriedades fisiológicas dos flavonóides Os efeitos benéficos dos flavonóides em relação à nutrição e saúde estão relacionados às suas propriedades antioxidantes, pois são carreadores diretos de radicais livres e desta forma desempenham um papel importante na prevenção de doenças. De acordo com sua estrutura, apresentam ação farmacológica variada capaz de atuar na diminuição da permeabilidade e da fragilidade dos vasos sanguíneos, ação anti-inflamatória, antiespasmódica, antiviral e antibacteriana (BEVILAQUA, SCHIEDECK e SCHWENGBER, 2007). Os principais responsáveis pela atividade antioxidante são os dois grupos hidroxila na posição 3´,4´ do anel B, a dupla ligação em conjugação com um grupo cetônico no carbono 4 do anel C e os grupos hidroxila dos carbonos 5 e 7 do anel A (FIG. 8) (MAURÍCIO, 2006). Figura : Flavonóides e atividade antioxidante Entre todas as doenças em que o excesso de estresse oxidativo tenha sido implicado, as doenças cardiovasculares (DCV) são as mais evidentes. O estudo feito por Silva et al. (2006), demonstrou que alguns flavonóides, nomeadamente a quercetina e a rutina, protegem os eritrócitos da lesão oxidante, o que sugere a sua eventual aplicação como adjuvantes na terapêutica. Testes realizados com flavonóides mostraram a inibição da peroxidação lipídica, da hemólise e da formação de metahemoglobina (SILVA, BEIRÃO e FERNANDES, 2006). Segundo Dornas et al. (2007), o mecanismoantiaterosclerótico da quercetina pode ser devido a propriedades antioxidantes evidenciado pela redução da formação de malonaldeído (MDA) em animais co-administrados com flavonóides e dietas ricas em lipídios. Sendo assim, agentes farmacológicos são capazes de eliminar radicais livres e/ou inibir peroxidação lipídica, protegendo os neurônios de injúria oxidativa podendo prover completo uso na prevenção ou tratamento de desordens neurodegenerativas causadas por estresse oxidativo. Essa atividade antioxidante dos flavonóides está relacionada à sua habilidade de desativar moléculas reativas de oxigênio singlete (COSTA e ROSA, 2008). Outro mecanismo de ação importante dos flavonóides tem sido observado em processos tumorais e está associado ao efeito da antiproliferação celular. A proliferação desregulada ocasiona o aumento da suscetibilidade para neoplasia. Por outro lado, a prevenção do câncer esta associada à inibição, reversão ou retardamento da hiperproliferação celular. Pesquisas mostram que as propriedades antiproliferativas de flavonóides e isoflavonóides atuam como inibidores da proliferação celular em linhagens de células tumorais humanas (COSTA e ROSA, 2006). Os flavonóides possuem papel importante no controle do câncer do pulmão, do fígado, dos rins e da mama. De acordo com as pesquisas, a genisteína e a daidzeína, flavonóides presentes na soja, tem apresentado efeito anti-cancerígeno. Em populações que consomem dietas ricas em soja e seus derivados, é possível observar uma menor incidência de determinados tipos de câncer de cólon, mama e próstata, quando comparadas com populações que não consomem esses alimentos. (FERREIRA, OLIVEIRA e CARVALHO, 2008). De acordo com os estudos de Zhang, Vareed e Nair (2005) apud Lima, et al. (2006), foi constatado o efeito inibitório da cianidina, delfinidina, pelargonidina, petunidina e malvidina na proliferação de células humanas cancerígenas, originadas em diferentes partes do corpo: estômago, cólon, mama, pulmão e sistema nervoso central. Tais compostos possuem uma série de propriedades farmacológicas que os fazem atuar sobre diversos sistemas biológicos (RAMIREZ et al., 2004). Os flavonóides também atuam como protetores do funcionamento do fígado, possuem atividade antialérgica e auxiliam no controle da osteoporose. Além disso, outros estudos comprovaram que esses metabólitos possuem atividades antibacteriana e antifúngica, e podem ainda auxiliar no tratamento da Leishmaniose e da Doença de Chagas (FERREIRA, OLIVEIRA e CARVALHO, 2008). Os efeitos antioxidantes relacionados à regulação da pressão arterial também tem sido objeto de estudos, considerando que: O consumo de frutas, vegetais e chás contendo altas concentrações de flavonóides pode levar a uma diminuição da pressão sangüínea e pode dar proteção contra doença coronária cardíaca. É possível que seus efeitos antioxidantes sejam responsáveis, pelo menos em parte, por este efeito protetor. Estudos admitem que indivíduos com elevada pressão sangüínea tenham níveis circulantes de flavonóides relativamente baixos comparados com os indivíduos que são normotensos. Indivíduos hipertensos com uma dieta baixa em flavonóides terão uma prevalência aumentada de doença coronária cardíaca. Este mecanismo deve ser examinado e, se for verdadeiro, sugere efeitos benéficos de frutas, vegetais e chás sobre doenças cardiovasculares (ARAÚJO et al., 2005, p. 189). No cérebro, as concentrações elevadas de espécies reativas de oxigênio (EROs) podem ser importantes mediadores dos danos causados aos ácidos nucléicos (DNA), lipídios e proteínas, contribuindo para o envelhecimento associado à idade e as doenças neurodegenerativas, como doença de Alzheimer ou doença de Parkinson. O envelhecimento cerebral está associado com o acúmulo induzido por danos oxidativos, devido ao desequilíbrio entre defesas antioxidantes intracelulares e a formação de EROs (SINGH et al., 2008). É importante entender como os antioxidantes atuam dentro das células, pois existe uma grande variedade de células que diferem entre si na atividade metabólica e, consequentemente, nas suas reações redox. Experimentos com humanos permitem avaliar a biodisponibilidade e através de biomarcadores obter uma visão geral de eficácia antioxidante (COLLINS, 2005). 8 Presença de flavonóides em alimentos Atualmente, não são somente as qualidades nutricionais das frutas e vegetais que interessam aos pesquisadores. Tais alimentos apresentam muito mais do que nutrientes, pois contém substâncias que auxiliam na prevenção e no controle de doenças. Essas substâncias são denominadas componentes ativos ou fitoquímicos. O Brasil é um país privilegiado por cultivar centenas de espécies de frutas, hortaliças e grãos e de oferecer boa parte deles com custo menor, especialmente os considerados da estação (SALGADO, 2008). É evidente que a alimentação é um fator importante, que pode acelerar ou reduzir processos degenerativos. Portanto, existe um grande interesse pela alimentação equilibrada com o objetivo de tentar interromper danos celulares relacionados à produção excessiva de radicais livres no organismo. A qualidade na alimentação pode otimizar a saúde e prolongar a vida, e ainda prevenir doenças. Levando em consideração a fração lipídica dos alimentos para que as dietas não incorporem grandes quantidades de ácidos graxos polissaturados, pois são facilmente oxidados (GARCIA, 2002). O conteúdo de fitoquímico em frutas pode ser afetado pelo grau de maturação no momento da colheita, por diferenças genéticas entre cultivares, condições ambientais, durante a colheita, condições de estocagem pós-colheita e pela manipulação da amostra (SEVERO et al., 2007). Questões importantes como: quantas porções e variedades de frutas e hortaliças e outras fontes que devem ser consumidas para que as doenças sejam evitadas e se consiga melhor qualidade de vida, e quanto o organismo consegue absorver e utilizar dos flavonóides são ainda difíceis de responder. O que se sabe é que, após consumir alimentos ricos em flavonóides, esses são absorvidos, metabolizados e distribuídos em diferentes tecidos/órgãos do corpo, sendo que já foram encontrados nos tecidos do estômago, jejuno, fígado, rins, plasma e até no cérebro (VIZZOTTO, 2008b). CONCLUSÃO Visto que os flavonóides possuem atividade fisiológica interessante à manutenção da saúde, que interagem em processos vitais e que estão presentes em frutas, hortaliças e grãos, torna-se importante a divulgação destas informações no intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AFFONSO, Christianne de Vasconcelos; SONATI, Jaqueline Girnos. Alimentos funcionais e seus benefícios à saúde das Populações. In: VILARTA, Roberto; GUTIERREZ, Gustavo Luís; CARVALHO, Teresa Helena Portela Freire; GONÇALVES, Aguinaldo (Org.) Qualidade de vida e novas tecnologias. Campinas: Ipes Editorial, 2007, p. 115-120. ALVES, Hélio de Mattos. 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